segunda-feira, 31 de maio de 2010

Secundário Inferior e Secundário Superior. Hã! E o Médio?

«O Conselho de Escolas vai propor à ministra da Educação a reorganização dos ciclos de ensino em três ciclos de quatro anos cada. O projecto vai ser debatido hoje, segunda-feira, no plenário do órgão consultivo do ME, e Álvaro Almeida dos Santos conta com a sua aprovação»

O Guinote já disse que era uma boa proposta.
Por mim, acho que faltam uns esclarecimentos adicionais.

«Apesar dessa nova organização, Álvaro Almeida dos Santos considera que a proposta garante maior "sequencialidade e coerência curricular" ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória»

Desde logo, não basta dizer que haverá maior sequencialidade (seja lá o que isso for) e maior coerência curricular como diz o mestre de cerimónias do CE? Será que haverá maior sequencialidade e coerência do que aquela que há hoje em que todas as escolas, ou a esmagadora maioria, levam os alunos do 5º ao 9º ano? É preciso desenvolver uma bocadito mais, não?

«Assim, além do 1º ciclo (que se mantinha com a mesma estrutura de quatro anos), os restantes actuais três ciclos de ensino seriam convertidos em dois: "secundário inferior e secundário superior».

Secundário inferior e secundário inferior? Esta é de cabo da guarda.
Para além do estigma que seria para as crianças do 8º ano fazerem parte de uma coisa inferior, os professores e funcionários também seria menorizados pois que passariam a sê-lo de uma escola secundária inferior, por oposição aos da escola secundária superior.
E o grande Liceu de Camões, agora designado por Escola Secundária de Camões passaria a designar-se por Escola Secundária Superior de Camões. E a Escola Secundária de Valadares seria de nível superior ou inferior? Mau gosto.
Se não querem utilizar as designações actuais: 1º ciclo do EB (1º ao 4º ano); 2º ciclo do EB (do 5º ao 8º ano) e Ensino Secundário (do 9º ao 12º ano), proponho-vos estas:
1º ao 4º ano - Ensino Básico
5º ao 8º ano - Ensino Médio
9º ao 12º ano - Ensino Secundário

Reitor

Quoque Tu Marcelo

O que pensa da entrevista da professora de Mirandela à revista Playboy?

«... Isto é, a professora é livre, enquanto pessoa e cidadã, vender a imagem, cabe nos limites da lei, por isso é perfeitamente legítimo. Enquanto professora, perde a reserva de um aspecto fundamental da sua vida privada, perdendo respeito e autoridade perante os alunos. Independentemente de ser professora de crianças até aos dez anos, entendo que com isso afecta o respeito e autoridade. Se tiver outra actividade, não tem nada a ver. Mas nesta perde as características fundamentais».

A arquivista Bruna Real está prenhe de felicidade. Até os pais gostaram do que viram (só acho que a donzela tem um nariz grande demais. E torto. Mas é apenas uma opinião pessoal).
O Marcelo diz que a arquivista perdeu as condições fundamentais para continuar a ser professora. Eu acho é que nunca foi professora na vida. E se algum dia lhe puseram crianças na frente, não foi para lhes dar educação por certo.
O Ministério da Educação não precisa de elaborar muito para arranjar argumentos a favor do exame de acesso à profissão de professor. Os exemplos das brunasreais e dos sindicatos-que-contratam-advogados-para-as-defender e a horda de portugueses que lhe bate palmas no Facebook são suficientes para temermos que haverá muita gente na docência sem os mínimos. E para se justificar os filtros no acesso à carreira docente.
Mas tenho pena da moçoila, especialmente pelas ofensas graves que certa comunicação social ainda hoje lhe dirige, sempre que a trata por "professora".

Reitor

domingo, 30 de maio de 2010

Lançar Barro À Parede

O presidente da Federação Socialista de Setúbal, Vítor Ramalho, defendeu este domingo que deveria "haver liberdade de voto" para as próximas eleições presidenciais.

