segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O que verdadeiramente deve preocupar os portugueses

«O Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem, mas o objectivo não é informar (...) é enganar-nos ou distrair-nos», numa «estratégia de manter aparências, de esconder os fracassos e de iludir os portugueses sobre a real dimensão dos seus problemas».

Os que «sabem que isto não vai bem», «não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite», acusou, apontando a «administração pública, a vida económica e o associativismo» como exemplos do «clima anti-democrático»

Apontando um exemplo concreto da «escandalosa operação mediática feita pelo Governo para calar os alarmes», Manuela Ferreira Leite falou de uma operação policial realizada em Loures «destinada a passar em directo na televisão», no terreno
«tristemente emblemático de bairros problemáticos». «Como é possível que o ministro da Administração Interna» sacrifique «a um momento mediático a necessária pacificação e acalmia nas zonas de maior tensão?»

Veja-se também Aqui e Aqui, o soberbo artigo que Pacheco Pereira escreveu no PÚBLICO "O QUE FAZ FALTA: ESCRUTÍNIO, TÓNUS CRÍTICO, CRÍTICA".

E concluiremos, rapidamente, que as nossas preocupações de hoje devem dirigir-se mais para a qualidade da nossa Democracia e para o grau de Liberdade de que usufruímos e não tanto para o estado da Educação.

Portugal vive um momentum histórico de claustrofobia cívica em que a verdade, a honradez e o decoro já nada valem. Ou melhor, valem tanto como o seu oposto.
E qualquer dia levam-nos a liberdade...

Reitor

1 comentário:

  1. "Oh senhor guarda, vá-se embora!", gesticulava o Presidente Mário Soares para fora de um autocarro. O Presidente queria provar que viviamos num falso oásis cavaquista, e que a simples tarefa de um trajecto casa-emprego era um martírio diário.

    Os governos são sempre manipuladores.

    Por isso a Comunicação Social pode ser um 4º Poder, "checkando" sistematicamente a actividade governativa, confrontando os propósitos governamentais com as respectivas realizações.

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