domingo, 31 de janeiro de 2010

Ó Camarada Mário, Os Professores Sabem Ler.


De acordo com Mário Nogueira, o regime de gestão das escolas é o "aspecto mais negativo do modelo de avaliação", pelo que passará a ser uma das "prioridades de combate dos professores". Esclarece que a nova centralidade na escola assumida pelo Conselho Pedagógico "acaba por esbarrar num regime de gestão desgraçado", ou seja, que "tem um director que nomeia toda a gente e controla toda a escola".
O responsável sindical encara-a como uma "espécie de coutada de alguém, que dominando tudo e todos, acaba por poder perverter aspectos da avaliação".


Portantos, camarada Mário, se bem entendo, o aspecto mais negativo do modelo de avaliação que negociaste com a Sorrisos e que aceitaste como bom - e por isso o assinaste - é o regime de gestão das escolas: "tem um director que nomeia toda a gente e controla toda a escola" e que perverterá a avaliação, dizes tu.
Já se percebeu há muito que quando Deus Nosso Senhor fez a distribuição dos nossos pertences mais altos tu estavas a fazer uma sesta. Ou numa fila de pertences de valor mais baixo.
Como explicas que, tendo tu negociado e assinado um acordo que retirou o Director do processo de avaliação dos professores, ainda te dês ao luxo de afirmar que o Director é o aspecto mais negativo do modelo de avaliação?
Não consegues, pois não?
Eu ajudo: como fizeste um acordo que é uma m. para os professores, como se verá mais cedo que tarde, convém-te agora atirar-lhes com o papão do director para desviar-lhes a atenção.
Eu sei que só usarás o papão "directores" até a Isabel "Sorrisos" te apresentar o texto legal que incorporará o que tu acordaste (enquanto tiravas uma soneca).
No segundo seguinte, o papão passará a chamar-se Ministério da Educação. Vamos esperar mais um mesito.
Ah! antes que me esqueça, camarada.
Obviamente, quando os "colegas" começarem a avaliar "colegas" e a coisa der pró torto - como vai dar - e surgir nas escolas aquele ambiente de cortar à faca, idêntico ao que surgiu quando os colegas" titulares começaram a avaliar, aposto que a culpa não vai ser tua, nem dos sindicatos que assinaram o "acordo" de m.
Aposto dobrado contra singelo que a culpa vai ser também dos Directores que nomearam os coordenadores que, por sua vez, designaram um professor relator da pior espécie, "adesivado" dirás tu.
Reitor

A Culpa É Dos Professores

O Sr. Pastorek esteve em Lisboa a deitar postas de pescada.
Diz ele que a culpa do insucesso dos alunos e do abandono escolar é dos professores.
Talvez tenha razão. Utilizando a mesma bitola do sr. Pastorek, também se poderia afirmar solenemente que:
- Se o cidadão não tem sucesso, a culpa é da sociedade
- Se o cidadão passa os dias à gola do Rendimento Social de Inserção e, à noite, anda na gatunagem, a culpa é do Estado
- Se o cidadão desiste de lutar pela vida e de trabalhar para se sustentar, a culpa é do Governo que lhe dá muitos subsídios
- Se há portugueses que não conseguem respeitar as leis e que faltam às suas obrigações, a culpa é do Estado mole em que vivemos

Se o Sr. Pastorek estivesse mais algum tempo em Portugal, também chegaria às conclusões que retiro atrás. E teria visto que, ao contrário do seu Louisiana e do seu País - que não premeiam a preguiça, nem o insucesso, nem o crime - Portugal é um Estado faz-de-conta que apenas existe para dar de mamar a mais de metade dos portugueses, à custa da outra metade obviamente.

Se aos jovens que não se esforçam, que fogem da escola, que faltam aos seus deveres e obrigações e que, por via disso, têm insucesso escolar, o Estado não desse (de dar mesmo):
- Emprego nos milhares de serviços públicos, nas autarquias e empresas estatais,
- Rendimento Social de Inserção,
- O 13º e 14º meses,
- Subsídio para aborto e para implantação da banda gástrica e implantes de botox,
- O subsídio para o casamento de gays e para os que casam várias vezes ao longo das suas vidas
- A segurança social e a reforma para os que trabalham toda a vida "ao negro" sem descontos e sem declararem rendimentos
- As refeições e material escolar gratuitos àqueles que, nitidamente e aos olhos de todos os outros, não precisam, mas que têm subsídio apenas porque o controle da acção social escolar é feito por essa "risota" designada IRS,
Eles (jovens e outros preguiçosos) esforçar-se-iam, estudariam, não faltariam às aulas, saberiam comportar-se, enfim, obteriam sucesso como os demais e participariam no esforço da sociedade.

Será que os americanos do Louisiana e de qualquer outro estado americano permitiriam que mais de metade - segundo o prof. Mediana Carreira - dos seus cidadãos vivessem à custa do Estado?
O Sr. Pastorek tem toda a razão: os professores portugueses serão os responsáveis pelo insucesso escolar, na exacta medida que os portugueses são responsáveis por manterem um Estado que não é mais que uma autêntica mama pública!

Reitor

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Poste da Ensinança de Bem Desmentir ...

Um cavalheiro que nos quer fazer passar por papalvos mas que, depois da ensinança, leva uma lição para toda a vida. De caminho, bate com a tromba no chão ficando com o nariz como uma pistola.


