quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O Estado que não é capaz de proteger as suas escolas

Empresa reforça segurança em escola de Beja

Paga a empresas de segurança com os milhões de euros roubados aos próprios professores, no adiamento da aposentação e no congelamento de salários, obviamente.
Reitor

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"Ministério da Educação promove fuga ao Fisco"

As necessidades permanentes das escolas de Braga do ensino básico estão a ser satisfeitas à margem da lei e a motivar a fuga ao Fisco e à Segurança Social. Tudo por culpa do modelo de contratação adoptado pela Direcção Regional de Educação do Norte, que coloca nas escolas bracarenses trabalhadores sem qualquer tipo de vínculo laboral


Reitor

Escolas Completas - A novilíngua a penetrar

"Precisamos que todas as nossas escolas sejam escolas completas, ou seja, que se preocupem com absolutamente todos os seus alunos e projectem isso no seu programa de trabalho», afirmou ontem o secretário de Estado da Educação, Valter de Lemos

Mudem de disco. Já não precisamos de uma escola "inclusiva" do género "todos iguais, todos diferentes". Precisamos de "escolas completas" o que na novilíngua da "educasocialista" significa que as escolas têm de se transformar em organizações desreguladas e completamente apostadas em manter as minorias na escola: os preguiçosos, os mandriões, os cábulas, os indisciplinados, os violentos, os jovens e velhos criminosos.
Tempo perdido em detrimento dos que querem estudar, têm objectivos e procuram ser alguém na vida. Para esses, as escolas hão-de continuar a ser incompletas
Não é assim sr. Valter
Reitor

Olha a Teodolinda! Nas Novas Fronteiras?

Teodolinda Silveira é uma "especialista" em educação. Foram muitos os anos de aprendizagem nas "cadeiras" sindicais e foi larga a experiência na 5 de Outubro, como fiel assessora de Ana Benavente, outra "pedagoga" de reconhecido mérito que veio a parir, inclusivamente, as famosas ACND do Ensino Básico.

No mês passado participou no Fórum da sua família política, a bem dizer, primos algo afastados.

O Paulo já tinha falado do assunto há bastante tempo, mas só agora pude visualizar o VÍDEO da transcendente intervenção da pedagogoa Teodolinda

Não posso dizer que tenha ficado desiludido, nem sequer aborrecido.

Enfastiado também não é o termo mais ajustado.

Pasmado serve bem.

Sim, fiquei pasmado com tanta ciência sobre autonomia das escolas. Uma experiência de recentralização política e administrativa da educação que o poder socialista quer estender a outras escolas no futuro.

Fiquei pasmado porque pensava encontrar nas Novas Fronteiras, novos exploradores...

Reitor

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Bye-Bye..

Alguém confirma umas vozes que se ouvem por aqui e que dizem que o ME está transformado num saco de gatos?
Que ninguém se entende?
Que o V. "Excesso Grave de Faltas" L. está a tentar isolar a Lurditas?
E que a equipa está para cair muito brevemente, muiiiiito brevemente por estar a causar prejuízos ao partido e às suas aspirações para 2009.
Diz-se com tanta insistência que começo a ficar céptico...
Não guardem o bolo só para vocês, ok.
Adenda: Eles estão tão caladinhos...Desde 7 de Outubro que não há notícias.
Reitor

"Pelos ares do criado pode-se avaliar o patrão"

O pedagogo dos afectos já tinha anunciado o seu abandono da CCAP, no tom "humilde" e "despretensioso" que o caracteriza:

E creio que é a hora de dizer um pouco em off que de facto já não pertenço a qualquer órgão que. Pedi a cessação de funções bastante tempo antes da presidente. Mas esta questão pessoal é absolutamente irrelevante. Não lhe quero dar qualquer destaque porque não interessa.


Mas não chegava...

Era preciso que se soubessem as causas.

Começou por dizer que, com a criação da aplicação para ajudar as escolas na avaliação,

"...se perdeu toda a esperança das recomendações do CCAP terem qualquer acolhimento e efeito prático"

"...no actual quadro, o CCAP, o único órgão técnica e cientificamente autónomo, deixou de ter qualquer importância".

Sem esperança nas recomendações e perdida a importância do órgão (que se faz pela função, como se sabe) que restava ao pedagogo?
Perante esta adversidade, o nobre cavaleiro, homem corajoso e íntegro, desceu da sela, deitou a montada e flanqueou-a, tal como se de um penedo se tratasse, resguardando-se da tempestade que aí vinha. E ganhando forças para a próxima gesta...
Que se saiba e nunca tendo sido desmentido, o pedagogo dos afectos ratificou, com o seu voto, as Recomendações que a Presidente Conceição haveria de fazer o jeito de aprovar em nome da CCAP que não existia.

José e Conceição aprovaram as recomendações 2, 3 e 4 da CCAP insuflando credibilidade a um modelo de avaliação que não a tinha. Dando um ar de exequibilidade áquilo que era inexequível.

Enfim, o cessado pedagogo e a aposentada Presidente trataram, antes de cuidarem das suas vidinhas, de lançar gasolina na pradaria que ardia.

Lançaram os "cães ao mato" e, por razões nobres e pertinentíssimas, fugiram. Viraram as costas às suas responsabilidades.

Mas, faltava ainda a cereja. Chegou ontem.

