domingo, 29 de novembro de 2009

Muito Estado, Péssimo Estado.

Um excelente texto de António Barreto em favor da Sociedade Aberta e da Liberdade.
E que acerta na mouche. Aqui ficam as balas mais certeiras.

"É minha convicção que é o carácter fechado, protegido da emulação e da concorrência, avesso à comparação, governado pelos próprios interessados, organizado com modalidades de “closed shop” e submetido a muito fortes influências ideológicas que faz com a Justiça e a Educação estejam no estado em que estão, resistam à mudança, se oponham a reformas profundas e acabem por ter nefastas consequências na sociedade por inteiro.

O que têm em comum [ a Educação e a Justiça]?
São "sectores muito fortemente integrados, unificados, centralizados, regulados directamente pelo Estado, nos quais os principais responsáveis e operacionais são sobretudo funcionários públicos, estarem fechados a influências exteriores da sociedade ou das ciências, serem dominados por corpos profissionais organizados que capturaram a decisão e a organização dos respectivos sistemas"

A comparação entre a Educação e a Saúde, por exemplo, é elucidativa. Nesta última, o “ethos” científico é preponderante, enquanto na Educação é a “cartilha” ideológica que domina. A saúde está aberta e exposta à comparação internacional e às influências da ciência universal. A Educação está aberta às modas, é certo, mas as suas estruturas de poder protegem-na de transformações e mudanças"

A Justiça é imune às influências sociais, tal como a Educação é invulnerável às intervenções dos pais, dos autarcas e dos cientistas. Curiosamente, em ambos os sectores, a força dos sindicatos é enorme e traduz-se numa quase incontestada detenção do poder efectivo

... a maior crise pública do último ano, a que criou uma quase situação de guerra civil nas escolas, resulta igualmente da organização fechada, centralizada e unificada do sistema educativo, à margem dos cidadãos, dos pais, das comunidades locais, das empresas e dos autarcas, mas em proveito do ministério e dos sindicatos

Barreto sintetiza de forma eloquente os cancros da Justiça e da Educação.
Ambas se fecham à sociedade, ambas se protegem da concorrência, são avessas e repudiam as comparações, os rankings, as avaliações públicas e o confronto de resultados.
Ambas são governadas pelos próprios interessados. Interessados que gozam da irresponsabilidade e da inimputabilidade daqueles que não têm de prestar contas à sociedade, cuja manifesta incompetência acaba, na maior parte das vezes, protegida pelo próprio Estado.
Enquanto a Justiça e a Educação estiverem submetidas a fortes influências ideológicas e não se abrirem à sociedade, dificilmente se reformarão.
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Reitor

sábado, 28 de novembro de 2009

D.G.R.H.E. - O princípio de Peter

Observem bem este "Expresso da Meia-Noite", entre os 7:20 e os 13:31 minutos.
Verão o Doutor Mário Pereira - especialista da IGE?! - a falar de avaliação dos professores.
Mário Pereira - fixem bem este nome - é o ex-presidente do conselho executivo da Escola Secundária de Grândola, ex- membro do CE e defensor do modelo de ADD e ex-inspector da IGE.
Quem conhece a história diz-me que a chegada de Mário Pereira à IGE e a sua permanência nesta estrutura central do ME nos últimos 4 meses se deveu a pagamento de favores políticos. Tal como aconteceu com o seu colega da Amadora. Este aqui. Diz-se.
Certo é que Mário Pereira foi literalmente corrido da Escola Secundária de Grândola, onde perdeu a eleição para Director .
Certo é que Mário Pereira concorreu a Director da Escola Secundária de Pinhal Novo e perdeu as eleições.
Certo, certinho é que não servindo para Director de Escolas foi "promovido" a inspector da IGE (especialista em ADD, ah!, ah!, ah!).
Ao fim de 4 meses e mais umas lambidelas de botas, vejam o novo Director Geral dos Recursos Humanos da Educação a botar faladura no "Expresso da Meia Noite: entre os 7:2 e os 13:31 minutos.





Reitor

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uma Rapidinha...Na Terra de Um Ilustre Professor. Hum!

"Dona Laurinda, vou directo ao assunto, sem rodeios: estou apaixonado pela Fátima e decidi que vou viver com ela. Quero dizer-lhe também que já não sou padre."

"Isto foi uma coisa rápida. Ela acabou-lhe com a vocação em menos de dois meses', disse ao CM João Machado, um sexagenário que só tem a dizer 'maravilhas' do sacerdote".

Que comentário fará o Professor Marcelo Rebelo de Sousa?

Foto daqui

Reitor

Algo Me Diz Que Chove Sobre Os Foguetes

Os defensores do acordo entre o P.S.D. e o P.S. para aprovação da Recomendação sobre o ECD e a Avaliação dos professores tardam em soltar o fogo de artifício. Será que o deixaram à chuva?
Até agora só se viu um macaco aos pulos. O General soltou-o para comemorar a grande vitória dos professores: o "Ministério da Educação vai eliminar a divisão da carreira docente". Cá pra mim vai ficar exausto antes da festa.
Ainda estive para perguntar ao nosso General porque exultava ele de alegria com a notícia. Então, já não se sabia que ia acabar a divisão entre titulares e professores desde o debate parlamentar da semana passada? Não era isso mesmo que constava da proposta do PSD aprovada na Assembleia e, antecipadamente, defendida pelo Guinote?
Por que tardam as faixas?
Porque há muito se percebeu que a vitória dos professores era uma "vitória Pírrica". Daquelas que não dá pica comemorar.
Porque há muito se percebeu ser uma derrota para os professores a validação pelos sindicatos e pelo PSD de

"Uma lei má, iníqua, de resultados pedagogicamente criminosos, [que] devia ter morrido às mãos do parlamento. Por imperativo da decência, por precaução dos lesados, por imposição das promessas de todos." Santana Castilho

Os professores perderam. Mesmo a curta e cada vez mais improvável "vitória" da eliminação da divisão da carreira, há-de sair-lhes cara. E da carteira.
As primeiras granadas começaram a cair. Estão a cair em campo vitorioso: precisamente sobre o campo do Mário "Caridoso" Nogueira, que só agora percebeu que "Sorrisos" não rima nem nunca rimou com "Seriedade".
Mas há mais faixas para cair. Especialmente sobre aqueles que, parafraseando o destemperado Santana Castilho, se alistaram na ala dos que trocam os princípios de uma luta pelo pragmatismo de um lance.
Aguardemos pelas faixas então...

