Subscrevo e aplaudo este poste do Eduardo no Espectador Interessado
Reitor
«Com a nomeação do novo Ministro da Educação, um combatente fervoroso do "eduquês", como muitos insistem em classificar este(s) projecto(s), a Dra. Luísa está em pânico, com certeza.A prova está no facto de, pela primeira vez desde que a conheço, ter passado três dias (os três últimos, de dia 15 a dia 18) sem publicar o que quer que seja no seu blogue Vox Nostra. Precisamente os três dias em que se conheceu a composição do novo Governo de Passos Coelho e, consequentemente, o próximo Ministro da Educação.A escolha de Nuno Crato não podia ser mais do seu desagrado, sobretudo quando se aventavam por aí nomes tão favoráveis como o próprio José Matias Alves, António Nóvoa, Joaquim Azevedo e até Santana Castilho.Então, dizia eu, a ausência de publicações no Vox Nostra é reveladora de algum mau estar. É sim senhor, principalmente se prestarem bem atenção ao "post" que põe fim ao jejum desses três dias e que abaixo vos transcrevo: um verdadeiro hino ao Projecto Fénix, na palavra de uma coordenadora de escola. Que estratégico!A Luísa tem razões para ter medo, ou afinal as metas de sucesso impostas às escolas Fénix, pela DGIDC, até são muito mais elevadas do que as próprias metas do PROGRAMA EDUCAÇÃO 2015 do ME, justificando o grau de exigência do Projecto?!?
O problema, a partir de agora, será Nuno Crato, a sua desconfiança nestes projectos e a sua fé na Doxologia, para além da sua necessidade de poupar quase 200 milhões de euros na Educação, a curto/ médio prazo. Ainda assim, por falta de tempo para deitar mão a tudo, havendo questões muitíssimo mais prioritárias a requerer a atenção do Ministro, acredito que o Projecto Fénix terá mais um ano de existência. UM ANO APENAS!Saliento que o que acabei de escrever não passa de uma dose de “achismo” pessoal, para usar o lugar-comum imbecilizante que está a vulgarizar-se entre os comentadores que pululam nos media portugueses.Cá para mim, a Luísa respira diferente, sente diferente e não voltará a ser a mesma. O pior é que nós também não!»
«O Crato é mais "sopinha de massa" do que parece na TV.O Crato gosta do Projecto Fénix, que elogiou muito.O Crato já tinha reunido em particular com a Luísa de Beiriz. Ela é boa evangelista.PALPITE/ ILAÇÃO (com 95% de probabilidade de sucesso, "penso eu de que"): O Crato vai deixar o Projecto Fénix prosseguir (pelo menos no próximo ano)».
«Esperar que a escola torne iguais as condições de sucesso entre alunos provenientes de classes sociais diferentes, sem tornar iguais, ou pelo menos semelhantes, os direitos de acesso aos bens essenciais – alimentação, saúde, rendimento disponível, segurança social, etc. – é mais do que uma utopia, uma enorme barbaridade e mistificação da realidade»
Nesta altura da legislatura, isto parece-me coreografia, para aparentar que querem algo, mas na verdade apenas querem que a insatisfação continue a propagar-se na escola, que o ambiente se deteriore ainda mais e que a insatisfação aumente ao ponto de chegar a um desejado ponto de amadurecimento que leve os professores outra vez para a rua, se possível servindo o bem maior que é o combate contra as Políticas de Direita
"A única coisa que fiz foi definir quem são os directores de turma", conta Adelino Calado do agrupamento de Carcavelos (Cascais).
?? Como é possível, Lino, teres definido quem são os directores de turma se ainda não sabes que turmas vais ter? É que ainda não sairam os resultados dos exames dos alunos do 9 ano. Ou já? Ou fazes turmas sem teres alunos? Ou já os escolhestes, como nas privadas?
Área de Projecto vai acabar ou não? O Estudo Acompanhado é para todos os alunos ou só para os que têm dificuldades? A Educação Visual e Tecnológica continua com dois professores ou fica reduzida a um? O tempo que os docentes têm para se dedicarem a projectos extracurriculares vai diminuir? Os professores bibliotecários vão ter de dar aulas a uma turma ou continuam a assegurar em exclusivo a gestão das bibliotecas? (Aldomiro da Fonseca)
?? Como é possível, Miro, não saberes que a área de projecto não acaba, nem acaba o estudo acompanhado e tudo o resto de que falas? Não sabes das leis que regulam a tua actividade? Não conheces a Resolução da AR nº 60/2011? Nem a Portaria nº 76/2011? Que sabes tu, afinal, Aldomiro?
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Sobre as medidas concretas – ainda quase inexistentes – pouco se diz e acena-se com as imposições da troika (mas, afinal, não existiam antes, quando alguém elaborou um não-programa?) que, afinal, não se confirmam, por exemplo, na aceleração da concentração da rede escolar.
Não me cumpre aqui fazer o papel de carteiro de ninguém – e já devolvi ontem o que tinha a devolver ao emérito autor da alcunha, a quem decidi crismar de bigodim do Norte como contrapartida (sim, Luís, esta é para ti) -, mas é impossível não reparar até que ponto a fulanização substituiu qualquer debate em torno das medidas concretas. Logo em quem, no passado, se fez muito purista nessas matérias.
Para finalizar, um pensamento abstracto ou nem tanto (sim, Octávio, esta é para ti mesmo que digas, com a habitual dose de arrogância, que não passas por aqui): se há quem esteja mesmo muito visceralmente contra a ADD e queira apontar-se como exemplo de contestação, por favor, esclareça o público se até ao momento aceitou cumprir as regulamentações destinadas a relatar colegas e se as continua a cumprir, apenas com reserva mental. Se conseguiu livrar-se disso, tanto melhor. Eu esclareço desde já que entreguei o meu RAA e nem sequer estou para pensar muito nisso. Mas não ando a fazer declarações pópovo divulgar. Não falo de relatores sem grande poder de embate contra nomeações impostas por direcções mais ou menos abusivas, falo de relatores ilustres e muito cheios de si mesmos, antes e depois. Mas que o fazem durante.
Válido também para chicos-guerreiros, que se acham melhores relatores do que os outros.
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.
Esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
Também vi eu que todo o trabalho, e toda a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo. Também isto é vaidade e aflição de espírito." (Eclesiastes 4:4)
"Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." (Eclesiastes 1:2)