terça-feira, 24 de março de 2009

Repetirá Sócrates a maioria absoluta?

Foi com este título que José António Saraiva (JAS) encimou a sua crónica de sábado no SOL.
Não tenho qualquer interesse em discutir as previsões de JAS. Nem em perorar sobre uma suposta, eventual e putativa maioria absoluta do PS. São sinas que não tenho interesse em ler.
Há, contudo, dois disparates que não convém deixar passar em branco, sob pena de os mais incautos pensarem que somos todos farinha do mesmo saco.
Primeiro disparate: compara, por diversas vezes, Cavaco com Sócrates. Vejam uma das pérolas:

Sócrates, no fundo, reedita o estilo de Cavaco – que foi o chefe do Governo com mais tempo no poder desde o 25 de Abril

Segundo disparate: desvaloriza a falta de carácter de Sócrates - Freeport, licenciatura em inginharia, arquitectura de pardieiros, Magalhães deseducativos, etc. fazendo crer que o o ingº Sócrates é um cidadão vertical e honesto como os outros.

Veja-se Mesquita Machado, Isaltino Morais ou Valentim Loureiro. O voto é pragmático – não é ditado por razões morais

Considero estes dois disparates ofensivos de todos os portugueses. Comparar um homem impoluto e sério como Cavaco, sobre quem nunca ninguém apontou a mais pequena mácula -com um indivíduo que tenta fazer-se passar por aquilo que não é, que obteve uma licenciatura numa universidade de ocasião, por fax e ao domingo é escandaloso, para não dizer que é Alzheimer. O ingº Sócrates tem atrás dele uma incomparável história de aparência e mentira. MENTIRA, FALSIDADE, SIMULAÇÃO, MEIA-VERDADE, são as expressões que hão-de acompanhar as referências históricas portuguesas destes últimos 4 anos.
Desvalorizar os estranhos casos de duvidosa legalidade acima referidos não é mais que tentar limpar nódoas negras com água singela.
Basta dizer isto: Brown, Obama, e qualquer outro líder de um país desenvolvido ter-se-ia demitido por metade do que se disse do caso Freeport.
Comparar Sócrates e Cavaco é piada para o 1 de Abril, que ainda vem longe.
Reitor

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