quarta-feira, 28 de julho de 2021

Lapidar

 

Eduardo Cabrita aparece em todos as sondagens como o pior ministro deste Governo, mas as sondagens não nos revelam tudo. E o pior ministro, aquele que mais mal faz ao país, com consequências duradouras no longo prazo, é Tiago Brandão Rodrigues, aquele que deveria ser remodelado com mais urgência, antes que faça mais estragos


 

A Melhor Forma De Escalpelizar As Aprendizagens Essenciais


Há 15 dias, o Governo revogou os currículos escolares e substituiu-os pelas chamadas “aprendizagens essenciais”. O que, das duas, uma: ou é muitíssimo óptimo ou é extremamente péssimo. Depende da interpretação que damos a “essência”. É óptimo se as aprendizagens forem consideradas essenciais no sentido de serem as imprescindíveis e exaustivamente ensinadas, sem as quais nenhum aluno se pode considerar formado; e é péssimo se forem essenciais no sentido de mínimo razoável, como aqueles pacotes básicos das operadoras que têm só 30 minutos de chamadas, 100 SMS e 2Gb de dados. Há pacotes melhores, mais completos, que deixam o cliente mais bem servido, mas o essencial é mais em conta. E, à primeira vista, basta. Mas depois, vai-se a ver melhor, e acabará por custar mais caro.

 

sábado, 17 de julho de 2021

Outro Que Viu a Luz. Agora!



Como pode haver quem proponha e defenda militantemente políticas educativas que vão traduzir-se no triunfo da ignorância dos jovens? Ao contrário do que podem afirmar os teóricos da conspiração, a razão não é uma vontade escondida de promover a ignorância da população para melhor a dominar.

Não, as razões são outras e muito simples. São essencialmente duas. Primeiro, a instalação do pós-modernismo há umas décadas fez nascer em alguns meios universitários ligados à educação e didáctica uma atitude de desvalorização do conhecimento (em todas as áreas), visto como parte das grandes narrativas passadas que se desmoronam.

A segunda razão tem que ver com o ambiente dominante nas escolas públicas portuguesas, um ambiente difícil, turbulento, com graves problemas de indisciplina. As escolas são institucionalmente fracas e não têm instrumentos que lhes permitam contrariar esse ambiente. Os professores ficam sozinhos perante as turmas, perante jovens desinteressados e agarrados aos telemóveis. Num tal contexto, que é tudo menos propício à concentração, ao estudo, à aprendizagem, são bem-vindas as doutrinas que racionalizem o falhanço, que desvalorizem o conhecimento, que aconselhem a "negociar" com os alunos o que eles querem aprender e como.

Sinal seguro da implantação dessas doutrinas são os slogans sobre "colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem", ver os professores como "facilitadores das aprendizagens", "adaptar o ensino ao contexto e aos interesses do aluno" (como se, no coração da missão da escola, não estivesse, precisamente, levar o aluno a transcender o seu contexto). Um slogan novo diz que "A Matemática é um direito de todos". Face ao que agora se propõe, isto é o mesmo que dizer que "a habitação é um direito de todos" e depois promover a construção de tendas esburacadas no meio do deserto. Pode haver correcções e melhorias a fazer nos objectivos, nos programas e nas metodologias activas mas não as que se anunciam.


Não Acham Que é Um Pouco Tarde Para Acordar?


 

Ao acabar com os programas e as metas o ministro da Educação vira as costas a um currículo ambicioso e exigente e delapida o património educativo acumulado ao longo das últimas décadas e que nos permitiu alcançar, em 2015, os melhores resultados na avaliação PISA e TIMSS. Esta decisão é um golpe brutal e pérfido na escola pública e no seu papel de ascensor social. Com estes referenciais curriculares pobres, sem ambição e sem metas, a escola pública tenderá a formar cidadãos que farão jus à mediocridade, abandonará à sua sorte os alunos e as famílias mais vulneráveis e levará o país a regredir nos rankings internacionais. Ou seja, fará de Portugal um país com cidadãos menos exigentes e qualificados, mais desigual e injusto, menos competitivo e desenvolvido. Será esse o país que queremos deixar aos nossos filhos?




sexta-feira, 16 de julho de 2021

terça-feira, 13 de julho de 2021

A Lengalenga Socialista


Bem espremido, os grandes prejudicados desta história são os professores forçados a leccionar a disciplina, que em geral a recebem com o entusiasmo com que uma lesma recebe sal... A lengalenga oficial informa que a Cidadania e Desenvolvimento visa “preparar os alunos para a vida, para serem cidadãos democráticos, participativos e humanistas”. Um docente esclarecido aproveitaria a deixa para notar a avalanche ditatorial, discriminatória e desumana que, além da pobreza garantida, o governo despejou em cima de nós a vago pretexto da Covid. É óbvio que o referido docente não iria longe. A questão é: quem, excepto filiados da “situação” e, desculpem a redundância, matarruanos comuns, vai longe neste país? Se os rapazes de Famalicão fossem meus filhos, ria-me com eles da nossa radical indigência durante mais dois ou três anos. E depois largava-os no aeroporto.

 

 

Uma Doentia Fixação Nas Escolas

 


Entre as medidas propostas pelos dois partidos, que confirmam o diploma do Governo chumbado pelo Tribunal Constitucional por violar a reserva de lei da AR, está o direito de alunos, docentes e funcionários escolherem a casa de banho ou o balneário, em função do género assumido. “As escolas devem garantir que a criança ou jovem, no exercício dos seus direitos, aceda às casas de banho e balneários, tendo sempre em consideração a sua vontade expressa e assegurando a intimidade e singularidade”, lê-se no diploma do PAN. Uma medida que, na opinião do BE, garante o “bem-estar” dos indivíduos. Os dois partidos também querem assegurar o direito de alunos e funcionários serem tratados pelo nome que escolheram


 

terça-feira, 6 de julho de 2021

A Propósito do Género

 

A “distinção” entre os conceitos de sexo e género foi importante para provar que os papéis sociais não são estáticos: nem os homens estão biologicamente predeterminados a ter uma carreira profissional, nem as mulheres têm de ser domésticas.
Mas os estudos de género não ficaram por aqui. Evoluíram para um sobredimensionamento do contributo da sociedade na sexualidade em desfavor do dado biológico. E concluíram, rapidamente, que o “masculino” e o “feminino” são, ao fim e ao cabo, realidades puramente sociais ou culturais. Ou seja: estudos que tiveram um início auspicioso com uma “distinção” teoricamente relevante, descambaram numa “separação” radical entre o sexo e o género, desvinculando a sexualidade da biologia.
Numa frase: os estudos de género propõem uma “nova antropologia” — em que o ser humano é uma espécie de brinquedo Transformer — destituída de qualquer prova médico-psiquiátrica validada pela ciência.

 


"Percecionar a Utilidade e Eficácia Das Ferramentas Do Trabalho Felicitário..." e Coiso

 



O professor Guinote descobriu aqui que existem "especialistas na área da felicidade pessoal e organizacional" que disponibilizam e dão a conhecer "ferramentas" para construir Happy Schools.
Aprendam.