O pedagogo dos afectos desafez uma mentira que corria por aí:

José Joaquim Ferreira Matias Alves, membro do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, na qualidade de professor titular do ensino secundário em exercício efectivo de funções, nomeado pelo Despacho nº 6753/2008 de 7 de Março, vem requerer a cessação de funções a partir de Setembro de 2008 uma vez que a partir dessa data deixou de exercer a função de professor titular que legitimou a sua nomeação.Gondomar, 1 de Setembro de 2008.

Está reposta a verdade. A escusa deve-se, afinal, a uma questão de falta de legitimidade.

Percebemos e compreendemos. Não é preciso explicar melhor.

Reitor

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Que Esperavam De Um Governo Socialista?

"Muitas escolas do primeiro ciclo começaram este ano a intercalar as Actividades de Enriquecimento Curricular com as lectivas. Os pais afirmam que está posta em causa a sua liberdade de escolha e que na prática as AEC estão a tornar-se obrigatórias"

Os pais deste país - não todos, mas uma larga maioria - estão preocupados em deixar os filhos entregues a alguém sempre que vão para os empregos. Alguns até gostariam de os deixar nas escolas durante a noite para não incomodarem. Enfim, pretensões legítimas, embora erradas.
Os restantes pais, aqueles que se preocupam com a educação que a escola dá aos seus filhos, começam agora a acordar: afinal, a escola a tempo inteiro, facultativa como dizem aqueles que a pariram, obriga os miúdos a esperar que os colegas realizem as AEC para, mais tarde, continuarem com as aulas que se interronperam por causa sdo Apoio ao Estudo, do Inglês, da Educação Física ou outra AEC.
Ou seja, na Escola Socialista a Tempo Inteiro, as AEC têm tanta importância e prioridade como a aprendizagem do currículo, da língua e da matemática...

A Escola Socialista a Tempo Inteiro trouxe, para aqueles que andam mais distraídos, algumas novidades "pedagógicas" que convém não esquecer:
- As aulas deixaram de ser o objectivo principal da escola que passou a ter como objectivo a guarda e entretenimento dos alunos das 9 às 5.
- As Actividades de Enriquecimento Curricular (nome pomposo para Recreio com Animadores) precisam de ser "organizadas", "geridas" e "acompanhadas" tal qual as aulas. Mais, ao contrário destas, aquelas envolvem a gestão de alguns milhares de eurinhos e dão emprego aos amigos e conhecidos.
- A gestão das AEC têm por base, NÃO o interesse dos alunos, mas SIM completar os horários dos amigos a contratados.
- Por causa das AEC muitas crianças estão a ter aulas em contentores. Com ar condicionado, diz qualquer chuchalista que se preze.
- Por causa das AECs e dos Contentores, milhares de crianças ficaram sem espaço de brincadeira nos recreios. E, porque os pátios e todos os espaços estão ocupados a tempo inteiro, quando chove ficam confinadas à sala de aula, que também é a sala onde fazem ginástica e a outras "actividades".
- Por causa das AEC decorrerem em simultâneo com as aulas, o âmbiente de ensino é ruidoso, desmotivador e nada propício à aprenizagem.
- Para satisfazer interesses que não os dos alunos, muitos PCEs colocam as AEC intercaladas com as aulas daí resultando que os pais, que não precisam dessa espécie de entretenimento para os filhos, são obrigados a inscrevê-los sob pena de os petizes ficarem sozinhos e abandonados enquanto os restantes estão nas AECs.
- As actividades de educação física são realizadas sem as mínimas condições de higiene e segurança: os alunos têm actividades físicas nos contentores onde têm as aulas, nos átrios e recreios e, no fim da actividade não há sequer balneários para as crianças aprenderem a cuidar da sua higiene; não se respeitam horas de almoço nem de digestão; ajuda-se mal, exlica-se pior.
- As AEC são realizadas, em muitas escolas, por jovens rapazes e raparigas sem qualquer formação, aos quais se paga uma mixórdia.
Mas isto não interessa, pois não?
O que interessa é propagandear-se que agora temos escola a tempo inteiro (mesmo que seja só até às 17h) e antes deste governo não tínhamos.
O que interessa é que os paizinhos deixem os miúdos de manhã na escola e não se preocupem mais com eles até à noitinha quando os forem levantar, não é verdade?

Não se acautelem portugueses, que os governantes socialistas, que já indicam o médico que devem procurar para resolver os VOSSOS problemas de saúde, o tribunal onde VOCÊS podem procurar justiça , a escola onde hão-de educar os VOSSOS filhos e a segurança social onde depositam o VOSSO pé-de-meia para a reforma, ainda VOS hão-de dizer como devem vestir os VOSSOS filhos; o que lhes devem dar a comer, o que está certo, o que está errado, o que é melhor e o que é pior para vocês ... Enfim, não teremos trabalho nenhum, nem de pensar sequer, pois os nossos governantes - grandes e pequenitos - pensam por nós.
Corremos é o risco sério de sermos tratados como carneiros a quem os governantes - mais os pequenitos que os grandes, é certo - indicam o redil.
Reitor

Resistir, Resistir, Resistir

Via Ramiro Marques:

"O direito à reunião e à aprovação de moções é um direito protegido pela Constituição. Nada há a temer. Os pedidos de suspensão do processo de avaliação estão a alastrar por todo o lado. Nada há a recear. Não pode haver processos disciplinares em consequência da simples aprovação de moções a exigirem a suspensão do processo".

Reitor

sábado, 18 de outubro de 2008

Afinal, É Uma Questão de Tamanho?