O Desespero de Mário Soares é tanto que manda os seus criados avançarem com propostas mirabolantes. Tão incríveis que só podem ter como objectivo defender, não os interesses do PS nem, muito menos, os de Portugal, mas sim os seus interesses pessoais.
As declarações do "Presidente" da Federação Socialista de Setúbal, o criado Vítor Ramalho, são disso o exemplo claro. Só podem ser lidas à luz dos interesses pessoais de Soares e da sua vingançazinha sobre Alegre. A liberdade de voto serviria, se o ingº estivesse a dormir, apenas para desculpar as futuras declarações do decrépito leão, que poderá dizer, sem qualquer pudor e sem melindrar o camaradas:
- votarei em Fernando Nobre porque é a melhor solução para Portugal.
Chuchalista.
Reitor

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quantos Mais, Pior

Esta notícia do DN é preocupante.
503.214 alunos beneficiam de subsídio da Acção Social Escolar para frequentar a escola. Cerca de 300.000 têm tudo à borla. A parte atrasada do país exulta de alegria e não é para menos. Afinal, o Grande Estado Protector dos Pobrezinhos paga tudo: livros, refeições, material escolar, transportes, passeios escolares, tudo...
Até paga à Vânia, filha do empreiteiro vizinho que trabalha para o mesmo Estado. Ah! A mãe da Vânia é florista afamada num sítio que eu cá conheço...
E as escolas do Estado dão, gratuitamente, o almoço a milhares de alunos carregados de faltas, com vários testes de recuperação feitos e em que reprovaram; e até dão almoço a alguns pobres jovens que se matricularem no início do ano e ...já não vão à aulas desde Outubro.
O Estado é um grande amigo.
E também é muito amigo de centenas ou milhares de outros alvinosalmeidas que vivem do subsídio pago pelos nossos impostos. Por cada côdea que cai no prato, por cada pinguinha que cai no copo, aí os temos a bater palmas ao Estado subsidiador.
A formação para a cidadania e a construção de um país de homens e mulheres livres, que valem por si, antes mesmo de entrar em acção o solícito Estado, essa cidadania, esse país, podem esperar mais um pouco...


Reitor

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Diviso Um Pêlo No Pachacho da Stora

A ex-professora Bruna Real tem um grupo de fãs superior a 22.000 almas. Sem contar com a mãe nem com o Dr. Shue, um admirador de boa consciência.
A mãe da moça, falha de juízo (a avó agora chora, coitadinha) diz que voltaria a apoiar a filha, principalmente neste momento em que mentes perversas vêem maldade onde não existe. Alvitro até que a senhora se disponibilizasse a repartir o cadeirão da playboy com a filha, caso a convidassem. Até já tenho título para essa sessão fotográfica: "Duas Gerações De Educadoras Em Pelo"
Entretanto e enquanto a Playboy limpa o cadeirão, vamos la ver o que pensam os apoiantes da dra. Bruna:
- O dr. Mário Nogueira diz que o mais certo é a vereadora Gentil não saber distinguir entre "poses sensuais" e "poses pornográficas" e que, caso a ex-professora Bruna pague a quota, até lhe arranja um advogado do sindicato pois que a questão é do foro pessoal (esta é para os professores verem para onde vai o dinheiro que entregam aos sindicatos: para tratar de assuntos pessoais).
Feio, feio, seria ver o dr. Mário Nogueira, no exercício da sua liberdade pessoal, pousar para a Playboy, com um cintinho de rendas encarnadas entre o umbigo e as pudenda. Não por causa da exuberante pilosidade que se adivinha, a qual seria antecipadamente depilada, mas por causa da cor do cintinho de rendas. Se o cintinho fosse rosa choque, vá lá, ainda escapava.
No dia seguinte, no exercício da sua liberdade profissional, alapava-se na cadeira de secretário-geral da FENPROF e negociava, em representação dos professores, com o ME. Os professores aplaudiam e criavam um grupo de fãs no facebook.
- O dr. Shue está preocupado com os valores morais. E, claro, a dra. Bruna tem os seus direitos e deveres como os demais cidadãos. Eu diria, caro Dr. Shue, que os direitos da colega Bruna são mais abundantes que os seus mas, enfim, é como você diz: não há lei nenhuma que justifique que um director de um agrupamento interfira directa e deliberadamente com os direitos seja de quem for. Verdade. Também não conheço lei que diga que a moçoila ex-professora não se podia despir na revista. Nem na escola. Nem conheço lei que impeça a dra. Bruna de dar uma rapidinha com o colega Carlos no wc dos professores enquanto-a-dona-Lurdes-prepara-a-meia-de-leite-e-o-croissant.
Agora que falou na lei e nos regulamentos, Shue, muito me admira que não haja alunos e alunas - muitos - a dar umas quecas nos corredores, durante os intervalos. Também não vejo nada na lei que o impeça.
Diz você, Shue, que o caso não é grave. Grave, grave, é o facto de os cidadãos, mesmo menores terem acesso a informação pública e, por essa via, verem a dra. Bruna sem quecas e com uma escovinha na mão que, intencionalmente, condiz com a enorme rosa que se suporta na sua coxa direita, para quem daqui olha, naturalmente.
É por isso mesmo, Shue, que acho - ao contrário de você - que o Director Pires esteve bem: censurou a ex-professora e disse a quem manda para a pôr a mexer. Não por causa dos inalienáveis direitos da donzela, nem por qualquer razão legal, meu caro. Não são as leis nem os regulamentos ou direitos que estão em causa. Havia que pôr a donzela ao fresco para que os alunos pudessem ter aulas de música, simplesmente.
Já pensou o que seria se, hoje, a ex-professora Bruna aparecesse aos seus alunos e começasse a dar matéria: haveria logo uma Rita que perguntaria: - stora, a Joana diz que a rosa que tinha na cintura era de cor mais esbatida que o pincelinho. Eu digo que não. Pode mostrar?
Ou um João que diria: - Stora, apostei com o Carlos que a stora não rapou todos os pelinhos sobre o pachacho. Ele teima que sim. Pode mostrar-nos?

