terça-feira, 31 de março de 2009

"Perguntas"

Mais um texto de antologia de Mário Crespo, no JN.

"Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguido no processo Freeport? Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foram constituídos arguidos e José Sócrates não foi? Como é que, estando o epicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado no Ministério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituído arguido? Como é que, havendo suspeitas de irregularidades num Ministério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a ser objecto de investigação? Com que fundamento é que o procurador-geral da República passa atestados públicos de inocência ao primeiro-ministro? Como é que pode garantir essa inocência se o primeiro-ministro não foi nem está a ser investigado? Como é possível não ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centram em áreas da sua responsabilidade directa? Como é possível não o investigar face a todos os indícios já conhecidos? Que pressões estão a ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalham no caso Freeport? A quem é que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se está a referir? Se, como dizem, o estatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates não é objecto dessa protecção institucional? Será que face ao conjunto de elementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teria já sido constituído arguido? Haverá duas justiças? Será que qualquer outro cidadão não estaria já a ser investigado? Como é que as embaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o caso Freeport? O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal? O que é que dirão da justiça em Portugal? O que é que estarão a dizer de Portugal? Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade do país? Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de José Sócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa? Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido à desconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também? Que efeitos terá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses? Quanto é que nos vai custar o caso Freeport? Será que havia ambiente para serem trocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócrates tutelou? Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê, não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seu conhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar a investigação a bom termo? Como é que a TVI conseguiu a gravação da conversa sobre o Freeport? Quem é que no Reino Unido está tão ultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar? E em Portugal, porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravação quando lhe foi apresentada? E o que é que vai fazer agora que o registo é público? Porque é que o presidente da República não se pronuncia sobre isto? Nem convoca o Conselho de Estado? Como é que, a meio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve a admoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho? Será que José Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta à noite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?

Nota: O Director de Informação da Antena 1 fez publicar neste jornal uma resposta à minha crítica ao anúncio contra as manifestações sindicais que a estação pública transmitiu. É um direito que lhe assiste. O Direito de Resposta é o filho querido dessa mãe de todas as liberdades que é a Liberdade de Expressão. Bem-haja o jornal que tão elevadamente respeita esse valor. É uma honra escrever aqui".


Reitor

segunda-feira, 30 de março de 2009

E a cor dos olhos? E a altura? Será que também podem fazer subir as notas? E descer?

"Atitudes e comportamento dos alunos podem determinar subida de notas"

O Paulo escreveu umas coisas acertadas sobre este assunto, especialmente sobre os pesos, as variações, os círculos e a ginástica pedabógica que se faz para se chegar à nota exacta.
E, vai daí, também tratou de deixar uns engodos para que algum peixe os mordesse. Peixinho, vou pegar na isca devagarinho a ver se não mordo o anzol.

Vivi com todos estes sistemas e nunca deixei de dar a um(a) aluno(a) a nota que achei globalmente justa.

Por isso mesmo quase arrumo na categoria da bizantinice o debate em torno da consideração - e com que peso relativo - das Atitudes e Valores na classificação final de um aluno numa disciplina.

De facto, qualquer professor do ensino básico (no secundário o fenómeno não é tão linear) calcula as notas aos alunos com base nos testes de avaliação: de 0 a 20% (nível 1); de 21 a 49% (nível 2), de 50 a 74% (nível 3); de 75 a 890% (nível 4) e 90% ou mais (nível 5).
De seguida, "pesa a olho" as questões subjectivas e muito raramente registadas: o aluno faz o TPC, é sossegado, é educado, participa nas aulas e actividades, não é demasiadamente extrovertido, etc., etc. (gostei dos dois etcéteras utilizados pelo Paulo) e então se estiver perto dos 40% dá-lhe um 3; se estiver para lá dos 60% pode chegar ao 4 e nos 80 e picos leva 5.
Se o "peso" for negativo (aluno mal comportado, não faz TPC, não participa, não dar graxa, etc., etc.), não sai do sítio: fica com a nota média dos testes.
Também pode acontecer do aluno ser beneficiado pela sua mansidão.
Ou, mais frequentemente, prejudicado por um qualquer "comportamento-mal-definido-mas-que-não-é-objectivamente-do-agrado-do-professor".
Neste caso pode haver chumbo, mesmo que as notas dos testes sejam positivas. Arranja-se sempre uma "atitude" e um "comportamento", dignos de registo no dia tantos de tal, capazes de fazer qualquer velhinha abrir os olhos de espanto! - ai o menino (é comportamento que sai sempre aos meninos) fez isso? Ai se fosse no meu tempo! É uma falta de respeito! Não se admite!
E, curiosamente, estes comportamentos e atitudes que interferem nas notas dos alunos só se sabem, especialmente os comportamentos negativos, na maior parte dos casos, na reunião de avaliação ou na reunião em que os directores de turma os anunciam aos incrédulos pais. - Ah! É que, sabe, o Miguel portou-se mal....
Claro que há professores cada vez mais precavidos e que, ao longo do período, vão semeando umas informações sobre as atitudes e os comportamentos dos alunos não vá virem a ser necessárias...
Também é verdade que os pais dos alunos podem sempre perguntar ao director de turma porque é que os filhos estão a ser avaliados por coisas que os professores não lhes ensinaram previamente à avaliação. Nem constam das matérias a leccionar.
Ou então, porque é o que seu filho há-de ser avaliado na disciplina de Matemática pela atitude, pelo comportamento (que já é penalizado disciplinarmente, note-se) pela forma de ser, pela disposição, pelo olhar, pela sonoridade do riso, pela irrequietude, pela graxa que passa no professor, ou por estar a despertar para o amor com a Carolina, ali na carteira do lado?
Bizantinices, obviamente. Estafada discussão, sem dúvida! Mas, também, "elementos" a mais na avaliação dos alunos.
E, parafraseando o Paulo: que diriam os professores se fossem avaliados pelas atitudes e comportamentos?
Algo me diz que achariam muiiiiiiiiiiiiiiiito injusto!
Reitor