Na Revista "Única" da semana passada vinha uma interessante crónica sobre tamanho...
Reitor

Histórica Reunião

Mãos amigas fizeram-me chegar esta acta, encontrada por mero acaso num bar da 24 de Julho, que relata fielmente a reunião realizada na passada 3ª feira entre a FENPROF e a ME.
ACTA

Aos catorze dias do mês de Outubro de 2008, pelas dez horas, nas instalações do Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, reuniu a delegação sindical da FENPROF com a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) tendo integrado, além do secretário-geral da FENPROF, os dirigentes António Avelãs e Óscar Soares (SPGL), Abel Macedo (SPN), Anabela Sotaia (SPRC) e Joaquim Páscoa (SPZS).

A Ministra da Inducação, digo Educação, MLR começou por çaudar, digo, saudar os presentes que se encontravam com cara de poucos amigos. De seguida, vendo Mário "Estaline" Nogueira tão amarelo, MLR perguntou-lhe se estava doente, ao que o cavaleiro respondeu que não podia estar sob pena de ser mal avaliado no item "Empenho para a realização das aulas previstas".
Óscar Soares, com um sorriso entre o amarelo e o verde alface, disse que a culpa do seu estado de saúde era a manif marcada para 15 de Novembro por uns professores de direita que, auto-intitulando-se de independentes, estavam a fazer aquilo que a FENPROF já deveria ter feito há muito. Mário "Estaline", num aparte audível e dirigindo-se a Óscar Soares, exclamou: chiu, cala-te Soares, não nos coles às manifs da direita.
Quando reparou que todos os presentes tinham houvido, digo, ouvido a sua exclamação sussurrada, Mário corou e deixou sair bem alto um "pois, é como te digo Óscar, isto é obra da direita". Empertigou-se o Abel "Cunhal" Macedo para, falando para os presentes, lançar um aviso que, todos perceberem, tinha destinatária certa: afirmou ele que os professores não aguentavam tanta pressão e que, mais dia menos dia, vinham protestar para a rua com enorme gáudio para os alunos e óbvios prejuízos para as famílias. A culpa não poderia ser atribuída aos sindicatos e muito menos à FENPROF que, de cócoras desde Abril, ainda não se tinha conseguido erguer.

Preparava-se para continuar a discorrer sobre cócoras e calças descidas quando, inopinadamente, os camaradas Páscoa e Sotaia lhe deram um safanão simultâneo, pela esquerda e pela direita, ouvindo-se apenas um “ai carago”.
Já recomposto, tomou a palavra Mário "Estaline" Nogueira para, cordatamente, em ameaça mal disfarçada, dizer a Sexa., a Ministra da Inducação, digo, Ministra da Educação, que os professores consideram a avaliação muito injusta, muito burocrática, cheia de ilegalidades e vícios, uma autêntica perda de tempo. Temia que os professores engrossassem a manif de 15/11 e viessem a exigir dos sindicatos a marcação de uma greve na última semana de aulas do 1º período.

Sexa, a Ministra da Educação, em tom sereno e ligeiramente enfastiado, perguntou ao sindicalista Mário se as suas palavras significavam que pretendia suspender o memorando de entendimento assinado em 12 de Abril passado, entre a Plataforma e ela própria.
Hum! Ah! Mas, Pois, Acho que! Não, não, respondeu açertivamente, digo assertivamente, o Mário “Estaline” Nogueira. Os acordos são para cumprir, mas…
Sem tirar fora, continuou a Menistra, digo Ministra, lembrando ao jurássico grupo de representantes dos professores que a palavra dada tem muito valor; que os acordos são para respeitar; que todos devem dar o exemplo e nunca por nunca, rasgar um acordo firmado de boa-fé; que, como representantes dos professores, deveriam ser os primeiros a afastar qualquer sinal de contestação que pudesse pôr em causa o acordo livremente assinado por todos nós; que…

Tss! Atchim! Atchim! Cof, cof., interrompeu a secretária da reunião a quem deu um ataque de tosse que fez voar a papelada da mesa.
Suspensa a reunião por cinco minutos, na volta, a Secretária explicou que se encontrava constipada em virtude de ter apanhado chuva, ontem mesmo, enquanto esperava que a Ministra lhe entregasse o diploma do 12º Ano, do curso de Novas Oportunidades que tinha tirado na Câmara de Lisboa.

Continuou a reunião, pegando na palavra Mário “Estaline” Nogueira que, dirigindo-se a Sexa., a Ministra, reconheceu que queria respeitar o memorando de entendimento mas que os professores não perceberiam que ele e o sindicato lhes voltassem as costas num momento tão difícil. Que gostaria de ver encontrada uma solução que lhe permitisse enfrentar os sócios e os professores sem pôr em causa o memorando.
O Soares ainda levantou o dedo, mas o olhar do Mário foi suficiente para que desengatilhasse a arma.
Mansamente, o Abel “Cunhal” Macedo apontou para o ar, bolçando uma ideia que deixou todos silenciosos por 0,05 segundos. Mário, disse ele, e se marcássemos uma manifestação para a semana anterior? Esvaziávamos a do dia 15 e dávamos um ar de sindicalismo sério e preocupado com os profissionais da educação, respondeu antes que o Mário abrisse a matraca, digo a boca. Continuou: os professores não nos poderiam acusar de estarmos amarrados ao entendimento e a Senhora Ministra não podia dizer que faltamos ao nosso compromisso. E depois do dia 15? Que faremos nós, Abel, lançou o Mário.