Percebe agora, dr. Shue, a gravidade do caso?

Reitor

domingo, 16 de maio de 2010

Esta Ministra Tem Um Discurso Estranho. Muito Estranho

Ao sublinhar que "deve existir, de facto, muita autonomia na decisão daquilo que é melhor decidido ao nível regional e local e do grupo do que ao nível nacional", a ministra defendeu que o princípio da subsidiariedade da União Europeia se deve aplicar no sector da Educação.


deve existir, de facto, muita autonomia na decisão daquilo que é melhor decidido...

Não tarda nada, Isabel, e as más-línguas vão alvitrar que tens algum problema de dislexia mal resolvido. Só estou a avisar.

E também te aconselho a estudares a matéria. É que, desde que tomaste posse, ainda não se te ouviu um linha de pensamento sobre política educativa. Que queres tu afinal para a Educação dos portugueses? Será que sabes?

Reitor

sábado, 15 de maio de 2010

Arreitada donzela em fofo leito, Deixando erguer a virginal camisa, Sobre as roliças coxas se divisa Entre sombras sutis pachacho estreito

Era uma vez uma Bruna Real que era professora de AEC no agrupamento de escolas Torre de Dona Chama e deixou de o ser porque o invejoso Director, José Pires de sua graça, a acusou à Veradora Gentil que, por nítida falta de semelhantes argumentos, a encafuou no arquivo a ganhar mofo.
Acontece, porém, que o arquivo fica juntinho ao gabinete do Zé Silvano, fogoso Presidente da Câmara, que gostou das fotos e as prefere mais para o novo, sem exagero, que para o velho. O Guinote, míope por causa da idade e de muito olhar para o computador, dá-lhe mais de 25 anos, o ceguinho, que comprou ontem a revista mas ainda não nos mostrou as fotos. Guloso que as está é a saborear sozinho.
O Ramiro, que é contra esta religião, estava preocupado com o PEC 2 e as suas influências nefastas no concurso dos professores que haveria, se Deus quisesse mas parece que não quer, lá para o ano de 2011, que nem sequer falou delas - nas fotos, claro.
Estava nisto o país entretido que se esgotou a revista.
Mas, há que reconhecer, o Director Pires disse tudo: "...aparecer numa revista sem roupa não é compatível com a função de professora e de educadora". É incompatível. Nem mais.
Reitor

O Povo Só Tem de Pagar

"Por esta razão, Inês de Medeiros – que foi eleita pela capital – não devia receber subsídio de deslocação.
...Pagar as deslocações a deputados eleitos pelo continente mas que vivem no estrangeiro é um perfeito contrasenso.
...Aqueles que defendem o contrário estão errados – ou querem deitar-nos areia para os olhos.
...Ninguém tem culpa de que o PS – por exclusivas razões eleitoralistas, isto é, para ter nas listas mais uma mulher mediática – tenha convidado para deputada por Lisboa uma pessoa que vive em Paris."