domingo, 29 de março de 2009

Leite, Vacas, ________

Casimiro Almeida. O ex-agricultor, que hoje é número um da Lactogal, declara agora mais de 850 mil euros de rendimentos daquela empresa e 60 mil por ser, ao mesmo tempo, administrador da Proleite.
Segue-se Fernando Mendonça, o patrão da Agros. Neste caso, a Lactogal paga-lhe quase metade, 413 mil euros por ano, mas acrescem 89 mil da PSN Norte, 60 mil da Agros SGPS e 47 mil da Agros. Feitas as contas, são 610 mil euros por ano, ou seja, 43 mil euros por mês.
Os valores não diferem em muito dos pagos aos restantes administradores. Simão Daniel Alves ganha 416 mil euros/ano pela Lactogal, 60 mil pela Agros SGPS e ainda mais 64 mil por duas sociedades participadas. Nos 550 mil euros/ano está Alberto Cardoso. Seguem-se Manuel Gomes e Honorato Ribeiro com vencimentos por ano de 413 mil. Pouco menos recebem Óscar Brandão, José Passinhas e Joaquim Cardoso. O CM não conseguiu, nesses casos, confirmar os montantes exactos

Reitor

Cresce e aparece...



E também podes vir a ser astronauta, garanto-te.
Reitor

Bora lá assinar

A responsabilização dos pais e encarregados de educação pelo comportamento escolar dos seus educandos, pelas suas ausências à escola e consequente insucesso exige mudanças legislativas que efectivamente transformem a escolaridade obrigatória numa obrigação familiar com penalizações reais aos incumpridores.

Reitor

sábado, 28 de março de 2009

Com que então, portuguesas! Despidas...




Parece promissor o lançamento nacional da Playboy, revista masculina líder de mercado mundial. Mónica Sofia faz capa; Pedro Paixão e Nuno Markl escrevem

Reitor

Porque é que...

São os Conselhos Gerais Transitórios que estão a abrir o concurso (e vão eleger) a esmagadora maioria dos Directores das Escolas do país?
Os Conselhos Gerais Transitórios não terminam os seus mandatos até Maio?
Porque será que vão eleger (e impor) um Director para 4 anos a outros?
Intrigante!
Será que tem alguma coisa a ver com a candidatura dos actuais PCEs a Directores?
Será que os PCEs protelam a coisa para não serem os novos (e, eventualmente, desalinhados) Conselhos Gerais a eleger o Director.
É que podem lembrar-se de elegerem outro director. Um que não tenha sido adesivo...
Nã. Não deve ter nada a ver com isso...

Reitor

E ainda dizem que és maluco!

O presidente do Governo Regional e líder do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, afirmou esta sexta-feira que, num País democrático, um primeiro-ministro envolvido em tantas polémicas como José Sócrates já teria sido substituído

Já provaste por bastas vezes que vês mais a dormir do que eles todos acordados...

Reitor

Bem a mereceram

O primeiro-ministro, José Sócrates, e a jornalista Fernanda Câncio receberam uma vaia geral

Esta é ovacionada sempre que sai à rua.

O nosso primeiro-ministro (há próposito nas minúsculas) já é vaiado em público. E não lhe adianta nada a companhia, mesmo que seja a da Fernanda "Olhar de Carneiro Mal Morto" Câncio.
Qualquer dia regam-no com gasolina...

Reitor

sexta-feira, 27 de março de 2009

Comprei um na feira Ladra, numa passagem fugaz. Muito fugaz

Por 140 euros comprei um Magalhães com caixa e tudo na feira da Ladra. No mesmo sítio onde se compram os DVS.
Agora, pelo que leio, fico com a impressão de que cometi uma falha qualquer.

O ministério alerta que, em caso de situações alegadamente irregulares, sejam comunicadas às entidades competentes

Podem, s.f.f., informar-me a quem devo comunicar a compra?
Obrigado?
Reitor

Vitória, disse ele!


O país deve uma medalha a Avelino Ferreira Torres. Depois de tantos anos de perseguição mediática e acusações de vários crimes, o home está inocente.

Só acreditava na justiça Divina e na justiça de Fafe [agressão]. Agora começo a acreditar na justiça dos tribunais", declarou Avelino Ferreira Torres, à porta do Tribunal do Marco, após ter sido absolvido. Ali, esperavam-no alguns populares que gritaram: "Vitória!".

Votem nele outra vez...
Reitor

quarta-feira, 25 de março de 2009

Estafermos Horribilis

Se queres conhecer o vilão, põe-lhe uma vara na mão:

“A oposição está preocupada com os que não cumprem. Com o que vai acontecer aos coitadinhos que não cumprem a lei”, ironizou o secretário de Estado Adjunto e da Educação, acusando a oposição de “irresponsabilidade terrível” ao “induzir” nos professores que as consequências não estão previstas na lei. Pedreira dixit

Não vou à missa da Luísa Mesquita, mas desta vez chegou para a Milú:

“Face à incapacidade dos deputados, importar-se-ia de ler o artigo da lei que torna obrigatório a entrega dos objectivos individuais. E o artigo que diz que o conselho executivo pode substituir o professor na realização desse procedimento”, pediu, por exemplo, a deputada Luísa Mesquita, sem obter resposta.

Reitor

terça-feira, 24 de março de 2009

Não! Que Ideia!

O VL tem falta de homem para assumir as suas próprias responsabilidades. A culpa é das escolas. Bandido. Venha a Milú.
Reitor

Repetirá Sócrates a maioria absoluta?

