segunda-feira, 16 de maio de 2016

A Escola Pública Das Elites e a Dos Eletricistas


O meu dinheiro, o dinheiro dos contribuintes, deve ser usado para dar mais escolha a quem não tem, para construir uma escola pública diferenciada, autónoma, sem barreiras geográficas, avaliada, responsabilizada e responsabilizante, que não perpetue a pobreza, nem a exclusão, nem a discriminação. Mas isto é uma discussão que não interessa a ninguém, porque os miúdos do Vale da Amoreira têm uma escola igual à dos miúdos do Restelo. Com a vantagem de poderem vir a ser eletricistas. Excelentes eletricistas
A coexistência na mesma zona, de escolas com e sem contrato de associação, que servem exatamente a mesma população, a tão badalada duplicação da capacidade instalada (numa redução da escola a reboco e metragem cúbica), é talvez, e paradoxalmente, um dos melhores efeitos da experiência dos contratos de associação. Permitiu no terreno, e não na Cinco de Outubro, ver o que preferem os pais. E os pais, que querem sempre o melhor para os seus filhos (bonito), escolheram as escolas com contrato de associação. Daqui podem retirar-se consequências diferentes, mas não se pode é fingir que isto não aconteceu
Num excelente abordagem, João Taborda da Gama, põe a nu a demagogia dos modernos defensores da escola pública que não suportam a ideia de os pais escolherem as escolas. A ler. 



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