Um Texto Que Não Me Importava Nada de Ter Escrito
Parece que a CONFAP, confederação das associações de pais, veio hoje, mais uma vez, insurgir-se contra a avaliação por exames. Supostamente os exames são injustos, pois testam, num par de horas ou minutos, o conhecimento (não) adquirido ao longo de anos. Trata-se de um argumento simplista e redutor. A avaliação por exame tem, como outras, o seu lugar e permite apreciar capacidades e "competências" (para usar o jargão das "ciências" da educação) que outras formas de avaliação decididamente não permitem. Claro, a avaliação por exame, quando estes são bem elaborados e bem corrigidos, é selectiva e imparcial. Obriga a um enorme esforço e a uma aquisição de hábitos de trabalho e de planeamento. Faculta naturalmente um instrumento de aferição comparativa dos conhecimentos. Apesar de imperfeita, só através dela se pode restaurar um mínimo de dignidade no sistema de ensino português. Não sei o que buscam os pais: se preparar os filhos para um vida boa, se dar no imediato uma boa vida aos filhos. É triste verificar que os representantes dos pais são hoje indefectíveis aliados do facilitismo. São os seus filhos que vão pagar a factura. Reitor
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