sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma Primeira-Ministra Às Direitas

O que disse Manuela Ferreira Leite na melhor prestação pública de que tenho memória:

Claustrofobia democrática:
"Este tipo de ambiente que está a ser criado no país, e que só foi criado desde o 25 de Abril, pelo Governo de José Sócrates não me intimida nem me condiciona.

Estocada de morte ao Moita:
Se eu votasse em Santarém, com certeza que votava nele, a única coisa que acho estranha é que, se discordasse tanto da orientação política de um partido, não aceitaria o apoio desse partido para a candidatura como independente.

António Preto:
Não me pronuncio sobre casos de justiça. Do ponto de vista político, há, se calhar, casos mais graves. Não sei se é um incómodo [a inclusão das listas de candidatos a deputados], mas aquilo que para mim seria muito incómodo para a minha consciência era violar um princípio que tenho estabelecido, que é o de não me pronunciar sobre casos de justiça.

Os boys:
O que me preocupa é que tenha havido dois deputados do PS que tenham considerado que se tivéssemos ouvido [assessores da presidência para a elaboração do programa eleitoral do PSD] na qualidade de especialistas isso tivesse algum mal. Acho que é uma coisa gravíssima do ponto de vista da democracia. O que está a acontecer, pelo simples facto de isso ser dito, é grave porque denota um sintoma que neste momento está generalizado na sociedade portuguesa, que é uma asfixia democrática e um sentimento de que existem retaliações.

O Estado ao serviço de um Partido:
Acho que [a auditoria às contas públicas feita há quatro anos pelo Banco de Portugal] foi uma farsa desagradável
. O que o PS fez foi pedir ao Banco de Portugal que construísse um número que se ajustasse àquilo que era a política que eles queriam seguir. O que foi feito nessa altura não foi uma auditoria às contas. Foi uma criação de uma valor para o défice, como se não houvesse Governo, ministro das Finanças e como se todos os serviços tivessem os valores orçamentais a que teriam direito só porque os pediam”.

Uma grande senhora:
Mesmo que eu soubesse que ia perder as eleições, em política não vale tudo. Se as pessoas preferem outro estilo de actuação, realmente não devem votar em mim.
Reitor

9 comentários:

  1. "Aquilo que para mim seria muito incómodo para a minha consciência era violar um princípio que tenho estabelecido, que é o de não me pronunciar sobre casos de justiça.»

    Treta. Uma coisa é um dirigente partidário pronunciar-ase (publicamente, presumo) sobre casos de justiça, outra muito diferente é tê-los em conta (com a necessária discrição) ao elaborar listas de candidatos.

    O Que MFL nos pede é que confiemos em António Preto, e quando se trata de confiar em alguém não há lugar à presunção de inocência. Para condenar o cidadão, são precisas provas da sua culpa; para eleger o político convém que estejamos convictos da sua honestidade.

    Já escrevi isto em relação a José Sócrates e ao caso Freeport, por isso estou à vontade: quer num caso, quer noutro, não quero ver o cidadão punido sem prova cabal; mas também não quero ver o político eleito sem que demonstre que é digno disso.

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  2. Não voto nessa jararaca, para mais com o percurso que teve, explicado agora pelos dislates que diz.

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  3. Será que já nos esquecemos daspérolas desta senhora no domínio da educação e das finanças, ou será mesmo que se acreditam que aquela megera mudou?

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  4. Será que já nos esquecemos daspérolas desta senhora no domínio da educação e das finanças, ou será mesmo que se acreditam que aquela megera mudou?

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  5. A guerra é a guerra. Fausto dixit!
    Não há conta do Google.com
    JSerra

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  6. A senhora MFL quando diz, "Este tipo de ambiente que está a ser criado no país, e que só foi criado desde o 25 de Abril, pelo Governo de José Sócrates não me intimida nem me condiciona", está claramente com problemas de memória. Certamente se esqueceu dos tempos do seu amigo, Cavaco Silva, como primeiro-ministro onde, quem protestava levava pancadaria da policia em cima.

    Pergunto-me como seriam as manifestações dos professores naquele tempo. Não havia que era diferente. Comiam e calavam. E é esta a alternativa que se propõe a Sócrates.

    Ai as palas meu Deus. Ai as palas!

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  7. Nunca me senti desrespeitada como nestes 4 anos. Nunca vi um governo mais à direita do que este. Se isto é socialismo democrático, venha a direita.Pelo menos sabemos com o que contamos.

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  8. O reitor deixa-se descobrir!
    Ai, a educação e a política!

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  9. "Este tipo de ambiente que está a ser criado no país, e que só foi criado desde o 25 de Abril, pelo Governo de José Sócrates não me intimida nem me condiciona."

    Isto é só foguetório. Pensará a senhora que já nos esquecemos todos da ditadura do tempo do seu amado cavaco?

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