sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Boas Entradas e Bom Ano 2011


Reitor

O frio é como a fome, a burrice como a pobreza, a pedinchice como uma moléstia, a cobardia como uma doença e alguns directores como lombrigas.

"...o aquecimento só é ligado quando é absolutamente necessário, pois são gastos em que as escolas apertam o máximo possível"

"Temos os orçamentos estrangulados e a nossa vida é controlar gastos, mas sabemos que o aquecimento é uma das coisas básicas. O frio é como a fome", resume o dirigente da ANDAEP, sugerindo que "reduzindo os custos da gigantesca máquina do Ministério da Educação seria suficiente para suportar o corte previsto".

Dirijo-me a si, Doutor Aldomiro, na qualidade de cidadão parvo, dos que ainda pagam impostos, como vexa certamente.
Devo dizer-lhe que fiquei deveras sensiblizado com as suas proféticas palavras. Não posso estar mais de acordo consigo. De facto, a fome é como o frio. Até me atrevo a dizer mais: o frio é como a fome. Ter frio nos ossinhos e ter fominha no bucho são duas mazelas por que já passei, na guerra obviamente, e nem suporto lembrar.
Senhor doutor, na escola que vejo todos os dias quando abro a persiana, os alunos tiritam nos recreios e nem as telhas, que por eles serpenteiam improvisanado corredores, conseguem abrandar tanto tremor.
Já questionei várias crianças, algumas com barba, e todas me dizem que não há aquecimento na escola. Nem hoje, nem ontem, nem no futuro, quando vierem os cortes que tanto o atormentam, hoje, senhor doutor.
Dizem-me as mesmas crianças que não têm aquecimento nem na sala de convívio, nem na biblioteca onde passam horas a fio a jogar nos computadores e nas palystation.

O que é estranho, injusto e deveria queimar certas e determinadas línguas de palmo, de directores ernestos, extremamente preocupados com os alunos, coitadinhos tanta é a fominha, de frio, claro. O que é estranho, injusto e moralmente desonesto, dizia eu e o senhor doutor concordará comigo, é vermos tantos directores preocupados com a fome dos alunos e estarem, eles próprios, em mangas de camisa nos seus gabinetes aquecidos todo o dia.
Cuidado com estes directores, que não é o seu caso aposto eu, mesmo não o conhecendo, nem pessoalmente nem de figura; cuidado com estes directores, dizia eu, que são do mais falso e desonesto que pode haver: deixam as crianças à fome, de frio, claro, e estão eles próprios a encher a pança, em mangas de camisa, com o gás, o gasóleo e a electricidade de todos nós.

Não há direito

Reitor

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Medidas para Reforço Da Autonomia Das Escolas!




Vejam bem a autonomia que é transferida para os "agrupamentos": ficam a poder definir horas para o exercício de 14 dos 19 cargos possíveis nas escolas. E passam a ter competência para estabelecer critérios de atribuição de horas para 13 dos 19 cargos.
Ainda querem mais autonomia? Daqui a pouco querem é a independência!


Reitor

domingo, 26 de dezembro de 2010

Agora Sim. Já Vale A Pena Mega-Agrupamentos

Quem não quiser ser directorzeco de uma mini-escola, comece já a defender os mega-agrupamentos de escolas, genuflicta e tente o "diálogo" com o (a) Director (a) Regional, como ensina o aldomiro. O cargo de vice estarará garantido para os que ajoelharem mal e dialogarem pouco.
E, como o pão não chegará para todos, vai ser bonito vê-los a todos em passo de corrida... a defender os benefícios educativos, pedagógicos e económicos das uniões entre agrupamentos...

Reitor

O Presidente Dos Dirigidos Escolares, Aldomirofonseca Molhou As Calças

A reunião nacional de dirigentes escolares que estava marcada para dia 8 de Janeiro, em Coimbra, foi desconvocada"
"Quando fizemos contratos ... para aquisição de bens e de serviços, violando a legislação em vigor, não o fizemos de má-fé ou em benefício próprio, mas a verdade é que cometemos um erro e precisamos dos ministérios da Educação e das Finanças para o resolver"
"Neste momento, temos de apostar no diálogo com a administração central", justificou o presidente, Adalmiro da Fonseca

Como é possível as escolas portuguesas estarem entregues a estes "dirigentes escolares"?
O Presidente de uma associação de dirigentes escolares (melhor seria, de dirigidos), vem confessar publicamente que 90% dos directores não cumprem o Código de Contratos Públicos, de 2008.
Em consequência, para obter o perdão do Governo, julga ele, há que silenciar os Directores das escolas. Desde logo, desmarcando uma reunião nacional aprazada para 8 de Janeiro! E apostando no diálogo com a administração central...
Acho isto tão desprezível que até me custa comentar:
- uma associação por-se de cócoras para receber favores dos políticos?
- Se 90% não cumprem a lei, o Presidente em vez de os defender vem publicamente por-se de joelhos e dizer aos seus associados para se porem de joelhos?
Cobardia. Triste exemplo dá este director aos jovens alunos da sua escola e das escolas do país que lerem esta notícia do Público?
Reitor

sábado, 25 de dezembro de 2010

Um General a Precisar de Descanso

No seguimento deste poste, o Paulo Guinote resolveu mimosear-me com estoutro.

Sobre a defesa da liberdade de escolha dos cidadãos, já percebi há muito que o Paulo fica sempre do outro lado, do lado do Estado "Pai", do Estado "Patrão", do Estado "Educador"... Na ex-União Soviética é que era bom, não Paulo? O Estado tratava do salário, do pão, da educação, da saúde, de tudo para todos, excepto, claro está, para a nomemklatura que podia fazer as suas escolhas enquanta sorvia umas ovinhas belluga.

Sobre a liberdade, não gastarei hoje mais cera...

O mesmo não digo da areia que lança sobre os olhos dos seus leitores, quer no poste, quer nos comentários (não, não me refiro às caneladas que me dá, refiro-me àquela forma de dizer meias-verdades para parecem verdades). Neste caso, preciso de gastar mais cera.

Para além de que ele o defendeu e eu não. Nos tempos que correm, eu continuo a não gostar do novo modelo de gestão. O Reitor, entretanto, mudou de posição

É falso que o Reitor tivesse mudado de posição relativamente ao novo modelo de gestão (e até podia ter mudado que não lhe caíam os parentes na lama, mas não mudou).

O apoio do Estado a escolas privadas é feito directamente a essas escolas

É falso que o Estado apoie directamente as escolas privadas. Como aqui se diz, o Estado apoia as Escolas Privadas indirectamente, através do apoio a cada aluno. É um apoio financeiro por cabeça e não um apoio por escola. Aliás, basta ver que se alguma escola privada perdesse todos os seus alunos, por hipótese, lá se ia o apoio do Estado.

A mim, na ADSE, ninguém dá um cheque para eu ir ao médico… pago a conta ao meu estomatologista e oftamologista e depois o Estado reembolsa-me uns 20% das despesas. Não me parece bem o mesmo…

Isto é areia lançada ao rosto dos incautos. Vale tudo, até atirar com o papão do cheque-ensino de que não falei, nem está em causa nas conversações com o Governo, para tentar esconder a falta de argumentos e não dar o braço a torcer.
A ADSE reembolsa-o de 20% das despesas com a saúde (o que não acontece com os cidadãos de 2ª que não são funcionários públicos). Para o Paulo, isto é bom na Saúde mas já não serviria para ser aplicado à Educação. Está tudo dito.
Nota: Em muitos hospitais privados, por exemplo os do Espírito Santo Saúde, não há qualquer reembolso. Pura e simplesmente o utente paga menos cerca de 80% dos custos com consultas, intervenções cirúrgicas e outros).
A falta de argumentário fá-lo retorcer de tal forma a realidade que até fico a pensar que o Guinote não fica nada a dever aos membros do gabinete de comunicação do sucatas (esta é mesmo para a tíbia). Não costuma ser assim, só pode ser falta de descanso...
Por respeito à inteligência de quem nos lê e à época em que vivemos, não vale a pena explicar mais.


Continuação de Bom Natal.