Reitor

Algo Me Diz Que O Grande Chefe Sucratas Vai Meter A Pistola No Coldre

Os chefes militares fizeram questão de informar os seus profissionais a prestar serviço no Ministério da Defesa e no Instituto de Defesa Nacional que estão excluídos do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na Administração Pública (SIADAP).

Estes chefes não se acagaçam como os chefinhos das escolas que, mais papistas que o papa, tiveram de engolir - termo exacto - os objectivos que fixaram para os professores que se marimbaram para as ordens deles.
Para os militares não há objectivos, nem quotas, nem modelo de avaliação "rigoroso" que "diferencie" verdadeiramente o mérito, a não ser o deles próprios.

Há primeiros-ministros que deveriam pintar a cara quando saem à rua.

Reitor

O problema dos professores é que estás podre de razão

Quem leva a sério organizações que assinam um Acordo e passados pouco mais de quinze dias estão a requerer a uma terceira instância, a quem numa primeira fase solicitaram que não interviesse e numa segunda não deram nenhuma oportunidade de poder intervir ... que o venha agora esvaziar de sentido e de eficácia?

Subscrevo palavra por palavra.

Reitor

Belmiro Ao Governo

SONAE - "É incorruptível".

INVESTIMENTO - "Acabe-se com o devaneio das grandes obras".

GOVERNAÇÃO - "Bloco central, não. Senão vira ditadura a dois, compadrio. Neste momento, e quase direi por felicidade, não há um Governo de maioria".

LÍDER DO PSD - "[Manuela Ferreira Leite] teve muitos anos de trabalho, mas no Estado. Nunca dormiu mal por ter a responsabilidade de saber como pagar salários".

GOVERNO - "Tenho dificuldade em saber os nomes de metade dos que estão lá"

PROMESSAS - "Muitas vezes as promessas são feitas sem o Teixeira dos Santos assinar pior baixo".

DEMOCRACIA - "Criou-se um sistema em que o povo vota pelas festas, frigoríficos e passeios".

SALÁRIOS - "Os salários são baixos. O pessoal do meio é que ganha de mais. Têm de ser aumentados o último piso e o rés-do-chão".

JORNAL "PÚBLICO" - "[José Manuel Fernandes] era acusado - e bem acusado - de não criar climas de consenso no jornal".

SÓCRATES / PRESSÕES - "O primeiro-ministro telefona ou manda telefonar com muita frequência"

MARCELO - "[Marcelo Rebelo de Sousa] é pluri-pluri. Tem dez respostas, todas boas, para a mesma pergunta. Não sofre de pensamento único".

PRESIDENCIAIS - "O Alegre devia ter juízo (...) No final do mandato já terá 80 anos, não é muito sensato".

CAVACO - "Cavaco é um ditador. Mandou quatro amigos meus, dos melhores ministros, para a rua, assim de mão directa".

TGV - "O TGV está desenhado em função dos interesses espanhóis".

ESPANHA - "Do ponto de vista político, o sistema espanhol é pior do que o nosso".

CONCERTAÇÃO - "Os empresários têm muita força, mas quem tem mesmo força são os trabalhadores".

SINDICATOS - "[Sindicatos] terão de se reformular se não quiserem desaparecer rapidamente".

TRABALHADORES - "Para se ter uma sociedade coesa, os trabalhadores têm de ser bem tratados, não se podem explorar".

PATRÕES - "Não há nenhum empresário sério que se reveja nas associações patronais"

REGIONALIZAÇÃO - "Podia ser interessante regionalizar a Educação".

Na VISÃO

Reitor

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

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Este é o milésimo post publicado pelo Educação S.A.
Uma gota no oceano, um copo no mar... Contudo, mil sinais.

Reitor

OE 2010: Como Combater o Défice

Reitor

O Orçamento de Estado Em Duas Frases

Autarquias vão receber mais 126 milhões do que no ano passado

Funcionários Públicos vão perder poder de compra

Reitor

A Escolaridade Obrigatória vai até ao 12º ano, não vai?

"O Governo pretende este ano transferir para os municípios a gestão dos equipamentos relativos à escolaridade obrigatória..."

O que significa que as escolas secundárias vão ser "transferidas" para a gestão dos municípios.
Nada que não se soubesse que ia acontecer, mais tarde ou mais cedo. No ano passado foram algumas EB23 e este ano alarga-se a experiência às secundárias.
Pode vir a ser uma boa experiência. Afinal, até agora, as escolas preparatórias e secundárias estaviveram sob responsabilidade directa do Governo e de toda a sorte organismos públicos e ficaram como nós as conhecemos, na sua maioria: decrépitas, semidestruídas, feias, sujas, vandalizadas...
Ao serem entregues aos caciques concelhios serão alvo de várias interferências políticas, sem dúvida, mas podem ser mais bem tratadas. E mais respeitadas. E, depois, as escolas que hoje estão sob alçada - sorrio - do Governo não sofrem pressões e interferências políticas? Claro que sofrem.
A pergunta não é, pois, porquê a transferência da gestão dos edifícios das escolas secundárias para as autarquias. A pergunta é outra.
Porquê agora? Esta é que é a questão.
Cá pra mim, agora, este é um dos preços que os professores terão de pagar pela marcha-atrás que o Governo do Socras tem feito nas reformas que o anterior, o do Sucratas, impôs aos professores.
Os professores obrigaram o Governo a andar às arrecuas em toda a linha. Como não há almoços grátis, penso eu de que...

