terça-feira, 26 de julho de 2011

Retratos De Portugal




Kátia Catulo escreveu uma excelente crónica sobre Portugal e os portugueses. Uma descrição actual, factual e exacta da situação em que se encontra a Educação, a Escola Pública e o país. Situação que me envergonha e envergonha certamente alguns portugueses com mediano sentido de justiça e noção clara do respectivo estatuto de cidadania. Em qualquer país civilizado do norte da Europa, este artigo de Kátia Catulo provocaria forte censura social e política da parte da generaldiade dos cidadãos.
Em Portugal não. Como não provoca a mais leve brisa social a fuga generalizada ao fisco, a percepção do rendimento social de inserção ad aeternum, a baixa fraudulenta, o subsídio de desemprego-melhor-que-o-salário, enfim a fraude económica, social e política.

Em contraciclo, atirando areia aos olhos dos seus leitores, saiu o defensor oficioso do Estado-desde-que-não-lhe-embarre-nos-direitos. Mais uma vez, Paulo Guinote traz à evidência os conceitros que tem sobre liberdade individual, cidadania e justiça.
É eloquente a forma como defende (porque não a contesta com a veemência que se exigiria a um professor) a  fraude, a mentira, a falsificação e a trafulhice que medram em torno da matrícula dos alunos nas escolas públicas e em torno da Educação, de que ele é servidor, não duvido.
Sob o peso dos arreios do Estado, esquece que o principal dever de um professor para com os mais jovens é ensiná-los a serem cidadãos, a não conviverem com a trafulhice pública, a combaterem a injustiça, a iniquidade e todas as formas de fraude.
Paulo Guinote justifica uma trafulhice pública com o argumento, deixa lá ver, com o argumento de que o director do "i" aceitou bolachas da Maria de Lurdes Rodrigues. No melhor pano cai a nódoa. Triste.

E quem pensa que a "culpa" é dos cidadãos que inventam moradas para escolher as escolas está redondamente enganado: a culpa é do Estado.

Podia fazer de conta que era ceguinho, assobiava para ao lado e não postava estas linhas? Podia sim senhor, mas sou cristão...

Reitor

domingo, 24 de julho de 2011

Ajuda Desinteressada a Uma Directora Aflita

Ao pôr os olhos no Umbigo do Guinote, a banhos com toda a certeza, dei com esta posta que se refere a uma carta da Directora da Escola Secundária de Alberto Sampaio de Braga ao Ministro da Educação, Professor Doutor Nuno Crato.
E, porque sinto hoje um chamamento altruísta, não posso deixar de fazer o que Secretário de Estado e a Ministra da Educação não fizeram até agora: esclarecer a directora da Escola Alberto Sampaio e todos os outros que estão com dificuldades em colocar o telhado neste edifício à burocracia e à estupidez, que é a avaliação dos professores, criado pelo senhor doutor Alexandre Ventura com o silêncio cúmplice do Sr. professor Mário Nogueira.

Notas prévias
1 - A directora da ESAS sabe muito bem que pedir uma audiência à anterior ME - mestra Isabel Vilar - para esclarecer dúvidas sobre a add, seria visto como uma ofensa à senhora pois que, sabe a directora e sabemos todos, a mestra Isabel Veiga não percebia népia do assunto. Pedir-lhe uma audiência para tratar de add foi o mesmo que pedir-lhe para dar uma aula de chinês. Nem respondeu.
2 - Um pedido de esclarecimento sobre add efectuado, ao que tudo indica, no mês de Julho não credibiliza a Directora da ESAS nem dos directores das escolas de Braga, em nome dos quais a senhora se apresenta.
Com efeito, se a add está no fim - como já dizem os xicoexpertos do PSD e do CDS pensando que se safam do epíteto de "mentirosos" que vem a caminho - como pode haver directores que ainda não sabem todas as linhas com que a mesma se cose?
  • Ou não sabem e, à revelia de uma acção competente e do profissional, iniciaram um processo de que depende a vida de centenas de professores sem saber como terminá-lo.
  • Ou sabem e estão a arranjar desculpas e a querer adiar e empurrar para cima uma tomada de decisão que lhes vai causar amargos de boca.
O Ministro não é destituído e, consequentemente, não vai esclarecer nenhuma das dúvidas levantadas sobre um processo que está no fim. Se o fizesse abriria uma porta para esclarecimentos de mais dúvidas, acabando por colocar em causa um processo que, tudo indica, quer deixar chegar ao fim (esta será a linha de resposta dos spin)

