Por razões de oportunidade (leia-se de oportunismo político), o PSD e toda a oposição parlamentar deliberou suspender a avaliação em curso. Há razões objetivas (e demonstráveis) que tornam evidente que este sistema de avaliação estava longe de concorrer para elevar as qualidades de ensino e das aprendizagens. Há evidências que permitem sustentar (de um geral e sem se poder generalizar) que os prejuízos estavam a ser maiores que os benefícios. E por isso, o discurso da indignação soa a uma manifesta falsidade.
Contra a suspensão:
Mas deve também dizer-se que esta suspensão se pode virar contra os professores. Porque se cria a ideia de que os professores, definitivamente, não querem ser avaliados. E são uma espécie de classe profissional pária. E isto pode ter muito nefastas consequências na imagem pública e, posteriormente, na ação política (cerceando e limitando ainda mais os direitos profissionais).
O professor parece estar com dúvidas.
Por mim, facilmente as compreenderia num representante dos pais. Ou na Dra. Isabel Veiga. Compreenderia. Conheço, aliás, vários professores que tiveram, durante muito tempo, sérias dúvidas sobre a aplicabilidade do modelo de Add e diziam mal dele que se fartavam.
Para utilizar as suas palavras, consideravam que o modelo não concorria para "elevar as qualidades de ensino e das aprendizagens" e, sem cometer o pecado da generalização, "os prejuízos estavam a ser maiores que os benefícios".
E mantiveram as dúvidas e a recusa do modelo de avaliação, o tal que morreu às mãos oportunistas do PSD (o mesmo Partido que apoiou Vexa na eleição à Assembleia Municipal de Gondomar), até que se inscreveram nesta formação da Universidade Católica, organizada pelo SAME que Vexa magnificamente dirige.
Foi uma sorte grande para eles: apenas por 150 aéreos, que tiveram de desembolsar para os cofres do tal SAME, ficaram especialistas em Supervisão e Avaliação do desempenho docente: As funções do relator.
Foi uma sorte grande para eles: apenas por 150 aéreos, que tiveram de desembolsar para os cofres do tal SAME, ficaram especialistas em Supervisão e Avaliação do desempenho docente: As funções do relator.
Mais valiosa foi a acção se tivermos em conta que, ainda hoje, havendo milhares de professores que não sabem o que é nem para que serve o "relator", aqueles que fizeram a formaçãozinha na UC sabem.
Não compreendo as dúvidas que habitam em si.
Afinal, Vexa defende exactamente o quê?
Aceite os protestos da minha elevada consideração.
Reitor
E o Paulo Rangel também é contra a suspensão!
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/merkel-vai-respirar-de-alivio-com-governo-do-psd_114714.html
Governa a vidinha dele. E não tem que malhar os custados numa escola a vender aulinhas nuns CEF malcriados.
ResponderEliminarBom dia Miguel
ResponderEliminarÉ verdade. O Rangel é contra. Mas, o Francisco Assis e o Jorge Lacão também são contra a suspensão
http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---politica/avaliacao-de-professores-professores-avaliacao-psd-pcp-tvi24/1242128-5796.html
Parabéns, Reitor!
ResponderEliminarUma boa desmontagem das "razões de oportunidade" de muita dessa gente.
Mais logo, procurarei desmontar esse tipo de incoerência na posição de Paulo Rangel.
Abraço!
"Porque se cria a ideia de que os professores, definitivamente, não querem ser avaliados? E são uma espécie de classe profissional pária." - foram os próprios professores (nós todos afinal!) que deram de si essa imagem. Ao longo dos anos. Lamento.
ResponderEliminarBom dia Reitor
ResponderEliminarQue os Assis e os outros da equipa são contra sei eu há muito, mas notícia é ser o Paulo Rangel e sem explicar por que, só por ser eventualmente prejudicial ao partido (dele).
Logo digo alguma coisa mais, sobre Paulo Rangel, que pelos vistos esteve no ano passado no grupo de Bilderberg...