Reitor

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas

Reitor

Acabe-se Com As Parcerias Na Educação e Na Saúde, Excepto Se Se Precisar Delas

O Paulo Guinote nunca esteve à vontade para falar em liberdade de educação. Em mais um poste sobre o assunto, até começa bem só que, depois, estende-se totalmente ao comprido num postezinho triste

O sector privado da Educação – como qualquer outro – deve funcionar na maior liberdade enquanto sector privado da Educação e não como parceria público-privada subsidiada pelo Estado

Sim, senhor. Concordo. O sector privado deve funcionar com maior liberdade e não como uma espécie de pareceria público-privada subsidiada pelo Estado.
Só que, antes mesmo de terminar a frase, sai o primeiro perdigoto: ... a menos que isso tenha uma justificação lógica ou prática. Ou seja, até admite parcerias público-privadas, subsidiadas pelo Estado, mas só nos casos em que houver justificação. Só nos casos em que houver interesse para o Estado ou interesses (duvidosos) carreados em nome do Estado, é que se podem chamar os mordomos privados para fazer o serviço que compete ao Estado mas que ele não consegue fazer. Feito o serviço, despede-se o mordomo e deitam-se ao lixo os investimentos feitos.
Compreende-se bem porque defende o Paulo está lógica da batata: as parcerias são necessárias quando nos servem, quando têm uma justificação lógica ou prática como acontece, por exemplo, com as parcerias público-privado na saúde para os funcionários públicos. Os funcionários públicos podem escolher os médicos, as clínicas e os hospitais que querem, quer existam serviços públicos na região ou não. Viva a liberdade. Aqui as parcerias são boas.
Na Educação, a questão já é "diferente": como há milhentas escolas públicas e "milhentos" professoes "públicos" as parcerias já não são boas pois, até se corria o risco de as escolas públicas poderem fechar e os professores "públicos" ficarem sem emprego.
No entanto, a perspectiva deveria ser a mesma: se o Estado tratasse de assegurar a educação dos funcionários públicos e das suas famílias com o mesmo respeito com que assegura a sua saúde, o mundo pularia e avançaria.
Se o fizesse com todos os portugueses, seria a maior revolução social, cultural, económica, ideológica e civilizacional dos últimos 50 anos.
Mas, a confusão maior é com a indistinção (propositada?) entre apoios às escolas privadas e apoios aos jovens alunos.
Os seguidores da doutrina totalitária e paternalista que, desde sempre, habitou nas mentes dos nossos governantes - da velha e da nova senhora - e têm no Estado o Pai, o Patrão, o Médico, o Professor... hão-de achar sempre que o "Pai" deve apoiar pouco as instituições privadas, não vá elas terem lucro.
Os defensores do cidadão, das liberdades e da responsabilidade hão-de ver o Estado como garante de direitos e, consequentemente, para eles será irrelevante se a escola é propriedade pública ou privada. Apenas têm direito a que o Estado lhes garanta uma educação de qualidade.
Pelo mesmo motivo, os verdadeiros cidadãos nunca aceitarão que o Estado apoie empreendimentos privados nas áreas da saúde e da educação. Exigirão, antes, que o Estado assegure a educação e a saúde de todos, independentemente da escola ou hospital que escolhem para se educarem ou para se tratarem.
Concluindo.
O Estado deve apoiar cidadãos e não escolas. Sejam elas privadas ou públicas.
Reitor

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pobres Miúdos! Quem Lhes Matará a Fome Vino?

O primeiro-ministro assinou hoje o despacho de tolerância de ponto na sexta-feira (dia 24) e tarde do dia 31 de Dezembro para os trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos.

Pois é Vino, que cantinas é que abrirão para matar a fome às criancinhas nos dias 24 e 31 de Dezembro?

Ah! Já Sei. Nenhuma. Nesses dois dias, nem os professores se quotizam, nem os lucros da papelaria e do aluguer das instalações são desviados para as cantinas. Pura e simplesmente, os altruístas do costume estarão a aquecer-se a a recuperar do desgaste provocado por tantas acções de solidariedade em prol dos outros. As pobres criancinhas não farão nenhuma refeição completa e quente.

Hipócritas.

Reitor

"A Prova Dos Nove"

O esplendoroso crescimento do PISAcoiso mereceu rasgados elogios e untuosos comentários. Agora que pode descer o Ratingcoiso, já não comentas. Tss, tss, tss. Fraquinho.

Sócrates não comenta possível descida do 'rating'


Reitor

sábado, 18 de dezembro de 2010

Por Uma Vez, Estou De Acordo Com o Ingº e Aplaudo As Suas Palavras. Aleluia.

O secretário-geral do PS condenou este sábado quem explora "de forma descarada" a questão da pobreza para retirar dividendos políticos, dizendo que os verdadeiros combatentes contra a pobreza são discretos e afastam-se do "exibicionismo".

- Verdadeiros combatentes ou exibicionistas de Braga
- Combatentes da fome ou exibicionistas do Porto
- Escolas de Sintra a exibirem a pobreza
- Professores exibicionistas: "Já há crianças com fome e não podemos esperar que a situação se agrave", defende João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP).
- Directores alarmistas: "Nalgumas escolas, os professores quotizam-se para pagar o lanche a determinados alunos , exemplifica Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.

Reitor

Quoque Tu Manuel Pereira

"Nalgumas escolas, os professores quotizam-se para pagar o lanche a determinados alunos; noutras, as verbas destinadas a vários tipos de apoio social são usadas para adquirir suplementos alimentares; e há casos em que os lucros do bar, da papelaria ou resultantes do arrendamento de pavilhões, por exemplo, são desviados de projectos educativos para as cantinas", exemplifica Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.

Em quantas escolas se quotizam os professores para pagar o lanche a alunos, Manuel?
Identifica uma só?
Em quantas escolas se pagam refeições nas cantinas com os lucros do bar, da papelaria e do arrendamento de pavilhões? Só uma Manuel. E, se houver alguma em que se desviem lucros para as cantinas, diz-me Manuel, para quê? Sim, para quê, pois se os alunos com fome já são subsidiados (a maioria não paga pela refeição ou paga pouquíssimo), quem é que beneficia desses lucros, na cantina bem entendido?

Reitor

Os Livros Sobre H*** São Perigosos Para a Saúde, Cheiram Mal e Sujam Os Dedos. Muito Cuidado Ao Folheá-los



Reitor

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lotaria De Natal

Câmaras municipais vão abrir cantinas nas férias para ajudar alunos

Já há meses que se lêm notícias idênticas a esta. Algumas Câmara Municipais, a CONFAP e o Alvino, estão preocupados com a fome das crianças. Vai daí, como há muitas que fazem a única refeição diária nas escolas, nada melhor que abrir as cantinas durante as férias de Natal para matarem a fome.
Admito que, nas férias da Páscoa, também seja necessário alimentar as crianças. O mesmo não suponho para as férias grandes. Acho que em Junho, Julho e Agosto, não haverá fome em Portugal e, mesmo que venha a haver, as crianças, coitadinhas, vão alimentar-se de sol e praia.
Mas, vamos à notícia.
Vejamos: há alunos que passarão fome se as Câmaras e as Escolas não abrirem as cantinas nas férias de Natal. No Porto, a fome será tanta que a Câmara vai aceitar também a inscrição dos irmãos dos alunos.
Não afasto a possibilidade de os pais destas crianças também almoçarem (e até jantarem, porque não?) nas cantinas camarárias. É o mais certo pois com um euro por dia para refeições, segundo o testemunho avalizado do Vino, como é que alguém pode sobreviver? Não pode.
Bem, com a crise por que passa o país, será lógico que os serviços públicos (câmaras, escolas e outros) abram as suas portas para dar alimento às famílias mais carenciadas. No Natal e na Páscoa. No verão, não. Está mais calor e a fome aperta menos.
Como as cantinas camarárias e escolares são exploradas por empresas de catering, a oferta de refeições nas épocas festivas será também uma ajuda adicional para matar a fome a estas pobres empresas. Um autêntico bodo natalício.
Até se poderia dizer, fosse eu maledicente, mas não digo porque não sou, que a fome das crianças é um bom negócio para todos: ganham as crianças uma refeição quente, ganham os pais sossego, ganham as Câmaras votos, ganha o Alvino espaço mediático e ganham os caterings negócio.
E, já que aqui chegamos, alguém se lembra de ter visto crianças com fome na escolas? Quantas há em Portugal? E quantos telemóveis tem cada uma das crianças esfomeadas?
Aqui há negócio...

