Obviamente, todos os professores com dois dedos de testa perceberam já que os sindicatos de professores, nomeadamente a sua principal federação, a FENPROF, e o seu líder, o professor primário Mário Nogueira, hipotecaram dois anos de luta intensa, e única em 36 anos de democracia, contra a aberração legislativa que foi o anterior modelo de avaliação dos professores.
O Octávio Gonçalves já explicou porquê em muitos postes. O mesmo já fez dezenas de vezes o Paulo Guinote. Basta acompanhar estes bloggers e ler os seus textos sem os antolhos que alguns tentam colocar nos incautos.
Nesta matéria da avaliação dos professores, a avaliação dos sindicatos, da FENPROF e do Mário Nogueira em particular é simples de fazer: simplesmente MEDÍOCRE. Veja-se como não conseguiram contariar a aplicação do modelo de avaliação, com 100.000 professores a sustentá-los. O simples facto de aceitarem negociar o merdosomodelo deu-lhe credibilidade e permitiu ao M.E. três coisas: aplicá-lo durante dois anos, considerá-lo na avaliação dos professores e estender um seu sucedâneo por mais dois anos. Tudo, note-se com 100.000 professores a apoiá-los.
Criticar os sindicatos pelos péssimos acordos que fizeram com o ME sobre a avaliação dos profs é não só ser fiel à verdade como exercer um direito que assiste a qualquer um.
Criticar os sindicatos e o Governo e os bloggers e o Papa é saudável, reforça a democracia, dá alento ao povo e é um dos maiores exercícios de liberdade que se pode fazer.
Ninguém está acima da crítica. E os poderosos, os que têm voz, os que têm espaço mediático, os que representam outros, são os que primeiro devem estar sujeitos à crítica.
Por isso é que este poste do Ramiro Marques merece um forte reparo. Não por defender os sindicatos. Tem esse direito. Mas por conter um subreptício ataque àqueles que os criticam. Por se constituir como um ataque à liberdade dos que criticam os sindicatos.
O que o Ramiro vem dizer aos críticos dos sindicatos é: calem-se que as vossas críticas prejudicam os sindicatos. Lamentável.
Reitor
Concordo com o post!
ResponderEliminarEle daqui na bocado já muda de opinião.
ResponderEliminarÉ só esperar um pouco...
Concordo consigo em quase tudo! Estive, estou e estarei na luta (em todas as suas fases), mas tenho de convir que, sem a organização dos Sindicatos, nunca estariam 120 000+110 000 professores em Lisboa.
ResponderEliminarEm resumo, os Sindicatos estragaram (e continuam a estragar) o que nasceu e cresceu - até certa idade - bem.
Todas as organizações são susceptíveis de crítica. Todos os cidadãos podem (e devem, acrescento)criticar os sindicatos.
ResponderEliminarA crítica é necessária e pode até ser justa.
Outra coisa bem diferente, porém, é manter uma cruzada permanente contra os sindicatos especialmente contra os mais representativos. Porque, assim, já não estamos perante a crítica necessária e justa, mas sim diante de um projecto de combate aos sindicatos com o objectivo de os enfraquecer e de lhes diminuir a influência e tudo isto com propósitos políticos não declarados mas facilmente identificáveis.
Por mim, defendo que os sindicatos merecem ser criticados porque acordaram com o governo uma solução que em quase nada difere do que motivou a luta dos professores. Outrossim apoio a tese da defesa da importância dos sindicatos no actual contexto político de globalização da exploração do homem pelo homem.
Saudações
Cross
Anónimo, não posso estar mais de acordo.
ResponderEliminarEu interpreto de modo diferente: criticando os sindicatos sem apresentar alternativas - o que fazem por sistema quase todos os críticos - faz-se o jogo do governo e enfraquece-se a capacidade negocial dos professores.
ResponderEliminarO Anónimo 00:05 é um brincalhão. Está a mangar com quem trabalha - os professores.
ResponderEliminarSó pode ser isso.
Em média, num dia, o Ramiro coloca dois posts cujo conteúdo se anula um ao outro.
ResponderEliminarPatético.
Ó anónimo das 13.30, essa inventaste-a sozinho ou estás só a repetir o que diz o Guinote?
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