terça-feira, 3 de novembro de 2009

Na república portuguesa as escolas públicas podiam ser as melhores, mas não são por causa da rapaziada que tem governado o país

Numa abordagem a este artigo, o Paulo Guinote apresenta-nos uma leitura explicativa das conclusões a que chegou a jornalista Rita Carvalho.

E diz o Paulo que as escolas católicas são as melhores porque:
1 - Têm um modelo de formação superior
2 - A formação assenta em princípios: disciplina, exigência e rigor
3 - São escola de carácter exclusivo, por oposição ao carácter "inclusivo" das escolas públicas - digo eu.

Estou de acordo com este diagnóstico: as escolas de matriz religiosa proporcionam às crianças e aos jovens uma educação de superior qualidade, em todas as dimensões: no conhecimento científico, nas artes, na filosofia e humanidades e no desporto.
As escolas de matriz religiosa ensinam as crianças e os jovens a respeitar os valores humanos. A nunca transigirem na sua defesa. Valores imutáveis, valores civilizacionais: o valor da vida, o valor da honra e da dignidade, o respeito pelo outro, especialmente pelo mais fraco, a disciplina e o rigor no trabalho e nas tarefas que estão à sua responsabilidade. O valor da honestidade intelectual e moral. Enfim, as escolas de matriz religiosa ensinam as crianças e os jovens a terem palavra, a terem vergonha, a não faltarem aos seus compromisos e a obterem os seus ganhos e a atingirem os seus objectivos de forma lícita (esta vai direitinha para quem nós sabemos).
Ensinam-os a serem verdadeiros Homens e Mulheres.
As escolas de matriz religiosa têm um carácter exclusivo por oposição ao carácter inclusivo das escolas públicas. Assim é e assim deve continuar a ser.
Presumindo, com um sorrisinho ligeiramente trocista, que o Paulo não está a associar o "carácter exclusivo" destas escolas a qualquer medida burocrática ou administrativa que impeça qualquer aluno de as frequentar - o que não se verifica, não só porque, como o Paulo bem refere:
a) as escolas católicas recebem alunos de qualquer proveniência social e económica
b) as escolas católicas foram durante dezenas de anos, e em tempos recentes, as únicas ou quase as únicas a educar o povo,

Como também porque num Estado de Direito como é o Estado português (o sorrisinho passou a esgar trocista), não seria permitido - como o Paulo bem sabe - que algum aluno fosse discriminado no acesso ao bem público que é a Educação - pela situação económica, social ou cultural da sua família.
Obviamente, o carácter exclusivo das escolas de matriz religiosa a que se refere o Paulo só pode ter a ver com o respeito que estas têm por outro grande valor humano - o valor da Liberdade. A liberdade de querer ser educado, a liberdade de querer frequentar a escola, a liberdade de escolher que escola se quer frequentar, a liberdade de se escolher um "projecto de vida" (eu sei, eu sei que esta expressão está na ponta da língua dos nossos governantes e ajudantes, tal como a expressão "escola pública" que dizem defender e que postergam todos os dias)
O carácter de exclusividade das escolas religiosas assenta precisamente no conceito de LIBERDADE: Só as frequentam aqueles que verdadeiramente as querem frequentar. A "inclusividade" da escola pública justifica-se, não no quadro de uma instituição de ENSINO e FORMAÇÃO mas sim no quadro de uma instituição de guarda compulsiva (de acordo com a rua e nº da porta) de crianças e jovens que não querem ser guardados nem aprender. A escola inclusiva inclui à força.
E o Paulo remata a prosa com uma pergunta curiosa:

"se as escolas de matriz religiosa fossem a base da rede de ensino público e as escolas laicas, selectivas na admissão e critérios de funcionamento, a alternativa em busca da demonstração do seu valor, quais acham que estariam no topo do ranking"?

A resposta é óbvia: continuariam a ser as escolas de matriz religiosa a ocupar as posições de topo. A menos que deixassem de seguir os princípios que sempre seguiram.

Outra contextualização, outra tentativa de explicação.

Reitor

4 comentários:

  1. Reitor
    Faltou esclarecer que as escolas católicas propagam o obscurantismo, a fé , a crença nas aparições de Fátima, etc, etc, etc.
    Manda para lá os teus filhinhos, se os tens, Reitor.

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  2. Tudo se propaga. Até a asneira.
    No entanto, as escolas católicas não obrigam ninguém a frequentá-las

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  3. Faltou-te dizer os valores que as escolas católicas só ensinam aos eleitos. Quem são os eleitos? É a escumalha que nos governa há 35 anos. (De)formaram-se quase todos em alguma delas. Desde o Básico ao Universitário.
    As escolas católicas não precisam de obrigar ninguém a frequentá-las, não sejas demagogo, a clientela que ambiciona vir a mandar em qualquer coisa garante casas cheias.

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  4. «as escolas de matriz religiosa proporcionam às crianças e aos jovens uma educação de superior qualidade, em todas as dimensões: no conhecimento científico, nas artes, na filosofia e humanidades e no desporto.» Este princípio aplica-se a todas as escolas religiosas?

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