Pegou na palavra a Ministra da Educação que sugeriu aos presentes que se antecipasse para Dezembro a reunião da Comissão de Acompanhamento prevista para Julho de 2009, de forma a sossegar os professores e a mostrar a abertura do Ministério para discutir as preocupações dos professores.
Olharam uns para os outros e, balbuciando, o Mário “Estaline” Nogueira concordou com a ideia, no que foi seguido pela jurássica malta, tendo ficado acertado entre todos que assim se faria.
E nada mais havendo a tratar Sexa., a Ministra da Educação encerrou a reunião cuja acta depois de lida foi aprovada e vai se assassinada, digo, assinada pelos entendidos que estiveram presentes e também por mim, Cátia Vanessa que a secretarie
i.

E foi assim que tudo se passou.
Reitor

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um Texto Que Gostava de Ter Escrito

Fernando Adão da Fonseca, Presidente do Fórum para a Liberdade da Educação, escreveu ontem no Público um excelente texto sobre cidadania, democraia, liberdade, progresso e justiça social.
Uma lufada de ar fresco.
Reitor

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Uma Escola Inclusiva

Campus do Orgulho da Escola para a Justiça Social

"Visando à redução do assédio e da violência contra alunos homossexuais em escolas públicas americanas – incidente que faz com que um número cada vez maior de alunos faltem às aulas ou desistam de freqüentar escolas nos EUA – oficiais de educação em Chicago, Illinois, recomendaram a aprovação de uma escola pública orientada aos alunos homossexuais para, assim, oferecer um ambiente de ensino mais acolhedor e tolerante a esses alunos"

Ora cá está uma problemática muito pertinente para se discutir logo a seguir à publicação da lei do divórcio ou à ainda recente discussão sobre o casamento de homosexuais.
Este problema deve afectar os jovens portugueses de hoje - que faltam às aulas e que não querem frequentar a escola - e obrigar-nos a abrir, não propriamente uma escola, mas um Curso Novas Oportunidades num CNO perto de si, para tornar a escola e as aprendizagens mais atractivas para os alunos.

Vexa. sabe a histórinha toda, de trás para a frente e da frente para trás

"A 5 de Setembro, Valter Lemos assinou a proposta de portaria mas, dias depois, mandou cancelar. “Foi-me dito pelos serviços da DGIDC e do ensino superior que havia um vazio legal e que era urgente que a proposta fosse assinada, sob pena de aqueles alunos não poderem concorrer à universidade. Fi-lo de boa fé e sem saber que já havia certificados passados”, explicou. A informação sobre as implicações da aprovação da portaria acabou por a receber dias depois, quando o seu gabinete jurídico analisou a proposta. “Não quis empatar o processo e assinei antes de ter esta apreciação. Quando me disseram mandei anular"

O nosso governante Valter "Excesso Grave de Faltas" Lemos não é homem de "empatas".
Tal como em tempo de guerra se dispara primeiro e depois se pergunta, VL assinou primeiro e depois é que se foi informar.
Neste caso, jura a pés-juntos que fez as coisas de boa-fé "sem saber que já havia certificados passados", disse ele.
Amigo VL, como diz o bom e sábio povo português - que NÃO ELEGEU vexa. para estar aí mas que, para o caso, não interessa - como diz o bom e sábio povo português, parece-me que vexa. governa com a empáfia dos néscios: está de boa-fé, ignora os assuntos esquisitos, não sabe nada sobre os assuntos que cheirem mal, enfim... Vexa. não sabe é quando há-de morrer. Nós tambem não.
Reitor

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Mito da Visão

O PSD tem-se esmerado ultimamente em debater o estado da Educação em Portugal.
Criou até um blog no qual têm sido publicadas interessantes e pertinentes reflexões e artigos de opinião.
Encontrei lá a intervenção do líder parlamentar, Paulo Rangel. Excelente e prova de que algo está a mudar no PSD...
Primeiro mito (socialista), o mito ideológico

O Governo PS e os seus arautos nesta Câmara arrancam da premissa ideo­lógica de que uma escola aberta e aces­sível a todos, democrática ou “inclusiva”, como tanto gostam de di­zer –tem de ser complacente, tem de fazer concessões ao “fa­cilitismo”, tem de renunciar a quaisquer critérios de seriação e de selectividade.
Nada de mais falso. Nada de mais erróneo. A exigência é uma condição sine qua non para uma verdadeira igualdade de oportunidades. É mesmo um pressuposto indispensável da correcção das assi­me­trias de origem entre os alunos portugueses (que vão da condição económica-social ao ambiente cultural das respectivas famílias). Ao contrário de um preconceito muito divulgado, a exigência e a profundidade no ensi­no são o primeiro requisito da cha­mada "escola inclu­siva". O laxismo e o facilitismo não são apenas facto­res de atraso no desenvolvimento glo­bal do país; são responsáveis directos pela mar­gi­na­lização definitiva dos alunos mais desfavo­re­ci­dos sócio-culturalmente

O segundo mito (socialista): o mito burocrático.