Reitor

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Livro De Instruções E Manobras Para Escolher A Escola Dos Filhos

"Alugam casas por semanas, simulam divórcios, pedem à avó que fique como encarregada de educação. São várias as manobras a que os pais recorrem para matricular os filhos numa escola que não a da respectiva área de residência"
"Em Portugal, há anos que as histórias de pais que forjam moradas para conseguir que os filhos entrem na escola da sua preferência circulam nos corredores dos estabelecimentos de ensino de todo o país. Muitas vezes com a cumplicidade da própria escola"

Ver o resto das manobras neste excelente texto de Natália Faria.
Este é o verdadeiro retrato da "Escola Pública" portuguesa. Um Escola para os mais poderosos e para os que têm "conhecimentos". Uma Escola da "cunha", das "manobras", da mentira e da falsificação.
Uma Escola que, desde petizes, nos ensina as regras da segregação social. Neste caso, segrega-se consoante a rua e o nº da porta.
E o Estado português, ao invés de dar liberdade aos pais para escolherem a escola dos filhos - única medida que favoreceria a igualdade, promoveria a liberdade e a melhoria do serviço público de educação - deu-nos um Valter "Excesso de Faltas" Lemos que seguiu o único caminho que sabe seguir: em noite de diarreia obrou mais um despacho contra a sociedade aberta.
Já não é apenas a morada a impor a escola que as crianças devem frequentar. São mais 7 as normas que os pais - mais ricos e mais "informados" - podem utilizar para ludibriar o Estado e fazer pouco da sociedade. (E, cara Natália Faria, estas normazinhas não se aplicam apenas aos alunos do ensino básico. Também se aplicam aos do secundário).
E porque não podia faltar, o amigo Alvino também largou uma ventosidade:

"O problema está diagnosticado mas tem os danos controlados. Antes do despacho, predominavam as cunhas", relativiza Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).

Ó Vino num nos inganes: antes do despacho não eram necessárias tantas cunhas.
Por falar em cunhas, Vino, queria ler a tua "agenda parental" mas faltam-lhe algumas páginas (como sabes, ainda não colocam papel higiénico nos WC públicos). Será que me podes oferecer uma cópia. Obrigado.

Reitor

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Obviamente

"Com esta sua atitude, o PSD preservou intocável o discurso demagógico e mistificador do PS (recusado por mais de 100 mil professores e a quem o mesmo irrita particularmente), conferindo um novo ânimo ao PS para continuar a repetir que o ciclo chegou, normalmente, ao fim, que foi positivo, que se fizeram muitas aprendizagens e que é necessário aproveitar o trabalho que foi empreendido nas escolas". Octávio Gonçalves. Ler mais aqui


Reitor

domingo, 22 de novembro de 2009

A Namorada Do Sócrates Não Quer Que Se Diga Que É Namorada Dele

A Fernanda recorreu para a Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas e para o Conselho Deontológico do Sindicato. Está indignada por não lhe terem dado razão na causa.
Temo que a seguir vá para o Supremo...
Está fula por a identificarem como a "namorada do Sócrates".
Compreendo bem as angustias e constrangimentos que a jornalista Fernanda "Namorada do Outro" Câncio sente e vive.
E compreendo que não queira ser associada ao ingº Sócrates.
A minha vizinha tem um filho, o João, de 7 anos e tem o marido numa Casa de Reclusão aqui perto. Constrangida com a situação pediu aos vizinhos todos para não dizerem aos filhos quem era o marido dela. Para que o João não sinta qualquer estigma na escola. Todos acedemos ao pedido e o pai do João está a trabalhar na Suíça...

Tal como a Fernanda, também acho que a Comissão de Carteira e o Conselho Deontológico querem é "...conhecer, a par e passo, as vicissitudes da [sua] vida amorosa, mascarando esse voyeurismo com preocupações deontológicas". Todos querem o mesmo.

Claro que se pode defender a tese de que a Fernanda "Namorada do Outro" Câncio está é a pôr-se em bicos de pés. E a armar-se por ter um Primeiro-Ministro inginheiro que lhe pegou.
Mas não creio que seja isso.

Reitor

Cozinhando Uma Moção

Sócrates pondera apresentar moção de confiança no Parlamento

Para tentar limpar-se da lama que o "Face Oculta" todos os dias lança sobre si.
Para encostar a oposição à parede e impedir que o quimem em lume brando durante os próximos meses.

Reitor

Se O Ridículo Matasse

Um destes dias estaríamos de gravata preta a prestar homenagem à Dra. Maria da Graça Moura, que Deus a tenha por muitos anos.



Uma directora de escola lembrar-se de publicar no DR um despacho a delegar competências nos DTs...para aplicarem "procedimentos"! Que mais irá acontecer?
Este despacho tem a sua origem numa moda que medra nas escolas por estes dias. Uma espécie de clube escolar: "Eu-gosto-de-ver-o-meu-nome-no-Diário-da-República" que ainda há-de dar muito que falar.
Mas, vamos ao despachozinho. Cada frase é uma pérola.
A primeira cavadela traçou a minhoca ao meio: cita-se o n.º 1 do art.º 52.º da Lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro quando, a referida Lei tem, apenas, 5 artigos e não 52.
A segunda cavadela caiu no mesmo sítio e, mais uma minhoca: a delegação de competências devia escorar-se no RI e não na Lei n.º 3/2008, como prevê expressamente o n.º 1 do art.º 52.º da Lei nº 30/2002 de 20 de Dezembro, com a redacção dada pela Lei nº 3/2008 de 18 de Janeiro.
A terceira minhoca aparece logo a seguir: com que então a directora delega todas as competências... Todas de quem? Apenas as dela. Ou também as competências disciplinares que são exclusivas dos professores?
À quarta cavadela, minhoca novamente: a delegação de competências é feita nos DTs, mas a Lei que é citada prevê a delegação apenas nos "restantes membros do órgão de gestão - vá lá saber-se o que isso é - e no "Conselho de Turma". Não está previsto que as competências da directora possam ser "delegadas" na DT.
A quinta minhoca sai com a data de início do mandato delegado: desde a "colocação" e até final do ano escolar. Desde a colocação? Onde? em Diário da República?
Isto está a começar bem...
E, por estarmos a falar do Estatuto do Aluno, há uma coisa que muito me preocupa e que, por si só, define o estado a que chegamos na Educação: Será que o cidadãos portugueses sabem qual é a tarefa mais importante, ou uma das mais importantes, que os professores têm de realizar nas escolas?
Penso que não sabem. Eu designo-a por "Audição dos Cachopos".
Merecerá um postezito mais adiante.
Reitor

