segunda-feira, 8 de março de 2010

As Escolas Privadas São Melhores Que As Públicas

Não que não haja escolas públicas de qualidade; não que todas as escolas privadas sejam de qualidade. Há escolas públicas de qualidade e algumas escolas privadas são escolas de vão-de-escada.
Mas, de um modo geral, as Escolas Privadas são de melhor qualidade que as Escolas Públicas.
E não são necessários elaborados estudos nem indicadores especiais para sustentar esta tese. Basta este simples facto: o número de alunos que frequentam as escolas privadas tem vindo a aumentar à custa de uma diminuição do número dos que frequentam a escola pública. A velha lei da oferta e da procura.
E este aumento da procura de escolas privadas não é um fenómeno conjuntural, antes pelo contrário, é um fenómeno intencional, sustentado e permanente.
E as pessoas não procuram as escolas privadas por questões financeiras, antes pelo contrário, procuram-nas mesmo sendo elas mais caras. A procura das escolas privadas ainda não é maior que a procura das públicas porque aquelas cobram propinas demasiado elevadas para os bolsos da maioria dos portugueses. Apenas por isso.
Repare-se que, mesmo em época de aperto financeiro e crise económica, a procura das escolas privadas não cessou de aumentar. Mesmo com muitas dificuldades, há famílias que colocam os filhos nas escolas privadas quando os poderiam colocar, quase "gratuitamente", nas públicas ao lado de casa.
"Quase gratuitamente" é uma expressão situacionista: de facto não há educação grátis nem "quase" grátis. A educação, tal como a saúde e a justiça, é um serviço dispendioso. Dispendioso pela "estrutura" que a sustenta: edifícios escolares, pessoal docente, pessoal não docente, equipamentos, serviços centrais e regionais, enfim, uma miríade de preocupações, de custos de funcionamento e de custos sociais que tornam o serviço "Escola Pública" muito caro. Muito mais caro do que o mesmo serviço prestado por uma escola privada.
Não acreditam? Pois, há cerca de 7 anos, um organismo central do ME entregou a um Secretário de Estado um relatório no qual se comparavam os custos da educação por por aluno e por ano lectivo nas escolas públicas e nas privadas. Hélas! A educação de um jovem numa escola privada, por exemplo no colégio Luso-Francês, em qualquer ano de escolaridade, ficava, à data, mais barata que a educação do mesmo jovem numa boa escola pública, por exemplo no Liceu Camões. Claro que no primeiro caso a despesa é toda suportada directamente pelas famílias e no segundo as famílias suportam cerca de 5% dos encargos e os nossos impostos suportam os restantes 95%.
A família que hoje coloca um jovem no Colégio Luso-francês paga a respectiva propina (cerca de €500) e comparticipa nas propinas dos que frequentam a escola pública. Justo não?
Lá chegará o dia em que Portugal se há-de tornar um Estado de Direito e, então sim, as famílias poderão escolher a escola que bem entendem para os seus filhos porque o Estado, que será de direito, há pagar, de igual forma e em igual montante, a educação de todos os portugueses e não apenas daqueles que frequentam as escolas públicas ou com contrato de associação ou com qualquer outro estatuto especial qualquer.
Porque é que as pessoas, cada vez em maior número, preferem as escolas privadas às públicas?
Reitor

12 comentários:

  1. Já que conhece tanto do Colégio Luso-Francês deveria saber que apesar do Colégio em Portugal ser particular, corresponde ao ensino estatal de França. E deveria saber que os alunos pagam uma propina mas o estado Francês também comparticipa com financiamento o Colégio.

    José Marques

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    1. Não digas tolices... mania de pensar que lá por ter "frances" no nome o pessoal lá dentro fala francês...