Reitor

Sou Ceguinha Só Quando Quero


de **************************
para
educacaosa@gmail.com
data 16 de Dezembro de 2010 22:58
enviado por hotmail.com


Ontem pasmei quando ouvi a ministra da educação a afirmar no Parlamento que o Ministério da Educação não conhece as escolas que participaram no PISA 2009. Fiquei a pensar cá com os meus botões: queres ver que foi a OCDE que contactou as escolas para que estas aplicassem as provas? E será que as escolas participaram no PISA à revelia do M.E.? Será que não deram conhecimento ao M.E.?
Hoje de manhã, depois de tomar café com a "minha" directora acompanhei-a até ao gabinete e lancei o isco:
- Olha, F., foi a OCDE que vos informou de que iam fazer o PISA e vos pediu o nome dos alunos aos quais aplicaram as provas?
- Não, foi o GAVE. Ainda ontem estive a ver o dossiê, tanta tem sido a polémica.
- É que a ministra disse que o ministério não sabia que escolas entraram no estudo...
- Então e os ofícios que o GAVE nos dirigiu? Vê aquele dossiê encarnado que está na mesa da J.

Sentei-me, folheei calmamente o dossiê e vi passarem diante dos meus olhos:
- Ofício do GAVE dirigido à PCE da escola ************************************, a pedir para nomear um "Coordenador de Escola PISA" (CEP)
- Vários ofícios, fax e emails dirigidos ao CEP
- Ofício a convidar o CEP para uma reunião no GAVE, em Abril de 2009
- "Manual PISA" entregue pelo GAVE ao CEP, com cronograma e informações detalhadas
- Pedidos formais para que a Escola enviasse a lista de todos os alunos elegíveis (nascidos entre 1/2/93 e 31/1/1994 de que constasse: o nome, sexo, data de nascimento e ano de escolaridade frequentado
- Ofício a marcar datas de aplicação dos testes
- Ofício do GAVE a devolver à escola a lista dos 40 alunos seleccionados para realizarem o teste
- Questionário e dirigido aos pais dos alunos que realizaram teste. "Questionários aos pais", designava-se.
Fiquei parva. Era muitíssimo para quem não conhece as escolas que participaram no estudo.

Gostaria que divulgasse, mas sem referências à escola e à minha pessoa.


Boa noite
*****************

Bom dia e obrigado.
Reitor

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Excepcional Precocidade

O professor Alexandre Ventura assinou um despacho normativo que permite a frequência do 2º ciclo a alunos com 8 anos de idade. Crianças precoces, já se vê. O despacho normativo cobre situações tão excepcionais, tão raras que duvido se aplique a alguém no país. Reparem que se trata de crianças com capacidades tão excepcionais que justificam a sua entrada no 2º ciclo com dois anos de antecedência.
Defesa do interesse público, por certo.
Reitor

Ou Dinheiro Ou Sexo

Moura: Director e professora da Escola Secundária suspensos


Reitor

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não Devemos Procurar As Causas Da Melhoria, Mas Sim a Dimensão Do Embuste

Os maravilhosos resultados escolares obtidos pelos alunos portugeuses no PISA 2009 têm ocupado uma boa parte da agenda mediática.

aqui levantei a hipótese de ter havido manipulação. O Guinote também anda à caça.

Este poste e esta notícia chegam-me como confirmação de que o embuste a a manipulação não se fizeram, apenas, ao nível da escolha das escolas e das turmas, como já se começava a aventar.

O embuste foi feito pelos boys do costume e, como provam os emails referidos pelo Paulo, a preocupação para fabricar resultados positivos foi tal que o embuste se operou a nível micro: pura e simplesmente, foram ESCOLHIDOS os ALUNOS que fizeram as provas para o PISA 2009.

País desgraçado este, como bem caracterizou Helena Matos:

Por isso, neste final de 2010, o nosso maior problema não é o económico, é o moral. Sócrates, o homem que transformou a mentira em inverdade, conduziu-nos a esse pântano que a todos parece querer sugar para que assim fiquemos todos irmãos

Reitor

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta"

“O caminho que privilegiamos é sempre o do diálogo com a administração central e tenho muita esperança de que, até ao dia 8 de Janeiro, ele possa verificar-se. Se assim não for, lamento, mas teremos mesmo de, juntos, forçar a abertura de novos caminhos que permitam encontrar soluções…”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro da Fonseca

Coragem, Prof. Adalmiro, será só até amanhã ou até antes. Mal o Director geral lhe telefone, cair-lhe-á o penacho, enrolará o rabo entre as pernas e comerá caladinho. Quanto aos Directores, aposto que desta vez, ou o ME cede às suas exigências ou colocarão os lugares à disposição.


Reitor

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quantas Mais As Escolas Públicas, Mais As Vagas Para Os Boys

"...A mais elementar sensatez, prudência e economia chega para ver que a proposta é um enorme disparate educativo, social, administrativo e económico.
Como pode tal dislate passar pela cabeça dos responsáveis, para mais no meio da grave emergência nacional? A resposta é simples: pelo poder. A partir de agora as escolas privadas andam de trela curta, sempre sujeitas aos caprichos administrativos. Burocratas da Direcção Regional de Educação, políticos da câmara municipal ou simplesmente caciques locais têm os responsáveis escolares no bolso.
O vício vem da própria estrutura do sector. O ministério tem duas funções. A primeira consiste em regular o sistema de ensino. Essa é a sua missão pública, que pouco lhe interessa, porque o melhor dos seus esforços e preocupações dirige-se ao fornecimento de instrução. A senhora ministra raramente é ministra, sendo sobretudo gestora da escola pública.
O Estado tem a função decisiva de vigiar a qualidade escolar. Mas não há razão para se envolver no negócio das aulas. Para quê meter-se entre pais e professores, cobrando impostos aos primeiros para pagar salários aos segundos? Para quê o Estado proporcionar ensino aparentemente de borla, que fica caríssimo pelas distorções e desperdícios que causa? Pior, depois de arruinar múltiplas escolas com concorrência desleal, ainda se finge magnânimo apoiando alguns colégios nos contratos de associação, anomalia a eliminar logo que a escola pública seja universal". A ler tudo aqui sobre a "Sofreguidão do Poder"

Magnífico artigo de João César das Neves que mostra bem a distância a que Portugal está de ser um país livre e um Estado de Direito. E se a pimenta ardesse nos olhos de todos, especialmente naqueles que deveriam ser os primeiros a defender a liberdade, há muito que veríamos os professores a chorar. Aguardemos mais um pouco. Virão novas injustiças e novos ataques à liberdade.

Reitor

A Cegueira Totalitária Empobrece o País

Marques Mendes tem razão e aponta as quatro razões fundamentais para a existência e promoção do Ensino Privado

Primeira: a liberdade de escolha. Numa sociedade democrática, os pais devem ter liberdade para escolher a escola dos seus filhos. Para poderem escolher em função da qualidade. Optando pelas melhores. É um direito elementar. Acabar com as escolas privadas é matar este salutar direito à diferença.

Segunda: a competição saudável. O país só ganha com uma competição saudável entre escolas, públicas e privadas. A concorrência fomenta a qualidade e incentiva a excelência. A unicidade premeia a mediocridade. Acabar com as escolas privadas é acabar com a concorrência. É dar uma machadada na busca da qualidade.

Terceira: o interesse público. Muitas das escolas privadas têm das melhores classificações nos rankings de qualidade. Estão no topo do melhor ensino que se pratica. O que é bom para os jovens e para o seu futuro. Em nome do interesse público, o Governo devia congratular-se. Ironicamente, o ‘prémio’ é matar quem tem qualidade.

Quarta: a exclusão social. Muitas das escolas privadas têm um ensino de elite mas não são elitistas. Com o apoio do Estado, a elas têm acesso, nas mesmas condições, os filhos de ricos, pobres ou remediados. Sem apoio do Estado, passamos a ter escolas privadas apenas para ricos e escolas públicas para os outros. É o convite à exclusão social.