sábado, 21 de novembro de 2009

O General Anda Exultante

Este e este postes são exemplo disso.
Fico contente por ele. Afinal, não é todos os dias que vemos professores felizes. E há muito que não víamos tantos felizes da vida.
A alegria do Paulo é tão contagiante que ele até acha, vejam lá, que o professores foram duas vezes a Lisboa por causa da revisão do ECD e da divisão da carreira. Tss. Tss.
Fico sem saber se o devo deixar na felicidade dos ignorantes -uma espécie de Pai Natal para os petizes - ou se lhe devo lembrar que o ECD e os titulares apareceram em Janeiro de 2007 e as manifs aconteceram em Março e Novembro de 2008! Espoletadas apenas pela avaliação. Aproveitadas, em bem, para contestar o ECD e os titulares. Acho que o vou deixar na dele.

Parece-me é que os gases, não os da Quimigal, mas os da estrondosa vitória obtida pelo presciente General, lhe estão estão a afectar a moleirinha. A ponto de tresler o que escrevi: não meu caro, nem estou incomodado que os professores progridam, nem os professores vão progredir como nos Açores e na Madeira. Antes fossem.
O que eu escrevi - e o General percebeu bem mas faz-se despercebido - foi outra coisa. O que disse é que se o modelo fosse suspenso, não aconteceria o congelamento da progressão - espantalho cirurgicamente agitado pelo General e pelas suas tropas nos últimos dias - mas sim uma avaliação como na Madeira ou nos Açores. Confuso? eu?

Como sei que você não gosta de poesia mal repassada, hoje deixo-lhe uma reflexão erudita:

"vaidade é um elemento tão subtil da alma humana que a encontramos onde menos se espera: ao lado da bondade, da abnegação, da generosidade!"

Quer-me parecer que o azedume não vem deste lado... E olhe que o vencedor foi você. Alegre-se homem.

Reitor

Boa Sorte Jovens (!)

Ad duo

Reitor

Os Verdadeiros Vencedores

Com a aprovação da Resolução do PSD sobre o ECD e a avaliação dos professores pode-se já olhar para o campo de batalha e ver quem tombou e quem venceu, ainda que com algumas mazelas, a guerra governo-professores.

VENCEDORES
- Ganharam os professores com o fim anunciado da divisão da carreira. O P.S. acabou por votar a favor da resolução e, consequentemente, contra da divisão entre professores titulares e professores.
- Ganhou o P.S. porque não perdeu a face com a embrulhada que havia criado em torno da avaliação e consegue levar até ao fim o objectivo de diferenciar o desempenho dos professores, com base num modelo de avaliação cujos avaliadores não tinham competências para o efeito.
- Aliás, o P.S. vence esta disputa em toda a linha: mantém em vigor um modelo de avaliação declaradamente incapaz e mantém a divisão da carreira por mais uns tempos (ainda não se sabe até quando); mantém as quotas na avaliação dos professores e leva até ao fim - nas consequências e resultados - um dos maiores ataques que se fizeram aos professores portugueses. E tudo isto depois de perder a maioria no Parlamento e de os Partidos da oposição terem assinado declarações de intenção de suspensão da coisa.
- Vence o Governo, Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, não só por terem conseguido levar até ao fim a sua teimosia, mas também porque hão-de poder dizer, sem corar, que o modelo de avaliação deles era o único que conseguia diferenciar o mérito e o desempenho dos professores. Ao contrário do modelo que existia antes e do que veio a existir depois.
- Vencem os sindicatos de professores que, prevendo perder protagonismo na negociação protegeram a lagosta e deixaram o mexilhão à sua sorte. Como sempre, aliás.
- Vence a iniquidade, a ausência de escrúpulos, o ressentimento e a desconfiança que este modelo fez medrar entre os professores e que só uma medida poderia contrariar: A suspensão do modelo e a atribuição administrativa de BOM a todos os professores.
- Vence o Paulo Guinote que ensaiou e defendeu esta solução há cerca de um mês. Curiosamente a mesma solução que o P.S.D. viria a adoptar desde a semana passada... Por mero acaso, certamente.

VENCIDOS
- Perdeu o P.S.D. parte da pouca credibilidade de que já gozava junto dos professores. Não há qualificativo para um partido que coloca no seu programa eleitoral a suspensão do modelo de avaliação, a defende até 15 dias antes da votação e, numa espécie de flic-flac à rectaguarda, cede a outros interesses, não suspende nada e estatela-se ao comprido.
- Perdem as centenas de milhar de docentes que, genuinamente, marcharam em Lisboa contra este modelo de avaliação e viram o mesmo ser certificado por um Partido que, a bem da verdade, nunca soube o que queria.

CÚMULO DA DEMAGOGIA BACOCA
O cúmulo da demagogia e, talvez, a razão que tudo explica, está inteirinho nesta frase do Guinote "...Uma coisa que muita gente não reparou e que podia acontecer é que, se a avaliação fosse suspensa, milhares de professores podiam não progredir na carreira". Pois. Como vai acontecer na Madeira e nos Açores...
Alguém lhe lembre, porque não se trata de falta de inteligência, que o Parlamento legisla e as leis servem para isso mesmo: para fazer lei.

Reitor

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Deslumbramento Dos Boys De Guterres

José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado – a CGD –, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.
Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país

Ler tudo aqui

Reitor

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cumprir As Promessas

No Teacher Should Progress At The Expense Of Colleagues


Neste momento é apenas esta a questão.
Espero que os deputados da nação o compreendam.

Reitor

Os Papagaios da Milú

Os directores completamente adesivados e mais papistas que o papa receberam ontem uma triste notícia: têm de avaliar todos os professores que entregaram o papel. Mesmo aqueles a quem tinham negado a avaliação, com base, vejam lá, em esclarecimentos do M.E.

