"O nome de Sócrates tem marcado presença regular, independentemente da maior ou menor gravidade do envolvimento do mesmo, na linha de “bingo” dos grandes “casos” noticiados em Portugal.
Atente-se no rol de situações que têm vindo a público:
- licenciatura facilitada na universidade Independente (não é normal que se concentre um número tão elevado de cadeiras num único professor – o próprio envolvido em situações menos claras, que haja exames enviados por fax e tão grosseiramente corrigidos ou que se exarem diplomas ao domingo);
- eventuais decisões ou ausência delas no caso “Cova da Beira”;
- assinatura de projectos de engenharia no município da Guarda;
- suposta compra, muito abaixo do preço de mercado, do apartamento no prédio de luxo "Heron Castilho";
- as relatadas interferências no caso “Freeport”;
- as tentativas de condicionamento/cerceamento da comunicação social.
Desculpem-me aqueles que vêm revelando habituação ou indiferença face a estas notícias, mas este fenómeno é não é normal e nunca ocorreu com nenhum outro governante. É caso para se parafrasear o próprio Sócrates e constatar que ainda estará para nascer um primeiro-ministro que apareça envolvido, na praça pública, em tanto caso obscuro.
E das três uma:
1) Sócrates é vítima de campanhas negras sucessivas e da impiedade de forças ocultas que visam liquidá-lo politicamente a qualquer custo;
2) Sócrates tem azar com alguns familiares, amigos e conhecidos que integram o seu círculo de relacionamento ou tem sido incauto na forma como se tem envolvido/deixado envolver em determinadas situações, mesmo sem intervenção ou responsabilidade pessoal nas mesmas;
3) Sócrates tem, efectivamente, “culpas no cartório”, como sói dizer-se.Desculpem-me os sequazes, os acríticos e os resignados, mas estas questões impõem-se:
Que credibilidade interna tem um governo chefiado por um primeiro-ministro sistematicamente envolvido em situações pouco abonatórias, em termos das condutas exemplares que são exigíveis a um alto mandatário do país?
Que credibilidade externa tem um país governado por um primeiro-ministro sob permanente suspeita? "
Ler mais aqui: "Ou Sócrates joga "bingo" ou Deus joga aos dados"
Reitor
Sem comentários:
Enviar um comentário