Viva o socialismo! P.S. P.S. P.S.

Reitor

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Temos de Pedir Responsabilidades ao Partido Socialista

Dois arguidos acusados por ‘dezenas de crimes de abuso sexual’ na Casa Pia

Todos temos consciência da vergonha que foi e é para o país e para os portugueses decentes - que os há indecentes - o Caso da pedofilia na CASA PIA.
A pedofilia na Casa Pia há-de ficar ligada, indelevelmente ligada, a elementos do Partido Socialista. Para mal dos pecados deles.
E o Partido Socialista tudo fez e tudo faz para merecer esta mancha: mal chegou ao Governo, tratou de alterar as leis criminais para impedir que alguns dos maiores suspeitos pudessem bater com os costados na prisão. E que alguns dos mais graves crimes não fossem julgados. E que crimes continuados passassem a ser considerados como um único. Sim, sim, com a ajuda do PSD.
Depois, afastou a Dra. Catalina Pestana - que foi apenas a provedora que mais aguerrida e persistentemente, até com elevados custos pessoais, combateu os abusadores da Casa Pia - da direcção da instituição, substituindo-a pela Dra. Joaquina Madeira, uma protegida socialista.
Agora, surgem mais dezenas de crimes de abuso sexual na Casa Pia.
A quem pedir responsabilidades se não ao Partido Socialista?
Reitor

Boa Sorte

Reitor

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

Breve Prolegómeno De Uma Reforma Curricular Mais Conservadora

No sítio do Paulo já abriu o a caça à reforma curricular mais perfeita de Portugal.
E os comentadores já vão puxando a manta para cobrir muitos pés. Demasiados pés.
Concordo em absoluto com a abordagem preliminar que ele faz à magna questão: reforma para quê?
E opto pelo caminho mais clássico (que ele designa mais conservador) pela simples razão de que o currículo que temos (o tal que é preciso reformar) é o mais modernaço que alguma vez tivemos.
Não teria sentido reformar um currículo modernaço - que atrasou o desenvolvimento do país e deseducou gerações - por modernaços curriculos, nem por mais áreas curriculares não disciplinares, ou áreas de projectos e outras coisas esquisitas a que os nossos jovens bem glosam.
A configuração curricular é o menos: saber se o currículo se desenvolve nos actuais 4+2+3+3 ou nuns 4+5+3 ou 5+5+2 não é a questão mais relevante do meu ponto de vista.
As questões mais relevantes são, desde logo:
1 - Voltar às aulas de 50 minutos ou introduzir as de 60 minutos
2 - Impedir que qualquer disciplina tivesse menos de dois tempos de 50 ou de 60 minutos por semana. E nas disciplinas com 100 ou 120 minutos por semana, impedir que pudessem ser no mesmo dia.
3 - Obrigar a que a disciplina de Educação física tenha sempre duas aulas semanais de 100 minutos cada.
4 - Exterminar as Área de projecto, Estudo Acompanhado e Formação cívica.
Como se vê, não muito conservador, para começo de conversa.
Reitor

sábado, 23 de janeiro de 2010

Vou Dormir



Reitor

A Força Dos Factos II

"Garcia da Orta" cai aos pedaços

Não admira. Os inginheiros estão no Governo.
Reitor

O que leva alguns professores e professoras a entrarem em frenesim quando ouvem falar de educação sexual?

Que raio de pergunta, Ramiro.
Bem, compreendo que não possamos saber tudo.
No caso dos profs, a razão para tanto frenesim é esta:

No caso das setoras, aposto que a razão deve andar por aqui perto:

Não te parece?
E olha que 60euros por 50 horas é uma pechincha.
Reitor

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Força Dos Factos

Os ideólogos da Educação, da Pedagogia, do Eduquês e da Escola Pública não estão em estado de choque. Nem sequer preocupados com a realidade que surge nos jornais e nos estudos do ME.
É o ensino privado que faz subir as taxas de transição e conclusão nos ensinos básicos e secundários. No privado, entre os dois anos analisados, a taxa para o básico sobe de 93 para 97 por cento. No secundário, a evolução é de 73 para 89 por cento. No público, a taxa sobe de 86 para 92 por cento no básico e de 66 para 78 por cento no secundário.

Relativamente às taxas de retenção, o privado também fica melhor no retrato dos 12 anos analisados. No básico a taxa desceu de sete para 3,5 por cento no básico; e de 27 para 11 por cento no secundário. Comparando com o público, a taxa de retenção no secundário é de 22,3, em 2007/2008.

Verificou-se uma “evolução positiva” no rácio professor/aluno no ensino público, atingindo valores de 15,1 e 14,1 no pré-escolar e no 1.º ciclo respectivamente. No secundário, há 7,7 alunos por docente. Há 50 anos esses valores eram de 29, 34 e 19 alunos para o pré-escolar, 1.º ciclo e secundário, respectivamente. No privado, um educador de infância tem em média 17 crianças, igual número para o 1.º ciclo e no secundário o rácio é de 18,6.

