quinta-feira, 21 de julho de 2011

Como Pode o Estado Português Pagar Ordenados Numa Escola Pública Sem Alunos?


Este pedaço de texto é a imagem de Portugal. Um país subdesenvolvido, cujos cidadãos dependem totalmente dos favores e da acção paternalista do Estado.
Vejam bem: os alunos de um concelho não gostam das quatro escolas que os cercam e, literalmente, fogem para uma escola privada de outro concelho. Que, certamente, lhes dá melhores condições de frequência e de sucesso. Caso contrário não se deslocariam para outro concelho para frequentar uma escola idêntica a quatro que têm ao pé de si..
Há pessoas que acham isto estranho.
Que acham que a "culpa" de perderem alunos é da escola privada do concelho vizinho! Ah, e da natalidade! Note-se bem: a culpa das quatro escolas do concelho de Guimarães perderem alunos não é dos auxiliares, dos professores, nem dos directores, nem da Câmara Municipal, nem da DREN. É da "existência da Cooperativa de Ensino Didáxis". Incrível.
Vá lá, não se lembraram ainda de pôr a culpa nos pais dos alunos que deles fogem. Faltará pouco.
Há portugueses que defendem que o Estado deve manter escolas públicas em funcionamento - mesmo não oferecendo um serviço que seja procurado pelos "utentes", mesmo não tendo alunos para as frequentar -apenas porque são públicas. São os mesmos que têm os filhos nas privadas.
São os mesmos que defenderiam que, se das quatro escolas públicas de Guimarães os alunos apenas preferissem duas delas - que não aquelas em que dão aulas - o Estado deveria distribuí-los, compulsivamente, pelas quatro apenas para os ocupar e justificar-se o ordenado no final do mês.
Um país em que as pessoas confiam mais no Estado que nelas próprias, não pode ser desenvolvido.

Reitor

5 comentários:

  1. Eu se pudesse, também preferia meter o meu filho numa privada, com um regulamento disciplinar a sério, com instalações decentes e com exclusão de ciganos e maltrapilhos.

    Perdoem a franqueza mas é mesmo assim.

    O problema do Senhor Reitorzinho é que não percebe que estes 3 problemas (entre muitos outros) das escolas públicas possuem origem externa à sua acção e dependem apenas da legislação e da realidade económica e social portuguesa.

    Isto não tem nada a ver com professores.

    E enquanto o estado faz destas, desbarata dinheiro e não resolve os problemas da escola pública e que dela em particular não dependem.

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  2. Perdoe-me a franqueza, de que fala você?

    As escolas públicas têm n problemas.
    Esses problemas têm origem externa à escola e "dependem apenas da legislação e da realidade económica e social portuguesa"
    Donde, os problemas da escola pública dependem da Própria Escola Pública e da "realidade".

    Ah! Agora Percebo.

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  3. Pois!

    É que a escola privada sabe muito bem retirar-se sabiamente dessa realidade e criar a sua própria!

    Espertos, não é?

    É como digo, se eu puder, meto lá o meu filho.

    É que realidade por realidade, prefiro a da classe alta e média-alta, a dos colegas de turma inteligentes e empenhados, etc., em vez da dos pobrezinhos e indisciplinados.

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  4. Este trecho deveria ser emoldurado como monumento ao estatismo mais ignaro.

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  5. Lastimável que a sociedade portuguesa, ou parte dela, veja o Estado como seu tutor.

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