«O que me incomoda?Que já não existam revolucionários, pois, à esquerda, os antigos refugiaram-se na coreografia e retórica da luta inconsequente e os novos, à direita, ainda não sabem bem como lidar com as coisas, pois hesitam entre as melhores leituras de cabeceira, para saberem o que fazer. Sofisticar com base em Hayek e Popper, ou brutalizar como Reagan e Bush?À esquerda, a revolução nas ruas, com desfecho imprevisto, deixou de agradar, a menos que seja lá fora e mesmo assim depende do tiranete ou regime a deitar fora. Por cá, fazem manifestações e ao fim de 3-4 horas enrolam as bandeiras e vão-se aos couratos e às bejecas. Fazem bem. Mas é curto.À direita, a revolução faz-se pela teoria do desmantelamento do Estado social(ista) que nunca o chegou a ser. Fazem-se tertúlias, escrevem-se umas coisas, teorizam-se uns conceitos, desconhece-se a vida da generalidade das pessoas.De ambos os lados do chamado espectro político agitam-se meros fantasmas como oposição útil. Em ambos os lados há confusão, escassa ligação à realidade, fórmulas teóricas ultrapassadas e medo.O medo, nas suas diversas formas, paralisou a imaginação, a capacidade de ler a realidade tal como ela é, fora dos livros que teorizam o passado e falharam a prospectiva do presente.A revolução já não é o que era e ainda não sabemos bem o que poderá ser.Mas por mim pode ter um começo simples: defenestrem quem está. A bem, a mal ou a muito mal.O futuro vem a seguir.Como estamos, não existe»
Embora seja discutível, muito discutível, que a "revolução da direita" se queira fazer pelo desmantelamento do Estado, já é indiscutível que os nossos revolucionários, à direita e à esquerda, desconhecem a vida da generalidade das pessoas.
Boas palavras do General, há que dizê-lo.
Reitor
Ena!
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