Reitor

OgrandechefechuchalistaementrevistaomorcelinhodoDN

Josésucatas (JS): "Tenho muita confiança em que o Manuel Alegre ganhará as eleições"
Sucatastraduktor (ST): O Alegre não tem hipótese. Vai perder as eleições.
JS: "nós temos hoje sistemas públicos de saúde e educação dos mais eficientes".
ST: Os nossos sistemas públicos de saúde e educação são piores e mais caros que os sistemas privados homologos.
JS: "Eu sou um reformista"
ST: As minhas "reformas" têm o condão de deixar os meus amigos sempre bem de finanças, por mero acaso, claro.
JS: "O que me motiva é servir bem o meu país e defender os meus pontos de vista".
ST: O que me motiva é servir bem o PS e defender os meus interesses
ST: Os portugueses são masoquistas. Desde que lhe dêm a mama, não se importam de ser intrujados.
JS: "Violar a Constituição, por exemplo, isso não fazemos. Nem propomos nenhuma lei que viole princípios constitucionais"
ST: Por mero acaso, note-se, o sistema judicial está quase sempre de acordo com as nossas posições. Algum socialista dos que estavam indiciados por violarem crianças, no célebre caso da pedófilia, foi preso? Claro que não. E, mesmo que tivessem sido, não se esqueça que aliviámos as penas dos crimes continuados... Não, nós não violamos a Constituição. Irra, fique lá com a sua. Se a sodomizámos ou não, que seja o TC a dizê-lo.
JS: "Isso não é verdade, é pura e simplesmente uma intriga interna contra o André Figueiredo. "
ST: Isso é verdade. Por certo houve marosca nas eleições internas do PS.

Quem quiser saber mais, que a leia toda.

Reitor

Espião Oferecido

O presidente do Banco Comercial Português (BCP), Carlos Santos Ferreira, propôs informar a administração norte-americana sobre as actividades financeiras do Irão..."

Reitor

domingo, 12 de dezembro de 2010

Poste Vespertino Dedicado Aos Que Têm Bom Emprego, Emprego De Favor e, Como Não Bastasse, São Incompetentes, Absentistas e Mamões

Li este poste certeiro do Ramiro Marques e lembrei-me da pertinente crónica do José António Saraiva no EXPRESSO de sábado. Ambos estão carregados de razão, o Ramiro e o Saraiva.

E a quem não interessa a flexibilização do mercado laboral?

1 - Aos que estão bem empregados e têm legitimamente medo de perder o emprego e são muitos).
2 - Aos que têm um emprego de favor.
3 - Aos que ocupam postos de trabalho artificiais.
4 - Aos incompetentes, aos absentistas e, em geral, a todos aqueles que não querem esforçar-se muito mas querem ter um ordenado certo

Flexibilização é o mesmo que livre despedimento? Não, não é.

Neste sentido, devem penalizar-se severamente despedimentos por:

- Resistência a assédio sexual;
- Embirrações pessoais dos patrões ou das chefias;
- Motivos políticos.

Reitor

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estado Totalitário

O Ensino Público Não Existe, Helena Matos

Aliás, em matéria de ensino, os governos portugueses optam quase invariavelmente pela ideologia, em detrimento da qualidade e da liberdade: para combater a Igreja Católica, a I República encerrou as melhores escolas de Portugal e prendeu e exilou os mais reputados professores da época, os jesuítas.

O que está em causa neste final de 2010, em que o Governo anuncia o fim dos contratos de associação com várias escolas privadas, é tão-só o seguinte: em Portugal
existe escolaridade obrigatória ou obrigatoriedade de frequentar o ensino público?

Reitor

Projecto Fénix


Reitor

Ou Seja, o Governo Mente Sempre. Às Vezes Não Sabe Do Que Fala



Posição da AEEP sobre a informação veiculada pelo Governo ou, para sermos mais exactos,


Reitor

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Devemos Nós Pagar o Ordenado Ao Prof. Santana Castilho?

Esta pergunta é tão capciosa como a que o prof. Santana Castilho fez ontem no seu habitual artigo do PÚBLICO e que pode ser encontrado aqui:

Deve o Estado financiar o ensino privado?

O professor Castilho sabe bem que o Estado não financia as escolas privadas. Ou melhor, financia tanto as escolas privadas como financia as refeições, a educação dos filhos, as férias e os hobbys do professor Castilho.
Se a vista do professor Castilho não fosse prejudicada pela velha ideologia de esquerda, démodé, teria visto que o Estado não financia nenhuma escola privada. E se o faz, é crime.
Nem financia as clínicas e os hospitais privados a que o professor Castilho (e centenas de milhar de portugueses de primeira, funcionário públicos) recorre para não perder tempo e dinheiro nos esconsos e sujos corredores dos hospitais públicos. Nem para estar nas suas intermináveis filas.
O que o Estado nem sempre faz e, quando faz, raramente faz bem, é tratar da saúde e da educação dos portugueses.
Os funcionários públicos, como o professor Castilho, tratam bem da sua saúde pois podem recorrer à rede de hospitais públicos e a uma larguíssimo número de hospitais e clínicas privadas, indiferenciadamente e apenas para bem da sua saúde. E não se diz que o Estado financia os hospitais privados. Diz-se sim, que financia a saúde dos portugueses.
Na educação deveria acontecer o mesmo: os portugueses deveriam poder escolher, indiferenciadamente, as escolas públicas ou as privadas para educar os filhos. Ao Estado caberia tratar (financiar) da educação dos portugueses da mesma forma que lhes trata da saúde (pelo menos a mais de um milhão de portugueses de primeira, funcionários públicos e familiares).
Sempre que o Estado paga uma apendicectomia feita num hospital privado (ao preço médio que é feita em qualquer hospital público) não está a financiar a saúde privada. Está sim a assumir, como estipula a Constituição, a defesa da saúde dos portugueses.
Portanto, se o professor Castilho visse bem, havia de confirmar que o Estado paga um serviço, quer quando lhe paga o ordenado, quer quando paga às escolas privadas os custos da educação dos portugueses que as frequentam, quer quando paga a cirurgia que ele faz no Hospital Privado de Lisboa ou no Hospital da Luz.
Ah, quase me esquecia: ao contrário do que afirma o professor Castilho, a verdade é que o custo por aluno numa escola privada é menor que numa escola pública, seja ela qual for, a privada ou a pública.

Reitor

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Onde Pára o Governo?

Quase 10% dos adultos sem sexo no último ano



Reitor

Yo Non Creo En Manipulación, Pero Que La Hay, La Hay?


Os resultados do PISA são bons e quem os quiser diminuir ficará a perder. São bons, não pela posição de Portugal no conjunto dos países da OCDE, mas pela melhoria generalizada nos três domínios avaliados.
Esta melhoria generalizada dos resultados deve ser sublinhada por todos os portugueses. Devem ser dados os parabéns aos alunos e aos professores.
Quanto à responsabilidade do Governo que, mais ou menos descaradamente, todos os abrilhantadores do regime vão procurar evidenciar, temos uma má notícia. Estas provas e estes resultados foram aplicadas e divulgados, respectivamente, durante os governos do ing.º Sócrates e, esse facto, constitui-se como um problema e uma má notícia para os portugueses, pois já sabemos do que a casa gasta no que diz respeito a credibilidade, honestidade e seriedade...
É irresistível levantar a hipótese de haver alguma dose de manipulação, não nos resultados, note-se, mas no quadro comparativo com 2006 . Falta saber onde.
Fosse eu investigador encartado e começaria a investigação por aqui:
a) Escolas portuguesas seleccionadas para aplicação das provas PISA 2006
b) Escolas portuguesas seleccionadas para aplicação das provas PISA 2009


Reitor

Bom Dia


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Última Lição

Vá lá Paulo. Diz você que não respondi às suas questões. Tss, tss. Você quer é que eu responda a duas novas questões. ;-)

1 - É justa a privatização de lucros no ensino não superior?
2 - É admissível que se contratem professores sem qualquer escrutínio público?

e "esclarece" a segunda questão com uma terceira
3 - Uma escola com contrato de associação com o estado, deve ter critérios públicos e transparentes para a contratação dos seus profissionais?
Às duas questões, responde o Paulo Prudêncio não e não.