O raciocínio seguido por José António Saraiva para defender que Inês de Medeiros não deveria receber o subsídio de deslocação seria perfeito, não fosse assentar em dois pilares de areia:
Primeiro, Inês de Medeiros não foi responsável pela sua eleição como representante do povo português e
Segundo, Inês de Medeiros não chegou a deputada a convite do PS.
Tivessem estes dois simples factos sido considerados por JAS, e todo o seu escrito teria ficado na gaveta, por insustentável.
Não cometo a injustiça de afirmar, como ele fez, que nos está a atirar areia para os olhos, não.
Recordo-lhe apenas uma evidência: Inês de Medeiros foi eleita pelo povo português.
Foi o povo português que escolheu para o representar uma senhora que vivia em Paris. Foi o povo que a elegeu deputada.
Não pode pois esse mesmo povo impedir que a senhora exerça o mandato que ele próprio lhe conferiu, negando-lhe as condições materiais para esse exercício. Tal como não nega aos restantes deputados.

Portanto, Inês de Medeiros tem todo o direito e legitimidade para receber o subsídio de transporte. O povo só tem a pagar as despesas com o transporte dos seus deputados. Se não, não os elegesse.

Reitor

Divulgação

Olá
Venho por este meio solicitar que divulguem este inquérito online, produzido no âmbito da investigação para a obtenção do grau de doutoramento, com o titulo “Incidência e impacto do cyberbullying nos alunos do 3º ciclo do ensino básico público português”.

O questionário é sobre bullying, focado na vertente cyberbullying e dirigido aos alunos do 7º,8º e 9º ano do 3º ciclo do ensino básico.
http://link-shrink.com/4690

Ao realizar este inquérito não se irá obter qualquer dado pessoal relevante, mantendo-se qualquer inquirido sobre total anonimato.

Solicito a todos que tenham filhos nestes anos escolares que peçam aos mesmos que preencham este questionário.

Agradecia também a sua divulgação, reenviando esta mensagem a todos os que conheçam.

Quanto maior a amostra mais fidedigna será a percepção da realidade portuguesa.
P.S. Pode encontrar a definição de cyberbullying em http://cyberbullyingportugal.blogspot.com/

Agradeço, desde já, a sua colaboração.
Prof. Pedro Ventura
inqcyber@gmail.com
+351967865129


Reitor

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Porto Num é Uma Naçom



Esteve bem a Câmara Municipal do Porto ao impedir que os trogloditas que gravitam em torno do FCP (para não dizer: que mamam à custa do FCP) colocassem uma tarja de saudação ao Papa.
A Câmara percebeu, e bem, que já bastavam ao Papa os incómodos que a pedofilia tem causado à Igreja para considerar dispensável a propaganda do FCP.


Reitor

De Como Aberrantes Experiências Sociais Interferem Com a Economia

Casamento homossexual e aborto entre os "perigosos desafios ao bem comum"


E causas da decadência económica espanhola e portuguesa, para além da "causa socialista", claro.

Reitor

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um Mar de Lama Escorre...Como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro?

Pertenço a uma geração que se tornou adulta durante a II Guerra Mundial.
Acompanhei com espanto e angústia a evolução lenta da tragédia que durante quase seis anos desabou sobre a humanidade. Desde a capitulação de Munique, ainda adolescente, tive dificuldade em entender porque não travavam a França e a Inglaterra o III Reich alemão. Pressentia que a corrida para o abismo não era uma inevitabilidade. Podia ser detida.
Em Maio de 1945, quando o último tiro foi disparado e a bandeira soviética içada sobre as ruínas do Reichstag, em Berlim, formulei como milhões de jovens em todo o mundo a pergunta

«Como foi possível?»

