sábado, 17 de maio de 2008

Embora lhe pegasses pela rama, também subscrevo

O JN publicou hoje um pequeno artigo de Paulo Guinote, do Umbigo, sobre as Provas de Aferição. Concordo com ele. As provas de Aferição são o melhor instrumento de que o país dispõe para aferir e avaliar o sistema de ensino. E reúnem a rara capacidade de poderem avaliar, de uma só vez, o desempenho dos alunos, dos professores e das escolas.
Defendo que deveriam ser alargadas a todas as disciplinas que não fossem sejeitas as exames nacional no final de ciclo de estudos;
Defendo que, em tese, podem vir a ser utilizadas com utilidade e isenção na avaliação dos professores;
Defendo que apenas serão credíveis quando sairem da alçada do ME.
Este ponto é crucial e o Paulo tocou-lhe de raspão: os erros, as incorrecções científicas e a "oscilação" dos critérios de eleboração, realização e correcção têm sido factor de perturbação do modelo. Eu penso que as"oscilações" são, todas elas, politicamente interessadas. Veja-se o escândalo do ano passado com as classificações anormalmente elevadas no exame de Matemática, que só interessaram ao ME para justificar o Projecto da Matemática que, recorde-se, apenas tinha sido aplicado ao nível do ...7º Ano. E todos os anos, em várias disciplinas, se ouve os correctores dizer que os critérios de correcção não têm lógica nem nexo científico. Que são completamente diferentes do ano anterior, enfim, que são estabelecidos de acordo com o interesse político de se obterem os resultados que interessam.
Por isso, para afastar essa suspeição e devolver aos exames e provas alguma credibilidade não seria má ideia que as provas - e os próprios exames nacionais - saíssem da alçada do ME.
Há ferramentas e instrumentos indispensáveis à qualidade do ensino. Alguns muito perto de nós.
Reitor

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