A realidade recente, crua e simples, mostra-nos a todos:
a) - Que as escolas privadas têm melhores resultados escolares que as públicas
b) - Que, consequentemente, a taxa de reprovação é menor nas escolas privadas que nas públicas
c) - Que o número de alunos por turma é maior nas escolas privadas que nas públicas
Estes números esmagam duas das ideias mais falsas que os pedagogos encarteirados vendem ao país:
1 - Que as escolas públicas são melhores que as privadas (quase apetece dizer: só se for nas taxas de reprovação!)
2 - Que quanto menor for o número de alunos por turma, melhores serão os resultados escolares
E mais números haveria que nos surpreenderiam:
  • aposto que as taxas de abandono e desistência são menores nas privadas que nas públicas
  • aposto que os índices de indisciplina e violência são menores nas escolas privadas que nas públicas
  • aposto que o índice de satisfação dos "utentes" das escolas privadas é mais elevado que nas públicas
  • aposto que a educação/formação de cada aluno tem menor custo nas escolas privadas que nas públicas
  • aposto que a responsabilidade "parental", como diz o luminoso pai, é mais elevada/efectiva nas escolas privadas que nas públicas
Escola Pública versus Escola Privada. Qual a melhor opção?

Reitor

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Altas Taxas de Insucesso, Altas Taxas de Indisciplina e Altíssimas Taxas de Subsidiados

Li aqui que a Maioria das escolas de intervenção prioritária tem altas taxas de insucesso escolar e e altas taxas de indisciplina (e escandalosas taxas de alunos subsidiados)


A minha preocupação foi tal que me dei ao trabalho de ler o relatório da IGE.
Fiquei muito mais descansado: os problemas do insucesso escolar e da indisciplina vão ser resolvidos a breve trecho. Não, não vai ser necessário lançar mais dinheiro sobre as TEIP; nem dar mais subsídios aos alunos e às famílias, nem novo "programa" governamental.
Bastarão os recursos existentes nessas escolas para se debelarem todos os problemas. Reparem na página 28 do relatório. As escolas TEIP têm:
1 - Visão estratégica
2 - Motivação e empenho
3 - Prioridades, planos de acção e metas bem definidas
4 - Bom conhecimento do contexto
5 - Corpo docente motivado
6 - Lideranças "participadas"


Não dou 6 meses para se acabar com a indisciplina e o insucesso escolar.

Reitor

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"O ingrato merece indulgência, realmente; o que ele faz, tão-somente, é confundir-se com o seu benfeitor"


O Presidente da República, Cavaco Silva, visita hoje a região do Oeste para se encontrar com associações de agricultores e visitar algumas empresas.

O Presidente da Associação de Agricultores do Oeste não está feliz com esta visita.
Diz ele:

Para Feliz Alberto, «tudo isto são operações de marketing político para ir desviando a atenção dos problemas reais do país».
«Eu gostava era que o senhor Presidente da República viesse visitar as empresas que estão em dificuldades, no sentido de chamar à atenção da Opinião Pública e dos poderosos da política e da economia para fazer algo para mudar esta situação senão Portugal corre o risco de estar a criar verdadeiros conflitos sociais», sugeriu o representante dos agricultores do Oeste

Arre!
É pena que até as Associações estejam infectadas pela "velha esquerda" que empata o país há mais de 30 anos.
E é inadamissível que o Presidente de uma Associação lance ataques políticos deste jaez ao Presidente da República. Bora c´o ele.


Reitor

sábado, 16 de janeiro de 2010

Allegro Ma Non Troppo, Un Poco Maestoso


aqui escrevi sobre Manuel Alegre. Um excêntrico.
Vai candidatar-se à presidência da república.
Boa sorte Manel. É tempo de regresso.

E contudo perdendo-te encontraste.
E nem deuses nem monstros nem tiranos
te puderam deter. A mim os oceanos.
E foste. E aproximaste.

Antes de ti o mar era mistério.
Tu mostraste que o mar era só mar.
Maior do que qualquer império
foi a aventura de partir e de chegar.

Mas já no mar quem fomos é estrangeiro
e já em Portugal estrangeiros somos.
Se em cada um de nós há ainda um marinheiro
vamos achar em Portugal quem nunca fomos.

De Calicute até Lisboa sobre o sal
e o Tempo. Porque é tempo de voltar
e de voltando achar em Portugal
esse país que se perdeu de mar em mar.

Reitor

Até que enfim. Alguém com juízo!

"Patriarcado não vai participar no evento das Noivas de Santo António, uma iniciativa que este ano se abre aos casais homossexuais"

A mama vai continuar mas já não com a colaboração da Igreja. Graças a Deus.

Reitor

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Contas Furadas

O Paulo Guinote está a ficar zangado com o Ministério da Educação.
Diz ele que não pode ser. Que a escala de classsificação dos professores, tal como o SIADAP, vai até às décimas.
Não vai não. Quando muito, ia.
Vejam os nºs 3 e 4 do anexo XVI do Despacho nº 3006/2009 de 23 de Janeiro:

3 — Nas fichas de avaliação, a classificação de cada parâmetro é expressa pelas menções qualitativas previstas no artigo 46.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário e no artigo 21.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro.
4 — A cada uma das menções qualitativas referidas no número anterior corresponde um determinado número de pontos, a saber:
a) Excelente — 10 pontos;
b) Muito bom — 8 pontos;
c) Bom — 7 pontos;
d) Regular — 6 pontos;
e) Insuficiente — 3 pontos.

