Considere-se uma pessoa que ganha 1500 euros por mês. Ganha-os porque produz um serviço ou um produto com o seu esforço. Esta pessoa tem uma determinada liberdade. Dos 1500 euros pode tirar uma parte para para meter o filho numa escola privada. Acontece que o Estado cobra metade desses 1500 euros em impostos e ao fazê-lo retira a dita liberdade à pessoa em causa. A pessoa já não pode colocar o filho no escola privada. O dinheiro que sobra após impostos e necessidades básicas não chega. O maradona faz de conta que esta parte da história não existe, faz de conta que o Estado não retirou 750 euros a esta pessoa, que não lhe retirou a liberdade de escolher, e diz qualquer coisa como:
“Estes 750 euros são do Estado e não é legitimo que o Estado use este dinheiro para promover a liberdade de escolha (aumentando a diversidade de opções), muito menos em escolas privadas”. “Esta pessoa, se quiser liberdade de escolha que a pague”. Como se não tivesse sido a dita pessoa a pagar os 750 euros ao Estado. E assim, o maradona, diz à pessoa que realmente produziu os 750 euros que esse dinheiro não é dela e que não tem quaisquer direitos sobre ele. A isto chamamos Estado Social.
Brilhante texto de João Miranda no Blásfémias
Reitor
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