Mas, eu não tenho a responsabilidades de um Ministro.
Por isso proponho-me ajudar a aflita Directora, esclarecendo-a sobre a operacionalização do modelo

Capítulo I - Esclarecimentos à directora

1 - Quem avalia, formalmente, é o juri de avaliação e não os relatores ou a ccad.
2 - Quem avalia, de facto, são os elementos da ccad que validam o cumprimento das quotas e as avaliações negativas.
3 - A ccad faz parte de todos os júris, ou melhor, os quatro elementos da ccad avaliam todos os professores da escola.
4 - Assim sendo, a ccad conhece previamente todas as propostas de avaliação.
5 - Dos cinco elementos de cada júri apenas um não conhece as propostas de avaliação de todos os professores da escola. Apenas conhece a dos professores que acompanhou. Em bom rigor o júri de avaliação é uma ficção que justifica a existência de relator e que, ao colectivizar o avaliador, ajudou a calar os sindicatos.
6 - Antes da primeira reunião do primeiro júri de avaliação, já quatro elementos dos cinco que constituem essse júri têm conhecimento de todas as propostas que irão surgir para avaliarem.
7 - Ou seja, antes da primeira reunião do primeiro júri, a ccad já sabe se as propostas de avaliação de muito bom ou excelente ultrapassam as quotas ou não.
8 - Se não ultrapassam, o júri apenas terá de se preocupar se aceita ou não alguma das propostas de mb ou ex que lhe apresentam (não por causa das quotas, mas sim por causa do mérito da proposta, ou do professor).
9 - Se ultrapassam, o júri, em bom rigor, os quatro elementos do juri que constituem a ccad ficam logo a saber quantas não podem validar. Sabendo quantas, há que saber quais. Para isso têm os quatro elementos da ccad, antes das reuniões do júris, de apreciar todas as propostas de mb e ex para determinarem qual ou quais vai/vão ser rejeitadas (não validadas).
10 - Os "critérios de desempate" surgem como forma de a ccad/júri atirar para os relatores a decisão sobre os mb e ex a atribuir. Ou seja, os que inventaram os "critérios de desempate" - que são uma invenção - querem transferir para os relatores o ónus da decisão de não atribuir mb ou ex a um professor.
11 -  Os "critérios de desempate" vão servir para "ordenar administrativamente" as propostas dos relatores e sustentar a não atribuição de mb ou ex com base no critério administrativo da  ordenação quantitativa das propostas dos relatores. Note-se: tudo se prepara para que a avaliação dos professsores com mb ou ex não dependa de qualquer critério de mérito, mas sim de um critério exclusivamente administrativo e exterior ao júri de avaliação.
12 - Em bom rigor, não há mal que todos os relatores atribuam classificações de 10 valores porque a ccad tem uns critérios de desempate que resolvem as questões de mérito. Os "critérios de desempate" contrariam a letra e o espírito da add. Funcionam para este modelo de add como a antiguidade funcionava para o anterior. E nada me admiraria se a idade do professor entrasse como critério para desempate...

Capítulo II - Orientações técnicas para os professores manterem a add em banho-maria

1 - Após tomarem conhecimento da proposta de add, todos os professores das escolas de Braga (e do país) devem pedir a entrevista com o relator
2 - Após serem notificados da classificação final, todos os professores devem reclamar para o júri de avaliação
3 - Após decisão da reclamação, todos devem interpor recurso ao júri especial de recurso


Com os protestos da minha consideração
(Não precisa de agradecer)


Reitor

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Carta De Olinda a Alzira

..
..
Que estranha agitação não sinto n'alma
Depois que te perdi, querida Alzira!
De meus olhos fugiu, sumiu-se o fogo,
Que a tua companhia incendiava!
Sem que eu possa atinar a causa, a origem.
Uma delícia, prima aqui 




Reitor

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Como Pode o Estado Português Pagar Ordenados Numa Escola Pública Sem Alunos?


