sábado, 22 de novembro de 2008

Eu, Socialista, Me Confesso

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Manda também um mínimo de decência política que as medidas de fundo, o que nem sequer é o caso, sejam tomadas pelos decisores, com independência de espírito, autonomia e sentido de responsabilidade e autoridade (no sentido de autoria), sem necessidade de recorrer a truques de baixa política demagógica e populista como a promoção de campanhas vexatórias de “assassínio” de carácter e o denegrir de imagem pública contra grupos profissionais como a que foi levada a cabo, escusada e contraproducentemente, por este Governo, com evidente desonestidade política e intelectual. (É certo que só se pode exigir honestidade intelectual a quem tem “intelecto” o que não tem sido evidente).
Este Executivo com um ME sem política autónoma, com uma equipa que aceitou o nada dignificante papel de “rosto” de um conjunto de directivas vindas de fora, manifestando evidente desconhecimento do meio, muitíssima falta de tacto, muita arrogância e prepotência, evidenciando uma total ausência de espírito democrático e um aventureirismo insensato mascarado de “coragem”com recurso constante a ameaças, insinuações e mentiras, reiterando declarações caluniosas como “ as Escolas são um caos organizativo” (a este propósito, não eram, agora mercê da tal “política educativa” aproximam-se perigosamente dessa situação) e “os professores mais antigos estão numa espécie de pré-reforma “ e outros chorrilhos afrontosos e semeadores da cizânia social como a de que “perdi os professores mas ganhei os pais” e ameaças mais ou menos veladas, como perante a pergunta de jornalista sobre “o que irá acontecer aos professores dos últimos escalões que não concorrerem a Professor Titular”, a resposta foi: “ Por enquanto nada”, afrontas ao Provedor de Justiça, ao Procurador-Geral da República e aos Tribunais como aquando da afirmação de que os Açores não eram “território nacional”, alguma brejeirice indigna à mistura como quando a Sr.ª Ministra disse no “Prós E Prós” da RTP a uma professora de cabelo claro que “não era loura” e ainda recentemente ao acusar os professores de “chantagem” e um sem número de exemplos de cinismo, sarcasmo e truculência dos dois Secretários de Estado (Lemos e Pedreira), a utilização sistemática de um “pai” vitalício, o senhor Albino, que sendo um parceiro negocial como os outros, surge publicamente como que integrado no staff ministerial, destilando veneno e ódio sobre os professores e instigando publicamente a perseguição dos “hereges”, o “papismo” de sinistras personagens como a Directora da DREN (ex-sindicalista radical com o excesso de zelo típico dos recém-convertidos) em perseguições ad hominem a adversários políticos e falo do famigerado caso do dr. Charrua (ex-deputado do PSD), a visitas da PSP, desconhecendo-se a mando de quem, a sedes de Sindicatos nas vésperas de grandes manifestações, onde por duas vezes no mesmo ano mais de 100000 professores na primeira e mais de 120000 na segunda, três quartos da classe, certamente todos incompetentes, mandriões e calaceiros desfilaram ao sábado em Lisboa.
Não, José Régio (José dos Reis Pereira), António Gedeão (Rómulo de Carvalho), Joel
Serrão e Vergílio Ferreira que, entre tantos outros, foram professores do Ensino Secundário não se reveriam nesta “política educativa” e se calhar seriam avaliados com “Insuficiente” ou “Regular”neste modelo de (pseudo) avaliação.

Eu pela minha parte e considerando que depois das patéticas declarações de ontem, 20 de Novembro, em que a Sr.ª Ministra sempre tutelada pelo “sombra” Silva Pereira (ou pelo “eco” Santos Silva), que veio com toda a “candura” reconhecer, aquilo que toda a gente menos os apparatchiks do costume e o set propagandístico da alarvidade (o “bichano”, porque filho do “tareco”, Sousa Tavares, Emídio “The Black and Decker Master” Rangel, Vital ”The Renegade” Moreira e tutti quanti) desconheciam, que o processo tem “erros teóricos de concepção “ e “extremas dificuldades de ser posto em prática” como ontem acabou por reconhecer a própria Professora Maria de Lurdes Rodrigues que com certeza, ainda não avaliou bem o grau de anomia e de entropia que ela e sua equipa foram capazes de introduzir no Sistema e que neste momento constitui um “cadáver” político, entenda-se, adiado. ...
(António José Ferreira (Professor, Socialista e tudo)

Reitor

3 comentários:

  1. É um tratado de verdades. Os xuxalistas devereiam ler este texto.
    Parabéns!

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  2. Eu, (ex)votante socialista, subscrevo este texto!

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