Alguns pedagogos desta praça andam preocupados com a democracia nas escolas, ou melhor, com a falta dela.
O professor Paulo Guinote escreveu vários postes sobre o assunto.
E este apóstolo já vai em nove evangelhos.
Que entendem estes pedagogos por "democracia nas escolas?
Porque é que se fala tanto em "democracia nas escolas" e não se ouve falar em "democracia nos tribunais", "democracia nos hospitais", "democracia no fisco" e, enfim, em todos os serviços do setor público?
Vamos por partes:
1 - Que diz a Lei de Bases do Sistema Educativo?
A LBSE refere-se várias vezes à democracia e aos princípios democráticos, quer como princípios, quer como práticas, quer como objectivos do sistema educativo: democratização da sociedade (artº 1), democratização do ensino e desenvolvimento de espírito e prática democráticos(artº 2, 3 e 7), democratização de acesso (artº 12), democraticidade na administração e gestão do sistema educativo (artº 46).
Finalmente, sobre a administração e gestão das escolas diz a LBSE no nº4 do Artº 48º:
4 - A direcção de cada estabelecimento ou grupo de estabelecimentos dos ensinos básico e secundário é assegurada por órgãos próprios, para os quais são democraticamente eleitos os representantes de professores, alunos e pessoal não docente, e apoiada por órgãos consultivos e por serviços especializados, num e noutro caso segundo modalidades a regulamentar para cada nível de ensino.
2 - As escolas e agrupamentos escolares estão organizados e são administrados de acordo com o Decreto-Lei n.º 75/2008 que prevê, entre outros, a existência:
- De um conselho Geral
- De um director
- De um conselho pedagógico e
- De um conselho administrativo
3 - No conselho geral estão presentes representantes de professores, alunos e pessoal não docente, eleitos democraticamente por cada um destes corpos.
4 - O Diretor é eleito democraticamente pelo Conselho geral, o tal onde estão todos os representantes eleitos dos professores pessoal não docente e alunos. Mais: O conselho geral é um órgão tão bem democrático que até consegue aprofundar a democracia prescrita na LBSE: para além dos professores, pessoal não docente e alunos, inclui representantes dos pais, da autarquia e das forças locais.
Ou seja e resumindo: em qualquer país do mundo civilizado este modelo de administração das escolas seria considerado excessivamente democrático.Em Portugal parece que não chega esta democracia. Querem mais.
Que democracia querem então estes pedagogos nas escolas?
Querem uma escola gerida por um comité central? Ou por uma DOR.... qualquer coisa?
Querem uma gestão feita pelo plenário de professores?
Defendem tanta democracia que gostariam de ver os alunos a eleger os seus professores?
E os não docentes a eleger o seu chefe?
Aposto que preferem aquele modelo que surgiu logo após-25 de Abril, em que apenas os professores punham e dispunham na escola. Por causa da gestão ter por base critérios pedagógicos, não era?
Os alunos são muito novos para escolher o órgão de gestão de uma escola, não é?
E os pais estão fora e têm muito que fazer.
E os funcionários para além de não perceberem de pedagogia querem é folgas.
Só os professores percebem de escolas, está-se mesmo a ver.
Não há em Portugal nenhum serviço público, departamento ou setor de atividade estatal, organizado e administrado por modelo que assegure tanta democracia como aquele que define a administração das escolas públicas.
Reitor
"Passos Coelho tem-me surpreendido positivamente pela coragem e serenidade com que aborda as questões e os problemas do país.
ResponderEliminarOntem deu mais um exemplo do posicionamento que deve ter um político com estatura de estadista, como ele tem e falta a Sócrates. Aliás, o maior dos handicaps do Socratas é a falta de estatura.
Coelho disse serenamente do programa novas oportunidades o que há muito deveria ter sido dito por qualquer responsável político: que era um monumental embuste utilizado pelo PS para captar votos e vender uma falsa imagem de melhoria da educação:
"Vamos pedir uma auditoria externa ao programa Novas Oportunidades e deveremos reformulá-lo de modo a que ele possa servir realmente aqueles que precisam de uma segunda oportunidade"
"Foi uma mega produção mais não fez do que estar a atribuir um crédito e uma credenciação à ignorância e isso não serve a ninguém"
Não deve haver um único professor em Portugal que se sinta insultado com as palavras de Passos Coelho. Não deve existir em Portugal um único professor que não saiba que o programa NO é uma das maiores vigarices públicas de que há memória. E que estão para o PS e Sócrates como as notas de 500$00 estiveram, em tempo, para o Alves dos Reis.
Louvo Passos Coelho pela coragem, frontalidade e serenidade que veio emprestar à política portuguesa. Tem sido uma lufada de ar fresco na choldra em que os PS colocou o país."
Ainda mantem a mesmo opinião?? LOLOL
Palavra por palvra.Ainda bem que me lembrou desse poste:
ResponderEliminarhttp://dareitoria.blogspot.com/2011/05/um-politico-corajoso.html
É perfeitamente atual.
Escrevi e volto a escrever:
Não deve haver um único professor em Portugal que se sinta insultado com as palavras de Passos Coelho. Não deve existir em Portugal um único professor que não saiba que o programa NO é uma das maiores vigarices públicas de que há memória. E que estão para o PS e Sócrates como as notas de 500$00 estiveram, em tempo, para o Alves dos Reis
Como pai e encarregado de educação, a experiência que tenho em Conselhos Gerais é, realmente, muito negativa. Se, efetivamente, a legislação pretendia, mas não só, reforçar a participação das famílias, tal desiderato chocou, e choca, com interesses instalados na escola, que, na prática, cortam cerce tal possibidade . Os órgãos de gestão e administração, os anquilosados, os viciados, os que se agarram, a qualquer preço, ao poder, sem curar da sua competência ou lisura, os que mais não são senão déspotas, arranjam sempre forma de liquidar a participação democrática. Os que exercem vária sorte de chantagem sobre os docentes, perante a falta de coluna vertebral destes, arregimentam-os e manipulam-os para estes transformam o C.G. num apêndice acrítico dos ditames e ditates do(a) diretor(a). Os docente por receio, ou convicção própria, de facto, não se assumem como membros de um órgão. que é de direcção estratégicas. Para além dos docentes os outros membros não contam para nada, quer pelo seu desinteresse, quer por ausência de há habilitação e conhecimentos para o desempenho da função. Limitam~se a, passivamente, apoiar toda a sorte de irregularidades e ilegalidades que bem apeteça à directora, e a eles próprios, subjugados adesivados que são ao(à) diretor(a).
ResponderEliminarE se alguém, da comunidade escolar, pretende que o órgão se organize e aja, de acordo com os seus deveres e direitos, logo se boicota e se arranja uma qualquer manobra vil e abjeta para afastar, ilegitimamente, do órgão, quem nele acredita, e quem o quer respeitar e dignificar.
Aqui deixo um exemplo. Com o ridículo, mas conveniente, pretexto que o meu filho e educando transitou de uma escola para outra, dentro do Agrupamento, lá "deliberaram" as tristes alminhas a minha "perda de mandato. E nem a comunicação da DGesTE que pôs a claro o determinado pela lei, e que claro há muito estava, os demoveu de tal vil "manobra": afastar a verdade e a normalidade do órgão, colegial e paritário.
Enquanto gente desta dominar as escolas, não haverá qualquer instrumento legal capaz de alterar seja o que for…………………………….