Pois, mais uma vez está redondamente enganado. E merecia zero valores por cada resposta que deu às suas próprias questões.

Lição nº 4
Vamos à questão 1
Os lucros não se privatizam ou deixam de privatizar. Pura e simplesmente são públicos ou privados de acordo com a natureza de quem os aufere: se for um serviço ou empresa pública a terem lucro, então o lucro será um bem público; se for um servioço ou empresa privada a terem lucro, o mesmo será privado.
O que o Paulo pode querer dizer, mas não diz, é que há políticos que transferem bens públicos para os bolsos dos privados. Pois há. Mas, a esses não os procure nas prisões, procure-os nos círculos do poder.
Se o ensino é privado, obviamente terá de dar lucro aos seus promotores. De outra forma, não o promoveriam.
Depois, claro que o ensino não superior dá imenso lucro. Lucro público e lucro privado.
O lucro público é o lucro que obtém a sociedade sempre que ensina as novas gerações. Lucro imenso, uma boa parte social e intangível uma outra parte material e tangível no aumento do PIB e na produção das empresas, a médio e longo prazo.
O lucro privado, auferido por cada cidadão, também não é despiciendo. Veja quanta da mobilidade social de muito jovens e adultos é e foi alavancada pela frequência da escola.
Portanto, meu caro, o ensino não superior dá muito lucro, não só ao Estado mas também aos cidadãos e às empresas.
A resposta correcta à sua questão não é NÃO, mas SIM.
E se se está a referir aos lucros das escolas privadas com contrato de associação com o Estado, esses têm também razão de ser uma vez que é também função dessas escolas dar lucros aos seus promotores (ou conhece alguém que investe para aquecer?).
Mas, note bem Paulo, as escolas privadas têm mais ou menos lucros não por o Estado transferir verbas no âmbito do contrato de associação, mas sim porque os alunos as preferem. E, mais alunos...
Quanto à segunda pergunta, o drama é o mesmo: reprovação.
A contratação de professores para qualquer escola pública deve ser precedida de procedimentos concursais públicos, equitativos e tranparentes, o que NÃO acontece em Portugal, genericamente, como bem sabe.
No caso da escolas privadas, mesmo aquelas que têm contrato de associação com o Estado, obviamente a contratação de professores não precisa de ser escrutinada publicamente. Aliás, não o deve ser. Trata-se de contrato entre entes privados (a escola e o professor) que não interessa às outras escolas (concorrentes) nem aos outros professores.
Só faltaria que na contratação de pessoal para as minhas empresas, abrisse concurso público, quando vejo o Estado e as Câmaras a contratarem os amigos e familiares. Não sou doido, não.
Mas, você dá um outro erro de palmatória. Você pensa e labora na ideia de que o ordenado dos professores das escolas privadas com contrato de associação com o Estado é pago pelo Estado. Nada disso, amigo. O Estado paga é a educação dos alunos e não o ordenado dos professores.
Sempre a considerar.
Reitor

domingo, 5 de dezembro de 2010

Carta Aberta Ao Manel, Um Director Que Muito Gostava De Ser Reitor

Caro Manuel

Li a tua instrutiva entrevista ao EXPRESSO de ontem. Também já vi que o Professor Guinote, esse safado que vos descobre a careca a todos (não a ti que és, permite-me a carinhosa expressão, cão velho, mas a muitos directores imberbes da nossa praça) já veio desancar-te no blogue dele. Não lhe dês importância. Sabes que é um daqueles professores que não tem que fazer e ...escreve. Era bem feito que a directora dele lhe duplicasse o trabalho com avaliação de colegas (ia-me rir...). O Octávio também merecia uma reprimenda (bom, bom, Manel era ele ser colocado na "tua" escola... Baixava logo a bolinha)
Bem, Manel, estava eu a dizer que li a tua lúcida entrevista e tenho esperança que, sendo ela lida pelos directores das restantes escolas do país, melhorá o estado da educação em Portugal. Haviam de decorar também este teu discurso. Fazia-lhes muito bem.
Gostei daquela tua crítica aos professores que têm receio de abrir as portas das salas quando, tu próprio, estou certo, sempre deste as tuas aulas (de mecânica, não era?) de portas abertas à comunidade. Já lá vão ... 20 anos, não é assim?
Também foste rato ao desvalorizar a questão da competência dos avaliadores. Isso foi chão que já deu uvas. Todos sabemos que os delegados de disciplina têm a competência para avaliar os professores. Afinal foram eleitos por eles, tal como o sucatas tem competência para Governar o país porque, também ele foi eleito pelos portugueses (o único risco que correste foi a jornalista não ter perguntado se tinhas competência para avaliares os coordenadores de departamento. Como não te elegeram... Mas a menina não te perguntou isso).
E as faltas dos professores? Pelo que dizes, vejo que continua a ser uma desgraça?
Claro que ninguém percebe porque é que as faltas dos professores não descontam na avaliação (menos um ou dois valores, vá lá). Não tem lógica nenhuma. Se faltam, dão menos aulas e não fazem aquilo que deveriam fazer, logo, no final do ano, têm menos trabalho feito de que se não tivessem faltado. A consequência só poderia reflectir-se na avaliação. Estás cheio de razão, mas olha que a jornalista foi tua amiga. Ai não, não foi?
Já vista se a Isabel Leiria te colocava a hipótese de seres tu a faltar, sei lá, um mês por doença ou qualquer outro motivo justificado? Ficavas entalado. Eu sei que sempre poderias responder que as tuas faltas não se reflectiriam na tua avaliação porque a vice-presidente te substituiria nas ausências ao trabalho. Mas, mesmo assim, não ias ficar bem no quadro de director que não quer para si o que defende para os outros.
Também estiveste ao teu nível quando afirmaste, categoricamente e com o conhecimento de muitos anos à frente de uma escola, que gostavas de escolher os professores da tua escola. Mesmo que muitos digam por aqui que o que tu querias mesmo era largar algum lastro, a ideia de os directores das escolas poderem escolher os seus professores é magnífica e dita com muita coragem da tua parte. Não a coragem do funcionário público que está alapado numa cadeira há décadas e que pensa que ninguém lhe tirará a mama, mas sim a coragem dos eleitos.
O nosso corajoso Governo ainda não conseguiu fazer o que tu queres, mas, com a crise que está pode ser que lá chegue.. vendendo.
Sabes mais, se eu fosse o Manel Esperança, fazia uma vaquinha com a Manuela Esperança, juntava as economias e ... comprava a ESJGF ao Estado. Matava-se o bicho, acabava a peçonha.
Enfim, Manel, estas letras já vão longas mas não posso terminar a missiva sem te dar os parabéns pela entrevista, e testemunhar que não tens receio da crítica, que és tão bom gestor, tão bom, que conseguiste que os gatos lá de casa elegessem o cão para os guardar.
E não és homem para temer uma avaliação justa do teu trabalho, pelo Courinha Leitão, por quem havia de ser?
Com os protestos da minha maior estima e
A Bem da Educação
Reitor

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Explicações Correntes

O Paulo Prudêncio espera duas explicaçõezitas sobre duas questões que ainda estão por explicar...
E as questões para as quais não lhe ocorre explicação surgiram-lhe na mente, com a clareza de dois raios a riscar o céu em noite de breu, quando se apercebeu que o ME havia dado a conhecer

... números que indicam que as chamadas escolas privadas são mais caras do que as públicas, ao contrário do que se pensava. Há duas questões que se ligam e que devem obter uma resposta clara.