Foi com este título que José António Saraiva (JAS) encimou a sua crónica de sábado no SOL.
Não tenho qualquer interesse em discutir as previsões de JAS. Nem em perorar sobre uma suposta, eventual e putativa maioria absoluta do PS. São sinas que não tenho interesse em ler.
Há, contudo, dois disparates que não convém deixar passar em branco, sob pena de os mais incautos pensarem que somos todos farinha do mesmo saco.
Primeiro disparate: compara, por diversas vezes, Cavaco com Sócrates. Vejam uma das pérolas:

Sócrates, no fundo, reedita o estilo de Cavaco – que foi o chefe do Governo com mais tempo no poder desde o 25 de Abril

Segundo disparate: desvaloriza a falta de carácter de Sócrates - Freeport, licenciatura em inginharia, arquitectura de pardieiros, Magalhães deseducativos, etc. fazendo crer que o o ingº Sócrates é um cidadão vertical e honesto como os outros.

Veja-se Mesquita Machado, Isaltino Morais ou Valentim Loureiro. O voto é pragmático – não é ditado por razões morais

Considero estes dois disparates ofensivos de todos os portugueses. Comparar um homem impoluto e sério como Cavaco, sobre quem nunca ninguém apontou a mais pequena mácula -com um indivíduo que tenta fazer-se passar por aquilo que não é, que obteve uma licenciatura numa universidade de ocasião, por fax e ao domingo é escandaloso, para não dizer que é Alzheimer. O ingº Sócrates tem atrás dele uma incomparável história de aparência e mentira. MENTIRA, FALSIDADE, SIMULAÇÃO, MEIA-VERDADE, são as expressões que hão-de acompanhar as referências históricas portuguesas destes últimos 4 anos.
Desvalorizar os estranhos casos de duvidosa legalidade acima referidos não é mais que tentar limpar nódoas negras com água singela.
Basta dizer isto: Brown, Obama, e qualquer outro líder de um país desenvolvido ter-se-ia demitido por metade do que se disse do caso Freeport.
Comparar Sócrates e Cavaco é piada para o 1 de Abril, que ainda vem longe.
Reitor

Jogada de Antecipação

Estavam os 180 PCEs a pensar constituir uma Associação de Directores de Escolas e Agrupamentos e eis senão quando, dos territórios menesistas, surge, assim, de rompante, qual fénix renascida, a ANDAEP.
Andai lá carago.


Caro(a) Colega Presidente/Director(a):

Há muito que se tenta criar uma associação de direcções executivas de escolas. E não foi por vontade insuficiente que se ficou pelo caminho até 2007, ano em que um grupo alargado de presidentes das escolas de Vila Nova de Gaia se organizou na elaboração de uns estatutos que respondessem ao papel que cabe ao gestor, sem descuidar, com muita clareza, a independência, mas também a cooperação com outras entidades.

Considerando a enorme responsabilidade que o futuro director terá no exercício das suas funções e a nova realidade criada com a aplicação do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, entendemos formar legalmente a Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), cujos estatutos se orientam pelas seguintes finalidades:
1. Actuar, em representação dos associados, no sentido de assegurar condições adequadas de exercício das actividades de direcção e gestão das escolas públicas.
2. Auscultar as opiniões e pontos de vista dos seus membros, dando-lhes expressão sobre matérias educativas e organização das escolas públicas.
3. Fornecer informação e orientações para o acompanhamento e apoio de todos os membros no desempenho de funções de direcção e gestão de escolas públicas, incluindo apoio jurídico aos seus associados.
4. Fornecer serviços de apoio ao desenvolvimento profissional dos seus membros.
5. Contribuir para elevar a qualidade de desempenho das escolas públicas portuguesas.
6. Constituir-se como organização co-liderante em matérias educacionais e parceiro nas discussões e decisões relativas a políticas educativas nacionais.

Acresce um pormenor importante: a formalização da Associação fica suspensa até ao dia 27 de Março de 2009, para que possa ser iniciada pelo maior número possível de sócios, sendo que, nesta data, conta já com presidentes de todos os distritos do país.
Os colegas interessados em subscrever os estatutos da ANDAEP, nesta primeira fase, devem manifestá-lo, via “e-mail” para o endereço
andaep@gmail.com.
A organização da ANDAEP

Vejam a prosa da "organização" desta associação.
Vejam o pormenor importante de já haver e-mail e de a "formalização da Associação" ficar suspensa até 27/03/2009.
Mais uma lança da Margarida "Popota" Moreira e, dada a sede da Associação, também se ouvem alguns latidos de pequeno caniche.
Vamos esperar para ver o quer acontece na próxima 6ª feira, dia 27/03/2009, para além, claro está, do gato continuar a miar, o cão a ladrar e o sacana do pardal que está a fazer ninho no meu algeroz, fazer a cagada das 7 da manhã sobre o parapeito da janela do meu quarto.
Em terra de cegos...

Reitor

segunda-feira, 23 de março de 2009

Estranha Coincidência, Estratégia Bacoca ou Submarino Pouco Stealth

Ontem deixei aqui um poste sobre a reunião dos 180 PCEs.
E disse que via sinais que mostravam uma sensível alteração estratégica no posicionamento destes PCES: não só têm vindo a recuar, indiscutivelmente, com têm alterado o seu posicionamento.
Custa-me criticar os PCEs que se têm erguido contra as estapafúrdias e bacocas medidas educativas socialistas. Alguns deles não merecem a crítica, antes pelo contrário, merecem o meu aplauso e o aplauso de todos os professores do país. No entanto…
Vejam bem o que diz, ou não diz, a declaração de Lisboa, aprovada por unanimidade:
1 - Os PCEs manifestam-se preocupados com a escola pública
Uma não preocupação, uma redundância subscrita pela esmagadora maioria dos portugueses

2- Acham que, nesta legislatura, é capaz de não ser possível construir um [novo] modelo de avaliação.
Obviamente, qualquer aluno do 2º ciclo sabe isso

3- Confirmam-se as objecções e reservas que levantaram em relação ao modelo e ADD.
Apenas objecções e reservas? Mas, então, os PCEs não estavam contra o modelo de ADD? Parece que estão a passar de uma posição de rejeição para uma posição de aceitação com reservas e objecções. E, nestas coisas, o que parece é.

