sábado, 20 de setembro de 2008

Em Fafe Ninguém Fanfa

No JN de 5ª feira foi publicada uma preocupante notícia que fez soar as campainhas, desde aqui até aqui.
Por sinal uma aluna disléxica, por mero acaso filha de uma professora, recorreu das classificações sofríveis que obteve nos exames de Biologia e Geologia e Físico-Química e arrancou dois dezanoves, os quais lhe permitirão, certamente, entrar em Medicina.

"Na prova de Física e Química passou de 9,8 para 18,9 enquanto na prova de Biologia e Geologia a nota de 11,6 transformou-se em 19"

Há por aí muitos profissionais da educação que se perguntam a si próprios: como é possível uma diferença nos critérios de avaliação das provas de exame de que resultam discrepâncias de 9 valores entre a correcção e o recurso?
Este fenómeno até poderia ser explicado da mesma forma que foram explicadas as subidas astronómicas das taxas de sucesso nas provas de Matemática e de Aferição: as melhorias verificadas deveram-se ao trabalho dos professores e das escolas. E nós acreditaríamos facilmente...

No entanto, problema é outro e a explicação oficial terá de ser também outra.
Pelo que se diz no jornal, há 3 anos o irmão desta aluna também recorreu das classificações sofríveis que obteve nos exames. E as classificações subiram tanto que, hélas, o menino entrou em Medicina.
Obviamente, como os professores e as escolas não se esforçavam nem trabalhavam tanto há três anos atrás como o fazem hoje, o mano não poderia ter tirado tão boas notas.
A explicação é outra e, como as grandes coisas, muito simples e até corriqueira: As notas dos exames sobem quase para o dobro após os recursos porque Fafe é uma terra prodigiosa.
Só pode ser esta a explicação.
O segredo está na terra. Vamos plantar uns nabos.
Reitor

1 comentário:

  1. era enviar isto para o ministerio, tv, jornal e dren.

    Que injustiça para aqueles que "nao teem pais ricos nem ganharam a lotaria..."

    ResponderEliminar