Adenda: Chegam-me notícias que dizem que os mais adesivados dos adesivados estão a impedir os professores de apresentar, ainda, a FAA. Tomem nota do que vos digo: os Directorzecos vão ter de aceitar a FAA mesmo que os professores a entreguem até final deste mês. E têm de os avaliar.

Para eles, uma poema do grande Bocage:

Veio Muley — Achmet marroquino
Com duros trigos entulhar Lisboa;
Pagava bem, não houve moça boa
Que não provasse o casco adamantino:

Passou a um seminário feminino,
Dos que mais bem providos se apregoa,
Onde a um frade bem fornida ilhoa
Dava d'esmola cada dia um pino:

Tinha o mouro fodido largamente,
E já bazofiando com desdouro
Tratava a nação lusa d'impotente:

Entra o frade, e ao ouvi-lo, como um touro
Passou tudo a caralho novamente,
E o triunfo acabou no cu do mouro.

Reitor

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Suspenda-se a Guerra! O General Disse.

Por que razão devem ser avaliados os professores que não entregaram OIs?
Por que razão devem ser avaliados os professores que não entregaram FAA?
Por que razão devem ser avaliados os professores que entregaram OIs depois de terminadas as aulas?
Por que razão se pode avaliar um professor que entregou um relatório de 30 páginas e não a FAA, nos termos e formas legais?
E por que se hão-de avaliar aqueles que não entregaram nada?
E aqueles que entregaram uma espécie de manifesto contra o modelo de ADD, em substituição da FAA?
Por que razão se hão-de avaliar professores que não procederam como a lei dispunha?

Porque o General disse.
Porque, mesmo que o General não o tivesse dito, o modelo de ADD era tão fraco, tão rebuscado, tão inexequível, tão arbitrário que se percebeu logo, 1h após a sua publicação, que não era para ser levado a sério.
Que era impossível de aplicar nas escolas portuguesas, nos prazos previstos, com os procedimentos estabelecidos e com o know how existente.
Que a avaliação - se viesse a ser feita - nunca poderia prejudicar nem beneficiar nenhum professor relativamente aos demais.

Mas, se o modelo era injusto, se era inexequível, se foi sempre um monumento à estupidez (ouvi a ministra admitir na RTP1 que os avaliadores não eram competentes....)
Se era assim tão mau...
Por que se deve repudiá-lo, apenas, na parte que prejudica a maioria dos professores e não na parte que beneficia alguns - em prejuízo óbvio da maioria?
Por que devemos aceitar que se apliquem os artigos 1º, 3º e 5º e não os 2º, 4º e 6º?
Porque os profs estão cansados.
Porque não se pode querer esmagar o inimigo.
Porque é preciso saber fazer a paz.
Porque o General disse.

O problema é que o General tem muitos soldados.
O problema é que a sua voz é respeitada.
O problema é que a sua voz é ouvida.
Mesmo quando marcha para o precipício, como por vezes acontece até aos bons generais e aconteceu ao George A. Custer.

Fico-me por aqui. As avaliações de "mérito" não merecem mais cera.

Reitor

Do Lombo Ao Vazio ...Com Um Sorriso

Isabel Alçada admite que haverá um novo modelo de avaliação e um novo estatuto, mas frisou que optou por não suspender o que está em vigor para não haver «um vazio legal»

Ao ouvir a Isabel "Sorrisos" falar de "Vazio Legal" lembrei-me logo do danado do bife que mastiguei ontem ao jantar. Irra que era duro de roer.
E lembrei-me também de outros "vazios recentes". Daquele vazio de Setembro de 2005 a Janeiro de 2008. Um deserto, uma secura nunca vista.

Lei nº 43/2005, de 29 de Agosto
Não contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão nas carreiras e congelamento de todos os suplementos remuneratórios dos funcionários, agentes e demais servidores do Estado até 31 de Dezembro de 2006

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

VAZIO LEGAL SOCIALISTA

Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro
Regulamenta o sistema de avaliação de desempenho do pessoal docente.


Ora aqui está (esteve) um autêntico "Vazio Legal". Socialista e de má memória.

Reitor

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Portugal, o Estado de Direito, e as Inginharias Semânticas

aqui disse que aqueles que querem fazer do ingº um "inocente a toda a força", são os mesmos que destroem as provas que o poderiam afastar de um dos maiores cenários de vigarice de que há memória no país. Com amigos destes, o ingº não precisa de inimigos....

Agora veio um tal de João Miranda pôr em dúvida que Portugal, o nosso amado Portugal, seja um Estado de Direito, esquecendo que só assim escreve porque os democratas que governam o país lhe concedem a liberdade de expressão. Um ingrato é o que ele é.

O Manuel António Pina, no JN, também na mesma linha, veio fazer um descabelado ataque à democracia e ao Estado de Direito, vituperando as palavras sensatas do avô Soares.

".. Um assunto que envolva, como o presente caso, corrupção, tráfico de influências, manipulação de concursos públicos envolvendo trocas de dinheiro e de favores entre gestores de nomeação política e empresários "amigos", e até alegações, sustentadas no despacho de um juiz, de crime de atentado ao Estado de Direito, tornou-se de facto hoje, em Portugal, coisa politicamente "comezinha", "trivial" e "vulgar". Custa a crer é que alguém como Mário Soares, que tão repetidamente convoca a "ética republicana", reconheça isso sem o mínimo sobressalto ético ou republicano"

Até se atreveu a sugerir que o ingº teria sido indiciado de cometer um crime de "atentado ao Estado de Direito"! Ó Pina. Podias ser mais respeitador das instituições. Será que não vês que há, na tua sugestão, um óbvio paradoxo e uma impossibilidade material: como pode o ingº socrates - ele próprio o estado; ele próprio o direito - atentar contra si mesmo? A chuva molhou-te a mioleira.

Reitor

Hoje Estou Virado Para a Poesia. Apetece-me.