Ou seja, tudo números inteiros. E não quaisquer números: apenas o 10, 8, 7, 6 e 3.
A 3ª simplificação (Janeiro de 2009) chegou também às fichas e ao modo como se classificam os parametros de avaliação.
Portantos, o Governo decidiu simplificar também as contas que cada director tinha de fazer para avaliar os professores.
Penso eu de que...

Reitor

Estado Promove Uso de Preservativos Recorrendo a Gays

Ver aqui



Triste figura faz o Estado ao promover o uso de preservativos por dois panisgas, perdão, por dois gays, que têm relações sexuais (implicitamente) dentro de um automóvel em local público.
Não se trata de homofobia. Nada disso. Trata-se sim de salubridade pública.
De uma questão de higiene, neste caso, de falta dela.

Reitor

Meneses Again!

O P.S.D. está mesmo mal.
Tão mal, tão mal que este pobre coitado, absolutamente excepcional, admite recandidatar-se à liderança.

Um Partido como o P.S.D. não deveria ter necessidade de repescar líderes.
Com tantos líderes potenciais, estou a lembrar-me do Mendes Bota, do António Preto, do Marco António Costa, do Aguiar-Branco e do Fernando Ruas, só para citar alguns, estranho que o LFM ainda "admita" em situações "excepcionais" candidatar-se a líder.

Já era tempo de alguém lhe explicar que foi ele Meneses, muito mais que o Santana Lopes, que descredibilizou o Partido.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5 : 3)

Reitor

É a Escola Da Propaganda Chuchalista


Sem vergonha.
Reitor

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Segurança Nas Escolas É Brincadeira

O episódio do alvejamento de um aluno de uma escola particular de Braga por um colega está deslindado.
Foi uma bricadeira. A arma era do pai de um dos alunos, que a levou para a escola para a mostrar aos colegas. A arma foi disparada acidentalmente tendo ferido um dos alunos no tórax.
Um acidente provocado por uma arma de fogo manuseada por menores. O costume.
Quando se passa defronte à entrada das escolas, de qualquer uma, vê-se sempre magotes de pessoas, normalmente a fumar. Alguns jovens e alguns adultos.
E fica-se, logo ali, com a sensação de que não há segurança. De que pode entrar na escola qualquer pessoa, para quaisquer fins. Isto é um facto.
Também se percebe que, no interior das mochilas, qualquer aluno pode introduzir nas escolas qualquer tipo de armas. Em qualquer escola. Na maior parte do mundo.
Que fazer para evitar que entrem nas escolas pessoas com intenções criminosas e que os alunos introduzam nas escolas armas e substâncias proibidas?
Não sei dar uma resposta concreta à questão.
Mas sei apontar alguns males e algumas causas para a falta de segurança nas escolas.
1 - É uma asneira pegada, um dia após um "acidente" com armas de fogo, que a direcção da escola onde o mesmo ocorreu autorize o aluno responsável pelo disparo a regressar à escola e às aulas. Não lembra ao diabo.
2 - É um disparate pegado, os alunos serem apanhados na posse de armas e de drogas (perdão, estupefacientes) no interior das escolas e nada, rigorosamente nada lhes acontecer. Nem um dia de detenção.
3 - É um disparate pegado não se responsabilizarem os pais por todas as asneiras que os menores façam nas escolas: responsabilizar mesmo. Com multas e serviço cívico.
Reitor

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Natal É Sempre Que Um Homem Quiser. Aproveitem Os Saldos

Será que a Margarida "Popota" Moreira ainda "dirige" a famosa DREN?
É que se não dirige, é como se dirigisse. O surrealista episódio e conta-se assim:
Um aluno - sério candidato às novas oportunidades - reprovou no 9º ano com três raposas: uma a Português, outra a Inglês e outra a Francês.
A criança não se inscreveu nos exames porque não sabia que havia exames, nem tinham ido a casa informar o pai do calendário dos exames, como, só para dar um exemplo, fez a funcionária da segurança social e o Plesidente da Junta que foram lá a casa pedir-lhes para se inscreverem no Rendimento Mínino. A funcionária da segurança social até levava os papéis preenchidos e o pai só teve de os assinar.
Mas não nos desviemos do assunto. Ninguém os tinha avisado de que poderiam fazer exames para transitar de ano.

É então que o Director da DREN (começo a ter saudades da Magui) decide ajudar esta família. Vai daí, dá ordens à escola para repetir os exames em Janeiro porque a culpa era também da escola e de mais duas entidades estranhas ao processo:

"A escola por lapso, o aluno porque não sabia, o encarregado de educação porque não estava devidamente informado deixaram passar o período de inscrição"

Mas a Directora da escola não gostou que a culpassem pela falha e, vai daí, pôs os pontos nos iis e declarou, urbi et orbi, que não senhora, que não tinha culpa nenhuma. Sugerindo que quem não está a cumprir a lei é a própria DREN.

"Ao contrário do que a DREN diz não houve lapso. A escola cumpriu o que estava na lei e não pode ser responsabilizada pelo desconhecimento da lei"

As palavras da directora podem ter ainda outro entendimento: Se a DREN não está a cumprir a lei, que interesse estará a proteger?
A educação está em saldo. Aproveitem todos o desconhecimento da lei e façam os vosso pedidos às DREs

Reitor

Ganhos & Perdas do Famoso Acordo

Ganhos para os sindicatos (professores?)

