Estas palavras transmitem de forma lapidar e sentida o estado de espírito que se vive na maioria das escolas portuguesas.«Vou mascarada de presidente do Conselho Executivo, ou seja, amordaçada e acorrentada, sem qualquer autoridade e muitas vezes até sem poder falar»
E, neste caso, são a consequência de dois erros de gestão. Fatais:
1º erro - Nunca se tomam decisões que não se podem cumprir
A Presidente do CE nunca deveria ter permitido que o Conselho Pedagógico, ao qual preside presumo eu, tomasse a decisão de suspender a realização de actividades com que o próprio CP se tinha comprometido. Muito menos por excesso de trabalho. Muito menos porque decorriam dentro do horário de trabalho (6ª feira). Muito menos contra a vontade da associação de pais (pais que ainda vão pagar a pressa do seu presidente em vexar os professores dos filhos. Se não estes, os próximos pais). Muito menos suspender actividades lúdicas. Actividades que, os professores não podiam deixar de saber, eram como bolos nas mãos das crianças.
2º erro - Quando a Popota determina, NUNCA se obedece... Obedecendo, naturalmente.
Vamos ver se me acompanham.
A Margarida "Popota" Moreira determinou que a PCE convocasse os professores.
A PCE obedecia. Lavrava convocatória e afixava-a na sala dos professores ou nos locais de uso. E assobiava.
No próprio dia, a coisa bem planificada e... todos os professores da escola envolvidos na festa faltavam ao serviço, naturalmente.
Na próxima 4ª ou quinta-feira , enfim no primeiro dia de aulas após o Carnaval, apresentavam justificação para a falta.
Os mais refinados podiam alegar ser contra a sua prática religiosa a participação em corsos carnavalescos. Neste caso, no próprio dia em que receberam a convocatória ou no dia seguinte, passavam pela estação dos correios e depositavam uma carta dirigida à PCE em que lhe davam conta de que, por motivos religiosos, a sua consciência não lhes permitia participar em rituais pagãos. Que fosse a Margarida (isto não diziam, obviamente).
Depois de os professores terem decidido (mal) que não participavam no corso e depois da ordem pública dada pela Popota, NUNCA poderiam ter participado no corso. Calavam-se, assobiavam e, no dia, faltavam à festa.
Ao cederem à pressão deram o corpo à Popota que, obviamente, vos malhou e ainda veio gozar com a vossa dignidade dizendo, depois do corso, que não. Que não tinha obrigado os professores a participar numa actividade dessa natureza.
Vêem a facínora!"A directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, garantiu esta sexta-feira à Lusa que nenhum professor de Paredes de Coura foi obrigado a participar no desfile de Carnaval"
Perceberam?
Reitor
Perante esta imagem e, sabendo o que se passou, só me apetece mesmo chorar... estamos a chegar a um ponto irreversível de humilhação...
ResponderEliminar[Os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!” Margarida Moreira, directora-geral da Educação no Norte, em Viana do Castelo, em 28 de Novembro de 2008.
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