Vaidade

Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo ...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho ... E não sou nada! ...
Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas

Reitor

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Uma questão de honra

"Mark Felt foi um daqueles príncipes que o sólido ensino superior norte-americano produz com saudável regularidade. Tinha uma licenciatura em Direito de Georgetown e chegou a ser uma alta patente da marinha dos Estados Unidos. Com este formidável equipamento académico desempenhou missões complexas no Pentágono e na CIA.
Durante a guerra do Vietname serviu no Conselho Nacional de Segurança de Henry Kissinger. Acabou como Director Adjunto do equivalente americano à nossa Polícia Judiciária. Durante vários anos foi Director Geral interino do FBI. Foi nesse período que Mark Felt se tornou no Garganta Funda. Muito se tem escrito sobre as motivações de um alto funcionário do aparelho judiciário americano na quebra do segredo de justiça no Watergate.
Todo o curriculum de Felt impunha-lhe, instintivamente, a orientação clássica de manter reserva total sobre assuntos do Estado. Hoje é consensual que Mark Felt só pode ter denunciado a traição presidencial de Nixon por uma razão. Para ele, militar e jurista, acabar com o saque da democracia americana era uma questão de honra. Pôr fim a uma presidência corrupta e totalitária era um imperativo constitucional. Felt começou a orientar em segredo os repórteres do Washington Post quando constatou que todo o aparelho de estado americano tinha sido capturado na teia tecida pela Casa Branca de Nixon e que, com as provas a serem destruídas, os assaltos ao multipartidarismo ficariam impunes. A única saída era delegar poder na opinião pública para forçar os vários ramos executivos a cumprir as suas obrigações constitucionais. Estamos a viver em Portugal momentos equiparáveis. Em tudo. Se os mecanismos judiciais ficarem entregues a si próprios, entre pulsões absurdamente garantisticas, infinitas possibilidades dilatórias que se acomodam nos seus meandros e as patéticas lutas de galos, os elementos de prova desaparecem ou são esquecidos. Os delitos ficam impunes e uma classe de prevaricadores calculistas perpetua-se no poder. Face a isto, há quem no sistema judicial esteja consciente destas falhas do Estado e, por uma questão de honra e dever, esteja a fazer chegar à opinião pública elementos concretos e sólidos sobre aquilo que, até aqui, só se sussurrava em surdinas cúmplices. E assim sabe-se o que dizem as escutas e o que dizem as gravações feitas com câmaras ocultas que registam pedidos de subornos colossais. Ficámos a conhecer as estratégias para amordaçar liberdades de informação com dinheiro do Estado. E sabemos tudo isto porque, felizmente, há gente de honra que o dá a conhecer. Por isso, eu confio no Procurador que mandou investigar as conversas de Vara com quem quer que fosse. Fê-lo porque achou que nelas haveria matéria de importância nacional. E há. Confio no Juiz que autorizou as escutas quando detectou indícios de que entre os contactos de Vara havia faces até aqui ocultas com comportamentos intoleráveis. E, infelizmente o digo, confio, sobretudo, em quem com toda a dignidade democrática e grande risco pessoal, tem tomado a difícil decisão de trazer ao conhecimento público indícios de infâmias que, de outro modo, ficariam impunes. A luta que empreenderam, pela rectificação de um sistema que a corrupção e o medo incapacitaram, é muito perigosa. Desejo-lhes boa sorte.
Nesta fase, travam a batalha fundamental para a sobrevivência da democracia em Portugal. Têm que continuar a lutar. Até que a oposição cumpra o seu dever e faça cair este governo". Mário Crespo, no JN
Um jornalista corajoso e honrado. Uma lição para os portugueses.
Reitor

Entente Após Guerra Vencida! Para Quê?

O Paulo Guinote não anda bem.
Estou a ficar preocupado com ele.
Comporta-se como se lhe tivesse dado uma pedreirite aguda.
Nos tempos em que viviam a Milú, o Valter e o Pedreira e se contestava a avaliação, era costume ouvirmos este último dizer: "a lei é para cumprir". O Paulo está a sofrer da mesma maleita.
A sua "preocupação" está na possibilidade (certa, segundo ele) de os professores que obtiveram MB e Ex. iniciarem uma luta jurídica se o modelo de ADD fosse suspenso e estas classificações fossem por água abaixo. E depois?
O Paulo vai ao ponto de se por no papel de advogado dos sindicatos…
Os sindicatos seriam ridicularizarizados e os professores também, por uma guerra em favor dos Ex. e MBs. Uma guerra ao contrário da que tem sido feita.
Comete um erro.
Não haveria nenhuma guerra jurídica entre professores/sindicatos e ME se os Excelentes e MB atribuídos e alcançados por um modelo injusto, se os mesmos não contassem para qualquer efeito.
Reparem: não se trata de os MB e Ex. passarem a Bom.. Nem de serem retirados dos processos. Nada disso.
Trata-se tão só de impedir que uma avaliação feita por avaliadores incompetentes - como já se ouviu a Ministra dizer - com recurso a um modelo de avaliação incapaz possa, de alguma forma, ter quaisquer efeitos na carreira e no concurso dos professores.
Aliás, a haver guerras jurídicas teria sido quando retiraram aos funcionários públicos o direito de aposentação ao 36 anos de serviço; ou quando lhes congelaram a carreira; ou quando congelaram os aumentos salariais aos que auferiam acima de 1000 euros. Estes sim, eram caso para guerra!. Onde está ela?
Mas que guerra?
Não se trata de retirar nada a ninguém.
Trata-se de repor justiça e equidade. Nada Mais.
Trata-se de não colocar princípios à “troca”. E muito menos à troca por acordos políticos de circunstância.
Diz o Paulo que "há quem queira a Lua, sem ter sequer um foguetão".
Digo eu: Já fomos à Lua e viemos. Agora, interessa Marte.
Reitor

Inocente A Toda A Força

Supremo anulou escutas onde o DIAP viu indícios de crime de atentado ao Estado de Direito


Um personagem apenas decide em definitivo sobre indícios de crime que envolvem o PM.
E manda destruir provas de crime!
E o Juíz de Aveiro aceitará que o outro juíz mande nele?
Não haverá possibilidade de recurso? Afinal, há para tudo...
Não haverá ninguém que faça aplicar a lei de igual forma para todos os portugueses?

Quanto tempo faltará para que um jornal qualquer contarie as ordens do "pila d´ouro" e dê a conhecer aos contribuintes as conversas entre o "inocente a toda a força" e o seu "amigo de carteira".

É esta a questão magna que preocupa o nosso Augusto "SS" e o Mário "Acorda" Soares.
Reitor

sábado, 14 de novembro de 2009

Ah! Achas Inaceitável. Pois...

