sábado, 6 de março de 2010

Na Desgraça, A Oportunidade

Aconteceu uma desgraça em Mirandela. O pequeno Leandro despiu-se e, de acordo com as notícias, lançou-se ao Tua para fugir às agressões de outros colegas.
O corpo do Leandro ainda não foi encontrado.
Os familiares ainda não tiveram uma palavra de conforto da direcção da escola.
Ainda não se apuraram as responsabilidades (e nunca se vão apurar, tal é a velocidade de fuga dos mais próximos do acontecimento).

E dois iluminados Directores de escolas já vieram a terreiro.
Para confortar a família? Não!
Para apontar responsáveis? Não!
Para apontar e esclarecer as razões da tragédia? Não!
Aliás, nenhum aponta causas para esta tragédia, mas ambos apontam soluções para o problema do bullying. A sério!

O Presidente de uma Associação de Directores, espertalhaço e a lembrar o João Jardim, veio pedir a solidariedade do Governo: Mais psicólogos para as escolas, assistentes sociais e médicos.
As escolas querem equipas de psicólogos, assistentes sociais e médicos para poder responder a problemas como o bullying. A ideia é defendida pelo presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Pedro Araújo
O outro é o graxista que preside ao Conselho das Escolas. No meio da desgraça, o que vem pedir este "Inimigo da Escola Pública" para combater o bullying e se evitarem tragédias como a morte do Leandro? Vem pedir papéis. É com um "livrinho" que se vai combater a peste.

Já para o presidente do Conselho das Escolas a criação e distribuição de um manual antibullying é uma medida que pode ajudar a lidar e a prevenir as situações de bullying. Deste guia deviam constar "medidas concretas de abordagem para as vítimas e agressores dirigidas aos pais, a adoptar em todas as escolas", explica ao DN Álvaro dos Santos

Não. Não pensem que o tipo é asno ou desmiolado.
Ele está é a pensar no Futuro Prometido. Já deve ter o "livrinho" quase quase no prelo, hem! Será que o vai publicar com o apoio da EPIS e da Porto Editora?

Reitor

2 comentários:

  1. Gostei do Post...mas quanto à necessidade de equipas de intervenção nas escolas no âmbito da assistência psicológica, social ou de saúde, essas equipas existem....mas só no papel. Os Agrupamentos de Centros de Saúde tem unidades especializadas nesse sentido, denominadas Unidades de Cuidados à Comunidade...mas só tem equipas vazias de conteudo...técnicos nem vê-los...
    Se o Ministério da Educação não tem pessoal o MINIstério da Saúde muito menos....
    Um abraço

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