4- Pelo que interpretam, a lei não os obriga a aplicar medidas arbitrárias que possam, de alguma forma, prejudicar os docentes. Significa isto que, se as DRENES deste país enviarem um oficiozeco ou o Valter assinar mais um despacho, bem, aí… Bem, aí já haverá lei, já estará preto no branco. E, neste caso, já se podem aplicar medidas arbitrárias que possam penalizar os professores? É isto que querem dizer?
E que medidas arbitrárias? Não contagem do tempo de serviço? Não progressão na carreira? Perda de ordenado? Processo disciplinar? Demissão? Ou será que entendem como medida arbitrária a obrigação de se vestirem de entrudos no Carnaval de 2010? Ou a arbitrariedade está em apartar jovens consoante a raça?
Porque não dizem ao que vão? Porque se põem com estas coisinhas murchas?
Até parece que estão a dar margem ao ME para pôr na lei as medidas que se vão lançando no DN e no JN, através de simpáticas entrevistas… E, na educação, o que parece é.

5- Estão disponíveis (totalmente!) para contruir um novo modelo de avaliação!
Bem, os professores vão precisar de uma novo inimigo a partir de Setembro. Porque não os PCEs?

Mas, há mais um dado curioso. Vejam que os porta-vozes também têm mudado de encontro para encontro: primeiro foi a Rosário “Alegre” Gama (estilo bulldozer), depois apareceu uma senhora professora de Santarém (british style), depois a girassa da Escola Rainha D. Amélia (voz melodiosa, de embalar) e agora foi o professor Fernando Elias, PCE do agrupamento de Escolas de Colmeias (Sim, esse mesmo, o das refeições macrobióticas, de que já aqui falamos).
Nada mal, dirão as senhoras PCE. O sujeito também tem bom aspecto.
No entanto, objectivamente, o Governo não tem perdido com a alteração dos porta-vozes destes PCEs. Antes pelo contrário.
Que sinal é este? Que nos querem dizer os PCEs ao escolherem para porta-voz um homem que publica livros sobre a aplicação deste ADD e que é membro do CCAP produzindo recomendações para as escolas – para os PCEs presentes – aplicarem ESTE modelo de ADD?
Neste mar de PCEs ainda não se vê nenhum periscópio mas até parece que...
Deve ser apenas um enorme erro de casting. ..
Só espero que os PCEs não escolham para seu porta-voz o distinto Álvaro Almeida, Presidente do Conselho das Escolas...



Reitor

domingo, 22 de março de 2009

Desta Toca Já Não Espero Grande Coelho

Dezenas de Presidentes de Conselhos Executivos têm vindo a realizar encontros de contestação ao modelo socretino de avaliação dos professores. Deus os tenha.
Ontem reuniram cerca de 180 para, novamente, tomarem posição sobre a avaliação dos professores e sobre uma associação de directores. Bem hajam.
Foi esta sua tomada de posição, pello que se sabe por unanimidade:

Os Presidentes dos Conselhos Executivos reunidos em Lisboa, continuam a manifestar a sua preocupação na defesa da Escola Pública. A não suspensão do modelo em vigor, proposta em ocasiões anteriores é susceptível de inviabilizar, no espaço da actual legislatura, a construção de um sistema de avaliação de desempenho docente digno e justo.
Conforme assinalámos a seu tempo, a aplicação em curso do modelo de avaliação esgota-se num conjunto de procedimentos de natureza administrativa que não cumprem os princípios e finalidades da avaliação do desempenho dos docentes.
As objecções e as reservas anteriormente manifestadas em relação ao modelo de avaliação estão, assim, a ser confirmadas na prática.
Neste quadro de análise, a leitura da legislação no que respeita à entrega dos objectivos individuais, determina a recusa, pelos Presidentes dos Conselhos Executivos, da adopção de medidas arbitrárias que possam, de alguma forma, penalizar os docentes.
Os Presidentes dos Conselhos Executivos aqui presentes reafirmam a sua total disponibilidade para contribuir na construção de soluções de avaliação do desempenho docente sérias, credíveis e justas.
Por considerarem importante promover a uniformização de medidas – já de si ferida pela adopção diferenciada de procedimentos nos Açores e na Madeira – entendem ser indispensável divulgar e fazer subscrever junto de todas as escolas do País a posição aqui assumida.

Há quem veja nesta tomada de posição, fortes sinais de luta e de vitalidade dos PCEs e quem seja mais céptico e veja um recuo. Atirar a coisa para trás das costas, como diz o Guinote.
Também sou de opinião que o texto contém muitos mais sinais de precaução e de cautela que de afirmação e coragem. E que a precaução em demasia é favorável à aplicação do modelo socretino de avaliação dos professores. E que a excessiva cautela pode não resultar apenas do facto de os PCEs quererem atirar a coisa para trás das costas, nem apenas de receio. É que nestes 180 PCES também haverá alguns com tef tef (para quem não saiba, os PCEs também têm um orifício ao fundo das costas).
Há sinais óbvios que indiciam uma alteração estratégica no posicionamento destes PCES e que deve merecer mais atenção: note-se que em Santarém começaram por colocar em cima da mesa a demissão, em Coimbra recuaram para uma posição mais elevada: já não estava em causa a demissão (isso era deixar os professores, coitados, abandonados à sua sorte!!!!) mas sim uma forte oposição ao modelo de ADD e um esclarecimento sobre a não necessidade de entraga OIs. Agora, em Lisboa, que decisões tomaram?
Criam ou não uma associação?
- Fica para mais tarde
Rejeitam liminarmente o actual simplex de avaliação? Aceitam-no com reservas? Aceitam-no sem reservas?
- "As objecções e as reservas anteriormente manifestadas em relação ao modelo de avaliação estão, assim, a ser confirmadas na prática"
Vão aplicar medidas disciplinares aos docentes que não entregaram OIs?
- Nada diz no comunicado
E que se propõem fazer no futuro?
- Estão totalmente disponíveis para ajudar a construir um modelod e ADD justo e credível.