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    2. Exato. O colégio luso-francês não é bilingue. Chama-se assim porque pertence a uma ordem religiosa, portanto privada, que no principio do sec XX veio de França para Portugal, para fundar escolas e colégios, na região do Porto

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    3. Exato. O colégio luso-francês não é bilingue. Chama-se assim porque pertence a uma ordem religiosa, portanto privada, que no principio do sec XX veio de França para Portugal, para fundar escolas e colégios, na região do Porto

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  2. "as famílias poderão escolher a escola que bem entendem para os seus filhos porque o Estado, que será de direito, há pagar, de igual forma e em igual montante, a educação de todos os portugueses"

    Indique um país do mundo que tenha concretizado, de forma generalizada a todos os cidadãos, esta demagogia...

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  3. Sr. anónimo da 21:14, só quer mesmo um país?
    Só um no mundo? Ok.
    Não precisamos de sair de Portugal para encontramos escolas particulares que as famílias podem escolher para educar os filhos ao preço da educação nas escolas públicas. Dou-lhe apenas três exemplos saídos numa busca rápida no google:
    - O Externato Delfim Ferreira (http://www.ex-delfim-ferreira.rcts.pt/),
    - O colégio da Imaculada Conceição (http://www.ppcj.pt/caic.html) e o
    - Externato de Penafirme (http://extpen.webside.com.pt/Circular_346_-_5.2_de_23-03-2008.pdf)

    Ah! Todos eles se encontram nos primeiros 100 lugares do ranking das escolas com melhores resultados no exames nacionais. Se não acredita, veja aqui: http://atuaescola.blogspot.com/2009/10/ranking-de-escolas-ranking-completo.html

    Chega?

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  4. Não chega porque não respondeu à questão que lhe coloquei.

    Não percebeu ou fingiu que não entendeu, para continuar com o seu exercício de demagogia. No primeiro caso, dá mostras de pouca inteligência, no segundo revela-se um aldrabão da mesma categoria do outro que aumenta os impostos sem os aumentar.

    Perguntei-lhe que país aplica, DE FORMA GENERALIZADA, ou seja, PARA TODAS AS ESCOLAS E ALUNOS, o sistema do cheque-ensino que pelos vistos defende. Se não sabe ou não quer responder, não o faça. Mas não nos queira tomar por parvos.

    Já agora, conheço alguma coisa do ensino em pelo menos uma das escolas que mencionou. Já dei aulas, numa escola pública, a corrécios que vieram expulsos do Colégio da Imaculada Conceição. Estragavam-lhes a média...

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  5. Não grite meu caro senhor.
    Eu entendi bem. E olhe que não sou eu que faço de si parvo! Não precisa que lhe troque por miúdos, pois não?
    Vocelência não fez pergunta nenhuma (não tenho tempo para lhe explicar porquê). Disse o que quis, sem pedir licença.
    Vocelência ficou com asia? Oh! Que pena. Não sabe como lamento quando desagrado aos meus leitores...
    Mas, voltando à vaca fria, permita-me a expressão, o senhor quer que lhe responda? Muito bem. Talvez uma resposta que lhe convenha, não?
    Afinal, sendo vocelência professor, será que admite o atrevimento de lhe pedir para me dizer o que quer que lhe responda? Tentar não custa...
    Aldrabão é o seu paizinho.

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  6. 1. Para autoproclamado reitor, ou seja, alguém com vontade de "mandar neles", revela pouca consideração e estima pela profissão de professor.

    2. Azia escreve-se com Z. Palavra de professor.

    3. A pergunta sem resposta. Para que conste:

    "Em que país do mundo é que o Estado paga, de igual forma e em igual montante, a educação de todos os seus cidadãos na escola que bem entendem?"

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  7. A conversa é sempre a mesma...10 de março de 2010 às 00:53

    Caro anónimo, não se dê ao trabalho.
    Os argumentos do reitor não passam disto. É escusado...

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  8. Mas é preciso haver algum país neste planeta que implemente esta justiça no ensino para o rectângulo do rabo da Europa imitar? Talvez o mal desta urbe seja esse mesmo: esperarmos exemplos de outros para os imitar mal e porcamente.

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