Ao saber desta garantia dada pelo ME, o Paulo somou dois mais dois e, voilá, surgiram as questões:
- Se as privadas recebem maior financiamento que as públicas e paga menos em salários, para onde vão os eurozinhos?
- E a contratação de professores será um processo "limpo", com critério e com vínculo definitivo nas escolas privadas? E as condições de trabalho não serão degradantes? Será justo que o Estado as continue a financiar?
Note-se que o Paulo fundamentou melhor as suas opiniões no facto de ter dirigido uma escola pública.
Não podemos deixar o Paulo tão acabrunhado, envolto em duvidosaneblina.
Vamos lá então às explicações:

Lição nº 1
Se o Governo diz que tem "números que indicam que as chamadas escolas privadas são mais caras do que as públicas", ficamos logo a saber uma verdade: os número que o Governo tem e que nunca divulgou, nem divulga tal seria o descalabro e a perda de confiança, mostram que as escolas privadas são mais baratas que as escolas públicas.
Não precisamos de ir muito longe, Paulo. Veja bem: 1 - O Governo mente sempre, 2 -Se mente sempre, tal significa que quando diz "branco" devemos entender "preto" e assim sucessivamente. Se diz que as privadas são mais caras, ficamos com a certeza absoluta de que são mais baratas, percebeu?
Podíamos chegar à mesma conclusão, no seu caso "explicação", por outra via: se os números que o governo tem fossem favoráveis às suas declarações, há muito os tinham tornado públicos, com fontes e estudos que o demonstrassem. Você conhece algum estudo, relatório ou paper que mostre por a+b qual o preço por aluno nas escolas públicas e nas privadas? Não conhece. Portanto, ou o Governo não os tem (e tem de ter pois é ele que paga) ou os números que tem são uma desgraça de tal monta que nem sequer os mostra. Escolha você.

Lição Nº 2
Nesta lição, depois de demonstrarmos que os alunos das escolas privadas ficam mais baratos aos contribuintes que os das públicas (como acontece com qualquer tratamento médico, por exemplo) procuraremos explicar porque razão as suas duas questões estão mal formuladas.
Comecemos pela primeira.
Os salários que as escolas privadas pagam aos seus professores devem interessar tanto ao Paulo, a mim e aos portugueses como interessa saberem quanto ganha você e eu e os portugueses. Ou seja, não interessa nada. Nem a ninguém. Podia interessar-me um pouco mais saber o que fazer se ganhasse a massa que ganha o Ronaldo. Mas não interessa, porque não ganho. O Estado não tem nada a ver com os ordenados dos trabalhadores do sector privado, desde que paguemos os impostos. Mais valia ao Paulo e ao Estado preocupar-se com os ordenados que paga com o nosso dinheiro. Mas não se preocupam com isso, pelo que se vê...
Mas, podemos ir por outra via.
As massas que o estado transfere para as escolas privadas não têm a ver nem com o número nem com a experiência, nem com a idade dos professores que nelas trabalham. Têm a ver apenas com o número de alunos que as frequentam. Não me diga que não tinha visto isto? Portanto, Paulo, falar em financiamento do ensino privado e em ordenados dos professores...

Lição nº 3
Todos sabemos, especialmente os que têm filhos e filhas professores, com menos de 35 anos, a honestidade, a transparência e a equidade com que são desenvolvidos os processos para as escolas públicas contratarem professores: um autêntico escândalo nacional, à vista de todos e por todos silenciado (não vá faltar a mama...). Não há critérios, não se respeitam procedimentos, nem prazos, nem os mais básicos princípios da ética e da transparência. Ao contrário do sector privado, em que contrata quem paga, no público contratam-se os amigos pagando todos nós. É esta a diferença, nada mais.
Não me deve nada e não precisa de agradecer.
Sempre ao dispor
Reitor

Magnífico Título

Desavergonhados.

Reitor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Liurari De Portugal Não Dá Ponta Sem Nó

D. Duarte já pediu nacionalidade timorense
D. Duarte de Bragança pediu nacionalidade timorense pelas “relações profundas com Timor-Leste”. O pretendente ao trono afirma que Timor-Leste tem uma relação especial com a família real portuguesa.


Reitor

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os Embusteiros São Outros. Esta é Apenas Uma Pateta Alegre

A secretária Regional da Educação, Lina Mendes, salientou que, se antes os professores “satisfaziam ou não”, agora há uma avaliação “bastante rigorosa” e o modelo permite “uma maior diferenciação”..

Já dei esmola para o modelo de avaliação dos professores. O tal que morreu antes mesmo de se pôr de pé.
Este amigo resume muito bem o que há a dizer sobre o assunto:
Uma farsa monumental. Um espectacular embuste.
Os rostos dos farsantes ficarão para a história da educação: Maria de Lurdes Rodrigues, Valter Lemos, Jorge Pedreira, Alexandre Ventura e o Conselho "Científico" para Avaliação dos Professores, Álvaro Santos e o Conselho de Escolas, Mário Nogueira e a FENPROF, Aguiar-Branco e o PSD. São estes os embusteiros que deram um fôlego ao Governo. Os outros boys apenas serviam para dizer amén, estender a mão à espera das migalhas e genuflectir.


Reitor

Shiu. Não Mintas.Tá Calado




Reitor

domingo, 28 de novembro de 2010

A Ver Se Cola

Três postezinhos que mostram os malefícios do socialismo para a sociedade, para a democracia e a liberdade. 1, 2 e 3.

Os regimes socialistas, não os sanguinários como o chinês ou os totalitários como o cubano, mas sim os socialistas de cariz chuchalista como o português e o espanhol, são regimes que aprisionam o Estado nas teias do amiguismo, do partidarismo e da corrupção.

Regimes que desresponsabilizam o indivíduo, criando aparelhos para subsidiar a inacção dos cidadãos, para esmagar as suas iniciativas e colectivizar o seu bem-estar.

Regimes que subsidiam centenas de milhar de inúteis que o parasitam, a ele e à sociedade, e se sustentam no voto de cidadãos dependentes. Da mama.

Regimes que nos roubam o bem maior da liberdade. A liberdade de decidirmos pelas nossas cabeças, a liberdade de assumirmos as nossas escolhas, a liberdade (e o dever) de assumirmos as nossas responsabilidades.

Regimes servidos por uma imensa nomenklatura de políticos e funcionários que, helás, sabendo melhor que nós o que é melhor para nós, nos oferecem a sua melhor saúde, a sua melhor educação e a sua pior justiça.

Enfim, regimes de m.

Reitor

"A Escola Dos Projectos"

«Depois de analisar o suplemento do Jornal Público sobre o Ranking do Ensino Básico e Secundário, editado no dia 15 de Outubro passado, cheguei à seguinte conclusão (sem surpresa para quem vive a escola):
Mesmo sem a inferência dos ausentes (e necessários) indicadores compósitos, as caras da avaliação interna e externa dizem tudo, o facilitismo que reina na escola pública e a segurança que a escola privada tem na preparação dos seus alunos.
Muitos são os factores que contribuem para todo este fracasso da escola pública. Hoje decidi falar da "Escola dos Projectos". Se tivesse optado por "Escola dos Relatórios", "Escola dos Papeis", Escola da Burocracia", "Escola do Acessório" ou "Escola da Treta" estaria, igualmente, em consonância com a realidade.
Relativamente aos projectos dinamizados directa ou indirectamente pela tutela, a procura realizada na página Web do próprio Ministério da Educação veio a revelar-se
extremamente fértil. Em minha opinião, a quantidade de projectos que surgem associados à Educação é directamente proporcional ao desnorte (ignorância) dos seus
protagonistas. Não sabendo como resolver os problemas estruturais (incompetência), os arautos que actualmente gravitam em torno da educação encontram nos projectos a fórmula mágica para a resolução de todos os problemas. "Dinamiza esse projecto que é giro", dizia na semana passada um desses sujeitos. E assim se avança, porque "é giro".
Pouco, ou mesmo nada, importa se aquilo contribui para uma melhor preparação dos
alunos.