Este pedaço de texto é a imagem de Portugal. Um país subdesenvolvido, cujos cidadãos dependem totalmente dos favores e da acção paternalista do Estado.
Vejam bem: os alunos de um concelho não gostam das quatro escolas que os cercam e, literalmente, fogem para uma escola privada de outro concelho. Que, certamente, lhes dá melhores condições de frequência e de sucesso. Caso contrário não se deslocariam para outro concelho para frequentar uma escola idêntica a quatro que têm ao pé de si..
Há pessoas que acham isto estranho.
Que acham que a "culpa" de perderem alunos é da escola privada do concelho vizinho! Ah, e da natalidade! Note-se bem: a culpa das quatro escolas do concelho de Guimarães perderem alunos não é dos auxiliares, dos professores, nem dos directores, nem da Câmara Municipal, nem da DREN. É da "existência da Cooperativa de Ensino Didáxis". Incrível.
Vá lá, não se lembraram ainda de pôr a culpa nos pais dos alunos que deles fogem. Faltará pouco.
Há portugueses que defendem que o Estado deve manter escolas públicas em funcionamento - mesmo não oferecendo um serviço que seja procurado pelos "utentes", mesmo não tendo alunos para as frequentar -apenas porque são públicas. São os mesmos que têm os filhos nas privadas.
São os mesmos que defenderiam que, se das quatro escolas públicas de Guimarães os alunos apenas preferissem duas delas - que não aquelas em que dão aulas - o Estado deveria distribuí-los, compulsivamente, pelas quatro apenas para os ocupar e justificar-se o ordenado no final do mês.
Um país em que as pessoas confiam mais no Estado que nelas próprias, não pode ser desenvolvido.

Reitor

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cartas Fenixianas Interceptadas Por Mero Acaso e Sem Autorização Do Presidente Do Supremo

...
Uma Coordenadora fénix ensina estratégia aos membros da sua equipa:

«Com a nomeação do novo Ministro da Educação, um combatente fervoroso do "eduquês", como muitos insistem em classificar este(s) projecto(s), a Dra. Luísa está em pânico, com certeza.
A prova está no facto de, pela primeira vez desde que a conheço, ter passado três dias (os três últimos, de dia 15 a dia 18) sem publicar o que quer que seja no seu blogue Vox Nostra. Precisamente os três dias em que se conheceu a composição do novo Governo de Passos Coelho e, consequentemente, o próximo Ministro da Educação.
A escolha de Nuno Crato não podia ser mais do seu desagrado, sobretudo quando se aventavam por aí nomes tão favoráveis como o próprio José Matias Alves, António Nóvoa, Joaquim Azevedo  e até Santana Castilho.
Então,  dizia eu, a ausência de publicações no Vox Nostra é reveladora de algum mau estar. É sim senhor, principalmente se prestarem bem atenção ao "post" que põe fim ao jejum desses três dias e que abaixo vos transcrevo: um verdadeiro hino ao Projecto Fénix, na palavra de uma coordenadora de escola. Que estratégico!
A Luísa tem razões para ter medo, ou afinal as metas de sucesso impostas às escolas Fénix, pela DGIDC, até são muito mais elevadas do que as próprias metas do PROGRAMA EDUCAÇÃO 2015  do ME, justificando o grau de exigência do Projecto?!?
O problema, a partir de agora, será Nuno Crato, a sua desconfiança nestes projectos e a sua fé na Doxologia, para além da sua necessidade de poupar quase 200 milhões de euros na Educação, a curto/ médio prazo. Ainda assim, por falta de tempo para deitar mão a tudo, havendo questões muitíssimo mais prioritárias a requerer a atenção do Ministro, acredito que o Projecto Fénix terá mais um ano de existência. UM ANO APENAS!
Saliento que o que acabei de escrever não passa de uma dose de “achismo” pessoal, para usar o lugar-comum imbecilizante que está a vulgarizar-se entre os comentadores que pululam nos media portugueses.
Cá para mim, a Luísa respira diferente, sente diferente e não voltará a ser a mesma. O pior é que nós também não!»

Uns diazitos depois (depois dos comes & bebes), mais umas inconfidências da coordenadora:

«O Crato é mais "sopinha de massa" do que parece na TV.
O Crato gosta do Projecto Fénix, que elogiou muito.
O Crato já tinha reunido em particular com a Luísa de Beiriz. Ela é boa evangelista.
PALPITE/ ILAÇÃO (com 95% de probabilidade de sucesso, "penso eu de que"): O Crato vai deixar o Projecto Fénix prosseguir (pelo menos no próximo ano)».

