quinta-feira, 28 de junho de 2012

Saber Português Compensa


Alguns comentários a este poste do general despertaram a minha curiosidade.
Como interpretar o nº ii) da alínea b) do nº1 do artº11?
A alínea b) refere-se ao resultados de um quociente cujo dividendo é a soma de duas ou mais parcelas de tempo de serviço e o divisor é 365 (dias)
As alíneas  i), ii) e iii) são as possíveis parcelas dessa soma...
Obviamente e para qualquer português com, pelo menos, a escolaridade básica concluída a alínea ii) é inintelegível: nem se percebe se se refere a uma parcela da dita soma, nem se percebe quando se inicia (na data da última avaliação?!?!)  a contagem desse tempo nem, tendo-se iniciado, quando termina.
Um legislador formado num CNO por certo.
Inintelegível, nem por isso...
Há quem consiga ler este pretuguês: o dear lindo, pois claro, que até já veio explicar o inexplicável: por sinal, tem a ver com a avaliação:
o ponto ii) só está lá para salvaguardar a contagem do tempo de serviço para efeitos de concurso nos anos intermédios da avaliação. Quem tem regular na avaliação não lhe é contado o tempo de serviço.
Percebe-se que a um professor avaliado com regular não seja contado o tempo de serviço correspondente a esse ciclo, para concurso.
Já não se percebe que, não tendo havido entretanto nova avaliação, esse regular (atribuído ao desempenho durante um ciclo de tempo específico) se propague ao tempo que decorreu depois desse ciclo, que ainda ainda não foi avaliado e pode, no momento certo, vir a ser avaliado com Muito Bom.


ADENDA:
O Arlindo já explicou mais um pouco a coisa.
Acha até que as três alíneas i), ii) e iii) são para somar. Portanto, a alínea ii), que se aplica exclusivamente aos professores de carreira, também é para somar no caso dos que não são de carreira. É isso, Arlindo?
E, já agora, soma-se o quê? O tempo que ocorreu desde a última avaliação em 2011 (em que dia se concluiu, Arlindo?) até quando?

Reitor

domingo, 24 de junho de 2012

Desavergonhada




O Relvas para pouco serve mas não se vê no friso dos notáveios que lutam pela democracia de cravo vermelho ao peito, como vemos a Helena Roseta sempre que a situação chama.
Uma presidente da Ordem dos Arquitetos honrada nunca permitiria, sem o denunciar, que um governante lhe propusesse um negócio para os amigos. Uma senhora com vergonha na cara nunca viria denunciar uma tentavia de nepotismo, meia dúzia de anos depois dela ter conhecimento.

Tenha vergonha. Cale-se


Reitor 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma Bonita Prosa


Um pequeno texto que consegue traduzir e sintetizar, em poucas palavras, a missão de um verdadeiro professor. 
Poucas palavras, mas suficientes para vermos um professor sensível e preocupado com os seus alunos; um profissional confiante no seu trabalho e de consciência tranquila.

Excelente. 


Reitor

sábado, 16 de junho de 2012

Caro Asinino

"Quero dar-lhe os meus parabéns pela vitória que ajudou a conseguir neste particular. Aliás, o seu rejubilo acerca desta temática evidencia isso mesmo.
Contudo, como pai, gostaria de lhe dizer que a minha filha e cerca de 80 a 90% dos estudantes filhos de pais que V. Exª diz representar e defender, consideram que o senhor faz, e continua a fazer, um péssimo serviço em defesa dos direitos e das melhores condições possíveis para o sucesso escolar dos nossos filhos. Se não compreende o que lhe pretendo transmitir, vou tentar explicar-lhe. Para além disso, pode consultar um anexo que lhe envio e que pertence a uma escola secundária deste país, que se chama Escola Secundária de Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia.
Veja V. Exª que ao apoiar esta medida vai contra os interesses de 90% dos alunos do ensino secundário, cuja média de EF ajuda a melhorar a média final de acesso ao ensino superior.
Dou-lhe um exemplo real. A minha filha é aluna desta escola numa das turmas do 11º ano. Se fizer a média atual com EF, a média final é de 17,714 valores; se retirar a classificação de EF a média cai para os 17,5. Já fez as contas às classificações dos seus filhos, se é que os tem? E às dos filhos dos seus amigos? E às dos filhos daqueles que nada lhe diz nada?
Penso sinceramente que só refletiu acerca daqueles, muito poucos, que por terem 20 à maioria das disciplinas, não conseguem atingir essa classificação a educação física. No entanto, é prática transversal nas escolas públicas deste país que os conselhos de turma têm em consideração esta situação e, normalmente, votam a subida da classificação à disciplina de EF. Paralelamente, nas escolas privadas, se o aluno tiver 20 às demais disciplinas, nem necessita de realizar as auals de EF, pois obtém 20 administrativamente. Ora esta vergonha, que também o devia envergonhar, e pela qual deveria lutar em virtude das assimetrias que causa aos filhos daqueles que diz representar, parece não o incomodar, vá lá saber-se porquê!!!!
Em comentário às suas infelizes declarações, que passo a citar "“É uma medida positiva, porque vai libertar os alunos de uma pressão desnecessária", posso dizer-lhe que continua a fazer um mau papel como representante dos pais dos filhos que frequentam as nossas escolas. Se o senhor for às escolas, assistirá exatamente ao contrário, pois as aulas de EF e as classificações que os alunos obtêm, são bem mais benéficas, saudáveis e psicologicamente favoráveis do que a pressão do testes intermédios, dos exames nacionais, das classificações obtidas a disciplinas como Português, Matemática, Física e Química, Biologia e Geologia, ... Será que o senhor não lê jornais? Não tem conhecimento das médias nacionais dos testes intermédios e das médias nacionais dos exames? Como pode alguém dizer de forma completamente incongruente, tal como o senhor o fez, que a classificação da disciplina de EF causa pressões desnecessárias? Sinceramente, o senhor não tem o direito de representar um organismo que deveria defender os interesses dos alunos, PREJUDICANDO-OS.
Sobre as implicações atitudinais e disciplinares que esta media acarreta, que já as conheço, porque por elas passei antes da medida de David Justino (ministro que como deverá saber foi quem introduziu a medida que agora é tirada violentando os alunos), falaremos mais tarde. Quando os alunos não se interessarem por uma disciplina que não lhes afeta o futuro, revelando atitudes de irresponsabilidade, desmotivação, falta de empenho, etc, quando esta medida contribuir para o aumento do sedentarismo (pois quem não tem estímulos não cria hábitos), quando os alunos tiverem comportamentos inadequados perante recusas na realização de tarefas, etc, quando os processos disciplinares se forem acumulando nas escolas, o senhor como corresponsável e apoiante desta medida absurda deveria ser responsabilizado.
Mas como em tudo neste país, somos fruto de ações incompetentes que não responsabilizam quem prevarica.
Não deixe de ver o anexo, que tirei aleatoriamente de muitos outros que lhe posso enviar.
E já agora, eu chamo-me Paulo Mota, sou coordenador do Departameno de Expressões da Escola Secundária de Almeida Garrett, escola na qual acumulo as funções de encarregado de educação, função esta que serviu de mote para esta reflexão.

