sábado, 25 de dezembro de 2010

Um General a Precisar de Descanso

No seguimento deste poste, o Paulo Guinote resolveu mimosear-me com estoutro.

Sobre a defesa da liberdade de escolha dos cidadãos, já percebi há muito que o Paulo fica sempre do outro lado, do lado do Estado "Pai", do Estado "Patrão", do Estado "Educador"... Na ex-União Soviética é que era bom, não Paulo? O Estado tratava do salário, do pão, da educação, da saúde, de tudo para todos, excepto, claro está, para a nomemklatura que podia fazer as suas escolhas enquanta sorvia umas ovinhas belluga.

Sobre a liberdade, não gastarei hoje mais cera...

O mesmo não digo da areia que lança sobre os olhos dos seus leitores, quer no poste, quer nos comentários (não, não me refiro às caneladas que me dá, refiro-me àquela forma de dizer meias-verdades para parecem verdades). Neste caso, preciso de gastar mais cera.

Para além de que ele o defendeu e eu não. Nos tempos que correm, eu continuo a não gostar do novo modelo de gestão. O Reitor, entretanto, mudou de posição

É falso que o Reitor tivesse mudado de posição relativamente ao novo modelo de gestão (e até podia ter mudado que não lhe caíam os parentes na lama, mas não mudou).

O apoio do Estado a escolas privadas é feito directamente a essas escolas

É falso que o Estado apoie directamente as escolas privadas. Como aqui se diz, o Estado apoia as Escolas Privadas indirectamente, através do apoio a cada aluno. É um apoio financeiro por cabeça e não um apoio por escola. Aliás, basta ver que se alguma escola privada perdesse todos os seus alunos, por hipótese, lá se ia o apoio do Estado.

A mim, na ADSE, ninguém dá um cheque para eu ir ao médico… pago a conta ao meu estomatologista e oftamologista e depois o Estado reembolsa-me uns 20% das despesas. Não me parece bem o mesmo…

Isto é areia lançada ao rosto dos incautos. Vale tudo, até atirar com o papão do cheque-ensino de que não falei, nem está em causa nas conversações com o Governo, para tentar esconder a falta de argumentos e não dar o braço a torcer.
A ADSE reembolsa-o de 20% das despesas com a saúde (o que não acontece com os cidadãos de 2ª que não são funcionários públicos). Para o Paulo, isto é bom na Saúde mas já não serviria para ser aplicado à Educação. Está tudo dito.
Nota: Em muitos hospitais privados, por exemplo os do Espírito Santo Saúde, não há qualquer reembolso. Pura e simplesmente o utente paga menos cerca de 80% dos custos com consultas, intervenções cirúrgicas e outros).
A falta de argumentário fá-lo retorcer de tal forma a realidade que até fico a pensar que o Guinote não fica nada a dever aos membros do gabinete de comunicação do sucatas (esta é mesmo para a tíbia). Não costuma ser assim, só pode ser falta de descanso...
Por respeito à inteligência de quem nos lê e à época em que vivemos, não vale a pena explicar mais.


Continuação de Bom Natal.


Reitor

5 comentários:

  1. Este post faz-me supor que o Reitor é um colectivo tipo "Abrantes".

    Poderia desenvolver porquê, mas eu acho que o autor deste texto acima (em especial quando "retorce", ele sim o passado das suas posições e a a realidade do presente, incluindo um rematado disparate sobre a URSS) percebe bem o que eu quero dizer.

    Uma questão se coloca neste momento: será o reitor (ou alguém que de quando em vez se assina por ele) mais um "encavalitado" do grupo próximo do PSD que virou agulha de há uns tempos para cá?

    Porque isto da inteligência, é verdade que anda mal distribuída e neste caso acho que a do Reitor é muito acima da média nuns dias e em outros nem tanto.

    Como aquela de dizer que o Estado apoia "indirectamente" as escolas. Só mesmo se for para rir. "Indirectamente" seria através do cheque-ensino. Na situação actual, é directamente, sim senhor!

    Será das sondagens?

    Bom Natal, Reitor8es)...

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  2. A mim não doeu grande coisa.
    Apenas acho que para cata-ventos já tínhamos o outro R.

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  3. Porque é que em vez de insistires numa "inverdade" não nos apresentas uma linha que mostre que eu alterei a minha posição em relação ao modelo de gestão? Ou a outra matéria qualquer?
    Não precisavamos de estar a perder este tempo todo.
    E, por favor, ataca o que digo, não a minha pessoa. Afinal, estamos no Natal.
    Quanto à quantidade de reitores, continuarás na dúvida...

    Boas Festas para ti e para a tua família, sinceramente.

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  4. Eu tenho um sensor incorporado para escritas múltiplas.

    Quanto ao modelo de gestão é simples: em tempos cruzámos argumentos sobre ele. Se bem me lembro eu era contra, alguém que escreve aqui era a favor.
    Agora é ver os posts direccionados contra os directores, os mega-agrupamentos e a forma hierárquica deste modelo de gestão.

    Contra o qual eu estive e estou.
    Contra o qual alguns só passaram a estar, em parte, quando foi conveniente abrir essa frente de batalha.

    Reitor(es), não é vergonha nenhuma mudar de opinião, conforme interessa abrir (ou não) frentes de batalha contra o PS.

    A mim o que me custa é, em mais um espaço, os professorzecos se tornarem peões de interesses que os desprezam.

    Bom Natal, sincero.

    A mim as discórdias não perturbam os afectos...

    Abraços(s), pois estou convencido que não estou a escrever para uma única pessoa (ou personalidade).

    (aquela rematada parvoíce sobre a URSSnão pode vir de quem escreveu diversos posts neste blogue, não se explica por cansaço ou algo assim, é "estilo" corporativo ou jugular em tons laranja)

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