terça-feira, 17 de março de 2009

Intolerável Segregação Racial

Desde ontem que os meios de comunicação não falam noutra coisa: o escândalo de Barqueiros (lembram-se da localidade dos caulinos?). A Junta de Freguesia veio denunciar que, na Escola Básica de Lagoa Negra, há 17 crianças ciganas que têm aulas num contentor, separadas dos restantes alunos.
Um escândalo, uma indignidade e um crime de segregação racial. Praticado por quem já provou ter sérias incompatibilidades com os mais básicos princípios de convivência social, de respeito pela lei e pelos mais básicos direitos do Homem em Democracia.
E não adianta à especialista em educação vir dizer que se trata de discriminação positiva quando, todos vemos, se trata de segregação étnica. De apartar ciganos do convívio com os restantes cidadãos. E, tanto mais grave, quanto são os mesmos pedabobos do eduquês e da escola inclusiva a excluir crianças e jovens do convívio educativo. Safados.
E não adianta nada ao Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, ou melhor à Alta Comissária Rosário Farmhouse vir dizer que se trata de "um caso intermédio de integração" uma vez que que a decisão desta segregação foi tomada em conjunto com os pais.
Não lhe adianta nada porque não somos estúpidos e sabemos bem que Rosário Farmhouse pura e simplesmente foi candidata a vereadora na lista de PS à Câmara de Lisboa. Coincidência, por certo.

Adenda: Para além de segregarem, mentem compulsiva e descaradamente:

O secretário da Junta de Freguesia de Barqueiros, António Cardoso, garante que o comunicado da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) sobre a concentração de alunos ciganos numa só turma na escola EB1 de Lagoa Negra, Barcelos, “é uma farsa”. O autarca põe em causa o acordo que a DREN afirma ter estabelecido com matriarca da comunidade cigana que, entretanto, também já hoje lhe desmentiu este entendimento.
“A senhora directora mentiu descaradamente”, sublinha o autarca

Reitor

3 comentários:

  1. Mas que chorrilho de imbecilidades, desculpe que lhe diga. Se calhar se o senhor ou a sua família tivessem de gramar com os "anjinhos discriminados", ou melhor, membros de uma raça (whatever that means) que se coloca à margem da nossa sociedade e dos nossos valores (incluindo de toda e qualquer lei nossa, desde a CRP até meras leis ordinárias, tirando se lhes forem proveitosas, aqui sim são parecidos com os Portugueses propriamente ditos), talvez já não escrevesse a quantidade de asneiras pseudo-liberais (no sentido político, claro está) que aqui escreveu.
    Quem se mete à margem propositadamente e não quer jogar nosso jogo, então que por lá fique, se se quiser juntar a nós pois que venha mas respeitosamente, caso contrário é porrada em cima.
    Considero ainda que esta integração forçada de quererem juntar estas crianças com as crianças ditas "normais" é uma forma de totalitarismo cultural. É o meu ponto de vista, o de alguém que lidou muito perto com o dito povo romani e não está enfiado em doutrina bafienta nem em comentário político de chavões.
    No ponto de vista desta gente, os seus direitos fundamentais a existir, na sua óptica de organização social, são é claramente violados por estes "integracionistas" à força.
    E do que conheço sobre os ciganos, dos quase 6 (seis) anos que com eles convivi, quero distância, e muita de preferência. Quer destes selvagens cobardes, quer de pseudo-académicos mais desactualizados do que polainas.
    Concluindo, segregação? Do meu lado, não me importo nada, até aplaudo. Do outro lado, parece que pelos vistos até gostam, só frente à televisão é que a filharada chora. Pelas costas, choram os nossos filhos quando ficam sem telemóveis, relógios, almoço, etc.. Haja paciência!


    Atenciosamente e bem haja,


    J. Canivetes

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  2. Senhor Canivetes.
    Duas coisinhas:
    1 - Não foram os ciganos que se colocaram à margem da sociedade barqueirense. Foi a escola de Barqueiros e a DREN que os segregaram.
    2- Não percebi o resto da sua prosa. Nem qual o interesse da mesma para o assunto do post.

    Já agora, sabe se o Ministério Público já abriu um processo crime por discriminação racial à escola de Barqueiros e à DREN?
    É que, em qualquer país desenvolvido do mundo ocidental isso já teria acontecido.

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  3. Bonjorno, educacaosa.blogspot.com!
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