O professor Ricardo da APEDE considerou "muito negativas" as declarações de ontem da ministra da educação, sublinhando que “de palavras vagas e promessas de diálogo estão os professores fartos”. Concordo.
O professor Ricardo tocou num nervo muito sensível: se a ministra disse que era necessário garantir avaliadores competentes, tal só pode significar que os actuais não o eram. Se não todos, pelo menos alguns. E todos nós sabemos porque é que os avaliadores não eram competentes.
O professor carregou um bocado nas tintas. A ministra falava pela primeira vez e não se poderia esperar muito mais dela. Ainda por cima se considerarmos o que o ingº disse no Parlamento.
Mas o professor Ricardo está cheio de razão: não basta substituir o modelo, é preciso impedir que os oportunistas obtenham privilégios através dele. É preciso eliminar as injustiças que gerou, de região para região, de escola para escola e dentro de cada escola.
Só há duas formas de conseguir estes dois objectivos sem que se diga que os professores não foram avaliados:
- Ou se dá Bom a todos como fez o Alberto João
- Ou os MB e Excelentes já atribuídos servem para emoldurar as paredes lá de casa. Apenas.
Não há margem para mais.
O professor Guinote que veio defender que os Muito Bom e os Excelentes não deveriam ser considerados para efeitos de concurso, apenas. E que podem ser considerados para outros efeitos, nomeadamente progressão na carreira. Discordo.
E dou-lhe dois beliscões, salvo seja:
Ao admitir como boa a troca entre a avaliação de todos os docentes - só podem ficar de fora os que não entregaram OIs - e a aceitação dos MB e Exc. para a progressão, não estará a validar e a credibilizar uma avaliação ruim? Não estará a dar vida a uma avaliação morbunda que os políticos já se comprometeram a deixar cair?
E não acha que se pode pensar que defende a troca porque isso o beneficia pessoalmente uma vez que, segundo creio, não apresentou OIs? (Esta é um bocadito incomodativa, mas não tanto que...).
Os princípios não entram nas contas de mercearia.
Ou o modelo é aceitável e tem um mínimo de justiça e os professores podem e devem ser avaliados por ele, com todas as consequências daí advenientes.
Ou o modelo fracassou tantas foram as injustiças geradas e tal era a incompetência dos avaliadores que não pode haver consequências para as carreiras e concursos de professores.
Ou serve e aplica-se ou fracassou e estripa-se.
Reitor
Completamente de acordo com o ricardo. Completamente!
ResponderEliminarEu já comento e respondo no Umbigo.
ResponderEliminarAgora vou jantar.
By the way... fui avaliado mesmo sem OI e com um documento alternativo de AA como sempre disse que faria.
Não estou incomodado.
Dúvidas legítimas.
Já me acusaram de coisa pior, by the way, again.
;)
Estou completamente de acordo co o Ricardo!
ResponderEliminarSubscrevo cada palavra do Ricardo!
ResponderEliminarPois, lá temos de voltar aos movimentos.
ResponderEliminarAinda bem que temos resistentes como o Ricardo.