O Governo PS e os seus oráculos nesta Câmara transformaram a avalia­ção da escola – da escola no seu todo – no alfa e no ómega das políticas de educação. O que significa que deslocaram a rotina das escolas, o seu dia-a-dia, da equação “en­sino-aprendi­zagem” para o binómio “re­porte-ava­liação”. Perde-se muito mais tempo a aferir e avaliar – alunos, professores, escolas, funcionários – do que a ensinar e a aprender. O arranque do ano lectivo – da vida das escolas (ou das escolinhas, como, com aquele toque de ternura de que só a propaganda é capaz, o Governo agora lhes chama) – está irremediavelmente marcado pela burocracia e o melindre da avaliação, em especial da avaliação dos professores, feita nos ter­mos que todos conhecem.
Houve um dia em que a senhora Ministra disse – numa frase infeliz e errada – disse que o sistema educativo está demasiado centrado nos professores.Mas cabe perguntar – e perguntar-lhe também a ela –, esta atribulada avaliação não será um dos principais factores de concentração do dito sistema educativo em torno da classe docente? Enquanto se preenchem for­mulários, se escrevem relatórios, se marcam reuniões e se fazem entrevistas, quantas aulas ficam por pre­parar, quantos alunos repetentes ficam por assistir, quanto empenho e energias de profes­sores se gastam em secretarias e corredores?

Estes mitos também se podem fundir num único MITO.
O Mito da Visão: Em Terra de Cegos, Quem Tem Olho É Rei
Reitor

domingo, 12 de outubro de 2008

O Ante-projecto de que ninguém fala

O ante-projecto de avaliação do desempenho dos professores, apresentado pela FENPROF, é muito fraco no tempo e no modo, é tecnicamente uma nulidade e um desastre para as expectativas que os professores ainda acalentavam.
Professores que, na sua imensa sabedoria e tendo já percebido a asneira, se remeteram ao silêncio.

Um ante-projecto para "debate com os professores" deveria ser debatido. E, desde logo, pelos muitos professores que assinam blogues. Porque e que estão todos calados?

Tá lá, Ramirooooo? Pauuulo? Matiiiiiias? Que lhes parece o ante-projecto? Já percebi. Também querem poupar os professores ao ridículo, inclusive os colegas dirigentes sindicais.

Quais são o erros de palmatória do ante-projecto que já muitos deitaram ao balde do lixo.

1 - Acho que o modelo de avaliação proposto pelos sindicatos NÃO é um modelo de avaliação profissional em parte nenhuma do mundo desenvolvido. É, isso sim, um exercício teórico para entreter professores a fazer de conta que avaliam: Esta frasezinha diz ao que vêm os sindicatos:

"todos os elementos de uma determinada comunidade educativa possam ser avaliados mas também avaliadores".

2 - É um modelo de avalição inconsequente (como se pretende) , estúpido (porque insultuoso para qualquer profissional que se preze e QUE QUEIRA SER AVALIADO); demasiado burocrático como não se deveria querer e, vê-se em cada palavra, em cada linha, em cada parágrafo, não é para ser levado a sério por nenhum Governo digno desse nome.

Aliás, prova disso é que, no famoso "organograma", no capítulo dos "procedimentos" nem sequer aparece a fase da "Avaliação" o que significa que os professores vão ser "avaliados" sem se submeterem à "avaliação"?!

3 - É um modelo que, ignorando ostensivamente o ECD, remete a avaliação dos professores para um passado que já não volta. Ou seja, a FENPROF ao apresentar este ante-projecto, sabe bem que o ME só o pode recusar porque o mesmo contraria a lei.

Que quer então a FENPROF ao apresentar aos professores um modelo de avaliação que é para deitar ao lixo, literalmente?

Quererá obter pontos políticos: talvez revogar o ECD; talvez levar à demissão da ministra; talvez derrubar o Governo?

Os professores precisam de uma defesa séria e politicamente (partidariamente) desinteressada.

Reitor

sábado, 11 de outubro de 2008

A partir de agora é que vai ser...

Rendas de casa ao preço de um café
Os inquilinos da Câmara de Lisboa têm sobejas razões para estar satisfeitos com o seu senhorio: a lista do património disperso da autarquia, a que o CM teve acesso, deixa claro que em 4222 casas, lojas e ateliês cedidos pela autarquia alfacinha, por cedência e arrendamento habitacional e não habitacional, 83 por cento têm aplicadas rendas mensais de valor inferior a 50 euros e 29 por cento contam mesmo com uma renda inferior a cinco euros por mês.

As rendas estão completamente ulrapassadas e precisam de ser actualizadas

Helena Roseta, o mais recém-aliado de António Costa na autarquia, é categórica: "As rendas actuais são completamente antiquadas." Com a responsabilidade política de elaborar o novo Plano de Habitação para Lisboa, a ex-deputada do PS não tem dúvidas de que "o património da Câmara precisa de uma reforma de fundo

É preciso fazer uma "reforma" ao património da Câmara de Lisboa; implementar um "Plano de Valorização dos Imóveis"; fazer um "Projecto" para se resolver o problema...É preciso pôr mãos a isto...

Agora é que vai ser...

Entretanto, se o Sr. Presidente e os Senhores e Senhoras Vereadores tiverem algum vagar, podem fazer uma listinha de quem deu casinhas e de quem as recebeu, para se enviar à Procuradoria a ver se alguém vai preso. É que parece-me haver aqui um esbulho de bens públicos. Obrigado.

Reitor

Fenómemo Engraç(i)ado!