Hitler suicidara-se uma semana antes. Naqueles dias sentíamos o peso de um absurdo para o qual ninguém tinha resposta. Como pudera um povo de velha cultura, o alemão, que tanto contribuíra para o progresso da humanidade, permitir passivamente que um aventureiro aloucado exercesse durante 13 anos um poder absoluto. A razão não encontrava explicação para esse absurdo que precipitou a humanidade numa guerra apocalíptica (50 milhões de mortos) que destruiu a Alemanha e cobriu de escombros a Europa?


Muitos leitores ficarão chocados a por evocar, a propósito da crise portuguesa, o que se passou na Alemanha a partir dos anos 30.
Quero esclarecer que não me passa sequer pela cabeça estabelecer paralelos entre o Reich hitleriano e o Portugal agredido por Sócrates. Qualquer analogia seria absurda.
São outros o contexto histórico, os cenários, a dimensão das personagens e os efeitos.

Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?»
Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo?
O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neoliberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu líder, o cidadão Primeiro-ministro?
Portugal caiu num pântano e não há resposta satisfatória para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, que consome muito mais do que produz.

Pode muita gente concluir que exagero ao atribuir tanta responsabilidade pelo desastre a um indivíduo. Isso porque Sócrates é, afinal, um instrumento do grande capital que o colocou à frente do Executivo e do imperialismo que o tem apoiado. Mas não creio neste caso empolar o factor subjectivo.

Não conheço precedente na nossa História para a cadeia de escândalos maiúsculos em que surge envolvido o actual Primeiro-ministro.

Ela é tão alarmante que os primeiros, desde o mistério do seu diploma de engenheiro, obtido numa universidade fantasmática (já encerrada), aparecem já como coisa banal quando comparados com os mais recentes.
O último é nestes dias tema de manchetes na Comunicação Social e já dele se fala além fronteiras.
É afinal um escândalo velho, que o Presidente do Supremo Tribunal e o Procurador-geral da República tentaram abafar, mas que retomou actualidade quando um semanário divulgou excertos de escutas do caso Face Oculta.
Alguns despachos do procurador de Aveiro e do juiz de instrução criminal do Tribunal da mesma comarca com transcrições de conversas telefónicas valem por uma demolidora peça acusatória reveladora da vocação liberticida do governo de Sócrates para amordaçar a Comunicação Social.
Desta vez o Primeiro-ministro ficou exposto sem defesa. As vozes de gente sua articulando projectos de controlo de uma emissora de televisão e de afastamento de jornalistas incómodos estão gravadas.
Não há desmentidos que possam apagar a conspiração.

Um mar de lama escorre dessas conversas, envolvendo o Primeiro-ministro. A agressiva tentativa de defesa deste afunda-o mais no pântano. Impossibilitado de negar os factos, qualifica de «infame» a divulgação daquilo a que chama «conversas privadas».
Basta recordar que todas as gravações dos diálogos telefónicos de Sócrates com o banqueiro Vara, seu ex-ministro foram mandadas destruir por decisão (lamentável) do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, para se ter a certeza de que seriam muitíssimo mais comprometedoras para ele do que as «conversas privadas» que tanto o indignam agora, divulgadas aliás dias depois de, num restaurante, ter defendido, em amena «conversa» com dois ministros seus, a necessidade de silenciar o jornalista Mário Crespo da SIC Noticias.
Não é apenas por serem indesmentíveis os factos que este escândalo difere dos anteriores que colocaram José Sócrates no banco dos réus do Tribunal da opinião pública. Desta vez a hipótese da sua demissão é levantada em editoriais de diários que o apoiaram nos primeiros anos e personalidades políticas de múltiplos quadrantes afirmam sem rodeios que não tem mais condições para exercer o cargo.

O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo.

Repito: como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro?

Até quando, Sócrates, teremos de te suportar?

Miguel Urbano Tavares Rodrigues



Qualquer comentário prejudicaria a prosa de UTR
Reitor

Mostra a Caderneta Militar

Só não se sente quem não é filho de boa gente, lá diz o velho ditado.
O Manuel, naquele seu jeito empertigado. veio denunciar o insulto e mostrar o "registo" do seu serviço militar. Bateu com a mão fechada no peito e disse: aqui está. E aqueles que quiserem confirmar, façam o favor de se dirigir às "entidades competentes".

O Manuel esqueceu-se de que ninguém está para se incomodar com as entidades incompetentes, digo, competentes.

Mais valia que mostrasse logo a caderneta militar. Mas aposto que não mostra.