De fónix para fénix: sinceramente, acho que sim. Acho que é provável que o Nuno Crato se deixe enganar por estratégias manhosas de manutenção de projectos palpitantes, mesmo conhecendo a sua fé na doxologia! Aleluia!


Reitor

domingo, 17 de julho de 2011

Bárbara Demagogia De Um Desenfreado Comunista

«Esperar que a escola torne iguais as condições de sucesso entre alunos provenientes de classes sociais diferentes, sem tornar iguais, ou pelo menos semelhantes, os direitos de acesso aos bens essenciais – alimentação, saúde, rendimento disponível, segurança social, etc. – é mais do que uma utopia, uma enorme barbaridade e mistificação da realidade»

O que este queria era que voltassemos à economia planificada da ex-URSS em que o capital, os meios de produção, inclusive a mão-de-obra, o produto e a riqueza eram do Estado. O grande Estado seria servido por uma nomenklatura de xicoexperts para distribuir, equitativamente, pelo povo as migalhas da riqueza que sobrasse.
Nesse Estado em que todos teriam acesso aos mesmos bens essenciais - automóvel, férias no Algarve de verão e na neve do Inverno, telemóvel, MEO, Internet, MP3, ipad, gambas, drunfos, abortadeira ao domicílio e massa oferecida sob a forma de "rendimento social de equilíbrio"-  nesse Estado, a escola já poderia garantir a todos as mesmas condições de sucesso, inclusivamente nos exames nacionais.
Mesmo aos mentecaptos e aos cepos - que sempre o houve e haverá - o pai-Estado haveria de garantir a distribuição gratuita de uns grãozinhos de inteligência de forma a que as suas condições de sucesso escolar fossem idênticas ou semelhantes à de todos os portugueses.

Arre!

Reitor

I N C O M P E T E N T E

O senhor girasso que encima estas palavras é o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do M.E, doutor Hélder Dinis de Sousa. Ou seja, é o responsável pelos exames.
Antes de subir de posto era o responsável técnico dos exames, hoje é director do GAVE (embora a página electrónica deste serviço, por conveniência, o omita.
Ele é o principal responsável pela hecatombe nos resultados dos exames nacionais do Ensino Básico e Secundário deste ano. 
Foi ele :
  • que relacionou...as descidas com "o ajustamento do nível de exigência" dos exames.
  • Foi ele o mentor da das novas regras para correcção dos exames.
  • Foi ele que inventou a "formação para professores classificadores" dirigida aos professores que corrigiam exames há mais de 10 anos.
  • Foi ele que criou a "bolsa de professores classificadores" e depois, percebendo que tinha feito mal as contas sobre o número de professores necessários, entregou exames para corrigir a professores que não estavam nessa bolsa e que não tinham feito a "formação", pondo em causa, segundo os seus critérios, a equidade e a uniformização da correcção.
  • Foi ele que inventou a formação de professores classificadores ao sábado, criando uma confusão nacional que só amainou porque foram mudadas as datas de "formação" para dias úteis.
  • Foi ele que criou o sui generis "contrato" entre o ME e os "professores classificadores". E que induziu os professores assiná-lo, como se fossem obrigados a fazê-lo.
  • Foi ele que deixou de pagar aos professores a correcção dos exames, defendendo que era uma função inerente à profissão.
  • Foi ele que se passeou pelo país em acções de formação de "leitura dos resultados do exames nacionais".
  • Foi ele que fez cessar as reuniões prévias à correcção para uniformização de critérios.
  • Foi ele que mandou alterar os critérios de correcção uma e duas vezes em cima do prazo de entrega das provas corrigidas, como bem denunciou o Paulo Guinote.

Como ainda não teve tintins para se demitir, DEMITAM-NO por incompetência.
E não me digam que estão à espera da remodelação que vão fazer em todas as chefias de serviço, a partir de Setembro, para o substituir nessa altura. É um erro crasso.
A responsabilidade por uma gestão tão incompetente do serviço de exames, a pior da última década, tem de ser assumida agora e é muito simples de assumir: uma vez que o senhor não sai, alguém o demita.