- Fim da divisão da carreira
- Os professores que obtiverem MB e Excelente na avaliação progridem directamente sem ocupar vagas definidas pelo ME
- Os professores que tiverem BOM poderão chegar ao topo da carreira, embora mais tarde
- Especialização de funções no seio da “carreira única” – supervisão, gestão da formação, desenvolvimento curricular (a mãe de todas as asneiras) e avaliação do desempenho
- Possibilidade de referenciarem a sua avaliação a objectivos individuais
- Avaliação simplex: apenas de um relatório de autoavaliação.
- Acabaram-se as malditas fichas e os malditos itens
- A observação de aulas é feita a pedido
- Os professores relatores (avaliadores) são designados pelos coordenadores
- As “notas” serão dadas por votação dos 5 membros do júri de avaliação
- Não se vislumbra a atribuição de “regular” ou “insuficiente”

Ganhos para a Educação e o País

- Mantém-se a prova de ingresso na carreira
- Fixação anual de quotas para acesso aos 5º e 7º escalões da carreira
- Especialização de funções no seio da “carreira única” – supervisão, gestão da formação, desenvolvimento curricular (a mãe de todas as asneiras) e avaliação do desempenho
- A possibilidade de os professores referenciarem a sua avaliação a objectivos individuais, desafiá-los-á a maiores desafios educativos e escolares, beneficiando os alunos
- Acabou-se com a avaliação dos resultados escolares e com a avaliação da “relação com a comunidade” (aparentemente) – desnecessários focos de conflito e diversão
- O modelo de avaliação proposto pela FENPROF foi para o balde do lixo

Ganhos para o Governo

- No final do processo, foi o Governo quem mais ganhou:
- Ganhou um momento de paz
- Conseguiu resolver de um problema que o desgastava diariamente
- Consegui manter de pé a avaliaçaõ de 2007/2009 (os MB e o Excelentes) autêntica inginharia socrática
- Fez passar a imagem de estar verdadeiramente preocupado em arranjar uma solução para o problema

Perdas para os sindicatos (e para os professores?)

- Manutenção da Prova de Ingresso
- Fixação anual de quotas para acesso aos 5º e 7º escalões da carreira
- Avaliações em momentos que não coincidem com a mudança de escalão (de 2 em 2 anos quando a progressão se opera de 4 em 4 anos
- Os BONS professores vão atrasar até 6 anos na progressão e no acesso ao último escalão
- Os professores “relatores” vão passar um mau bocado. Pior ainda que os maus momentos por que passaram os titulares.

Perdas para a educação e o país

- As Avaliações em momentos que não coincidem com a mudança de escalão só acrescentarão trabalho inútil e burocracia ao dia a dia das escolas.
- Consideração da avaliação efectuada nos anos de 2007/2009 (uma anedota) para efeitos de progressão na carreira
- Os profs vão ser avaliados por colegas com base em papéis, no relatório de autoavaliação e em “impressões” e “opiniões”
- A observação de aulas só pode acontecer a pedido dos professores
- Os Directores das Escolas deixam de poder avaliar os respectivos professores (excepto os coordenadores), deixando a avaliação de ser um instrumento de gestão de recursos docentes das escolas como defendem os seus mentores
- A designação dos professores relatores pelos coordenadores vai criar vários focos de conflito nas escolas, como se criou com os titulares (estes foi o Governo que os pariu, aqueles serão obra dos coordenadores)
- Classificações atribuídas por um grupo de 5 pessoas com recurso a votação – só falta mesmo ser secreta e haver abstenções…
- Dificilmente se atribuirão classificações de “regular” ou “insuficiente” e as avaliações inferior a MB serão alvo de recurso para o júri especial de recurso. Não poderá ser de outra forma

Perdas para o Governo

- Arrasou-se o ECD, a carreira e a avaliação docente impostos pela Milú e pelo ingº das cortes de gado na Covilhã
- Podem ainda ser arrasadas os principais esteios do modelo de gestão das escolas
- Retrocedeu ao fim de três anos numa política errada e errática que só prejudicou as escolas e o país
- Ficou patente que os portugueses não podem deixar nas mãos daqueles que obtiveram cursos superiores de forma duvidosa a condução da política educativa do país
- Adiou-se por muitos e bons anos a implementação de um modelo e avaliação como deve ser: avalia quem chefia; avalia quem dirige. Mai nada.

Parece que, afinal, ganharam todos qualquer coisita e que também todos perderam.
O Governo não perdeu a face nem perdeu tudo.
Os dinossáuricos sindicalistas ganharam umas migalhas para os professores e um presunto para eles próprios (sentarem-se à mesa com a Ministra é sempre uma prova de vida e de poder). Enquanto estes dinossáurios comandarem os interesses dos professores, estes serão sempre joguetes de interesses político-sindicais.
Se todos tinham a ganhar, coloca-se então a magna questão:

Por que razão andou o Governo tantos meses a bater-se por um insustentável ECD assente numa divisão artificial da carreira docente e um Modelo de Avaliação do desempenho que prejudicou as escolas, os professores e a sociedade portuguesa, enfim, uma Avaliaçaõ que não valiam os guizos de um gato?