Reitor

terça-feira, 11 de maio de 2010

PTE (Plano Extremamente Ambicioso e dos Melhores a Nível Mundial)

Graças à Escola Secundária do Castelo da Maia, ficamos a saber que o Conselho das Escolas reuniu e tratou de dezenas de assuntos.
O Ramiro já aflorou aqui alguns.
Eu também gostei da prosa e, se descontar os pontapés na sintaxe (ou será a funcionária administrativa que é disléxica?):
Logo a abrir: "Na ordem de trabalhos constava"
E a rematar: "Estarei disponível para quaisquer esclarecimentos... Conselheiros do distrito do Porto")
e não valorizar a ignorância do significado dos acrónimos da moda:

PTE não significa "Plano Extremamente Ambicioso e dos Melhores a Nível Mundial" mas sim "Plano Tecnológico da Educação".
CAPI não significa "Central de compras do estado", como se diz, mas sim "Centro de Aprovisionamento Integrado"

Então posso dizer que temos aqui deliciosas conclusões. Uma barrigada de riso e críticas severas ao ME. Vejam estas pérolas:

Abordou-se o PTE (plano extremamente ambicioso e dos melhores a nível mundial nas suas várias vertentes:
- Pressão sobre a P.T. para fechar a redes internas com a colocação do equipamento em falta; (Ou seja: o PTE está a falhar na colocação de equipamentos nas escolas)
- Melhorar a resposta da ligação à internet com a renegociação da banda disponível (aumento da nuvem). (Dito de outro modo: a velocidade de acesso à internet é curta sendo preciso alargar a banda. Gostei da "nuvem")
- Activação dos sistemas de vigilância já concluídos e continuação da instalação dos sistemas nas restantes escolas; (leia-se: os sistemas de vigilância não estão instalados em todas as escolas e os que estão instalados não estão activados)
- Introdução do sistema de cartões electrónicos (Cartão do Aluno) considerando os constrangimentos colocados pela gratuitidade obrigatória dos serviços proporcionados pela utilização do cartão e pelo facto de algumas escolas disporem já de outros sistemas não compatíveis com o modelo proposto). Pretende-se que este serviço seja introduzido no início do ano lectivo pelo que se prevê que seja introduzido, neste ano que se aproxima, em algumas escolas a título experimental; (Portanto, o cartão electrónico, pela 71.ª vez anunciado, virá no próximo ano lectivo, a título experimental)

Nunca vi o Conselho das Escolas ser tão crítico relativamente às políticas do ME, nomeadamente ao tão falado PTE, que é simplesmente um plano extremamente ambicioso e dos melhores a nível mundial.
Reitor

Por Isso Mesmo Sobe o IVA e os Funcionários Públicos Ficam Sem o 13º Mês

O ex-secretário de Estado da Administração Interna e da Agricultura no primeiro Governo de José Sócrates vai ganhar um salário mensal bruto de 14 198 euros como vogal da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – ERSE

Como em 1983, noutro Governo chuchalista

Reitor

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"O Fraco Rei Faz Fraca A Forte Gente"



Portugueses.
- É nos momentos difíceis que nos devemos manter firmes.
- O Governo não retrocede na avaliação dos professores.
- A avaliação dos professores vai ser considerada nos concursos. É preciso distinguir o mérito.
- Não podemos defraudar aqueles professores que se submeteram à avaliação e que obtiveram classificações elevadas .
- Não podemos recuar nem injustiçar os 2957,00 professores que obtiveram classificações Excelente.
Vamos alterar a marcha em 180º e avançar. Avançar sempre.




Reitor

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Gamaste Os Gravadores Porque Não Sabias Que Estavas a Ser Filmado

Photobucket

Estava um luzidio deputado da nação portuguesa, em poses de Napoleão Bonaparte e com um sorriso de bácoro satisfeito, a dar uma entrevista a dois jornalistas da Sábado.
Eis senão quando, saem uma ou duas perguntas afiadas, do género: qual a sua ligação com Débora Raposo, condenada em 2008 por burla e falsificação? Ou ainda esta: É verdade que o Sr. está ligado à rede de pedofilia dos Açores?
Cai a pompa, escorre o pingue, levanta-se o deputado, vai à vida o porco.

