segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Indignados Virtuais e Um Pouco Zarolhos"

Querem indignar-se a sério? Então, estou seguro de que não faltaram reais motivos para tal, como os seguintes, a título de exemplo:
- não convivam, tão mansamente, com os privilégios obscenos e injustificados dos dirigentes e funcionários do Banco de Portugal, das fundações, dos institutos e das empresas públicas de transportes, como a TAP e outras que tais;
- questionem-se sobre as eventuais poupanças, descontos e investimentos que permitem a políticos viver e estudar, desafogadamente e sem trabalhar, no estrangeiro.  
Em "Um país de indignados virtuais e um pouco zarolhos", de Octávio Gonçalves



O Octávio tem razão.
Uma onda de indignação varreu o país e os comunistas já a cavalgam alegremente.
Se é verdade que, num país de invejosos, o Presidente da República NUNCA deve falar de dinheiro, nem do seu salário ou rendimentos, nem de bens materiais que possua, também não é menos verdade que aqueles que mais se indignam com os 1300 euros de reforma de Cavaco (e aqui estou como o Miguel Loureiro: é muita areia) são aqueles que toda a vida fugiram aos impostos. Os que ganhando 5000 descontaram para a segurança social de 500. Portugueses, enfim.
Fora os funcionários públicos, quantos portugueses  têm descontos de 36 anos? E, quanto descontaram durante toda a sua vida de trabalho?
Se não contarmos os funcionários públicos, 95% dos reformados não descontaram o suficiente para receberem uma reforma de 500 euros/mês durante 10 anos.
Agora os 400 euros que recebem por mês durante os mais de 20 anos que estão na reforma não chegam... queriam 1300 euros.
Quiseram sempre descontar o mínimo.
Nunca se importaram de ganhar cinco mil e descontarem dos 500 do recibo.
Agora querem reformas milionárias.
Como "os outros".



Reitor

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