Para finalizar, sugiro que faça um inquérito que não necessita de uma amostra muito extensa e questione os alunos acerca da mentira que criou na sua mente - Qual a disciplina ou disciplinas que te colocam maior pressão? Quer que lhe diga a resposta que vai obter? Não, não lhe vou dizer, pois tenho a certeza que, como não perde tempo a analisar as reais consequências que as classificações nas diferentes disciplinas curriculares têm nos filhos daqueles que diz representar, sobra-lhe tempo para estudar antes de saber e para refletir antes de agir.

Tenho a certeza que quando analisar bem a situação, vai dizer aos seus companheiros do governo que se calhar enganou-se, pois as classificações que não deverão contar para a achar a média de acesso correspondem a outras disciplinas...que não a EF.

Paulo Mota"
Parabéns.

Reitor



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não Bastava a Incompetência Do GAVE


em querer que acreditemos que os alunos não sabem.
Precisavamos de uma mãozinha do Ramiro a defender os amigos incompetentes, colocando a culpa na "facilidade" das provas elaboradas pelo mesmo - incompetente - serviço estatal e ... nos alunos que não sabem. São burros, portanto.

Já devias ter idade e experiência, caro Ramiro, para saberes uma coisa simples. Escreve no teu caderninho de notas, s.f.f:
Se as classificações do exames variam tanto de ano para ano a culpa NUNCA é dos alunos. Em caso algum. A culpa só pode ser dos professores e/ou dos exames mal feitos.
Neste caso, como nos casos verificados em anos anteriores, em que se viram variações ao sabor dos interesses dos políticos, sempre que deu jeito, a razão para que os resultados sejam tão baixos este ano chama-se INCOMPETÊNCIA.
Incompetência de um serviço - o  GAVE - que não sabe elaborar provas nem critérios de correção de exames.
Incompetência de um serviço permeável a todas as pressõezinhas polítcas: baixos resultados quando um governo entra em funções e altos quando se vai embora.





Reitor

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quem Não Tem Dinheiro Não Tem Vícios

Yo No Creo En Brujas, Pero Que Las Hay, Las Hay

Fonte próxima do GAVE diz-me que os responsáveis pela elaboração das provas de exame têm recebido orientações mais ou menos explícitas para fazerem provas de grau de dificuldade mais elevado que as do ano passado.
Supostamente para fundamentar críticas ao sistema socialista de educação e para abrir portas às melhorias de resultados que surgirão nos próximos anos.

Ou será boato conveniente do socialista que dirige a coisa?


Reitor

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aliviando a Dor


Já se percebeu que o Governo não gostou de ver este cristão, humedecido pelo suor, a levar tareia de criar bicho de uma Maria da Fonte dos lados de Maia. Foi doloroso.
Foi um doloroso duelo (entre uma golias de saias e um galinha reluzente), histórico em televisão. Não tenho memória de ver um governante levar tanta pancanda de uma cidadã comum, sem reagir, sem mexer um músculo, sem dar um grito. Apenas se agitavam duas grandes mangas de camisa, maiores que os braços. Tudo o resto transudava.
Urgia, pois, lançar fogo de artifício para distrair papalvos.
Eis então que, muito próximo das Completas do dia seguinte e com a urgência dos incapzes de suster águas, o Governo publica o exame de Física da primeira fase. Os quase-reitores das escolas públicas, qual baratas tontas, só ontem perceberam que não era uma exame para os alunos mas sim para eles... organizarem?! o ano letivo próximo.

Jogada rasteira mas que surtiu o efeito pretendido:deixou todos os aflitos a olhar para o ar. Ou como bem disse o vizinho, deixou todos "aqueles bichos apanhados de noite, no meio da estrada, encandeados pelas luzes do camião que os vai atropelar".
E temo que os zecos - dirigentes e dirigidos - focados nas bonitas fórmulas cratianas, ainda não tivessem percebido que o diretor de turma deixou de ter certas as duas horas de redução da componente letiva, que aproveita desde o tempo do arroz de quinze. Quando muito, terá apenas 1,5.

Será que o homem já se levantou da cama? Temo que o Venapro já não seja suficiente e que precise  de se submeter a uma THD guiada por Doppler.



Reitor