O Primeiro-ministro engoliu uma cassete. Repete à saciedade que é necessária a avaliação dos professores. Ora, nunca ninguém, muito menos os professores, disse ou diz o contrário.
As intervenções de Sócrates sobre o assunto, simplistas e repetitivas, vão sempre no mesmo sentido: (1) os professores não querem ser avaliados; (2) a avaliação é importante para o futuro da educação.
A técnica é por demais conhecida dos profissionais da Propaganda e Sócrates, nesse aspecto, bebe de mestres: repetir, até à exaustão se necessário, uma ideia simples, aparentemente lógica e sensata. A técnica do martelamento produz junto dos mais incautos e/ou menos informados resultados favoráveis para o seu emissor, sobretudo, se este gozar de prestígio institucional. Quando as características da mensagem são adequadas ao público-alvo a quem se dirige e quando se trata de alegadamente "pôr na ordem", "retirar privilégios" a uma classe supostamente favorecida, fazendo-se assim justiça, então a receita funciona às mil maravilhas.
Note-se que Sócrates nunca se refere aos méritos ou deméritos do modelo de avaliação em causa, às habilidades ou inaptidões de quem o formulou e quis pôr em prática.
Isso, obviamente, não lhe interessa. O que interessa é fazer passar a mensagem de que se tem "sentido de estado" (o que, ainda segundo Sócrates, a toda a sociedade civil parace faltar), que os professores são uns calaceiros e que, contra todos, ele lutará sem desfalecimentos a "bem da nação".
Tal desonestidade intelectual, tal demagogia, tal esperteza saloia são lamentáveis.
Diria mais: EXECRÁVEIS.
Director-geral
Meu caro direktor-geral, que mais pode fazer um ser execrável do que actos execráveis? Quanto a avaliação nisso, reconheçamos, o homem é um ás, cadeiras feitas exames feitos por fax e notas lançadas aos domingos é obra...
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