domingo, 28 de fevereiro de 2010

Senhoras e Senhores Professores. Não Se Deixem Enganar

Por funcionários públicos que andam à gola do Estado há mais de 30 anos. Como estes, estes (que, ainda por cima, parece que não existem. Uma espécie de mortos-vivos por certo) e mais este e todos os que são como eles.
Só quem se lambuza à mesa do orçamento há décadas é que pode pedir aos professores para fazerem uma greve quando, ainda há cerca de um mês, os mesmos cumprimentavam a Ministra da Educação e exultavam com a assinatura de um "histórico" acordo.
Pode haver professores a pedir uma greve pela "abolição das quotas na avaliação de desempenho" e "por um modelo de avaliação que não se torne um inferno para as escolas e para os professores". Os milhares que foram avaliados em Dezembro e vão ter de ser avaliados novamente este ano têm razões para o fazer.
Mas, nem os sindicatos que assinaram o acordo histórico, nem os professores que com ele concordaram, deveriam apelar à greve da função pública, ainda por cima pelos mesmos motivos que os levou a assinar o acordo. Fica-lhes muito mal. Especialmente por serem a nata da esquerda (um sorriso alçado). E depois querem que os portugueses os levem a sério.
Vão trabalhar malandros...

Reitor

6 comentários:

  1. Por todos esses motivos (que subscrevo) desta vez não faço greve. Vão enganar outro!

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  2. Se não faz greve, é porque está satisfeito com a actuação do Governo socretino perante a Administração Pública. Tenha bom proveito do seu dia de salário

    Um Subordinado do Reitor

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  3. Pois.
    Eu desisti de dar benefícios da dúvida a quem, ao que parece, concordou com esta greve quando batia palmas ao 2acordo" e dizia cá para fora que era a porta para conseguir novas conquistas negociais.
    Não sei se fui ingénuo
    Pelo menos 2expectei".
    Agora descolei.
    De vez.

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  4. Caro anónimo das 16h20. Fique sabendo duas coisas: primeiro, não é por estar insatisfeito com o Governo que faço o jogo do Governo, pelo contrário, nunca faria esta greve, precisamente, porque estou contra o Governo e contra os sindicatos que lhe deram a mão. Segundo, não recebo salário, vivo de rendimentos.
    Ah! Antes que me esqueça, sou Reitor mas não tenho subordinados.

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  5. Não fazer greve significa dizer aos sindicatos que não manipulam a seu bel-prazer. Traíram a classe por motivos político-partidários e agora vêm com a greve?

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  6. Anónimo, percebeu muito bem que a nossa insatisfação é com os sindicatos (além de que também com o governo) que há muito esqueceram o que é a democracia e a representatividade. Não andamos a reboque nem dos seus caprichos nem dos seus interesses. Se os sindicatos querem ter credibilidade que actuem para a merecer.

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