Num excelente artigo no DN de hoje, Manuel Maria Carrilho dá umas alfinetadas na política que tem sido seguida pelo governo socialista.
Três pérolas:
O que me surpreende no vivo debate que entre nós se tem travado sobre o ensino é que ele gire tanto em torno de estatísticas, procedimentos e regulamentos da escola e tão pouco à volta de ideias, conteúdos e objectivos da educação
Ou, dito de outro modo, que fazer quando todos reclamam educação, mas na realidade quase ninguém quer - e isso aparece cada vez mais como um direito - ser educado?
A erosão daqueles factores deixa aos professores uma tarefa cada vez mais impossível. Daí que reconhecer neles os heróis do nosso tempo - no sentido em que eles enfrentam o que todos evitam - seja uma condição prévia para, simplesmente, tornar a educação viável. O que só acontecerá se ela assentar numa relação institucional, mas também pessoal, que por um lado garanta a efectiva transmissão de conhecimentos e, por outro, seja capaz de enquadrar as motivações pessoais num registo democrático que tem que ser reinventado.
Com socialistas assim, Maria de Lurdes Rodrigues, não precisa de oposição.
Reitor
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