 
Reitor

sábado, 16 de julho de 2011

E Então? Ninguém Se Chega à Frente?

BÁSICO

 

SECUNDÁRIO

Português com pior resultado de sempre no secundário

Exames/Secundário: Negativas a Matemática A sobem de 13% para 20%

Média negativa a português foi o pior resultado em 14 anos de exames


Afinal, de quem é a responsabilidade por estes péssimos resultados nos exames nacionais?
Que razões explicam os péssimos resultados nos exames nacionais, precisamente agora que se completam 6 anos de tantas e tão boas medias educativas aplicadas pelos governos do inginheiro socratas?
Até parece que os alunos, num gesto de solidariedade com socrates, e censura ao povo português, resolveram errar nas respostas aos exames como que a dizer: ai correram com o nosso inginheiro que tantos subsídios e facilidades nos dava? Agora amanhem-se.
Quais as causas?
Quais os responsáveis?
A estes duas questões deviam dar resposta o Governo e os xicoexperts da educação. Mas não dão.
O Crato já deu uma resposta ao problema, mesmo sem saber as suas causas.
Ao xicoexpert estes exames passam-lhe bastante acima. Nem os vê.
O vizinho do lado, o que está muito chateado comigo, aponta algumas razões. E até acerta nalgumas.

Mas falta ainda uma outra análise. Falta ainda apontar o o dedo aos responsáveis.
Falta nomear os incompetentes que derem origem a estes resultados.
Mais logo.

Reitor

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Uma Lição Às Esquerdas e a Certo Chico-Espertismo Primário Que Pulula Por Aí

Nesta altura da legislatura, isto parece-me coreografia, para aparentar que querem algo, mas na verdade apenas querem que a insatisfação continue a propagar-se na escola, que o ambiente se deteriore ainda mais e que a insatisfação aumente ao ponto de chegar a um desejado ponto de amadurecimento que leve os professores outra vez para a rua, se possível servindo o bem maior que é o combate contra as Políticas de Direita

Paulo Guinote faz uma certeira análise política da coreografia que as esquerdas estão a fazer em torno da avaliação do desempenho docente. Está cheinho de razzão. É só coreogadia.

E, ao contrário daquilo que deviam fazer, mas não fazem, os organismos públicos ligadas à educação (e o próprio M.E.) vai divulgando o que se faz em várias escolas em temos de ADD. Está a prestar ao país um verdadeiro serviço público de educação: divulgar as boas práticas das escolas. Trata-se de um particular a prestar um serviço público gratuitamente e, só por isso, merece público louvor.

Claro que até dói o coração classificar de boas práticas algumas das coisas que se estão a fazer nas escolas e que o Paulo nos faz o favor de mostrar. Fico estarrecido. É tanta  a m**da que brota de cérebros nitidamente desocupados que fico deveras preocupado com a educação dos nossos jovens e, sobretudo. com a sua saúde mental. Começa a ser perigoso colocá-los nas escolas públicas.


Reitor

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Euromilhões Saiu Ao P.S.D.



O grande vencedor do euromilhões da política é, sem dúvida, Pedro Passos Coelho, como se viu ontem no debate Xico Assis versus Tozé Seguro na SicN.

Fraquinhos.


Reitor

domingo, 10 de julho de 2011

Não Achas Ques Estás a Cegar?


Que interessa aos professores que o ME venha dizer a ADD será suspensa a partir de 31/12/2011?
Os professores já sabem que este modelo de ADD morreu, faltando apenas fazer-lhe o funeral.
Não há nenhum professor no país que não saiba que não haverá mais nenhuma ADD com base no actual modelo de Add.

A única forma de o ME "tranquilizar os professores" é enterrar hoje, que ontem já era tarde, o processo de add em curso. Nuno Crato deveria dizer já (e não esperar que seja a Assembleia da República a dizê-lo) que revoga o actual modelo de ADD (decreto-regulamentar n.º 2/2010) e que todos os professores serão avaliados por "apreciação intercalar", tal como constava da proposta do PSD/CDU/BE, aprovada em Março último. Desta forma atingia três objectivos fundamentais para a governação do ME:
1 - eliminava o bicho que tanta peçonha tem lançado nas escolas e entre os professores.
2 - desmuniciava as comunidades escolares (enfim, os professores, é claro) para a "agenda reformista" que aí vem e que é, de facto, o que interessa.
3 - cumpria a palavra dada (se não por ele, pelo PSD) e marcava desde logo uma base de confiança na relação com  os professores que perduraria por anos.

