O presidente do conselho directivo da escola, José Carlos Azevedo, continua a negar-se a prestar quaisquer esclarecimentos. A morte de Leandro tornou-se mesmo um assunto quase proibido na escola. Toda a direcção mantém o silêncio, até mesmo para com a família. Ainda não dirigiu uma palavra de conforto, e ontem, durante as buscas, em que estiveram presentes membros da direcção, ninguém se aproximou dos familiares, que num choro convulsivo atiravam flores ao rio onde Leandro decidiu pôr fim à sua dor.
Os fenómenos de violência escolar são da responsabilidade de todos nós, como ontem disse o Guinote numa prosa de antologia.
Mesmo subscrevendo esta afirmação, acho que alguns de nós hão-de ser mais culpados que outros.
Veja-se este triste caso do Leandro: os responsáveis pela escola - os tais que escondem números e fazem desaparecer as queixas - ainda não falaram à comunidade nem, muito menos, deixaram uma palavra de conforto aos familiares da criança desaparecida. Uma vergonha e uma escandalosa falta de responsabilidade que só pode ser limpa com o afastamento dos cargos que ocupam.
Reitor
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