Projecto Municipal de Educação
Projecto Educativo de Escola
Projecto Curricular de Escola
Plano Anual de Actividades
Planos Curriculares de Turma
Projecto do Desporto Escolar (Andebol de Praia, Comité Olímpico de Portugal, Compal Air 3x3; Corta-Mato, FitnessGram, Gira Volei, IndoorKayak, Jogos da Lusofonia, MegaSprinter, Nestum Rugby, O Bicas na Escola, Programa Pessoa, Taça Luís Figo, Tri-Escola)
Projecto da Mediação de Conflitos
Projecto da Educação para a Saúde
Projecto da Protecção Civil
Plano Nacional de Leitura
Plano de Acção para a Matemática
Plano Tecnológico de Educação
Projecto TurmaVirtual
Programa Criativos
Concurso Viagem ao Futuro com as Células Estaminais
Passatempo Desafio Verde nas Escolas
Programa Mundial das Escolas Inovadoras
Concurso a Europa Sou Eu
Iniciativa 1001 Músicos
Projecto Juventude Saber com Normas
Programa Green Cork na Escola
Projecto TurmaMais
Projecto Fénix
Programa Espaço NOESIS
Projecto Ciência na Escola (Fundação Ilídio Pinho)
Projecto Saber com Normas
Projecto DECOJovem
Concurso Escolar Europa no Mundo
Concurso Ciência Hoje/Ciência Viva
Programa Educativo do Museu
Nacional de Arqueologia
Projecto eTwinning
Projecto MUS-E
Concurso Limpar Portugal
Iniciativa e.Skills Portugal
Concurso Jovens Cientistas e Investigadores
Concurso o Meu Mapa
Projecto Sons da Escola
Concurso Grande Será o Nosso Futuro
Projecto Europeu da Internet Segura
Os Neurocientistas Vão à Escola
Projecto a Europa dos Resultados
Projecto Educação para a Cidadania Democrática e para os Direitos Humanos
Concurso Criatividade Grande C
Programa Mais Sucesso Escolar
Projecto Atua Por Uma Cidadania Global
Projecto Europa das Descobertas e das Inovações Científicas
Projecto SEF vai à Escola
Concurso Rali Escolar
Projecto Laboratório Oceano - A Escola e a Ciência dos Oceanos
Concurso a Europa Mora Aqui
Olimpíadas da Energia e das Alterações Climáticas
Projecto e-learning
Projecto n&n's (nanociências e nanotecnologias)
Projecto Já Sei Ler
Concurso Faz Portugal Melhor
Programa Descobrir
Concurso Twist - a tua energia faz a diferença
Projecto Ciências na Escola 2Cn=e (FCT da UNL)
Programa República nas Escolas
Projecto SeguraNet
Projecto Escola-Electrão
Projecto Portugal Tecnológico
Iniciativa Inside - Arte e Ciência
Concurso Rock in Rio Escola Solar
Concurso As Línguas Abrem Caminhos
Projecto Novas Oportunidades a Ler +
Concurso eLearning Awards
Projecto Portal Planeta Vida

Projecto e-Bug em Portugal
Projecto Ler+, Agir contra a Gripe
Concurso Innovating Minds
Projecto Escola Móvel
Projecto Passaporte Cultural
Projecto ComCiência na Escola - Encontros e Desafios
Projecto Pedagógico recorrendo ao portátil Magalhães
Concurso Região com Futuro
Projecto Juventude (IPQ)
Projecto Escola. Futebol. Cidadania.
Projecto Mundo das Profissões
Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores
Projecto Casa das Ciências (Gulbenkian)
Concurso Escolar A Minha Escola Adopta: um museu, um palácio...
Projecto Cinemateca Júnior
Projecto Ser um dia para um dia ser
Projecto Investigação sobre Factores de Sucesso Escolar
Projecto As Lições de Bach
Programa Aprendizagem ao Longo da Vida
Projecto The Pizza Business Across Europe
Projecto Biblioteca de Livros Digitais
Concurso A minha escola e a prevenção da infecção VIH/sida
Projecto Comunicação e Sensibilização para o Mar
Projecto Científico MHADIE
Projecto Incentivo à Leitura
Concurso de superTmatik Cálculo Mental
Projecto Eleonore Digital - Software Livre
Projecto Prosepe - Clube da Floresta
Projecto Escolas-Piloto de Alemão
Projecto Ler+ dá Saúde
Projecto Parlamento Europeu da Ciência
Concurso TNT Tou na Net
Concurso A minha escola contra a discriminação
Iniciativa Ler+ em vários sotaques
Projecto DADUS
Projecto Leitura em Vai e Vem
Projecto Fazer TV
Projecto Escola na Natureza
Concurso Dia da Internet Segura
Projecto Portal SKOOOL
Concurso A União Europeia e a não discriminação
Projecto Visão Verde
Concurso Nacional de Jornais Escolares
Projecto pela Inclusão Social
Iniciativa Regresso à Escola
Concurso Cidades Criativas
Projecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo
Projecto Linha Alerta
Projecto Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Droga
Projecto Comenius Educação Inclusiva
Projecto Onde Te Leva a Imaginação

Onde fica o espaço para o desenvolvimento dos saberes relativos às áreas curriculares disciplinares?
Acreditamos, ou não, no ensino por disciplina?

Quanto mais transdisciplinar é uma formação, mais vaga e fluida se torna a sua aplicação (D, p3, Parecer n.º 2/2009 do CNE)

Eu acredito»

Num excelente e certeiro poste, de Rui Ferreira no Blog do Octávio Gonçalves, re-postado por Mário Leite, põe-se a nu o verdadeiro estado da educação em Portugal: não há rumo, os conhecimentos e os conteúdos não têm valor, a escola pública não prepara os seus alunos como a escola privada, enfim, a educação na escola pública é uma área de projecto dirigida por incompetentes.
Nas escolas públicas sobra em projectistas o que falta em professores, sobra em políticos o que falta em gestores, sobra em treta o que falta em saberes, sobra em projectos o que falta em segurança, em vigilância, em apoio ao ensino, em responsabilidade, em transparência, em ensino, em educação...
Nem mais.
Reitor

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Luta Ordeira Ou, Mais Prosaicamente, o Orifício No Fundo Das Costas

Animais


Não. Este post não deve ser entendido como uma crítica aos medrosos que, em hora de guerra, lêem o diário da república para terem a certeza de que podem dispararar.
Nem a imagem que o encima pode ser vista como uma homenagem à força e à garra dos bois bravos. Simplesmente, porque se trata de uma vaca mansa.

Este post é mais do tipo tratado breve sobre o art.º 102.º do ECD. O tal que alguns advogados agitam para não ir à liça.

O Guinote lançou uma ideia para a praça: fazer greve à custa do patrão. Falta-se ao trabalho recorrendo à figura da falta por conta do período de férias (art.º 102.º do ECD)

Aos costumes, os bravos advogados, quais treinadores de bancada, vieram logo dizer: CUIDADO, porque os Directores podem não deferir o pedido e marcar falta injustificada aos faltosos. E até citam o estatuto disciplinar para esclarecer melhor, digo, para amedrontrar mais.

Esqueceram-se foi de explicar que despacho daria o director para negar provimento a um pedido de autorização para faltar ao abrigo do art.º 102.º, que fosse apresentado nos termos e prazos legais.

Lutadores de meia tigela. Ponham os olhinhos na tempera deste lutador que conseguiu desacagaçar 68 professores em 107. É obra, hem! A vocês só vos falta pedir ao Ministério da Educação que vos pague o dia de greve. Assim ainda dói menos.

Reitor

sábado, 20 de novembro de 2010

Uma Brilhante Análise Política De Um Professor Com Notório Jeito Para a Política

O que se está a passar é a contaminação completa do Ensino Secundário pelo espírito NO, depois do Básico ter sido modelado à imagem das teorias do direito ao sucesso que Lemos debitou desde o início dos anos 90, na altura a partir do IIE e que Capucha abraçou como sendo o mecanismo ideal para um teórico nivelamento social, que nega ser pela bitola baixa, que nenhum estudo comprova ter funcionado como fomentador de qualquer mobilidade socioprofissional

Movendo-se numa pouco discreta sombra, num claro-escuro que não oculta a vaidade e presunção, a Capucha-Lemos connection constitui-se como o verdadeiro soviete revolucionário da Educação Nacional

A ler tudo em "A Verdadeira Revolução Na Educação", do Paulo Guinote. Uma análise perfeita da causa das coisas.

Não tenho dúvidas, meu caro, que quando não conseguires resistir ao chamamento interior, quando já não tiveres mais "nãos" para dizeres, irás para a política. E fazes falta.
E não integrarás nenhum soviete. Cairás no PSD ou no CDS. E cairás bem. Quem lhes dera a eles ter meia dúzia de cérebros como o teu.
Parabéns pelo texto.