Portanto, meu caro, Nuno Crato tem boas ideias, tem uma agenda liberalizadora q.b. (por razões que te poderei explicar depois, prefiro alimentar a ideia de que a agenda do Crato é liberalizadora e não, apenas, reformista.) que só pode fazer bem à educação e ao pais.

Portanto, meu caro, se Crato queria ganhar a confiança dos professores (e ainda não a ganhou) já deveria ter dito que o Governo revogava o decreto-regulamentar 2/2010.

Se ainda quiser ganhar essa confiança e libertar-se dos escolhos ideológicos que lhe vão lançar no caminho, só tem uma coisa a fazer já: aconselhar o PPC a dizer aos deputados para votarem a favor da proposta dos comunistas, tal como fizeram em Março. Não, não é necessário que todos votem. Que fiquem no hemiciclo apenas os necessários para fazerem uma maioria com os da CDU e do BE. O povo perdoará aos que se ausentarem dos trabalhos.

Coerência. Coerência.


Reitor

Directores De Categoria

"A única coisa que fiz foi definir quem são os directores de turma", conta Adelino Calado do agrupamento de Carcavelos (Cascais).

?? Como é possível, Lino, teres definido quem são os directores de turma se ainda não sabes que turmas vais ter? É que ainda não sairam os resultados dos exames dos alunos do 9 ano. Ou já? Ou fazes turmas sem teres alunos? Ou já os escolhestes, como nas privadas?
Área de Projecto vai acabar ou não? O Estudo Acompanhado é para todos os alunos ou só para os que têm dificuldades? A Educação Visual e Tecnológica continua com dois professores ou fica reduzida a um? O tempo que os docentes têm para se dedicarem a projectos extracurriculares vai diminuir? Os professores bibliotecários vão ter de dar aulas a uma turma ou continuam a assegurar em exclusivo a gestão das bibliotecas? (Aldomiro da Fonseca)

?? Como é possível, Miro, não saberes que a área de projecto não acaba, nem acaba o estudo acompanhado e tudo o resto de que falas? Não sabes das leis que regulam a tua actividade? Não conheces a Resolução da AR nº 60/2011? Nem a Portaria nº 76/2011? Que sabes tu, afinal, Aldomiro?


Reitor

Uma Vergonha Para a Filosofia






Reitor

Sonha Tozé, Sonha Muito.




Reitor

sábado, 9 de julho de 2011

Hã! Disseste Unanimidade?

Clique para aceder

Respostas completas a uma entrevista dada antes da constituição do Governo:

1) Novas eleições, novo Governo. O que perspetiva para a Educação para o próximo ano letivo e o que espera desta nova legislatura?
R: o próximo ano lectivo vai ser de acalmia nas escolas e no relacionamento com o ME. Atenção: não vai se um ano fácil, nem para os professores nem para as escolas. Haverá cortes em todas as despesas na educação, reformulação de currículos, suspensão dos programas e projectos pedagógicos de melhoria dos resultados escolares, cujos exemplos máximos são aqueles fenomenais projectos de melhoria do sucesso escolar (turma-mais, fénix e híbrido!) que não são mais que um expediente para passeios, encontros, formação, palestras... Um sorvedouro.
(http://www.dgidc.min-edu.pt/outrosprojetos/index.php?s=directorio&pid=108)
Mesmo esperando tempos difíceis, acho que as escolas respirarão um ar mais puro, ganharão confiança no Governo e nos seus superiores, ser-lhe-á dita a verdade.

2) Qual o perfil ideal para liderar o próximo Ministério da Educação?
R: uma pessoa que não esteja marcada politicamente, aberta à mudança, que tenha combatido civicamente as perniciosas políticas do anterior ME: o facilitismo das novas oportunidades, embuste dos resultados escolares para estrangeiro ver, a propaganda política em torno e à custa da escola, o inenarrável processo de avaliação do desempenho docente, enfim, alguém que seja intelectualmente sério e sólido, que esteja aberto a reforçar o poder e a liberdade de escolha dos cidadãos, diminuindo o peso do Estado na educação e na sociedade...

