quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Suspenda-se a Guerra! O General Disse.

Por que razão devem ser avaliados os professores que não entregaram OIs?
Por que razão devem ser avaliados os professores que não entregaram FAA?
Por que razão devem ser avaliados os professores que entregaram OIs depois de terminadas as aulas?
Por que razão se pode avaliar um professor que entregou um relatório de 30 páginas e não a FAA, nos termos e formas legais?
E por que se hão-de avaliar aqueles que não entregaram nada?
E aqueles que entregaram uma espécie de manifesto contra o modelo de ADD, em substituição da FAA?
Por que razão se hão-de avaliar professores que não procederam como a lei dispunha?

Porque o General disse.
Porque, mesmo que o General não o tivesse dito, o modelo de ADD era tão fraco, tão rebuscado, tão inexequível, tão arbitrário que se percebeu logo, 1h após a sua publicação, que não era para ser levado a sério.
Que era impossível de aplicar nas escolas portuguesas, nos prazos previstos, com os procedimentos estabelecidos e com o know how existente.
Que a avaliação - se viesse a ser feita - nunca poderia prejudicar nem beneficiar nenhum professor relativamente aos demais.

Mas, se o modelo era injusto, se era inexequível, se foi sempre um monumento à estupidez (ouvi a ministra admitir na RTP1 que os avaliadores não eram competentes....)
Se era assim tão mau...
Por que se deve repudiá-lo, apenas, na parte que prejudica a maioria dos professores e não na parte que beneficia alguns - em prejuízo óbvio da maioria?
Por que devemos aceitar que se apliquem os artigos 1º, 3º e 5º e não os 2º, 4º e 6º?
Porque os profs estão cansados.
Porque não se pode querer esmagar o inimigo.
Porque é preciso saber fazer a paz.
Porque o General disse.

O problema é que o General tem muitos soldados.
O problema é que a sua voz é respeitada.
O problema é que a sua voz é ouvida.
Mesmo quando marcha para o precipício, como por vezes acontece até aos bons generais e aconteceu ao George A. Custer.

Fico-me por aqui. As avaliações de "mérito" não merecem mais cera.

Reitor

2 comentários:

  1. Muito bem, Reitor, subscrevo inteiramente! Mas tudo isto não é fazer a paz, mas uma enorme guerra à Educação, ainda que as escolas possam parecer pacificadas...

    Muito se falou da união da classe. Gostaria agora de ver essa união...

    ResponderEliminar
  2. Um general serve os mandantes, só assim pode ser general.

    Cristina, 120000 na rua não significa união.

    ResponderEliminar