sexta-feira, 28 de junho de 2019

Carta de Assis a Costa, Epístola I


Um espaço escolar onde o professor vê diminuída a sua autoridade, onde o princípio da transmissão do saber não prevalece sobre práticas pedagógicas folclóricas e onde um certo facilitismo se sobrepõe a uma cultura da responsabilidade contribui fortemente para a perpetuação das desigualdades. 
Precisamos de rever profundamente o nosso modelo educativo. A escola que serve a democracia não é a escola que se rende ao triunfo da infantilidade, nem tão-pouco aquela que se demite de qualquer função no plano da formação cívica

Folclore, facilitismo, infantilidade, flexibilidade ...

Um Recadinho Para Um Dos Vendedores Do Ano


Os alunos com bom respaldo familiar conseguirão sobreviver a tudo isto, com grande dispêndio de tempo e de dinheiro, que não há outro modo de compensar o que lhes é tirado nessas escolas públicas. Alguns, filhos de agregados mais abonados, partirão para bons colégios privados – onde a conversa é outra… Aqueles a quem falta o dinheiro ou a família ou tudo isto junto serão vítimas a médio prazo de uma escola que, assim, se demite de lutar contra as desigualdades, em benefício de uma “inclusão” que é, na realidade, exclusão social ao longo da vida

domingo, 23 de junho de 2019

Mãe! Pai! Olhem Pra Mim. Estou Aqui. Aqui.


MINISTRO DA EDUCAÇÃO “ORGULHOSO” POR INICIAR NO ALTO MINHO “NOVA VAGA DE EXPANSÃO” DAS ESCOLAS


(se pensam que o ministro está a infringir a lei da proteção de dados, deixando-se fotografar, e autorizando a publicação, com uma criança bem identificada no colo, estão enganados. O moço tem uma autorização assinada pelos progenitores e autenticada pelo notário)


sábado, 22 de junho de 2019

O Resto é Paisagem


Governo reitera que “não vão encerrar maternidades em Lisboa

A notícia de que as maternidades iriam encerrar parcialmente em Lisboa no próximo verão, deixou o governo em cuidados. O trocatintas também veio a liça mostrar muita preocupação. Borraram-se todos e num piscar de olhos lá se arranjaram as coisas para manter tudo em funcionamento.
As mulheres de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo branco e de toda a corda interior podem ter os bebés nas ambulâncias ao cuidados dos bombeiros.
Bahhh. País bipolar.


Um Egoísta Com Carinha De Mamão



O representante da FESAP vai mais longe e acrescenta que esta medida seria o fim do SNS: "A tentativa de procurar criar um seguro de saúde, diria até nacional, acabaria com o SNS, o que seria uma asneira completa. Seria provavelmente o fim do Serviço Nacional de Saúde."

E é assim que vai o país. Este lambão quer a ADSE para ele e para os familiares, os outros ques e lixem.
Sem vergonha, vem dizer-nos que o alargamento da ADSE a todos os portugueses colocaria em causa o SNS. A ADSE dele e dos amigos não coloca o SNS em crise, só colocaria em crise se se abrisse aos restantes portugueses.
Há muitos que, por menos, se suicidam. 

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Cara Sem Vergonha. Irresponsável.


Teixeira dos Santos não se arrepende de gestores que nomeou na CGD e não deve nada a Sócrates. Aponta dedo à crise, mas assume responsabilidade política. "Todos falhámos", ainda que não de propósito.

Se eu te visse nomear o Santos Ferreira e o Vara para teus gestores de conta, era capaz de pensar que eras apenas burro. Acontece que não tiveste pejo em os nomear, a mando do outro borrado, para gestores das nossas contas. E ainda não te arrependeste. 
Tu falhaste. nós não.