3) Na sua opinião, quem julga reunir essas características? Porquê?
R: Tenho preferência por um destes dois: Nuno Crato e Diogo Feio. Porque são pessoas ponderadas, que sempre combateram as políticas de ML Rodrigues e Isabel Alçada, que perceberam que não era com falsos engenheiros e habilitações marteladas que o país progredia, que sempre defenderam os exames e a avaliação, que sempre estiveram ao lado das escolas e dos professores, enfim, porque são duas pessoas honestas e incapazes de mentir aos portugueses.

4) O que falhou na relação entre os professores e o anterior Governo e o que deve ser realizado para assegurar essa boa relação?
R: Faltou confiança. Os professores não confiavam no anterior Governo. E com muita razão.

5) Uma última questão: que medida gostaria que fosse desde logo implementada com o arranque de funções do novo Ministério?
R: a primeira medida e ainda em Junho era a revogação do actual modelo de avaliação dos professores. Seria este o melhor sinal para que os professores ganhassem confiança no ME e a melhor avaliação da uma das medidas políticas de Sócrates na Educação que se mantém até hoje.


Não me apetece responder a este provocador, embora seja justo reconhecer que também apontou, em primeiro lugar, o Crato para ministro. Enfim, às vezes acerta.

Reitor

Veremos Se a Coerência Acompanha a Esperteza Comunista





                        
Será desta?


Reitor

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Homenagem a Uma Grande Mulher. Deus a Tenha!




Reitor

Queres Ver Que o Arrufo Primaveril Santana / Passos Salvou Os Professores e a Escola De Uma Tragédia Que Se Anunciava!

Ao ler estas e estas laudatórias palavras a Santana Castilho vieram-me à cabeça duas certezas:
  1. A coisa estava tão próxima de acontecer, era tão certa, tão certa que já estava pronto o Gabinete.
  2. O choque foi de tal ordem que, para além da visível devastação neuronal  de algumas mentes brilhantes, deixou muitos educadores da praça em situação de orfandade técnica.
E uma conclusão óbvia:
  • Foi a pressa e a insistência com que o predestinado (e os seus acérrimos defensores) se insinuava que fez soar o alarme, salvar os professores e a escola do mais bem preparado e mais autorizado especialista português em Educação. Livra.


Reitor

Quatro Cartinhas Apenas

Sobre as medidas concretas – ainda quase inexistentes – pouco se diz e acena-se com as imposições da troika (mas, afinal, não existiam antes, quando alguém elaborou um não-programa?) que, afinal, não se confirmam, por exemplo, na aceleração da concentração da rede escolar. 
Não me cumpre aqui fazer o papel de carteiro de ninguém – e já devolvi ontem o que tinha a devolver ao emérito autor da alcunha, a quem decidi crismar de bigodim do Norte como contrapartida (sim, Luís, esta é para ti) -, mas é impossível não reparar até que ponto a fulanização substituiu qualquer debate em torno das medidas concretas. Logo em quem, no passado, se fez muito purista nessas matérias.  
Para finalizar, um pensamento abstracto ou nem tanto (sim, Octávio, esta é para ti mesmo que digas, com a habitual dose de arrogância, que não passas por aqui): se há quem esteja mesmo muito visceralmente contra a ADD e queira apontar-se como exemplo de contestação, por favor, esclareça o público se até ao momento aceitou cumprir as regulamentações destinadas a relatar colegas e se as continua a cumprir, apenas com reserva mental. Se conseguiu livrar-se disso, tanto melhor. Eu esclareço desde já que entreguei o meu RAA e nem sequer estou para pensar muito nisso. Mas não ando a fazer declarações pópovo divulgar. Não falo de relatores sem grande poder de embate contra nomeações impostas por direcções mais ou menos abusivas, falo de relatores ilustres e muito cheios de si mesmos, antes e depois. Mas que o fazem durante.  
Válido também para chicos-guerreiros, que se acham melhores relatores do que os outros.

Ao putativo ME que não o foi, ao bigodim do Norte, ao defensor oficioso e ao inevitável dótor xicoguerreirozé.