Alguém pode considerar isto um avanço? Uma posição de força? Um alento para aos professores? Uma mais-valia para as Escolas e a Educação?
E a condenação ao apartheid de Barqueiros?
E a condenação das palavras da Ministra ao transferir para eles a odiosa acção de abrirem processos disciplinares aos professores que não entregaram OIs?
E a crítica severa à confusão criada pelo Governo em torno da entrega/não entrega de OIs?
E a denúncia dos procedimentos ilegais que o Governo e as DRENs querem que as escolas executem?
E a denúncia à absoluta arbitrariedade associada à aplicação da ADD nas escolas do país?
E a crítica firme aos objectivos do Governo que, para poder dizer que avaliou os professores, não teve pejo em criar mau ambiente nas escolas, em perturbar o desenvolvimento do ano lectivo e perder tempo e recursos com a aplicação de uma avaliação de professores inconsistente, inexequível, remendada, enfim, estúpida?
E a denuncia ao prejuízo efectivo que este Governo está a causar à Escola Pública (a privada está em sossego), a qual, precisamente, ele próprio diz defender?
A estes quesitos, NADA.
Tenho pena
Reitor

sábado, 21 de março de 2009

Muito Poder, Muita Massa, Muitos Adjuntos...

Ao passar perto das rotativas de um sítio que cá sei, dei com este projecto de despacho abandonado sobre a mesa de apoio. Mais uma jóia valteriana que deve estar para ser publicada.
Ora vejam:
Adjuntos Do Director





Happy birthday mrs. Director, happy birthday to you........

Reitor

sexta-feira, 20 de março de 2009

Preocupante Inversão de Marcha, Demasiada Proximidade do Lume ou Indesculpável Ingenuidade?

O Paulo já falou deste assunto aqui e aqui.
A PCE da Secundária rainha Dona Amélia, de Lisboa, Isabel Guê tem sido, nos últimos tempos, a porta-voz dos 212 PCEs. E tem feito intervenções claras, concisas e pertinentes. Tenho gostado de a ouvir.
Isabel Guê é, também, uma das organizadoras da reunião de PCEs, amanhã, em Lisboa, no Teatro Aberto.

Depois de uma audiência com o CNE veio prestar, entre outras, as seguintes declarações:

"Apesar de não ser o modelo que precisamos, já abrimos mão disso, vamos ser pragmáticos e não vamos incorrer em algum incumprimento".

Estas declarações são fatais para o movimento de PCEs contra o modelo de avaliação em curso.
E poderão esvaziar o próprio movimento de PCEs.
E traduzem uma descrença nos esforços que se estão a fazer pela via da contestação legal.
Que os PCEs não podem incorrer em incumprimento de lei, percebe-se.
Que abram mão de combater, por todos os meios legais, políticos e mediáticos o modelo de avaliação dos professores é que não se compreende.
Nem se compreende que não denunciem o simulacro, a injustiça, a arbitrariedade e a impossibilidade de se avaliar o desempenho profissional dos professores com um pedaço de uma manta velha e rota.
As escolas e os PCEs NÃO precisam deste modelo de avaliação, antes pelo contrário.
As escolas e os PCEs devem ser pragmáticos e, se até Julho o modelo tiver de ser aplicado, aplicá-lo com pragmatismo, não permitindo que os chico-espertos do costume - e que já entregaram os objectivos - se governem na confusão. Leiam o manual que ainda está actual.

Reitor

Este é que é um problema grave. Gravissímo!

Vera Fischer está fechada ao amor
“Não faço sexo há dois anos e não sinto falta”


A fama é de bomba sexual, mas, entre quatro paredes, a actriz brasileira Vera Fischer é do mais calmo que há. "Nunca fui muito sexual. Nunca fui muito de ‘transar’, nem quando era jovem ou estava casada. Há dois anos que não faço sexo. E não sinto falta nenhuma", revelou a actriz, numa entrevista à revista brasileira ‘Quem’

Reitor

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tenham Paciência. Não Tomem Drogas. Não se Desgastem. A Bonança Vem a Caminho

Na DREN, conhecem bem o jeito desta educadora de infância de formação, ex-líder da JS-Porto e antiga adjunta do ministro Augusto Santos Silva, na Educação. Vários funcionários e até ex-funcionários da DREN admitiram fazer declarações sobre ela à VISÃO. Mas, nos dias seguintes, sucederam-se telefonemas a pedir o anonimato "por receio de represálias", num ambiente "de bajulação e bufaria instalado e incentivado".
O servilismo, dizem, só se nota em relação aos grandes poderes e influências no PS "que ela sabe serem-lhe úteis". Várias pessoas abandonaram a DREN, forçadas ou desgastadas, algumas sob forte medicação.

Reitor

“O PS já ocupa todos os altos cargos públicos, faz lembrar o Zeca Afonso: ‘eles comem tudo’”

No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada
Vêm embandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada

Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada [bis]

A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas

São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei.

Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada

Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada

Reitor

Critérios Editoriais ou Como Utilizar Recursos e Bens Públicos para Fazer Propaganda Política

O M.E. e as suas dependências marginais utilizam os bens e os recursos públicos para propagandear as suas políticas. Para informar os portugueses, dizem eles.


Ele são desmentidos a artigos nos jornais ou divulgação de decisões dos tribunais favoráveis ao ME.