Reitor

Esforço Inglório

O Dr. Shue do Mairdenuboske, escreveu uma prosa contra a liberdade de escolha das escolas pelos pais dos alunos. Segundo a minha modesta opinião, o Shue asneou.
Simplesmente porque dita o bom senso, diz a ciência política e a história da humanidade que, qualquer medida que o Estado tome restritiva da liberdade de escolha dos cidadãos é profundamente errada, prejudicial ao cidadão e um ataque ao Estado. Dispenso-me de explicar por que assim é. O Shue sabe bem...

Mas não me fico por aqui...
Diz o Shue:

- Tem sido dada demasiada voz e demasiado protagonismo aos pais que se acham no direito, hoje em dia, de opinar acerca das decisões pedagógicas de um professor. ... Desta forma, permitir que os pais cegamente escolham as escolas que pretendem que os filhos frequentem só antecipa uma catástrofe administrativa e até pedagógica;

Dois erros factuais:
1 - Os pais não tem nem um décimo do protagonismo que deveriam ter.
Nem têm possibilidades de exercer o protagonismo que a actual lei lhes confere, por falta de facilidades e incentivos, nem a lei lhes confere o protagonismo que deveria conferir.
2 - A catástrofe administrativa e pedagógica das escolas ocorre e agrava-se desde o 25 de Abril de 74. Portanto, não é algo que se antecipa, existe mesmo.
Pense bem: se fosse você a pagar a escola com os seus impostos, como fazem os pais; se fosse você o principal interessado no serviço prestado pela escola, como são os pais, aceitaria o papel que o Estado e os Directores das escolas reservam aos pais?
Eu não aceitaria.

- A autonomia das escolas é uma farsa na medida em que se pretendeu transmitir uma ideia de total liberdade de escolha de "colaboradores, promoção, avaliação, remuneração, organização interna, etc" mas que na prática se tem revelado criadora de injustiças, de desigualdade no tratamento e na avaliação, assim como tem contribuído em muito para o agravamento das condições humanas de trabalho, chegando mesmo ao ponto de existirem bufos de serviço que, em prol de um ideal de carreira construída com base na denúncia e delação, se prestam a qualquer coisa. Perdeu-se a liberdade de opinar, ganhou-se o medo a falar;

Admitindo que a autonomia é uma farsa (postulado demonstrado pelo facto de este Governo ser, ele próprio, uma farsa, ter criado um ECD que foi uma farsa, um Estatuto do Aluno que se revelou uma farsa, um modelo de avaliação farsante...., enfim, admitindo que a autonomia é uma farsa, não o será pelos motivos que apresenta. Todos os aspectos que refere ocorreram nas escolas portuguesas nos últimos anos e ...nenhuma delas tem autonomia.
A farsa está aqui mesmo: fala-se em autonomia, sugere-se que as escolas têm autonomia mas nenhuma tem qualquer autonomia.
Reitor

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Bigode Incomoda Que Se Farta

O posicionamento dos bigodes é um bom indicador do humor do felino. Apontados para frente indicam curiosidade e tranquilidade, colados ao rosto indicam que o gato assumiu uma postura defensiva e agressiva

Após um longo período de hibernação, Mário Nogueira surgiu ao mundo com este lamentável artigo no PÚBLICO.
Uma prosa absurda e um ataque a todos os professores que lutam contra um modelo de avaliação impostor, já devidamente desmontada pelo Paulo Guinote.
Descobri a fedentina ontem à noitinha depois de ter chegado de uma visita a uns vinhedos - um herança de família. Li a coisa e não posso deixar de tecer dois comentários:

1. O secretário-geral de uma federação sindical que, supostamente, em nome de dezenas de milhar de professores, sela um acordo com o Governo em 7/1/2010 e vem a público afirmar, quatro meses depois, que ainda não se conhece a respectiva acta, não pode ser apodado de "idiota", mas sim de irresponsável.
2. O secretário-geral de uma federação sindical que sai de um congresso e, em vez de escrever um artigo onde dê conta aos que lhe pagam o ordenado do que lá foi decidido, vem lançar ataques a todos os professores que o criticam e poupa aqueles que atacam vilmente os docentes que diz representar, só pode estar chalado.

Reitor