Kátia Catulo escreveu uma excelente crónica sobre Portugal e os portugueses. Uma descrição actual, factual e exacta da situação em que se encontra a Educação, a Escola Pública e o país. Situação que me envergonha e envergonha certamente alguns portugueses com mediano sentido de justiça e noção clara do respectivo estatuto de cidadania. Em qualquer país civilizado do norte da Europa, este artigo de Kátia Catulo provocaria forte censura social e política da parte da generaldiade dos cidadãos.
Em Portugal não. Como não provoca a mais leve brisa social a fuga generalizada ao fisco, a percepção do rendimento social de inserção ad aeternum, a baixa fraudulenta, o subsídio de desemprego-melhor-que-o-salário, enfim a fraude económica, social e política.
Em contraciclo, atirando areia aos olhos dos seus leitores, saiu o defensor oficioso do Estado-desde-que-não-lhe-embarre-nos-direitos. Mais uma vez, Paulo Guinote traz à evidência os conceitros que tem sobre liberdade individual, cidadania e justiça.
É eloquente a forma como defende (porque não a contesta com a veemência que se exigiria a um professor) a fraude, a mentira, a falsificação e a trafulhice que medram em torno da matrícula dos alunos nas escolas públicas e em torno da Educação, de que ele é servidor, não duvido.
Sob o peso dos arreios do Estado, esquece que o principal dever de um professor para com os mais jovens é ensiná-los a serem cidadãos, a não conviverem com a trafulhice pública, a combaterem a injustiça, a iniquidade e todas as formas de fraude.
Paulo Guinote justifica uma trafulhice pública com o argumento, deixa lá ver, com o argumento de que o director do "i" aceitou bolachas da Maria de Lurdes Rodrigues. No melhor pano cai a nódoa. Triste.E quem pensa que a "culpa" é dos cidadãos que inventam moradas para escolher as escolas está redondamente enganado: a culpa é do Estado.
Podia fazer de conta que era ceguinho, assobiava para ao lado e não postava estas linhas? Podia sim senhor, mas sou cristão...
Reitor
Parabéns pela coragem de falar verdade. Tento também, em http://espectadorinteressado.blogspot.com/2011/07/estado-social-escolha-nao-livre-e.html, contribuir nesse sentido.
ResponderEliminarIa lendo... mas depois detectei o Reitor 2.0 e...
ResponderEliminarLi até ao fim.
As opiniões são como as...
Cada um(a) usa a sua como entende.
Abraço ao Reitor 1.0
Inventar direcções postais é mau,
ResponderEliminarmas supoe a existência do garoto.
Pior é inventar o nome do garoto que não existe (ou está emigrado)...
Quem terá feito estas proezas?