sábado, 9 de julho de 2011

Hã! Disseste Unanimidade?

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Respostas completas a uma entrevista dada antes da constituição do Governo:

1) Novas eleições, novo Governo. O que perspetiva para a Educação para o próximo ano letivo e o que espera desta nova legislatura?
R: o próximo ano lectivo vai ser de acalmia nas escolas e no relacionamento com o ME. Atenção: não vai se um ano fácil, nem para os professores nem para as escolas. Haverá cortes em todas as despesas na educação, reformulação de currículos, suspensão dos programas e projectos pedagógicos de melhoria dos resultados escolares, cujos exemplos máximos são aqueles fenomenais projectos de melhoria do sucesso escolar (turma-mais, fénix e híbrido!) que não são mais que um expediente para passeios, encontros, formação, palestras... Um sorvedouro.
(http://www.dgidc.min-edu.pt/outrosprojetos/index.php?s=directorio&pid=108)
Mesmo esperando tempos difíceis, acho que as escolas respirarão um ar mais puro, ganharão confiança no Governo e nos seus superiores, ser-lhe-á dita a verdade.

2) Qual o perfil ideal para liderar o próximo Ministério da Educação?
R: uma pessoa que não esteja marcada politicamente, aberta à mudança, que tenha combatido civicamente as perniciosas políticas do anterior ME: o facilitismo das novas oportunidades, embuste dos resultados escolares para estrangeiro ver, a propaganda política em torno e à custa da escola, o inenarrável processo de avaliação do desempenho docente, enfim, alguém que seja intelectualmente sério e sólido, que esteja aberto a reforçar o poder e a liberdade de escolha dos cidadãos, diminuindo o peso do Estado na educação e na sociedade...

3) Na sua opinião, quem julga reunir essas características? Porquê?
R: Tenho preferência por um destes dois: Nuno Crato e Diogo Feio. Porque são pessoas ponderadas, que sempre combateram as políticas de ML Rodrigues e Isabel Alçada, que perceberam que não era com falsos engenheiros e habilitações marteladas que o país progredia, que sempre defenderam os exames e a avaliação, que sempre estiveram ao lado das escolas e dos professores, enfim, porque são duas pessoas honestas e incapazes de mentir aos portugueses.

4) O que falhou na relação entre os professores e o anterior Governo e o que deve ser realizado para assegurar essa boa relação?
R: Faltou confiança. Os professores não confiavam no anterior Governo. E com muita razão.

5) Uma última questão: que medida gostaria que fosse desde logo implementada com o arranque de funções do novo Ministério?
R: a primeira medida e ainda em Junho era a revogação do actual modelo de avaliação dos professores. Seria este o melhor sinal para que os professores ganhassem confiança no ME e a melhor avaliação da uma das medidas políticas de Sócrates na Educação que se mantém até hoje.


Não me apetece responder a este provocador, embora seja justo reconhecer que também apontou, em primeiro lugar, o Crato para ministro. Enfim, às vezes acerta.

Reitor

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