Por norma não me dedico a ler programas eleitorais. Muito menos programas eleitorais virtuais. De partidos que dizem o que querem porque sabem que nunca ganharão eleições nem nunca se coligarão com outro qualquer partido para exercer o poder.
Aliás, o melhor atestado de óbito para qualquer dos partidos ditos de esquerda (PCP e BE) seria pô-los a governar ou dar-lhes responsabilidades de governação. Se não fosse um jogo perigoso, seria uma barrigada de riso.
Mas o Paulo puxou o assunto e, enfim, cá vai.
Concordo:
1 - Com a distribuição gratuita dos manuais escolares no ensino obrigatório
2 - Com a extensão da Educação pré-escolar a todas as crianças desde, pelo menos, os três anos
3 - Com a revogação do Estatuto da Carreira Docente e a substituição do actual modelo de avaliação de desempenho
Concordo assim-assim:
1 - Por uma Escola Pública de qualidade e gratuita (Concordo que seja gratuita durante o ensino obrigatório e apenas comparticipada no ensino superior)
Discordo:
1 - Do azedume contra a Escola Privada que, após o 25 de Abril, participou - tantas vezes como única solução - na educação de dezenas de milhar de portugueses a quem o Estado, em muitos casos, não foi capaz de oferecer uma Escola Pública
2 - Da ideia de que deve ser o Estado e não os respectivos pais/famílias e escolher a educação que querem para os filhos. É aos pais - nos termos da Constituição - que compete a educação dos filhos e não ao Estado. Por conseguinte, na educação dos seus filhos e salvaguardado o quadro legal mínimo (escolaridade obrigatória para todos até ao 12º ano) os pais devem libertar-se não só "das imposições e dos interesses privados" como também das "imposições e interesses do Estado". Nomeadamente porque se corre sério risco de os interesses do Estado serem definidos por Marilús Rodrigues, Valters "Excesso Grave de Faltas" Lemos, Jorges "Sinistros" Pedreiras e Margaridas "Popotas" Moreiras, entre outras espécies...
3 - Que o Estatuto do Aluno deva ir "ao encontro das realidades e aspirações dos estudantes de uma forma inclusiva"
4 - Que se aplique de forma "imediata" a Educação Sexual em todas as escolas do país de uma forma transversal a todas as disciplinas
5 - Que a colegialidade/unipessoalidade da gestão tenham alguma coisa a ver, de longe ou de perto, com os problemas por que atravessa a Educação e a Escola Pública. Quer problemas actuais quer antigos. E, se a forma de gestão tem alguma coisa a ver com o estado da Educação ou da Escola Pública, queixemo-nos então da colegialidade e da eleição e não da sua falta
6 - Que a "municipalização" ou a "estatização" das escolas ou do "ensino" tenha alguma coisa a ver com mais ou menos autonomia das escolas
7 - Que todas as crianças e jovens, independentemente das suas características, origens e condições, tenham de aprender juntos (na mesma turma) para se considerar a escola inclusiva
8 - Que o modelo de avaliação de desempenho se baseie, apenas, numa concepção formativa da avaliação e não tenha implicações na progressão da carreira ou em qualquer outra dimensão da sua condição laboral.
Nunca pensei que algum programa eleitoral do PCP me fizesse concordar com três medidas! Três?
Até começo a desconfiar... Será que estou muito à esquerda?
Reitor
Aliás, o melhor atestado de óbito para qualquer dos partidos ditos de esquerda (PCP e BE) seria pô-los a governar ou dar-lhes responsabilidades de governação. Se não fosse um jogo perigoso, seria uma barrigada de riso.
Mas o Paulo puxou o assunto e, enfim, cá vai.