Carta Aberta a Cristas, a Rio e, Claro, ao Trocatintas


«Uma direita conservadora democrática não precisa de ler Hayek ou contraler Keynes. Basta impedir o Estado de controlar tudo e todos, a começar pela economia e os patrões “amigos” da influência e dinheiro do Estado. Basta explicar que a produtividade se obtém quando se respeitam
os empregados e se remuneram os empregados e que a participação destes nos lucros e resultados pode resultar em mais lucros em vez da tirania e desqualificação sistemáticas que imperam no sistema de trabalho, onde o
ressentimento e o privilégio impedem a saudável progressão capitalista e a ambição é um defeito. O capital não existe sem o trabalho. 
Basta aliviar a carga fiscal dos portugueses, explicando que o Estado não pode devorar os rendimentos e que o Estado social é, no futuro, demasiado caro de manter. Precisa de uma reforma de cima para baixo, precisa de instituir novos sistemas de copagamentos, precisa de obrigar os cidadãos
a apreciarem e pagarem certos serviços, a participarem no governo local, o do bairro, da terra, precisa de destruir o clientelismo partidário das autarquias e da administração central, precisa de mudar a lei eleitoral e acabar com os deputados de assinatura e banco e cabeças vazios, precisa de abolir os protecionismos da classe social criada pelos partidos depois do 25 de Abril, e que fornece emprego e negócio, precisa de extinguir instituições e institutos inexistentes, precisa de avaliar e regenerar o funcionalismo, diminuindo em vez de aumentar, precisa de usar a inovação tecnológica, precisa de privatizar e contratar com regras, precisa de rever as parcerias com privados, remunerar bem, muito bem, a atividade política para que atraia os melhores e não os que procuram fazer render a política das portas rotativas, precisa de recrutar nas melhores escolas, tal como fazem os privados, instituindo um sistema de mérito que não faça dos medíocres os primeiros-ministros do futuro. Precisa de criar uma escola de governação pública com acesso por mérito, inteligência e disciplina, que estabeleça um programa de mentores de todas as cores políticas e ensine os candidatos a governar em vez de aprenderem quando se sentam nos ministérios.
Precisa de cooperar e dialogar com os bancos de modo a impedir futuras bolhas e futuros polvos como o do BPN, BES e da Caixa Geral de Depósitos, punindo exemplarmente os prevaricadores em vez de os preservar, dotando o Banco de Portugal de um corpo de governadores com moralidade e autoridade em vez de comissários políticos que não viram, não sabiam e não se recordam.
Os poderes corporativos em Portugal nunca foram tão poderosos e falaciosos. Para criar a independência é preciso começar pela autoridade, a responsabilidade e a sanção. É preciso dotar o Tribunal de Contas de poderes efetivos e, em conjugação com a Justiça, de um sistema de punições que ultrapasse a multa e a admoestação. É preciso dotar a Justiça de meios humanos e financeiros que lhe permitam investigar e punir sem pressões o crime económico e não apenas a criminalidade comum, salvando o Estado de direito. É preciso acabar com a disfuncionalidade da lentidão e desorganização, como ter um único juiz na instrução de processos complexos como a ‘Operação Marquês’. É combater a alta corrupção em rede com task forces de elite. É preciso preservar a independência dos juízes e não aceder a todas as reivindicações salariais e corporativas, por terror da represália. É preciso dar formação às forças policiais e remuneração adequada, impedindo derivações sindicais. É preciso colaborar com os sindicatos, libertando o sindicalismo das garras de um partido para serem emanações dos trabalhadores. É preciso proteger o ambiente e o património, incluindo protegê-lo do turismo predatório e incorporar a ecologia como valor primordial, é preciso acabar com a “cultura” oficial de gosto, bem comportada e subsidiada.»
(Revista expresso de 15-6-19)

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Não, Caro Leitor, Não Está a Assistir a Uma Discussão Sobre Diferentes Ideias. Está a Viver Um Pesadelo.



O destinatário deste certeiro texto do padre Gonçalo P. Almada é o secretário de estado da educação, João Costa de sua graça.
Que faz ou que diz o governante, um pregador da ideologia de género, para rebater as acusações do padre Gonçalo. P. Almada ou para contestar os factos que apresenta? Nicles.
Apenas balbucia um ataque pessoal ao padre. Esperava-se melhor de um intelectual de esquerda.





sexta-feira, 14 de junho de 2019

O Desvanecimento De Um Sonho: Take 1


Os primeiros responsáveis pela educação dos mais jovens são os pais e a família em que a criança ou o adolescente está inserido. Em segundo lugar estará a escola com os seus professores e todo o corpo técnico e auxiliar que apoia a ação educativa. Em terceiro lugar estamos todos nós, ou seja, todas as instituições e todos os protagonistas de uma sociedade que se quer livre e em que praticamente tudo tem a ver com educação

Num excelente texto, um homem da esquerda e muito ligado ao P.S., Marçal Grilo, consegue falar de Educação, diagnosticar os seus problemas e apontar as linhas de uma política educativa coerente, decente e consistente. Uma análise de ministro da educação.
Curiosamente, ao longo dos 16.694 caracteres do texto, Marçal Grilo nunca utiliza as palavras "Perfil" nem "Flexibilidade", mantras dos discursos político e educativo . É obra e só pode ter um significado!