A Isabel "Sorrisos" Alçada veio dizer que "quem não entregou elementos de avaliação não será avaliado". Cá para mim os elementos da Alçada hã-de reduzir-se à FAA e não aos OIs. Veremos.
Estou é admirado com o Paulo. Diz ele que é "Inaceitável" esta posição da Ministra.

Mas nenhuns devem ser penalizados à luz de todo este processo ínvio. A menos que seja aberto um período extraordinário para entrega do mínimo indispensável para a avaliação ser feita, mesmo nas escolas onde os directores-adesivos o impediram.

Vamos lá ver se percebo:
1 - Aceitas que sejam considerados os Excelentes e MBs na avaliação desde que sejam avaliados os que não entregaram OIS
2 - Não aceitas que aqueles que não entregaram "elementos" de avaliação não sejam avaliados.
Afinal, qual é o rumo?
Aceitar que o modelo serve para umas coisas e não serve para outras?
Que pode dar MBs e Exs. aos adesivos mas já não pode dar nada a quem não iniciou o processo?
Em que ficamos?
Nenhuns devem ser penalizados "à luz de todo este processo ínvio", dizes.
Mas, será que não percebes que se forem considerados os MB e Excelentes estão muitos a ser penalizados à luz deste processo ínvio?
Será que não percebes que a única forma de salvarmos todos das injustiças causadas pelo modelo de ADD é que a avaliação que o mesmo pariu não conte para nada! Absolutamente nada!.
E admites que se a "Sorrisos" quiser levar a dela avante (só se avalia que tiver entregue elementos) se possa abrir um período extraordinário para entrega do mínimo indispensável para a avaliação ser feita. Bem, está é rebuscada. Então se se abre um período extra para entregar elementos que se abra também para se obter o Excelente ou o MB.
Em verdade te digo: O que é inaceitável é pretenderes que o modelo sirva para umas coisas e não sirva para outras; que se cumpram umas partes e outras não.
Reitor

Tu Não Te Enxergas Mesmo!

Num registo de incrível fatuidade, o nosso professô está suspenso entre a maravilha e o espanto:

Eis então os registos que me deixam suspenso entre a maravilha e o espanto. Mas eu sou o que estes olhares dizem e estes dedos escrevem, sem que haja qualquer constrangimento?

"O tolo possui uma grande vantagem sobre o homem de espírito: está sempre contente consigo mesmo".

Napoleão Bonaparte

Reitor

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Empreendedor

O empresário socialista Sobral de Sousa, acusado com o social-democrata António Preto no "caso da mala", foi sócio de José Sócrates, Armando Vara e Rui Vieira (dirigente nacional do PS e marido de Edite Estrela) no início dos anos 90.

Reitor

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E Se Sócrates For Um Vigarista?

Vou tentar uma linha de abordagem da questão.
Primeiro os factos, que a história conta-se em dois pontos.
1 - Sócrates foi escutado em conversa telefónica com o seu amigo Vara, uma vez que este estava a ser escutado a mando de juíz para confirmar a prática de um crime.
2 -Diz-se que o STJ considerou nulas as escutas a Sócrates uma vez que não tinham sido autorizadas pelo Presidente deste tribunal.

Esta é a história.

Vamos dar-lhe seguimento, meramente hipotético...
A - Bem, se as escutas são nulas, as conversas entre o arguido Vara e o amigo Sócrates, escutadas pela judiciária não valem de nada. É como se nunca tivessem existido.
B - Assim sendo, Sócrates e Vara não podem ser acusados de qualquer crime com base nessas escutas. Mesmo que Sócrates tivesse pedido a Vara metade dos 10.000 euros que este recebeu de luvas do Godinho (apenas pelo que se diz), tal facto não abalaria a justiça nem a sociedade portuguesas porque o Presidente do Supremo considerou nulas essas escutas. E senod nulas deixaram de existir.
Portantos, Sócrates não pode ser acusado de corrupção com base no que a justiça sabe das suas conversas com o amigo Vara. Mesmo que seja.
Óptimo.
Se Sócrates não pode ser acusado judicialmente pela prática de crime, então nada tem a temer.
As conversas dele com o amigo Vara podem ser tornadas públicas para escrutínio de quem lhe enche os bolsos.
Porque é que ainda não se publicaram?
Portugal passa hoje por uma das maiores vergonhas da sua história recente.
O primeiro-ministro tem atrás de si um lastro de suspeições de vigarice e de chico-espertismo como nunca se viu em nenhum outro.
Clamam a sua inocência o próprio, os Marcelinos e toda a sorte de apaniguados.
Mas, já repararam que se as escutas valessem poderíamos chegar à conclusão de que o primeiro-ministro de portugal era um vigarista. Ou, pelo contrário, que era um homem honesto.
Pensem nisto!
Divulguem as escutas.
Reitor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Carregou nas tintas mas disse o que era necessário dizer

O professor Ricardo da APEDE considerou "muito negativas" as declarações de ontem da ministra da educação, sublinhando que de palavras vagas e promessas de diálogo estão os professores fartos”. Concordo.
O professor Ricardo tocou num nervo muito sensível: se a ministra disse que era necessário garantir avaliadores competentes, tal só pode significar que os actuais não o eram. Se não todos, pelo menos alguns. E todos nós sabemos porque é que os avaliadores não eram competentes.

O professor carregou um bocado nas tintas. A ministra falava pela primeira vez e não se poderia esperar muito mais dela. Ainda por cima se considerarmos o que o ingº disse no Parlamento.
Mas o professor Ricardo está cheio de razão: não basta substituir o modelo, é preciso impedir que os oportunistas obtenham privilégios através dele. É preciso eliminar as injustiças que gerou, de região para região, de escola para escola e dentro de cada escola.
Só há duas formas de conseguir estes dois objectivos sem que se diga que os professores não foram avaliados:
- Ou se dá Bom a todos como fez o Alberto João
- Ou os MB e Excelentes já atribuídos servem para emoldurar as paredes lá de casa. Apenas.
Não há margem para mais.
O professor Guinote que veio defender que os Muito Bom e os Excelentes não deveriam ser considerados para efeitos de concurso, apenas. E que podem ser considerados para outros efeitos, nomeadamente progressão na carreira. Discordo.
E dou-lhe dois beliscões, salvo seja:
Ao admitir como boa a troca entre a avaliação de todos os docentes - só podem ficar de fora os que não entregaram OIs - e a aceitação dos MB e Exc. para a progressão, não estará a validar e a credibilizar uma avaliação ruim? Não estará a dar vida a uma avaliação morbunda que os políticos já se comprometeram a deixar cair?
E não acha que se pode pensar que defende a troca porque isso o beneficia pessoalmente uma vez que, segundo creio, não apresentou OIs? (Esta é um bocadito incomodativa, mas não tanto que...).
Os princípios não entram nas contas de mercearia.
Ou o modelo é aceitável e tem um mínimo de justiça e os professores podem e devem ser avaliados por ele, com todas as consequências daí advenientes.
Ou o modelo fracassou tantas foram as injustiças geradas e tal era a incompetência dos avaliadores que não pode haver consequências para as carreiras e concursos de professores.
Ou serve e aplica-se ou fracassou e estripa-se.
Reitor