Concordo:
1 - Com a distribuição gratuita dos manuais escolares no ensino obrigatório
2 - Com a extensão da Educação pré-escolar a todas as crianças desde, pelo menos, os três anos
3 - Com a revogação do Estatuto da Carreira Docente e a substituição do actual modelo de avaliação de desempenho
Concordo assim-assim:
1 - Por uma Escola Pública de qualidade e gratuita (Concordo que seja gratuita durante o ensino obrigatório e apenas comparticipada no ensino superior)
Discordo:
1 - Do azedume contra a Escola Privada que, após o 25 de Abril, participou - tantas vezes como única solução - na educação de dezenas de milhar de portugueses a quem o Estado, em muitos casos, não foi capaz de oferecer uma Escola Pública
2 - Da ideia de que deve ser o Estado e não os respectivos pais/famílias e escolher a educação que querem para os filhos. É aos pais - nos termos da Constituição - que compete a educação dos filhos e não ao Estado. Por conseguinte, na educação dos seus filhos e salvaguardado o quadro legal mínimo (escolaridade obrigatória para todos até ao 12º ano) os pais devem libertar-se não só "das imposições e dos interesses privados" como também das "imposições e interesses do Estado". Nomeadamente porque se corre sério risco de os interesses do Estado serem definidos por Marilús Rodrigues, Valters "Excesso Grave de Faltas" Lemos, Jorges "Sinistros" Pedreiras e Margaridas "Popotas" Moreiras, entre outras espécies...
3 - Que o Estatuto do Aluno deva ir "ao encontro das realidades e aspirações dos estudantes de uma forma inclusiva"
4 - Que se aplique de forma "imediata" a Educação Sexual em todas as escolas do país de uma forma transversal a todas as disciplinas
5 - Que a colegialidade/unipessoalidade da gestão tenham alguma coisa a ver, de longe ou de perto, com os problemas por que atravessa a Educação e a Escola Pública. Quer problemas actuais quer antigos. E, se a forma de gestão tem alguma coisa a ver com o estado da Educação ou da Escola Pública, queixemo-nos então da colegialidade e da eleição e não da sua falta
6 - Que a "municipalização" ou a "estatização" das escolas ou do "ensino" tenha alguma coisa a ver com mais ou menos autonomia das escolas
7 - Que todas as crianças e jovens, independentemente das suas características, origens e condições, tenham de aprender juntos (na mesma turma) para se considerar a escola inclusiva
8 - Que o modelo de avaliação de desempenho se baseie, apenas, numa concepção formativa da avaliação e não tenha implicações na progressão da carreira ou em qualquer outra dimensão da sua condição laboral.
Nunca pensei que algum programa eleitoral do PCP me fizesse concordar com três medidas! Três?
Até começo a desconfiar... Será que estou muito à esquerda?
Reitor
Já pediu a sua rescisão da escola estatal em que é reitor? Está clara a sua defesa dos privados. Falta a sua imagem ao canto superior direito no blogue. Tem lá espaço reservado...
ResponderEliminarBoa noite Cristina.
ResponderEliminarO espaço que refere está reservado para os inimigos da Escola Pública.
Nem defendo "privados" nem "públicos".
Defendo uma Educação de qualidade para todos os jovens portugueses. Defendo que a Educação de qualidade se presta em muitas escolas públicas (não em todas) e em muitas escolas privadas (não em todas)
Defendo que o cidadão deve ser livre de escolher o serviço que lhe prestam (e que ele paga sempre). Por isso, não censuro os políticos que escolhem as escolas privadas para educarem os filhos; nem os funcionários públicos que escolhem hospitais privados para cuidarem da sua saúde...
Percebeu?
Ou também é das que tem o saber/capacidade/possibilidade de escolher os serviços que quer - públicos ou privados - e não quer que os outros também o tenham?
Barrigada de riso é mesmo a opinião destrutiva e não fundamentada sobre a incapacidade de o PCP governar. Você conhece alguém mais incompetente na governação do que este partido e o seu chefe? Se um vigarista como o sócrates governa, por que raio de razão o PCP não faria melhor?
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