Já terminou o braço de ferro entre Maria da Luz e a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC). Mª da Luz é mãe de uma criança que no ano lectivo transacto frequentou o 1º ano do ensino básico mas, que na opinião da mãe, não adquiriu competências suficientes para transitar para o segundo ano. Esta encarregada de educação fez várias diligências e conseguiu que o filho repetisse o primeiro ano de escolaridade. O braço de ferro teve io quando a DREC veio dar o dito por não dito e colocou o filho de Maria da Luz numa turma de segundo ano. Maria da Luz não Baixou os braços e depois de muita luta, conseguiu finalmente que a direcção regional de educação do centro lhe desse a resposta que tanto queria. Na passada sexta – feira, dia 3 de Outubro, a DREC informou Maria da Luz que o filho iria integrar a turma de primeiro ano. Segundo esta mãe, o facto de ter exposto o caso à comunicação social ajudou e muito na sua resolução. Apesar de lamentar ao ponto que a situação chegou, esta encarregada de educação disse à elmo que sem luta não se vai a lado nenhum.
Afinal, nem todos procuram o sucesso a toda a força. Uma lição de vida.
Reitor

Eu Sou Candidato

É verdade, guardei segredo durante muito tempo.
Tentei tudo para manter a discrição e o low profile e até o consegui... cá dentro, em Portugal.
Contudo, a minha fama precede-me e, lá fora, já sabem das minhas intenções. Para que não venham a saber "por outros", faço-vos hoje uma delaração solene e um apelo sentido:

Sou candidatro a Presidente. Peço que votem no REITOR

Obrigado
Reitor

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Melhor que a Co-Avaliação só a Avaliação-Co


A prática da co-avaliação implica que todos os elementos de uma determinada comunidade educativa possam ser avaliados mas também avaliadores. Mantendo-se a paridade profissional no reconhecimento de que estamos numa profissão em que todos temos a mesma habilitação de base e profissional, a co-avaliação resolve o problema do reconhecimento da autoridade do avaliador uma vez que há a co-responsabilização de todos os pares.

Dito de forma mais simples: todos os professores têm uma habilitação de base e profissional, logo todos são autoridades científicas e pedagógicas, logo todos são, simultaneamente, avaliados e avaliadores, percorrendo uma carreira única e cronologicamente ascencional.
De forma ainda mais simples: Todos os professores são profissionalmente iguais (pares)distinguindo-se, apenas, na antiguidade.
Esta tese sindical é FALSA, pretende contrariar a divisão artificial da carreira, imposta governamentalmente pela figura de professor titular e tem sido a principal razão da desgraça dos professores. Não há engenharia social nem profissional que sustente durante muito tempo uma falsa igualdade.
A verdade é que todos os professores são profissionalmente diferentes; uns melhores que outros, uns mais competentes, mais assíduos, mais responsáveis mais experientes, mais esforçados e mais capazes que outros, independentemente do tempo de serviço. Os melhores merecem ganhar mais e os piores menos!
A co-avaliação, avaliação partilhada, desenvolve-se de forma permanente, nos momentos considerados necessários pelas estruturas pedagógicas de cada escola ou agrupamento, contemplando registos escritos a ter em conta nos momentos formais do processo.
Esta modalidade de avaliação contempla o acompanhamento dos percursos individuais enquadrados nos critérios nacionais e nos decorrentes dos projectos educativos e curriculares da escola/agrupamento.
A co-avaliação é uma falácia pegada. E muito mal definida: dizem que se desenvolve "de forma permanente, nos momentos considerados necessários pelas estruturas pedagógicas". Parece haver aqui uma contradição: de forma permanente ou em momentos adequados? Decidam-se, p.f.
São as estruturas pedagógicas (que entes são estes?) que definem quando se desenvolve a avaliação? Mas, não seria melhor estabelecer uma cronograma para que cada docente pudesse saber quando está a ser avaliado? É que, senão, corre-se o risco de os docenets acusarem as indefinidas "estruturas pedagógicas" de arbitrariedade.
Alguém desse lado me consegue explicar o sentido desta curiosa frase: Esta modalidade de avaliação contempla o acompanhamento dos percursos individuais enquadrados nos critérios nacionais e nos decorrentes dos projectos educativos e curriculares da escola/agrupamento. Antecipadamente grato!
Este trabalho deve contemplar também o aferir dos êxitos e sucessos do grupo à luz dos objectivos traçados no início de cada ano lectivo, procedimentos a alterar ou melhorar, reflexão acerca das causas impulsionadores de sucesso e das causas de fracasso pedagógico, e ainda, apreciar as menções individuais que lhe forem presentes. O resultado espelhar-se-á num relatório crítico por ano lectivo, onde terão de ser registadas as propostas de menção individual aqui aprovadas.
Os sindicatos sempre acusaram de burocrático o modelo do ME! Pois, para além da Avaliação-Co vejam os procedimentos que o sindical modelo exigirá:
- definição de objectivos anuais, individuais e colectivos
- aferição de êxitos e sucessos à luz de objectivos anuais
- aferição de procedimentos a alterar ou a melhorar
- reflexão acerca das causas impulsionadoras de sucesso (o melhor item de todos)
- reflexão acerca das causas impulsionadoras do fracasso pedagógico
- apreciação das menções individuais que lhe forem presentes (também não sei a que "lhe" se referem)
- elaboração de um relatório crítico por ano lectivo
Nada mal para quem quer defender os professores...
Reitor

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Anteprojecto: contributos para o debate e algumas notas explicativas

A Fenprof apresentou um anteprojecto para avaliação do desempenho dos professores.
Uma "alternativa credível dos professores para a escola portuguesa", diz a dinossaúrica malta.
Acreditamos que sim! Pena é que venha com 9 meses de atraso...
E que não consiga ser muito melhor do que o do ME...
E que tenha de ser explicado para ser compreendido pelo comum dos mortais.