Podiam também ter divulgado esta:

Avaliação. Foi ganha pelos sindicatos a primeira batalha jurídica contra o ministério: o
tribunal aceitou uma das quatro providências cautelares contra a notificação dos professores pela não entrega de objectivos individuais. Fenprof diz que escolas vão ter de classificar mesmo quem só fizer auto-avaliação

Impostores.
Reitor

terça-feira, 17 de março de 2009

Intolerável Segregação Racial

Desde ontem que os meios de comunicação não falam noutra coisa: o escândalo de Barqueiros (lembram-se da localidade dos caulinos?). A Junta de Freguesia veio denunciar que, na Escola Básica de Lagoa Negra, há 17 crianças ciganas que têm aulas num contentor, separadas dos restantes alunos.
Um escândalo, uma indignidade e um crime de segregação racial. Praticado por quem já provou ter sérias incompatibilidades com os mais básicos princípios de convivência social, de respeito pela lei e pelos mais básicos direitos do Homem em Democracia.
E não adianta à especialista em educação vir dizer que se trata de discriminação positiva quando, todos vemos, se trata de segregação étnica. De apartar ciganos do convívio com os restantes cidadãos. E, tanto mais grave, quanto são os mesmos pedabobos do eduquês e da escola inclusiva a excluir crianças e jovens do convívio educativo. Safados.
E não adianta nada ao Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, ou melhor à Alta Comissária Rosário Farmhouse vir dizer que se trata de "um caso intermédio de integração" uma vez que que a decisão desta segregação foi tomada em conjunto com os pais.
Não lhe adianta nada porque não somos estúpidos e sabemos bem que Rosário Farmhouse pura e simplesmente foi candidata a vereadora na lista de PS à Câmara de Lisboa. Coincidência, por certo.

Adenda: Para além de segregarem, mentem compulsiva e descaradamente:

O secretário da Junta de Freguesia de Barqueiros, António Cardoso, garante que o comunicado da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) sobre a concentração de alunos ciganos numa só turma na escola EB1 de Lagoa Negra, Barcelos, “é uma farsa”. O autarca põe em causa o acordo que a DREN afirma ter estabelecido com matriarca da comunidade cigana que, entretanto, também já hoje lhe desmentiu este entendimento.
“A senhora directora mentiu descaradamente”, sublinha o autarca

Reitor

É já no Sábado



Reitor

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sapateiro Não Toca Rabecão


Mais uma vírgula indelicada entre o sujeito e o predicado. Tirem lá a vírgula, senhores Directores-gerais-responsáveis-pelas-coisas-do-ensino-das-crianças. Estará todo o ME a ficar contagiado por uma espécie de Margaridite aguda? Ela é que sabe!
Ah! Já agora que têm de corrigir a "Declaração", corrijam também o outro erro de semântica: as acções de formação não são presenciais ou não presenciais. O que pode ser presencial ou não é o regime de frequência da acção. Pelo menos foi assim que me ensinou a D. Josefina, minha professora primária que, já na altura, era muito velhinha.
Reitor

quarta-feira, 11 de março de 2009

Para o ano que vem vais participar no carnaval de Paredes de Coura

"Sendo certo que muitos professores não se aceitam (sic), o uso dos alunos nesta atitude inaceitável (sic), acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores e de toda uma população que muito tem orgulhado (sic) o nosso país pela valorização que à escola tem dado (sic)." Margarida Moreira, directora regional de educação da região Norte.

"E na salvaguarda primeira das obrigações da escola - cumprir a sua missão de processos de socialização (sic) e de aprendizagem para os alunos (sic), razão central porque definiu as actividades de Carnaval (sic) nos documentos de acção educativa.", Margarida Moreira dixit

Estava tu, Margarida, a perorar sobre o bom nome das escolas que estão sob a tua sábia batuta e, sobretudo, sobre a razão central porque algumas delas definem o Carnaval como actividade escolar e educativa. Passados alguns segundos, sem contares e à falsa fé, o Eduardo Bastos resolveu dar um traque. Um senhor traque que acordou a terra inteira.

Preocupada em defenderes os interesses das criancinhas e o bom nome da população - como é teu timbre - foste a correr cobrir, sim, cobrir com o teu manto, o Eduardo Bastos de Paredes de Coura que comprou uma farda nova para o filho estrear no Carnaval e estava a ver que ninguém a gabava. Faça-se o Carnaval, ordenaste.
E que ganhaste tu com a diligência? Nada.
Incomodaste a Terleira, puseste mais umas dezenas de professores contra a Milú, permitiste que os portugueses vissem alguns professores de Paredes de Coura amordaçados. Enfim, em pleno séc. XXI deixaste passar a falsa imagem (sim, sim, falsa) de que este Governo persegue, censura, é anti-democrático, autoritário quanto baste, enfim. Só asneiras.

E agora Margarida, quando pensavas já ter chegado a bonança vem um pai Valente dizer que tu és, deixa ver se me lembro, que és:

"uma pessoa incompetente, surda, muda e cega.Só não podemos dizer que é autista, porque seria um insulto aos autistas". Diz o Valente.

Maior desfeita não te podiam ter feito. E logo a ti, uma pessoa preocupada com as crianças, os pais, as famílias. Era preferível que te dessem um murro no meio da testa, passe a expressão, do que fazerem-te este serviço.
Pedirem a tua demissão ainda vá que não vá. Estás habituada a isso. Agora, virem dizer que tu és "incompetente", "surda", "muda" e "cega" é de mais. Ultrapassa todos os limites. Se tivessem ficado pelo "incompetente", vá lá, ainda se percebia que o diziam porque queriam o teu lugar.

Surda, muda e cega? Santa Engrácia! Só faltou dizerem que não sabias escrever...

Digo-te do coração, Margarida, se fosse a ti nunca mais falava para o Valente nem para os pais do FCP, digo da FECAP.

E mais te aconselho: para o ano, disfarça-te muito bem, vai correr o entrudo com o teu amigo Bastos e aproveita para enviares umas farpas ao Valente a à FECAP.