Tss! Tss! Não te ponhas com ideias...

Reitor

Excelente Posta

No Ramiro Marques
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.

Esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
 
 
 
Reitor
 
 
 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Valter Lemos a Mentir Com Todos Os Dentes

Na TVI24.

Resumidamente: fechar mais de 3.000 escolas foi uma boa medida em benefício dos estudantes e teve o acordo de pais e autarquias.

A avaliação por pares é boa para os professores porque só nas profissões altamente especializadas é que a avaliação se faz pelos pares. Nas profisssões menos exigentes e menos qualificadas, a avaliação pode ser feita por estranhos.

Walther dixit, mais coisa menos coisa

Reitor

Farto-Me De Rir

Com aquelas que pensam que a justiça está isenta de erros.
Mas, rir-rir mesmo, é ver algumas "contentinhas de ocasião" felizes com o erro (eventual, ainda) do procurardor que dirige o caso Strauss Kahn. E agarrar-se a ele para lançar lama sobre a justiça americana.

Preferem um Procurador como o nosso.
Preferem uma justiça como a portuguesa.

Só de for por terem lá uns amigos...


Reitor

domingo, 3 de julho de 2011

Percebi Hoje Porque Foi Chumbada a Proposta do PSD Para Revogação Do Modelo de ADD


Nuno Crato é ignorante, tem conhecimentos limitados e insuficientes de Educação
Pedro Passos Coelho é políticamente desonesto
Sinto-me defraudado
Pedro Passos Coelho assume que os professores são estúpidos. Diz uma coisa antes e faz outra depois das eleições
Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito." (Eclesiastes 4:4)

A proposta de revogação do modelo de avaliação apresentada em Março pelo PSD foi redigida por mim.


"Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." (Eclesiastes 1:2)


Reitor

"Quanto a Estas Coisas Que Vedes, Dias Virão Em Que Não Se Deixará Pedra Sobre Pedra, Que Não Seja Derrubada." (Lucas 21:6)


Os governos socialistas do ing.º Sócrates e o Ministério da Educação em particular estavam a destruir o país e a educação.
As malfeitorias foram muitas.
Mas não irreversíveis. A maioria já foram....
  • Foram os professores titulares e a divisão da carreira;
  • Foi o estatuto da carreira docente;
  • Foi o estatuto do aluno;
  • Foram as aulas de substituição;
  • Foi a "ocupação plena2 dos tempos escolares
  • Foi um modelo de avaliação que nunca chegou a ser aplicado;
  • Irá o outro modelo de avaliação (aguarda as exéquias);
  • Vai agora uma das maiores aberrações de fomento à desertificação: o fecho de escolas a eito;

Falta acabar:
  • Com o subsídio a torto e a direito (há escola em que mais de metade dos alunos são subsidiados e outras em que se PAGA aos alunos dos cursos efa e profissionais para estudarem)
  • Com a parque escolar
  • Com as DREs e todas a sorte de equipas e grupos de apoio às escolas
  • Com a oferta de computadores
  • Com as novas oportunidades
  • Com a escola a "tempo inteiro"
  • Com  o asfixiante monopólio estatal da educação
Lá chegaremos

Reitor

Eu Não Tenho Nada a Ver Com este Assunto





Reitor

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Expliquem-me Devagarinho. Como Se Fosse Estúpido.

1 - Um artista da música e da representação viaja a altas horas da madrugada pela autoestrada do norte.
2 - Conduz um automóvel que não lhe pertence e que, pelos vistos, não tem seguro.
3 - Leva no seu interior três indivíduos, sem cinto de segurança ao que dizem uns, com cinto ao que dizem os próprios, sendo um deles uma rapariga de 17 anos, menor de idade, portanto.
4- Viajava a tal velocidade que, ou por rebentar um pneu (hipótese inicial que, se viu não ser exacta) ou por partir o eixo da roda traseira (uma razão mais longínqua de qualquer responsabilidade pessoal), teve um acidente grave.
5 - Desse acidente resultou a morte de Angélico Vieira e de um ocupante.
6 - Está em perigo de vida o outro ocupante.

Estes factos seriam explosivos e perturbadores em qualquer país desenvolvido do mundo.
Portugal não é um país desenvolvido. Angélico é um herói.

Deus o tenha


Reitor