Veja-se a riqueza, a variedade e a originalidade dos conceitos e procedimentos previstos:

1º PASSO AUTO-AVALIAÇÃO
(a encarnado, as explicações necessárias à boa compreensão da coisa)

Toda a avaliação deverá ser transparente (tal qual as cortinas que se põem na janela para atenuar a luz) e partir do próprio avaliado (é o avaliado que dá início à avaliação. Não dando, não parte). Nesta perspectiva, todos os critérios e vectores (para além dos itens e parâmetros...) de avaliação têm de ser controlados pelo avaliado. A impossibilidade desse controlo inviabiliza um critério enquanto tal (dando origem a uma nova preocupação, naturalmente). O trabalho de auto-análise não é só importante, ele é indispensável a um modelo eficaz que pretenda reflectir o desempenho real, pelo que o processo deverá contemplar a auto-avaliação.

A auto-avaliação desenvolve-se de forma permanente (antes, durante e depois das aulas), durante cada ano lectivo, sendo objecto de discussão partilhada (ou seja, a avaliação de cada um é discutida entre todos), com especial ênfase no final de cada ano lectivo. No final de cada escalão todo o processo anterior deverá conduzir à apresentação de uma proposta de menção qualitativa (dito de outra forma: a avaliação de cada um é discutida e combinada entre todos. De seguida, decide-se da menção a atribuir, por consenso ou recorrendo à votação. Neste último caso, o escrutínio será feito por recurso a voto secreto).

Como instrumentos (Ah! Aqui estão eles! Ainda faltam as grelhas) de suporte a todo este processo podem considerar-se várias hipóteses de registo, entre as quais, a elaboração de um portefólio de registos, relatórios críticos da actividade docente, ou outros que as escolas considerem relevantes (nomeadamente através de uma aplicação na internet).

Como referentes de avaliação deverão ser considerados os critérios (critérios ou referentes? Hum! Alguém falhou no copy paste) nacionais e os decorrentes dos projectos educativos e curriculares de escola.

Em final de escalão o docente elabora uma proposta fundamentada de menção qualitativa que será entregue às estruturas pedagógicas em que o docente está envolvido (Nota: não é obrigatório qualquer envolvimento! A proposta também pode ser entregue à colega que tenha as pernas mais compridas...).

Continua...

Reitor

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Simpflificação - Primeiro Passo

Já se diz por aí, nos mentideros, que ontem reuniu o Conselho das Escolas com toda a equipa ministerial: a Maria de Lurdes Rodrigues, o Valter "Excesso Grave de Faltas" Lemos e o Jorge "Sinistro" Pedreira. Ainda não tive confirmação se o Ingº esteve presente. Pode ser que ...mais logo.
Ao que me sopraram, a grande novidade da sessão de "informações" (até no Magalhães se falou) foi sobre a avaliação dos professores.
Parace que vai ser centralizada através de uma aplicação na internet. Vai fazer-se tudo online?!?!
Estavam os professores preocupados com as metas, os objectivos mínimos e as notas máximas... Calma! Ainda têm tempo. Aguardem pela aplicação...
Pensavam eles, erradamente, que se ia manter o modelo de avaliação;
Culpabilizavam os sindicatos por se terem comprometido com um mau acordo...
Nada disso!
A Ministra da Educação, afinal não é assim tão má para os professores.
No momento em que todos estavam a desesperar com as grelhas, os objectivos e todas as outras fatalidades , repito, fatalidades, a ilustre Ministra da Educação de Portugal foi ao Parlamento das Escolas anunciar um modelo simplificado: A Avaliação pela Internet!


Modelo simplificado de Avaliação de Desempenho Docente Pela Internet
2008/2009

  1. Há uma "aplicação" centralizada na DGRHE para se aplicar o modelo
  2. Os professores inscrevem-se na "aplicação" tal qual para os concursos, com login e password
  3. É-lhes colocado um chip informático de identificação
  4. Os avaliadores, já chipados na qualidade de avaliados, avaliam também pela internet
  5. A Big Mother controla todo o processo, verificando da legalidade, das notas que cada um dá e que cada um obtém, dos objectivos e tudo o mais...
  6. No fim do processo, imprimem-se as fichas e... já está.

A menos que haja surpresas, não demorará muito a que os professores estejam todos com um bonita trelinha (electrónica, claro) nos seus ilustres pescoços.

Reitor

Plano Tecnológico da Educação - 12

Uma forma de os Conselhos Executivos das escolas colaborarem com o Governo na implementação do Plano Tecnológico da Educação:

A Escola Básica nº 34 foi uma das três escolas encerradas esta manhã (as outras foram a Secundária D. José I e a Básica nº 91) por pais de alunos que alegavam que as escolas tinham ratos e formigas

