Obviamente, a Escola a Tempo Inteiro (ETI) é uma medida socretina de cariz assistencialista. Só. A ETI encerra em si todos os defeitos da política socialista de educação, ou melhor da falta dela. Um completo nonsense traduzido em medidas contrárias à boa educação, contrárias à escola pública, contraditórias e inúteis, de que são exemplos máximos:
- a convivência de aulas e de actividades de enriquecimento nos mesmos espaços,
- a prática desportiva nos mesmos recreios e nas mesmas salas de aula de antanho (nem um simples balneários com chuveiro existe para os pupilos se lavarem)
- o inglês para uns alunos e não para outros e no 5º ano para todos ao mesmo nível...
- a colocação no mesmo espaço escolar, antes partilhado por turnos, do dobro dos alunos,
- a imposição da ETI a crianças que frequentavam ATLs e que foram obrigadas a estar a tempo inteiro na escola porque se desfasavam e intercalavam horários de aulas com horários de "actividades"...
Enfim, uma "política educativa" que, pelo que parece, vai acabar não por ser errada, mas porque não há massa. Ainda bem.
O que não me tinha ocorrido e o poste do Ramiro, de onde tirei a citação que encimam estas linhas, veio alertar-me foi para o facto de a ETI ser tão importante para os directores: deu-lhes mais poder sobre pais, professores e alunos; deu-lhe algo com que se entreter tão entediantes e pouco exigentes eram as suas funções, deu-lhes protagonismo social e político no "apoio aos alunos e às famílias", tal como ao director da segurança social e do centro de emprego da zona, deu-lhes mais orçamento para gerir, enfim, deu-lhes a sensação de terem mais poder, de serem verdadeiros "gestores"...
É por isso que a ETI é uma coisa boa para os directores. E não a querem perder.
Quando perceberam que o Governo ia rapar o tacho e tirar os meios que até agora tinham para manter a ETI, ficaram enervados e "decidiram neutralizar a ministra"
A preocupação deles não são as crianças. Não estão preocupados que as crianças percam a Escola a tempo inteiro (o que até lhes faria bem, por certo). Estão é preocupados com a vidinha.
Reitor
Brilhante! Nada mais é preciso acrescentar. Está tudo dito.
ResponderEliminarHá quem se interesse pela escola:Professores - os menos eficazes devem ser afastados da sala de aula, no estrolabio.blog.sapo.pt
ResponderEliminarInfelizmente, e tal como muitos organismos públicos, a escola não é excepção na má gestão da coisa pública.
ResponderEliminarVeja-se:
Temos agora os directores das escolas a reclamar das horas de apoio aos alunos!
Mas não são só essas as horas que reclamam ,e que muitas vezes foram gastas em assessorias e em coordenação de projectos sem quaisquer resultados práticos!
Como em tudo, existem bons exemplos de gestão; e em que a preocupação central são os alunos; afinal, a razão pela qual a escola existe.
O que mais os preocupa são os cargos e as horas que estão inerentes a cada director
Uma grande parte das escolas tem:
Um director, subdirector, adjuntos, assessores e uma data de coordenadores com horas de redução para os mais variados projectos como saúde, desporto escolar, PTE , EFA, CNO,Biblioteca( alguns chegam a ausência de carga horária) e o rosário de horas de redução continuariam para uns outros tantos projectos que pouco ou nada têm a ver com o apoio aos alunos. Não seria sensato que alguns desses cargos ficassem sob a alçada dos assessores, directores ou adjuntos?
Se a todos os portugueses são pedidos sacrifícios, e se para alguns eles são tão duros, porque razão as escolas devem continuar com todo este excesso de recursos?
Que eu saiba, não foi por terem tantas horas para gerirem que melhorou a qualidade do ensino. Mas o desgoverno da educação e a má gestão dos dinheiros canalizados para este Ministério é uma saga de longa data.
Meus caros senhores: arregacem as mangas e mãos à obra pois só lá estão porque querem
São gestores da escola Pública, porque se fossem da Privada, ou trabalhavam com os recursos existentes ou...
António Silva
Excelente, António.
ResponderEliminarSubscrevo
Nesta crise nem tudo é mau. Foi muito bom mostrar bem o parasitismo socialista e o seu rol de cães sabujos a comer a ração dada pelo estado.
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