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Olha, Olha. Adivinhem Quem Vai Receber o Prémio De Maior Vendedor Do Ano

EXPRESSO, 8-6-19

Ariana Cosme, pois claro.
Então,  anda a vender a autonomia e flexibilidade curricular como se fossem tupperwares, sem qualquer interesse político ou partidário, note-se.
Ganhou o prémio. Costa vai chamá-la à lista de deputados do partido chuchalista.
Numa ruela de má fama
faz negócio um charlatão
vende perfumes de lama
anéis de ouro a um tostão
enriquece o charlatão
No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f'rido
e outro em França anda perdido 
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
ver com música

Aleluia. Finalmente, As Escolas Terão Autonomia Para ...Pedir à Tutela Mais Autonomia


O próximo ano letivo vai trazer mais autonomia às escolas e, entre outras coisas, os estabelecimentos de ensino terão liberdade para organizar o ano escolar segundo regras próprias. Para isso, terão de apresentar planos de inovação pedagógica à tutela. Sendo aceites, estes abrem a porta a uma autonomia superior aos 25% já existentes 

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Escrutine-se. Já.


O titular age como se fosse o dono-disto-tudo. 
«Goste-se ou não do desempenho presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, está-se a tornar urgente um escrutínio real à sua actuação política, nomeadamente às linhas vermelhas que tem sucessivamente pisado. Exemplos? Aqui vão alguns. Exemplo 1: no dossier da transparência no exercício de cargos políticos, Marcelo apresentou ao governo uma iniciativa legislativa da Presidência, condicionando a acção do governo e parlamento, visto que legislar não é uma prerrogativa sua. Exemplo 2: Marcelo coloca-se na posição de co-titular das decisões do governo, na medida em que envia notas ao parlamento e emite avisos de “vetos antecipados” (como no caso da descentralização ou na Lei de Bases da Saúde), de modo a condicionar decisões e processos legislativos em curso (nos quais não deveria interferir). Exemplo 3: Marcelo não resiste a imiscuir-se na vida interna dos partidos, em particular do PSD, como fez no momento em que a liderança de Rui Rio foi contestada. Exemplo 4: apesar de ser o guardião da Constituição, Marcelo renunciou completamente à fiscalização preventiva da constitucionalidade dos diplomas que promulga – é ele que os avalia, qual juiz do Tribunal Constitucional, tornando o processo exclusivamente político e permitindo até prováveis inconstitucionalidades como esta, aqui explicada por Vital Moreira. Exemplo 5: Marcelo chegou mesmo a tomar decisões que são da esfera exclusiva do governo, sobrepondo-se ao primeiro-ministro e orientando a actuação de ministros – fê-lo, concretamente, no dossier do teatro da Cornucópia, no qual Marcelo patrocinou uma resolução excepcional para o financiamento desse teatro, menorizando o ministro da Cultura. E muitos mais exemplos existem, desde questões protocolares (convites a chefes-de-Estado estrangeiros) à imposição de soluções para bloqueios políticos (fê-lo em 2016 com as provas de aferição)».

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Apontamentos Sobre Uma Escola Socialista, Digo, Facilitista



Estamos perante um monumental embuste em que alguns enganam muitos. Neste caso, Costa, o intrujão és apenas tu que tentas enganar quem te lê.
Como devias saber, Costa, a alternativa a reprovar não é aprender mas sim aprovar. Pela simples razão de que há quem aprenda alguma coisa mas não o suficiente para obter aprovação. E há jovens que aprendem muito e ainda assim reprovam no final do ano. 
Olha lá se o que aprendem os meliantes dos gangs e das claques lhes chega para saber o mínimo de matemática e de português.