A resposta é simples:
Por teimosia e irresponsabilidade de um Primeiro-Ministro que quis tratar dos professores como ele próprio tratou o professô Morais. Viu-se agora que nem ele nem os mastins que colocou ao seu serviço no ME conseguiram vergar os professores.

Reitor

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais de 80% dos Professores Considera que a Ministra da Educação Pode Mentir Sempre Que Não Sorri

Num estudo de opinião feito por meios legais, entre as 18h30 do dia 06-01-2010 e as 9h00 do dia 7-1-2010, de forma anónima, junto de nove professores de nove escolas portuguesas confirmaram-me aquilo que já se adivinhava:

O ME não pode saber ao certo quantos professores foram avaliados pela simples razão que não pediu essa informação às escolas nem as escolas a deram

Na Escola Secundária do Bombarral,
Na Sec. Avelar Brotero,
Na Secundária Pinheiro da Rosa,
Na Escola Secundária António Granjo
No Agrupamento de Escolas de Castro Marim
No Agrupamente de Escolas Professor Delfim Santos
No Agrupamento de Escolas Luís de Sttau Monteiro
No Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva
No Agrupamento de Escolas de Tabuaço

Concluo simplesmente que a Ministra da Educação de Portugal, na impossibilidade de não saber que esta notícia é falsa, só pode estar a querer lançar poeira nos olhos da opinião pública e a condicionar as negociações com os sindicatos de mais logo.
Na linha de Maria de Lurdes Rodrigues, como ontem dizia o Paulo Guinote.
Triste figura, Sra. Ministra.

Reitor

O Inimigo das Mulheres

No Jornal "I"
Reitor

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Deputados Da Nação Portuguesa


"Dar ou não dar liberdade de voto aos deputados socialistas é algo que cabe quase exclusivamente ao secretário-geral do PS, José Sócrates"

"O PSD decidiu hoje dar liberdade de voto aos seus deputados na votação de sexta-feira nos projectos sobre o casamento gay e desafiou o PS, muito dividido nesta questão, fazer o mesmo"

José Sócrates impediu hoje o grupo parlamentar do PS de votar livremente os projectos do BE e do PEV sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo

Reitor

Modernas ideologias que brotam das melhores fontes. Cautela.

A questão do casamento homossexual está a afectar alguns cerebelos. Irremediavelmente.
Os mais desempoeirados e lúcidos fazedores de opinião - cercados e na impossibilidade de fugirem ao tema - sairam à praça com um discursosinho "para agradar a todos". Ou para desafiar conversa, veremos.
De qualquer forma, tão relativista e tão paradoxal, por assim dizer, que não me admira se venha a defender, qualquer dia lá mais para diante, um referendo ao casamento entre adultos e menores, entre familiares directos e, porque não, entre homens e outras criaturas medianamente pensantes. Palavra.
E, se se consultar a malta, talvez até liberalizar a adopção de crianças por casais (ou famílias?)homossexuais. O BE quer já. Os Comunistas, mais finos e tolerantes vão apenas até ao altar.
Nada me surpreende. Foi sempre das boas cabeças e das almas prenhes de ciência que brotou a engenharia social mais extravagante, e paradoxal, de que sempre se aproveitou a velha esquerda que paralisa o país desde 1975.
Casamento homossexual? Não, muito obrigado.
É uma coisa esquisita, confunde o povo, desvaloriza e obscurece as relações sociais, perturba as crianças, desestrutura a sociedade, enfim, é uma moda que bem se dispensaria.

Reitor

Lá que fede, fede!

Diz o Ramiro, com um cortês pedido de desculpa, que a ADD já fede. Também acho. Já cheira mal de tanto ir pra lá e vir pra cá.
E o pobo já começa a ver com maus olhos esta questão. Voltou o estilete "os professores não querem é ser avaliados"... E lá terá a sua razão de ser, o estilete, claro.
É verdade também que nenhuma avaliação do desempenho profissional serve para medir o mérito. Ou melhor, qualquer modelo de avaliação é sobretudo um mecanismo de gestão. De gestão de carreiras, de gestão de conflitos, de gestão de expectativas, de gestão de interesses (às vezes estranhos às profissões/instituições), de controle de progressão de carreiras e de salários. Qualquer outro objectivo implícito ou explícito é perfeitamente secundário e dispensável.
A crispação nas escolas teve a ver com a percepção de injustiças por parte dos professores.
Nos últimos meses, os fenómenos de crispação falados nos blogues aconteceram, por norma, nas escolas que avançaram com o processo e que até o levaram mais longe do que o próprio ME pretendia; nas escolas com pasto para medrarem os maus impulsos profissionais que levaram muitos professores a utilizar "esquemas", mais ou menos rebuscados, para atingir inconfessáveis objectivos. Enfim, misérias humanas.
A crispação não existe, neste momento, nas escolas porque a "coisa" está parada, simplesmente.
Aposto dobrado contra singelo que, mal surja no terreno algum modelo de avaliação que diferencie professores com base em apreciações subjectivas, estará entornada a sopa. E voltarão a conflitualidade e a crispação.
Mas, aprofundando mais esta questão da ADD e da agenda política e mediática que a rodeia, lanço daqui um repto, sob a forma de duas questõezinhas:
- Porque razão a ADD não é conflituosa - antes pelo contrário, é aceite com normalidade - nas escolas privadas?
- Será que os problemas com a ADD - e os três anos de retrocesso na educação - têm alguma coisa a ver - de perto ou de longe - com o "paraíso da velha esquerda" de que nos falava o Henrique Raposo?

