segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Conselho das Escolas Pede Esclarecimentos à Ministra. A Ministra Esclarece.


O Paulo fez um apelo lancinante às "fontes disponíveis" do Conselho das Escolas para que dessem notícia de uma reunião semi-clandestina realizada na semana passada.
Uma fonte ouviu o seu apelo e ontem teve a resposta em forma de memorando. Graças a Deus.

Um memorando oco de conteúdo, diga-se. De quem mede as palavras para não se comprometer com nada, cheio de redondilhas e de meias-tintas, não vá o Walther mandar o escriba desmentir-se.
Mas, mesmo assisim, um memorando revelador...

1. Avaliação do desempenho docente
1.1 A entrega de ficha de auto-avaliação decorre da prévia apresentação de objectivos individuais para que se possa proceder à avaliação do desempenho.
Pois, pois, "decorre"... Mas pode o PCE esclarecer-nos se é ou não é possível avaliar os professores sem a entrega prévia de objectivos?) Obrigado.

1.2 Compete às escolas, no âmbito da sua autonomia, resolver os problemas que possam surgir na operacionalização da avaliação, sem prejuízo da aplicação do quadro legal vigente.
Ou, simplesmente, cada escola faz o que quer e como quer desde que avalie os professores e respeite as quotas. Certo?. Ou, noutra versão: As escolas devem resolver todos os problemas da avaliação dos professores. P.f. Não nos chateiem.

1.3 Não existe qualquer enquadramento legal para a transferência de quotas entre subgrupos de avaliados
Não há mais mama. O seio secou.

1.4 O modelo de avaliação do desempenho docente será ajustado em Agosto, conforme memorando de entendimento.
Se for aprovado em Agosto um modelo mais favorável, será esse que vale, perceberam?

1.5 Será publicada, oportunamente, legislação referente à avaliação dos Presidentes e Vice-Presidentes dos Conselhos Executivos.
Os Presidentes e vice-Presidentes do Conselho Executivo não precisam de avaliação para mudarem de escalão! Chiu. Não é para se dizer...

Foi solicitado que os resultados da avaliação do desempenho do presente ano não contabilizem para efeitos de concurso.
A avaliação deve ser a brincar! Só brincando é que o P.S. poderá não perder 1.000.000 de votos.


Certamente, o conselheiro e membro do CCAP, Fernando Elias, subscritor do Comunicado Final do Encontro de Presidentes dos Conselhos Executivos, no dia 7 de Fevereiro, em Coimbra, teve oportunidade de dizer à Sra. Ministra que:

1 - na legislação publicada, não figura nenhuma referência à obrigatoriedade de entrega dos mesmos pelos docentes, nem à sua fixação pelo Presidente do Conselho Executivo;
2 - os objectivos constantes no projecto educativo e no plano anual de actividades da Escola são referência adequada, em si mesmos, à avaliação de desempenho docente.

E outros conselheiros houve que ajudaram o prof. Fernando Elias a mostrar a sua indignação pela interpretação restritiva e abusiva da legislação, por parte da Sra, Ministra e do Sr. Presidente do Conselho, non es verdad?
Reitor

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