Não é pela tragédia que aconteceu ao Leandro e que, certamente, lhe está a causar algumas insónias e muitas preocupações.Por que será então que se ri o senhor?
O director regional pede "tranquilidade" para que o inquérito possa
"ser feito com a rapidez necessária, para respeitando a dor daqueles pais, daquela comunidade, podermos chegar às conclusões que nos permitam actuar a partir daí"
"actuar a partir daí?". Aqui está a expressão mágica que pode explicar o sorriso com que ontem o director regional se apresentou na RTP1 a falar do caso (dez dias depois de o mesmo ter ocorrido).
Vamos lá ver:
A partir do desaparecimento da criança a escola já cerrou os portões. Antes tinha-os abertos.
A partir do desparecimento da criança, deixou de se ouvir o Director da escola. Antes ouvia-se bem.
A partir do desaparecimento da criança, passou a haver muitos fenómenos de bullying na escola de Mirandela. Antes ninguém os via.
A partir do inquérito passou a haver uma boa desculpa para se disfarçarem responsabilidades com silêncios estridentes:
- Antes o caso não existia,
- Agora está a decorrer um inquérito e
- " a partir daí" vai-se actuar não se apurando responsabilidade antes de aí. Não se iludam: ninguém será responsabilizado. Ou melhor, a responsabilidade recairá sobre entes virtuais, circunstâncias fortuitas, e outros entes que o inquérito congemina com "tranquilidade».
O sorriso do senhor director regional, aliado ao silêncio cúmplice dos responsáveis pela escola, talvez queira dizer isso mesmo: as coisas estão a correr bem. O tempo corre a nosso favor. Vamo-nos safar desta.
Reitor
"A partir do desaparecimento da criança a escola já cerrou os portões. Antes tinha-os abertos."
ResponderEliminarFoi somente para "inglês ver". O CM noticiou que os seus repórteres constataram durante 2 horas que tudo continuou na mesma logo após as TV sairem do local - portão sem funcionário (tinha outras tarefas atribuídas) com alunos a sair da escola sem autorização.
Tanta ignorância vejo por aqui. É confrangedor.Com tanta iliteracia educacional tropeço por aqui. Tanta imbecilidade vejo em sorrisos vagos, assentes em confortos bloguistas refugiados em mórbidas disfunções erécteis. Bulling, sempre houve.Antigamente não se chamava assim. Todos os que estudaram se lembram, com excepção, talvez, dos dirigentes escolares vigentes.
ResponderEliminarNão se lembram porquê? Porque não estudaram, são ignorantes, bajuladores de uma mísera carreira. Mais uma vez, Portugal foi pioneiro na pedagogia escolar. Não só nos métodos de estudo desenvolvidos, como nas relações interpessoais entre alunos e docente.Tudo isso ficou esquecido, por mesquinhez, inveja e incapacidade e desonestidade intelectual. Pessoas mal preparadas que sanearam e ostracizaram Grandes Pedagogos. Os estudos estão feitos desde 1955 e foram desenvolvidos por sábios pedagogos PORTUGUESES, nomeadamente um que foi dos maiores. Naturalmente NINGUÉM, dirigente, vigente e visionário, sabe a quem me refiro....Uma Pista: Onde estudei, há 35 anos, os professores e alunos conviviam no recreio, numa atitude profundamente pedagógica. Não havia sala de professores e os auxiliares estavam sempre presentes. O bulliyng, nunca existiu e o Dirigente todos os dias falava abertamente com os "pobres alunos" - sentia-os. Os sítios chamam-se CVG, CSJB, CM, CNA. Sobre o presente, faço uma sugestão a todos os altos dirigentes: Estudem e apliquem os estudos PORTUGUESES. Os resultados aparecem, onde quer que seja. PHD, SILEX (em total comunhão com outros anónimos professores reduzidos ao silêncio").
Caro Dr. Ramiro:
ResponderEliminar1ª - Muito aplaudo
a sua iniciativa a propósito dos bullies, infelizmente desencadeada pelo fenómeno "menino do Tua". Conheço-lhe a sua postura "avant-garde" institucional mas confesso que desconhecia o seu cariz emocional, defensor de tantas causas que, espero bem, não perdidas.
2º- Tendo em conta os seus reconhecidos méritos, gostaria que me estabelecesse uma distinção concreta entre "bullying" e "mobbing".
3º - Lamento que, contrariamente à sua exaltação, que já lhe permitiu tantos seguidores, não tenha, há muito pouco tempo atrás, tido uma palavra de acordo com o seu saber, altamente comprovado, de apoio, ajuda, orientação, a uma DOCENTE ostracizada.
Concluo, portanto, que:
a) - Apenas se debruça sobre questões legais;
b) - Debruça-se sobre as parangonas jornalísticas;
c) - Quer seguidores, quantos mais melhor(estamos a recrutar exércitos???);
d) - Faz um trabalho sério, independente, isento.... e escuta, partilha, responde e desenvolve.... questões urgentes e vitais de quem sempre se dedicou, com seriedade, ao ensino?
«Tanta imbecilidade vejo em sorrisos vagos, assentes em confortos bloguistas refugiados em mórbidas disfunções erécteis».
ResponderEliminarDepois de ler frases assim,reveladoras de extrema inteligência e alta «cultura», só posso afirmar: Os criminosos, convencidos do seu poderoso estatuto,angariam sempre inveterados seguidores que os sustêm eternamente.
E aqui se apresentam, sem escrúpulo, duas réplicas desses seguidores, nestes dois comentários de reforço e sustentação do crime continuado nas instituições, desde DREN,DREL,até chegar a São Bento.
É preciso não esquecer isto mesmo: Só os verdadeiros criminosos atingem as cadeiras dos andares mais acima.