Reitor

sábado, 4 de outubro de 2008

Carta Aberta à Conceição

Ainda agora chegaste, Conceição, e já te vais embora.
É uma pena. Tinhas tanto para dar à Avaliação dos Professores...
O jovem jornalista, Pedro Tavares, com a pressa dos jovens, tropeçou na realizade e, vê tu bem, até afirmou que eras uma voz "incómoda" para a Ministra da Educação. Também me ri... Enfim, perdoa-lhe que é jovem. Nós também já fomos jovens, Conceição.
Também ouvi que o Mário Nogueira anda a dizer aos jornais que espera que não te tivesses "aposentado por haver algum incómodo" entre as tuas posições, seguidistas como tu mais que ninguém sabes e como já aqui referi, e aquelas que foram perfilhadas pelo CCAP (referindo-se, por certo, àquela recomendação que diz que as notas dos alunos não devem contar para a avaliação dos professores este ano). O Mário está mais quente que o jornalista.
Já devias saber, Conceição, que o poder morde na mão daqueles que lhe dão a bucha.
Porque foste tu fazer o jeito à Maria de Lurdes? Pensavas que ela te agradecia teres aprovado aquelas recomendações que competiam, não a ti, mas ao CCAP?
Porque foste aprovar umas recomendações prejudiciais aos professores e às escolas - não pelos lugares comuns nem pelas vacuidades que contêm, mas sim porque se constituiram como mais um elemento a ter em conta na aplicação do "exequível"modelo de avaliação de professores, copiado nos novos países amigos de Portugal e abraçado pelo Ingº Sócrates?
Deixaste os "teus"conselheiros aprovarem aquela recomendação e estragaste tudo. Pelo que se lê, a Maria de Lurdes não gostou nada, mesmo nada, que pusessem em causa uma das traves do modelo de avaliação - os resultados escolares dos alunos - e desancou no teu CCAP. Não junto a ti, no sossego do gabinete, mas sim quando estava reunida com o outro Conselho . Não se faz!
Agora, em vez de te aguentares à bronca que ajudaste a criar, foges. Foges para longe, foges para não seres vista. Mas nós estamos aqui, Conceição, nós vemos-te muito bem.
Já se diz por aqui que o teu substituto é o grande educador e teórico da educação dos afectos, Matias Alves. Até se alvitra que sabia que estavas pertinho da aposentação e que, por isso mesmo, se tem vido a pôr a jeito.
Diz-me lá, é verdade?
Reitor

100.000 - 2.500 = 97.500

Claro que, para quem vai receber cem mil euros do Estado, dois mil e quinhentos são uma ninharia...
Reitor

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Bellis Perennis

O Ramiro deu-nos a conhecer um e-mail da directora regional do norte, Dra. Margarida "Novas Oportunidades" Moreira.

O dito mail roça o escândalo e coloca a direcção regional do norte no local exacto onde tem estado nos últimos três anos...

E não se riam os outros directores regionais porque, pelo que se vê, estão a poucos pontos de poderem ganhar o prémio "Maior Propagandista Socialista à Custa do Erário Público". A Guida vai pouco à frente...

Com um discurso ao nível do chinelo, começa a directora por tratar os directores das escolas por "colegas", berrando:

"CAROS E CARAS COLEGAS" diz a sinhora, numa tentativa óbvia de aproximar os "colegas" da matéria fedorenta: "Todos terão de escolher OBRIGATORIAMENTE UMA OPERADORA (TMN, OPTIMUS, VODAFONE ou ZON), independentemente de terem ou não pedido ligação à NET".

Será que os directores das escolas do norte se revêm no estilo e modos de ser desta "colega" directora?

E, num português atamancado de princípio a fim, insiste em tratar os "colegas" por atrasados mentais: O MAIS IMPORTANTE É INFORMAR, NINGUÉM PODE DIZER QUE NÃO SABE.

É verdade! Ninguém pode dizer que não sabe... Todos sabem, Margarida.

Pobre criatura! Onde cairá no dia em que for demitida?

Reitor

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Nasci Para Ser Ignorante

Terá isto

"PSD acusa Sócrates de ser «ignorante»

alguma coisa a ver com isto?

"Licenciatura de Sócrates revela novas incongruências"

ou até com isto? Ainda que remotamente?

Sócrates projecta casa em cima de curral de vacas

Nasci para ser ignorante
mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.
Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.
... (Amália Rodrigues)

Reitor



Carta de Olinda a Alzira em versão soap opera

Mão amiga fez-me chegar esta correspondência entre duas professoras que se conhecem há vários anos mas trabalham em escolas diferentes.

“… todos ficámos boquiabertos: chegou a coordenadora à reunião. Numa mão levava o livro de actas e, na outra, um saco de plástico do Intermaché.
Cumprimentou-nos, sentou-se e deu-nos a boa nova. Tinha sido “decidido” no conselho pedagógico que se faria um “sorteio” para ver quais os professores do departamento a serem avaliados por cada avaliador nos quais ela tinha delegado competências de avaliação. Assim, era um processo mais democrático, disse ela. Gelei.
Sem capacidade para produzir um único som, ouvi as instruções da coordenadora: cada um de vocês tira um quadradinho com o nome do coordenador do saco. Será esse o vosso avaliador. Olhámos uns para os outros e um colega mais velho - mas não titular - ainda titubeou: mas isto é alguma brincadeira? Então, os avaliadores são esc olhidos por sorteio? Que se passa aqui? Colegas! Isto foi decidido em pedagógico e parece-me o método mais transparente e democrático, disse a coordenadora! Fez-se silêncio...
O meu avaliador é uma colega que me fez um sorriso entre o amarelo de constrangida e o verde de vaidosa.

Este processo parece-me impressionante. Como estão a fazer na vossa escola


Este caso caricato espelha as muitas loucuras que se estão a fazer nas escolas que, pelo que vou ouvindo, estão sem lei nem grei. Triste figura são levadas a fazer, as escolas e os professores...
E os pais ainda não entraram na avaliação...
E os resultados escolares ainda estão longe...

Reitor