Beatriz tem 14 anos. Desde Julho do ano passado foi ameaçada, perseguida, agredida por colegas de outra turma. Bia, como é tratada pelos amigos, não quer mudar de escola. Quer que o caso seja conhecido e que possa mudar mentalidades.
Beatriz foi agredida fortemente duas vezes, foi ao hospital, os pais fizeram inúmeras queixas na escola e na polícia. Beatriz foi perseguida, vítima de cyber-bullying. Exposta a sua vida e contactos no universo da internet. A Direcção da Escola Jorge Peixinho, no Montijo, nunca informou o Ministério da Educação sobre o que se passava. Fez um inquérito disciplinar. As agressoras, duas, viram o processo arquivado, outras duas levaram uma repreensão por escrito. O processo está em tribunal.
E Leandro. As buscas terminaram e da criança de 12 anos nunca mais houve notícia.
A associação de pais garante que a Escola Luciano Cordeiro, de Mirandela, foi das mais bem classificadas num ranking da DREN sobre Bullying mas não é esta a realidade que aqui se conta. Os pais garantem que se queixaram à escola vezes sem conta. A direcção da escola não informou das queixas.
Restam os silêncios. Da Direcção Regional de Ensino de Lisboa, e de Coimbra. Da Direcção da Escola EB 2, 3 de Cacia, em Aveiro. Da escola Luciano Cordeiro em Mirandela. Da Escola Secundária Jorge Peixinho no Montijo. Do Ministério da Educação. Um silêncio total em relação a estas vidas. E à Justiça que não lhes chega.
Reitor
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