Magnífica reflexão de JAS no SOL. Ler tudo aqui.Portugal está hoje muito pior do que estava há 30 anos: a indústria tradicional vidro, têxteis, calçado, etc.) ficou obsoleta e não foi substituída por nada, a agricultura não resistiu às tropelias decorrentes da PAC, as pescas entraram em crise prolongada, a marinha mercante afundou-se, a construção naval fechou…
Faça-se o exercício contrário: o que estará melhor do que há 30 anos?
Talvez alguns serviços.
Mas aí, como se sabe, tudo é muito incerto porque a base é volátil.
Diz-se que as pessoas vivem melhor – e é verdade.
Mas isso à custa de quê?
De um brutal endividamento externo que não pode continuar e já vai condicionar as próximas gerações.
Mas o mais assustador – e me fez começar por dizer que estamos a caminho do Terceiro Mundo – é que esta decadência económica foi acompanhada por uma degradação generalizada das instituições.
Veja-se o que se passa na justiça, veja-se o que se passa na política, veja-se – até – o que se passa no desporto.
Na justiça a situação é mais do que calamitosa.
Não são só os casos Casa Pia, Apito Dourado, Operação Furacão, Freeport, Face Oculta – nenhum dos quais foi conduzido de forma célere, eficaz e que transmitisse a ideia de se ter feito justiça.
Não é só o facto de o PGR ser um homem que não se faz respeitar pelos subordinados e em cuja independência os portugueses deixaram de acreditar: cabe na cabeça de alguém, por exemplo, que não tenha sequer lido um processo tão relevante como o Freeport, que envolvia o nome do primeiro-ministro, e depois tenha anunciado um inquérito aos magistrados sob a sua dependência?
A bem da Educação
Reitor
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