quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O que faz falta é avisar a malta!

As habilidades propagandísticas amadoras da parte dos nossos governantes, e do ME em especial, se não morressem pelo ridículo morreriam pela tristeza do seu despudor.
O Conselho das Escolas, segundo se sabe, esteve reunido, ontem, dia 25 de Novembro, tendo escutado esclarecimentos da Ministra e do seu Secretário de Estado, Jorge Pedreira, acerca do Simplex a aplicar ao Modelo de Avaliação proposto.
Ao que se sabe vários conselheiros usaram da palavra assumindo, naturalmente posições diversas sobre o assunto, mas o CE não votou, aclamou qualquer deliberação que contrariasse, anulasse ou assumisse diferente sentido da que o mesmo órgão tomou em 17 de Novembro p.p. e que ia no sentido de propor a suspensão do modelo de avaliação.
Não se sabe quem votou, quantos votaram, qual o teor de tal posição porque simplesmente não houve deliberação.
Pelo que, como é óbvio, se mantém oficialmente sobre o assunto a posição tomada no dia 17 de Novembro.
Será, pois, abusivo da parte do Secretário de Estado, Jorge Pedreira, afirmar que o órgão CE concorda com o processo de avaliação em curso.
Como também será de admirar que o faça, também, o seu presidente, Professor Álvaro Santos.
Aliás, e a talho de foice, porque ninguém pergunta ao Sr. Presidente do CE qual a razão da sua presteza em transmitir à comunicação social a pseudo tomada de posição do órgão reunido em 25 de Novembro e não usou do mesmo critério quando, legítima e legalmente, o Conselho das Escolas votou a favor da suspensão?
E o Conselho não toma posição? Nada diz? Nada diz quando o papagaio louro de bico dourado (Presidente do CE) não leva a carta (Deliberação do CE) ao seu namorado (Ministério da Educação)?
De facto o que faz falta é dar poder à malta…

Director-geral

4 comentários:

  1. Seria interessante ver o 4º comentário à postagem "O que importa é que a educação vença"!

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  2. Lemos no blogue Terrear, "Da Incerteza", Quarta-feira, Novembro 26, 2008:

    "«A ministra informou-nos das medidas de simplificação que já tinha anunciado, aprofundando as explicações», disse à Lusa José Eduardo Lemos, autor de uma moção que pedia à ministra Maria de Lurdes Rodrigues a suspensão do processo de avaliação «até que seja substituído por um competente», aprovada por 30 dos 53 membros do Conselho na semana passada, antes de anunciadas as alterações para simplificar o processo."
    E lê-se na RTP Notícias:
    "Este elemento do Conselho de Escolas confirmou ainda [José Eduardo Lemos em declaração à agência Lusa no final da reunião] que a maioria dos conselheiros que intervieram no encontro "não foi contra as medidas anunciadas".

    Afinal, ganhou agora a moção em alternativa, aquela que tinha perdido.
    Interessava que houvesse votação?
    Com o número de votos publicados logo depois do anúncio da moção anterior, para uma e outra posições, era agora fazer as contas na alteração de sentido de voto.
    Além do mais, pasmemos com o último parágrafo deste post: será digno de um Director-Geral?

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  3. Mas o Conselho de Escolas, nesse dia, não era para dicidir sobre a exoneração do Presidente?

    O que foi lá fazer a Ministra?
    E o Pedreira?

    Será que souberam ads intenções dos Conselheiros?

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  4. moscardo das consciências26 de novembro de 2008 às 22:04

    Agora e perante esta tentativa de manipulação e o envio para as escolas do projecto do decreto regulamentar, exige-se, espera-se, justifica-se que os Sr. Presidentes do CE, eleitos pelos "seus" Professores, façam o que têm a fazer e que na opinião de alguns já deveriam ter feito!
    Haja coragem, (please)!
    Demitam-se!

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