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Veículo de Propaganda e Intoxicação


Esta voz do regime já veio apontar para o PP.
A voz do Marcelino ainda não se fez ouvir. Por agora aponta para cima.
Sinal de que o assunto está a queimar.

Reitor

sábado, 7 de novembro de 2009

Cá Para Mim, Tudo Vai da Sorte No Jogo

"O nome de Sócrates tem marcado presença regular, independentemente da maior ou menor gravidade do envolvimento do mesmo, na linha de “bingo” dos grandes “casos” noticiados em Portugal.
Atente-se no rol de situações que têm vindo a público:
- licenciatura facilitada na universidade Independente (não é normal que se concentre um número tão elevado de cadeiras num único professor – o próprio envolvido em situações menos claras, que haja exames enviados por fax e tão grosseiramente corrigidos ou que se exarem diplomas ao domingo);
- eventuais decisões ou ausência delas no caso “Cova da Beira”;
- assinatura de projectos de engenharia no município da Guarda;
- suposta compra, muito abaixo do preço de mercado, do apartamento no prédio de luxo "Heron Castilho";
- as relatadas interferências no caso “Freeport”;
- as tentativas de condicionamento/cerceamento da comunicação social.
Desculpem-me aqueles que vêm revelando habituação ou indiferença face a estas notícias, mas este fenómeno é não é normal e nunca ocorreu com nenhum outro governante. É caso para se parafrasear o próprio Sócrates e constatar que ainda
estará para nascer um primeiro-ministro que apareça envolvido, na praça pública, em tanto caso obscuro.
E das três uma:
1) Sócrates é vítima de campanhas negras sucessivas e da impiedade de forças ocultas que visam liquidá-lo politicamente a qualquer custo;
2) Sócrates tem azar com alguns familiares, amigos e conhecidos que integram o seu círculo de relacionamento ou tem sido incauto na forma como se tem envolvido/deixado envolver em determinadas situações, mesmo sem intervenção ou responsabilidade pessoal nas mesmas;
3) Sócrates tem, efectivamente, “culpas no cartório”, como sói dizer-se.

Desculpem-me os sequazes, os acríticos e os resignados, mas estas questões impõem-se:
Que credibilidade interna tem um governo chefiado por um primeiro-ministro sistematicamente envolvido em situações pouco abonatórias, em termos das condutas exemplares que são exigíveis a um alto mandatário do país?
Que credibilidade externa tem um país governado por um primeiro-ministro sob permanente suspeita? "

Ler mais aqui: "Ou Sócrates joga "bingo" ou Deus joga aos dados"

Reitor

Contributos para aplicação da Educação Sexual nas Escolas VI

"Para rematar, uma clarificação: fala-se hoje muito em "opção sexual".
Ora fará isto algum sentido? Será que uma pessoa chega a certa idade e interroga-se:
"Qual irá ser a minha opção sexual? Optarei por ser heterossexual? Ou vou optar antes por ser gay?".

As inclinações homossexuais não são uma "opção".

Ou resultam de uma inclinação genética ou de fenómenos de moda ou de imitação. Mas aqui também não há propriamente ‘opção’: há seguidismo, há o ir na onda, há cedência ao ar do tempo.

Estes homossexuais sem propensão genética serão potencialmente os mais infelizes – porque não se sentirão bem na sua pele. E passarão ao lado da possibilidade de terem uma família, mulher e filhos. Em troca de quê?"

José António Saraiva,TABU, 06/11/2009


O Guterres, a Manuela Ferreira Leite, o Santana, o Sócrates, a Marante, o Rangel e a Câncio só lá estão para ilustrar.

Reitor

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Paradoxo Dos Fingidos

Estava eu entretido a ler esta notícia , compungido com as lágrimas que vertia o Valentim Loureiro, quando reparo neste pormenor: o Augusto SS era o cabeça da lista chuchalista à Assembleia Municipal de Gondomar. Coitados dos gondomarenses. Já não lhes bastava o Valentão ainda tinham que se aguentar com o SS, pensei cá com os meus botões.
Mas ainda havia uma surpresa...

Augusto Santos Silva, que liderava a candidatura socialista à Assembleia Municipal (AM), não esteve presente na tomada de posse, o que inviabilizou a sua eleição para a presidência da mesa da AM. O novo presidente da mesa da AM é José Matias Alves, do PSD

O SS faltou à reunião e, como não havia mais ninguém com peso institucional e político, quem é que os ilustres parlamentares municipais haveriam de escolher para presidir às sessões da Assembleia?

Puxaram tanto... pela cabeça que, finalmente, emergiu um NOME capaz de colher os votos da maioria e para presidir aos trabalhos do órgão.

O nome do escolhido não poderia ser outro que não o do ilustre professor José Matias Alves, sim, esse mesmo, o professor dos afectos, cujo mérito pessoal, político, social e profissional eram mais que suficientes para presidir à coisa. A sua fama antecedia-o e tenho dúvidas que o SS fosse capaz de concitar mais apoios.

Os professores de Gondomar e, porque não dizê-lo, de Portugal têm agora uma voz forte que os defenderá na Assembleia Municipal. Sim, sim, claro que os defenderá até ao primeiro rugido do Valentão. Depois logo se verá.

Acontece, contudo, que este escrito não tem por fim elogiar a inteligência do professor José Matias Alves. Aliás e a bem da verdade, nem ele o consentiria.