Sempre ao teu dispor

Reitor

"Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje"

Caros Colegas, Presidentes do Conselho Executivo,
É tempo de vos convidar a participar no nosso próximo encontro, a realizar em Lisboa, no sábado 21 de Março.
Gostaríamos de estender este convite, naturalmente, a todos aqueles colegas que, por razões várias, não estiveram presentes nos anteriores encontros de Santarém, 10 de Janeiro, e Coimbra, 7 de Fevereiro. É com a convicção de que é muito mais o que nos une do que o que nos separa, que lhes pedimos que considerem juntar-se a nós.
O que nos une? À partida, a responsabilidade e lealdade com que desempenhamos o cargo que nos foi confiado; o gosto que temos pelas questões do ensino e da educação; o empenho com que defendemos as nossas escolas; a preocupação com que assistimos à aposentação precoce e em massa de professores que fazem tanta falta aos nossos alunos; une-nos, ainda, a convicção de que a avaliação do desempenho docente é um instrumento de gestão importante e necessário; une-nos, por fim, a certeza - mais ou menos calada, mais ou menos admitida - de que da aplicação do Dec. Reg nº1-A/2009, como do nº11 /2008, não resultará uma avaliação justa, séria nem credível. Em vez da melhoria desejada, estamos a perder tempo e a comprometer o futuro, e foi nesse espírito que sentimos ser nosso dever alertar o ME para tais efeitos que, embora não desejados, não deixarão de ser perversos.
O que nos separa? Não o saberemos, se pela ausência nos privarem de um saudável debate de ideias… Como poderão constatar através da leitura da nossa ordem de trabalhos, procuramos recolher ideias consensualmente aceites que se assumam como contributos a ter em conta no futuro próximo. É este o desafio que vos lançamos e ao qual, estamos certos, não deixarão de ser sensíveis.
O local do encontro é o Teatro Aberto, e a reunião decorrerá na Sala Azul, a partir das 14 horas. Antes, porém, contamos com a vossa companhia ao almoço, que será servido pelas 12 horas no restaurante Pano de Boca, nas próprias instalações do Teatro Aberto.
A localização, perto da Praça de Espanha, tornará o acesso fácil, mesmo para quem vem de longe. São pontos de referência a Gulbenkian, a Mesquita, a Embaixada de Espanha e , ligeiramente mais afastado, o espaço comercial El Corte Inglês. De qualquer forma, se através do Google abrirem a página do Teatro Aberto, e seleccionarem “contactos – acesso”, encontrarão informação detalhada.
O custo – tendo por base uma estimativa de 250 presenças – será de 14€. O pagamento deverá ser feito no prazo máximo de duas semanas, ou seja, até ao dia 13 de Março, através de transferência bancária para o NIB 003500820000255390002. É fundamental que, aquando da transferência, façam a identificação clara do depositante, por forma a tornar possível o controlo das inscrições. Aliás, por via das dúvidas, seria bom que paralelamente enviassem informação do vosso depósito (data, refª, nome da escola e do PCE e / ou do seu VP) para o nosso correio
presidentes.cexecutivo@gmail.com. Esta informação é fundamental, quer para fixar o número de refeições, quer para se proceder a um eventual acerto de contas, caso compareçam mais colegas, uma vez que a sala tem uma lotação de 350 lugares.
A agenda que vos propomos é a seguinte:
1 - Informações / ponto da situação;
2 - Criação de uma Associação Nacional de PCE / Directores de Escola (síntese a apresentar mediante análise das vossas propostas a enviar até 13 de Março para
presidentes.ande@gmail.com);
3 - Avaliação de Desempenho Docente: que futuro? (síntese a apresentar mediante análise das vossas propostas a enviar até 13 de Março para
presidentes.add@gmail.com).
Contamos com a vossa presença, que nos animará a prosseguir neste caminho que traçámos e que, afinal, é o de todos os que não aceitam ver desvalorizada a Escola Pública.

Pela Mesa de Coimbra

Isabel Le Gué
PCE da Escola Sec. Rainha Dona Amélia, Lisboa

Reitor

domingo, 8 de março de 2009

A fidelidade às pinguinhas

«Entendo que os homens de carácter são, de facto, a consciência da sociedade a que pertencem e Manuel Alegre tem tido uma fidelidade muito grande aos princípios e tem tido uma grande coerência política», adiantou a presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária D. Maria

Não Sra. Professora Rosário Gama. Neste caso o Alegre não tem razão. Tal como já disse aqui, não há almoços grátis. E Manuel Alegre se fosse um político fiel aos princípios e coerente com as suas posições públicas, deveria ter votado sempre a favor das suspensão do modelo de avaliação dos professores. Quando foi o PSD a propor, absteve-se. Ficou-lhe muito mal.
O Lello é bronco, muito bronco, mas tem alguma razão neste caso. Mais uma vez, Alegre é infeliz nas suas declarações. Trocado em miúdos, o que Alegre diz é que só está no PS por causa do tacho.
Reitor

Sete Candidatos a Director

A Escola do Pinhal Novo está de parabéns. Tem sete candidatos a Director. SETE.
Cinco podemos dizer que são prata da casa. Os outros dois são aves de arribação. E qual delas a melhor...
Adivinhe quem são os dois paraquedistas à procura de emprego.
Fora com os que procuram tacho.
Reitor

Plano Tecnológico da Educação - 21


E valha-nos que o Correia não dorme. Porque se estivesse a dormir, a tragédia seria certa. E teria de limpar as mãos ao que tinha feito.

“Temos o melhor parque escolar do País, pelo menos do Continente”, garante o novo
director regional da Educação, Luís Correia, 50 anos, que desde 1 de Fevereiro tenta implementar no Algarve as políticas do Ministério da Educação

Reitor

sábado, 7 de março de 2009

A "analfabruta" está por horas...