Reitor

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Vergonha De Portugal

Por isso, neste final de 2010, o nosso maior problema não é o económico, é o moral. Sócrates, o homem que transformou a mentira em inverdade, conduziu-nos a esse pântano que a todos parece querer sugar para que assim fiquemos todos irmãos

Num lúcido e brilhante texto, Helena Matos diz tudo aquilo que bate e rebate, dia após dia, na consciência dos portugueses: escolhemos a maior vergonha que havia no país para nos governar.
Os portugueses, na sua maioria não são como esse senhor.
E eu, da parte que me toca, teria uma vergonha imensa de ter uma irmão assim.

Reitor

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Obscurantismo Informativo, Paternalismo Estatal, Nomenklatura Informada e Ainda Retórica q.b.

Não tenho por hábito ler o Homem Cristo (o nome impõe tal respeito que...). Ao passar por este título sugestivo e ribombante do Paulo Guinote, fui ver a peça do Cristo no Expresso.
Estive quase a concordar com o Paulo, não fosse não ter vislumbrado um único facto revelador da cristã ignorância que aponta. Antes pelo contrário, o Homem acerta em todas, excepto na abertura.
Na verdade, não são as escolas que continuam imunes nem são os professores que se mantêm intocáveis com a falta de transparência do Estado.
O Estado retém a informação sobre as provas de aferição (só a nomenklatura restrita conhece todos os resultados) e não a divulga publicamente para não ser ELE próprio responsabilizado. O Homem Cristo apenas se esqueceu de que as escolas e os professores pertencem ao Estado. São da responsabilidade do Estado o número, dimensão e tipo de escolas; o número, formação, avaliação e qualidade dos professores.
Portanto, é um erro de palmatória pensar-se que o obscurantismo estatal, o condicionamento da informação e, no fundo, a ignorância do povo servem para proteger as escolas e/ou os professores. A informação estatal que circula é aquela que interessa à máquina do Estado e à nomenklatura política e não a que interessa aos cidadãos. O exemplo máximo daquilo que afirmo pode ser testemunhado pelo jornal PÚBLICO, cujo director, José Manuel Fernandes, litigou anos a fio na justiça para que o Governo cumprisse as leis do Estado (Administração aberta) e disponibilizasse os resultados dos exames nacionais.
Ora bem, se o Homem acertou em todas menos numa tu, meu caro General, numa defesa emocionada dos professores e das escolas, como é teu timbre, acabaste por dar todos os tiros ao lado. E ainda tiveste tempo de abrilhantar a prosa com doses de retórica a lembrar as velhas cassetes...
Vamos ver:
1 - Na verdade, nem os pais nem o comum cidadão têm acesso à informação sobre os resultados das Provas de Aferição. Nem os pais dos alunos que frequentam cada escola, nem os restantes pais que, tal como eu e tu, são cidadãos pagantes de impostos. Nem todos, mas enfim.
Dizeres que há escolas que disponibilizam os resultados nas suas homepages e nos placares e que os pais têm acesso aos dados via Conselho Geral, é demagogia em estado puro. Simplesmente porque; a) nem todas as escolas o fazem; b) os pais, na sua generalidade, não conhecem os membros do CG e c) mesmo que todas o fizessem e os pais participassem activamente nos órgãos das escolas, haveria sempre 99,9% dos pais dos alunos das outras escolas e dos futuros alunos que se manteriam na ignorância e nao saberiam onde procurar essa informação. E, mesmo que soubessem, nunca poderiam ter acesso à informação de todas as escolas, excepto se a elas se deslocassem e a solicitassem.
2 - Pensar que se defende os professores e as escolas à custa do rateio e da gestão de uma informação que deveria ser pública por natureza não lembraria o diabo. E muito me admira que tu, uma cabeça excelente, ainda dês para esse peditório.
Há comentadores e escrevedores que não percebem népia de educação e se limitam a fazer ataques aos professoes e às escolas, facil e impunemente. É verdade.
O Governo socratino tem feito tudo para desprestigiar e achincalhar uma classe de bons profissionais e merece o purgatório só por isso. É verdade.
Mas, também é verdade que não deveríamos pôr em causa, nem sequer ter dúvidas, de que num Estado de Direito Democrático:
- Os cidadãos tem direito à informação que não é classificada pelo Estado nem sigilosa do ponto de vista industrial.
- O cidadão só é livre se puder escolher e tomar as suas opções de vida, mesmo que, posteriormente, se arrependa.

Reitor

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crise? Qual Crise? Organize-se Mais Um Encontrozinho.

Parece que haverá mais cortes. E que vão acabar com os gastos supérfluos nas escolas.

Teme-se que alguém se lembre de cortar, literalmente, estas mamas. E estas.

Note-se que não são mamas para os professores, coitados, nem para os directores, esses alonsos que se envolvem com os coordenadores, os professores e se abraçam, já agora, aos projectos.

Quem mama são outros...

Reitor

Dicionário Socrático

Clique para ler
Reitor

domingo, 14 de novembro de 2010

J. J. Cardoso Aventou Dois Traques Em Três Dias

Oiçam estes assobios:

- as escolas, públicas ou privadas, têm como principal custo fixo as despesas de pessoal. Ora estas são semelhantes no público e no privado.

Não são não. Os custos com o pessoal são muito inferiores no privado.

- no privado há ainda uma despesa a não desprezar: o lucro.

O "Lucro" não é nem nunca foi uma "despesa", João, o "lucro" é "lucro".

- as escolas privadas não prestam contas financeiras ao estado: recebem x por aluno.

Então, receber x por aluno não é prestar contas ao Estado? Claro que é. Aliás, é a forma mais límpida de se prestar contas ao Estado. A menos que o João defenda que devam ser os maravilhosos projectos que se desenvolvem nas escolas e a existência de muitos cursos profissionais com 5 alunos cada, em média, a justificar os montantes a investir pelo estado nas Escolas.

- as escolas públicas prestam contas ao estado: têm um orçamento, estão limitadas na sua acção por ele, e seus directores são avaliados e sujeitos a procedimento disciplinar caso se excedam nas despesas.

As escolas públicas prestam contas ao Estado ou é o Estado que trata das contas das escolas públicas?
As escolas públicas têm um orçamento ou é o orçamento do Estado que paga o seu funcionamento?
alguém conhece um caso, só um, de um director que tenha sido sujeito a procedimento disciplinar por exceder as despesas? Vá lá, unzinho?

Está contra o financiamento das escolas privadas. Não compreende como pode um Estado laico financiar escolas religiosas, por exemplo. E, como não sabe népia sobre o assunto, acredita em tudo o que lhe sopram. Até acredita que o custo de cada aluno no ensino privado é superior ao custo por aluno no público, como diz este moço de recados.
Vamos lá ver, João, se aclaramos as suas ideiazinhas sobre o assunto:
1 - O João não pode aventar que as escolas privadas recebem do Estado "x por aluno" e depois, noutro avento, vir dizer que está contra o financiamento das escolas privadas. Afinal, o Estado financia os alunos (com x por cada um) ou financia as escolas privadas? Em que ficamos João?
2 - O custo por aluno nas escolas privadas é muito inferior ao custo por aluno nas escolas públicas. Digo-lhe mais: o custo por aluno nas escolas públicas do ensino preparatório e secundário (mais de 5.000 euros) é cerca de 2.000 euros mais elevado do que o custo por aluno nas escolas privadas. E, por favor, não me peça para comprovar. Peça antes ao seu Estado que mostre os números daquilo que todos nós pagamos com a educação dos jovens.
3 - O Estado, nos termos constitucionais, não tem por obrigação financiar as escolas privadas. Nem as públicas. O que o Estado tem por obrigação constitucional é assegurar que todos os jovens têm direito ao ensino obrigatório e, outra obrigação, cooperar com as famílias na sua educação.
Quer o ensino e a educação sejam de carácter religioso, militar ... ou ideológico (como a que o Estado presta nas escolas públicas), cumpre ao Estado financiar o ensino obrigatório dos jovens portugueses e cooperar com as famílias na educação que as famílias lhes quiserem dar, obviamente.


Reitor