A ideia deste escrito veio-me à cabeça, digo, brotou na minha mente devido ao facto de, objectivamente, estarmos perante um paradoxo. O paradoxo dos fingidos.

E o paradoxo dos fingidos pode ser fixado da seguinte forma:
Há alguma possibilidade de um partido em minoria (6 membros) eleger o Presidente de um órgão constituído por 45 membros.

Há duas respostas para o paradoxo, qual delas a mais paradoxal.
A primeira e óbvia resposta seria: não é matematicamente possível que 6 votos tenham mais poder que os restantes 39.
A segnda resposta, não tão óbvia por certo, também seria não. Não é possível que o senhor professor Matias fizesse um cozinhado com o SS e os chuchalistas para apear da Assembleia o espantalho que o Major lá queria colocar.

Seria aliás, impensável que o professor - homem honrado e justo e às direitas, que concorreu pelas listas do PSD e do CDS - fizesse um acordo com o SS para este não ir à reunião (e assim não perder uma votação) abrindo espaço para que ele - professor dos quatro costados - emergisse como eleito.


Reitor

Isto Já Não Vai Com Conversa Fiada.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo está disponível para «melhorar e aperfeiçoar» a avaliação dos professores, mas não para «destruir», nem para «ajustar contas com o passado»

O ingº não dará a mão a torcer
É preciso saber com quem contam os professores no parlamento!
Vamos ver que posição tomam os partidos da oposição. Com quem estão.

Reitor

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Muito Urgente

O Governo não tomará a inicitativa de suspender o modelo de ADD
Começa a ser urgente, muito urgente voltar à luta. Vir para a rua.
Venham as moções!
Venha uma manif nacional!

Reitor

Na república portuguesa as escolas públicas podiam ser as melhores, mas não são por causa da rapaziada que tem governado o país

Numa abordagem a este artigo, o Paulo Guinote apresenta-nos uma leitura explicativa das conclusões a que chegou a jornalista Rita Carvalho.

E diz o Paulo que as escolas católicas são as melhores porque:
1 - Têm um modelo de formação superior
2 - A formação assenta em princípios: disciplina, exigência e rigor
3 - São escola de carácter exclusivo, por oposição ao carácter "inclusivo" das escolas públicas - digo eu.

Estou de acordo com este diagnóstico: as escolas de matriz religiosa proporcionam às crianças e aos jovens uma educação de superior qualidade, em todas as dimensões: no conhecimento científico, nas artes, na filosofia e humanidades e no desporto.
As escolas de matriz religiosa ensinam as crianças e os jovens a respeitar os valores humanos. A nunca transigirem na sua defesa. Valores imutáveis, valores civilizacionais: o valor da vida, o valor da honra e da dignidade, o respeito pelo outro, especialmente pelo mais fraco, a disciplina e o rigor no trabalho e nas tarefas que estão à sua responsabilidade. O valor da honestidade intelectual e moral. Enfim, as escolas de matriz religiosa ensinam as crianças e os jovens a terem palavra, a terem vergonha, a não faltarem aos seus compromisos e a obterem os seus ganhos e a atingirem os seus objectivos de forma lícita (esta vai direitinha para quem nós sabemos).
Ensinam-os a serem verdadeiros Homens e Mulheres.
As escolas de matriz religiosa têm um carácter exclusivo por oposição ao carácter inclusivo das escolas públicas. Assim é e assim deve continuar a ser.
Presumindo, com um sorrisinho ligeiramente trocista, que o Paulo não está a associar o "carácter exclusivo" destas escolas a qualquer medida burocrática ou administrativa que impeça qualquer aluno de as frequentar - o que não se verifica, não só porque, como o Paulo bem refere:
a) as escolas católicas recebem alunos de qualquer proveniência social e económica
b) as escolas católicas foram durante dezenas de anos, e em tempos recentes, as únicas ou quase as únicas a educar o povo,

Como também porque num Estado de Direito como é o Estado português (o sorrisinho passou a esgar trocista), não seria permitido - como o Paulo bem sabe - que algum aluno fosse discriminado no acesso ao bem público que é a Educação - pela situação económica, social ou cultural da sua família.
Obviamente, o carácter exclusivo das escolas de matriz religiosa a que se refere o Paulo só pode ter a ver com o respeito que estas têm por outro grande valor humano - o valor da Liberdade. A liberdade de querer ser educado, a liberdade de querer frequentar a escola, a liberdade de escolher que escola se quer frequentar, a liberdade de se escolher um "projecto de vida" (eu sei, eu sei que esta expressão está na ponta da língua dos nossos governantes e ajudantes, tal como a expressão "escola pública" que dizem defender e que postergam todos os dias)
O carácter de exclusividade das escolas religiosas assenta precisamente no conceito de LIBERDADE: Só as frequentam aqueles que verdadeiramente as querem frequentar. A "inclusividade" da escola pública justifica-se, não no quadro de uma instituição de ENSINO e FORMAÇÃO mas sim no quadro de uma instituição de guarda compulsiva (de acordo com a rua e nº da porta) de crianças e jovens que não querem ser guardados nem aprender. A escola inclusiva inclui à força.
E o Paulo remata a prosa com uma pergunta curiosa:

"se as escolas de matriz religiosa fossem a base da rede de ensino público e as escolas laicas, selectivas na admissão e critérios de funcionamento, a alternativa em busca da demonstração do seu valor, quais acham que estariam no topo do ranking"?

A resposta é óbvia: continuariam a ser as escolas de matriz religiosa a ocupar as posições de topo. A menos que deixassem de seguir os princípios que sempre seguiram.

Outra contextualização, outra tentativa de explicação.

Reitor

domingo, 1 de novembro de 2009

Olhem Bem Pra Eles

Não se vê logo que são "homens sérios" e "inocentes"?
O Vara até tirou a licenciatura com o Sócrates na Independente.
Embora todos tenham cara de mamões, de parasitas do Estado, de sugadores dos bens públicos, de amigos do Sócrates, tal ... não é bem assim.
São pessoas seríssimas. Acima de qualquer suspeita.

E o rapinanço que estes três chuchlistas, amigos e protegidos do Sócrates, têm feito aos bens públicos, não foram eles, fui eu.
Tá bem assim Vara?
Ok. Venham daí os 10.000 euros.
Reitor

Antes Da Ladainha...



Reitor