"Quando uma directora regional que tem a obrigação de se relacionar com milhares de escolas, que tem a tutela de dezenas de milhares de professores não sabe escrever português, como se pode pedir depois aos jovens que saibam escrever, ler e entender correctamente a língua de Camões", perguntou o líder do CDS/PP.

Paulo Portas, sempre atento, pôs, mais uma vez, o dedo na ferida. Os responsáveis pela educação em Portugal não sabem escrever. Nem ler. São verdadeiros analfabetos funcionais.
Não nos devemos admirar. O exemplo vem de cima. O ingº Sócrates tirou um curso ao Domingo e por fax.
Como pode a escola portuguesa ser respeitada se aqueles que falam por ela só dizem asneiras, não escrevem correctamente e falam como carroceiros?
Reitor

Despachem-se senão chegam tarde

O Ministério da Educação promove a atribuição anual de um Prémio Nacional de Professores, com o objectivo de distinguir professores que revelem, ao longo para os seus pares e para os seus alunos, bem como para a restante comunidade educativa. Está a decorrer a terceira edição do concurso, podendo as candidaturas ser submetidas electronicamente através do Portal da Educação, até 31 de Maio.

Reitor

sexta-feira, 6 de março de 2009

“A senhora é nitidamente incompetente, além de surda e muda perante os problemas que lhe são colocados”


“No seio da própria DREN há um descontentamento grande"

Há cerca de três meses recebi um email de um anónimo que dizia ser funcionário da DREN. O texto longo, redigido em tom pungente, dizia entre outras:

"... fique a saber que nem no bar da casa podemos falar livremente. Estava um colega meu a rir-se entre-dentes de um episódio caricato, muito falado na comunicação social, e mal chegou ao gabinete foi chamado à Direcção e a Margarida Moreira deu-lhe um sermão de tal ordem que o colega nem acreditou. Disse-lhe que se não estava de acordo com o governo que deixasse a função pública, que não admitia que nas instalações da DREN se criticasse o governo ou as políticas do governo, que quem não está bem põe-se, que se viesse a saber de mais algguma observação negativa ao governo ou à política do governo o recambiava para a escola.
Desde que o antónio Basílio denunciou o colega Charrua, ninguém pode emitir qualquer juízo ou opinião naquela casa. Mesmo nos corredores e bar, olhamo-nos uns aos outros com desconfiança e sorrisos amarelos como que a denunciar aquilo que todos sabemos: que estamos todos coagidos e em silêncio não vá alguém denunciar-nos. O sorriso amarelo disfarça a nossa situação de coação perante aqueles que nos visitam mas faz-nos lembrar a cobardia com que vivemos todos os dias".


A declaração de Manuel Valente, picada no Umbigo do Guinote, lembrou-me este mail e deu-lhe alguma actualidade.

O "Pai Albino" só não sabe é quando há-de morrer.

Reitor

domingo, 1 de março de 2009

Uma Lição à Moda Antiga

O Paulo e o Ramiro publicaram ontem um texto assinado por 12 PCEs das escolas de Vila do Conde e da Póvoa do Varzim. Vejam aqui.
Trata-se, obviamente, de uma moção de desagravo ao ex-membro do Conselho das Escolas, José Eduardo Lemos, que apresentou uma moção de censura ao Presidente do Órgão - Álvaro Santos. Ou seja, os colegas do Lemos - PCE da Escola da Póvoa do Varzim - resolveram manifestar-lhe a sua solidariedade e apoio pela posição que ele tomou no CE.

Mas esta posição escrita, pública, devidamente assinada, destes 12 Presidentes do CE é também uma moção de censura ao Conselho das Escolas. Já não apenas ao seu Presidente, mas ao próprio órgão que:
- tem vindo a contribuir para o descrédito de si próprio e das escolas que representa.
- tem violado os mais elementares princípios de ética e de lealdade no relacionamento com aqueles que representa
- se move por razões laterais (sic) aos interesses das escolas e daqueles que representam. (esta é fortíssima)
- ao não ratificar o teor da moção (apresentada pelo Lemos), com o qual se identificam, pôs-se (o próprio CE) ao lado do Presidente, compartilhando com ele os mesmos princípios éticos.

Acho este texto dos 12 PCE mais arrasador da credibilidade do CE que a própria moção apresentada por José Lemos.
É um texto mais crítico e mais letal que a moção porque põe no mesmo saco do Presidente todos os restantes membros do CE que, note-se, não tugiram nem mugiram com a posição que o colega deles - Lemos - tomou. É certo que 15 deles votaram a favor da moção, mas também é certo que, ao contrário destes 12 PCEs, nenhum deles tomou posição pública de censura ao Presidente. Muito menos lhe viraram as costas.
Mas há mais.
A posição destes 12 PCEs é também um facto notável nos dias de hoje. Dias de perseguição (Charrua), de apreensões (sátira ao Magalhães em Torres Vedras), de censura (Livros que reproduziam l´origine du monde de Courbet), de demissões forçadas de António Bruxelas e Henrique Pereira dos Santos (técnicos do ICN que deram pareceres negativos ao Freeport), de carnavais de mau-gosto como o de Paredes de Coura. Nestes dias de medo, estes Senhores e estas Senhoras não tiveram medo.
O que ganharam estes 12 Presidentes com esta posição pública?
Ao escolherem por-se ao lado do José Lemos, PCE como eles, puseram-se contra a temível DREN, contra o Governo e contra os seus colegas do CE.
Em troca de quê?
Em troca da defesa de princípios éticos e do respeito das comunidades que representam.
É pouco, dirão alguns.
Não. É muito. É muitíssimo nos dias de hoje.
É uma lição à moda antiga.
Uma violenta censura a todos os que agem por pequenos interesses, aos que suportam calados e mudos a ofensa, aos que se vendem por pratos de lentilhas.
Reitor