Reitor

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"Portugal é o Último Paraíso da Velha Esquerda"

Um interessante artigo de Henrique Raposo na revista Única do passado fim-de-semana




"Portugal é o país mais esquerdista do mundo com excepção das ditaduras que se transformaram em monarquias.
O resto do mundo está, de facto, em 2010 mas Portugal está parado em 1976"


Um jovem visionário este Henrique Raposo.

Reitor

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Um Socialista Avançado

O Jornal PÚBLICO, na edição de hoje traz uma interessante entrevista ao socialista Daniel Bessa.
Retenho sobretudo estas partes, que subscrevo:

Público (P)- Mas cortar [a despesa] onde?
Daniel Bessa (DB) - Não há verdadeira redução da despesa que não passe pela privatização de alguns serviços. Porque as outras alternativas é mandar funcionários públicos embora ou reduzir nominalmente os salários. Os países que enfrentaram esta questão de frente com bons resultados fizeram-no privatizando.

P - O quê concretamente?
DB - Escolas e hospitais. As escolas continuariam de pé e os hospitais também, mas o Estado sai e os particulares vão ter de pagar, com políticas de apoio para os mais baixos rendimentos.

P - E a qualidade dos serviços não se ressentiria?
DB - Não estou muito convencido disso. Tem efeitos reais no que diz respeito às pessoas. É evidente que custa menos mandar os filhos para os hospitais e escolas públicas. Agora, não estou convencido de que a qualidade dos serviços públicos seja melhor.

Ler o resto aqui

Daniel Bessa, cuja única mácula que lhe conheço é ter feito parte de um Governo socialista, do saudoso Eng. Guterres, vem dizer com algum desassombro aquilo que é óbvio: o Estado português precisa de emagrecer. E só o consegue de duas formas: ou despedindo as pessoas a quem os políticos, alarvemente, foram dando emprego público, ou transferindo serviços públicos (a maioria) para o sector privado. Com esta última medida não se aumentaria a taxa de desemprego e melhorar-se-ia a qualidade dos serviços prestados. Todos os serviços que hoje são públicos, nomeadamente a educação, a cultura, a saúde e o sector empresarial do Estado, melhorariam a sua qualidade [e ficariam mais baratos ao país] se fossem transferidos para o sector privado, ficando o Estado, "apenas", com a obrigação de os fiscalizar e controlar.
Se dependesse de mim, não seria tão radical como o Daniel Bessa. Bastava que se abrissem os serviços públicos à concorrência - entre eles e entre eles e os mesmos serviços prestados por privados. Seria um autêntico 25 de Abril.
Reitor

Porque É Que Gordon Brown Quer Introduzir Scanners Corporaais

Responda-se então à altura, porque não?

Reitor

domingo, 3 de janeiro de 2010

Perigos do Neo-Liberalismo Desenfreado: O Caso Português


"Não há nada de mais patético do que ouvir figuras relevantes da nossa comunidade a verberar contra um imaginário neoliberalismo que, segundo eles, teria destruído a economia e atirado o mundo ocidental para a mais vil desgraça.
Um dos exemplos em voga é a Irlanda.
Vale tudo para pôr em causa um modelo de desenvolvimento assente numa fortíssima aposta na educação, na livre iniciativa, baixos impostos, limitado intervencionismo estatal e flexibilidade laboral, que fez com que os irlandeses atingissem um padrão de vida único na sua história.
Mas a desonestidade intelectual chega a limites impensáveis: a culpa da crise em Portugal é por causa da conjuntura internacional. A culpa dos problemas irlandeses é o seu modelo de desenvolvimento.

Mas, sejamos justos, não falta, em Portugal, gente que consegue ver as garras desse tal de neoliberalismo.
Aí a desonestidade intelectual é substituída pela cegueira ou pior, pela ignorância. Como é que se pode ver o que quer que seja de liberalismo num país onde mais de metade da criação de riqueza está, directa ou indirectamente, ligada ao Estado? Onde os media dependem da publicidade estatal ou de empresas ligadas, directa ou indirectamente, ao Estado? Onde uma palavra de um ministro faz com que uma empresa prospere ou definhe?

No país onde vivemos a burocracia emperra, de forma decisiva, a produtividade; a carga fiscal sobre as pessoas e as empresas desincentiva o investimento; as leis laborais prejudicam a criação de emprego; a liberdade de escolher a educação para os nossos filhos e a protecção na doença é apenas para os ricos.
Tudo, em Portugal, está desenhado para que o Estado tudo ocupe e tudo controle: os impostos não descem porque o Estado precisa do dinheiro para pouco providenciar.
Pergunta-se: onde está o neoliberalismo?"

Pedro Marques Lopes às vezes acerta. Ler tudo aqui.

Reitor

Limpa-te Marcelino

"O chamado "caso das escutas" revelou Cavaco Silva como um actor parcial, comprometido com a intriga política, incapaz de desfazer as dúvidas quanto ao seu papel no complot da "asfixia democrática". A forma como colocou a mão por baixo do assessor que tentou inventar uma intriga contra o primeiro-ministro daria um escândalo de proporções bíblicas numa democracia adulta. "

Reitor