quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Incompetência Grosseira. Encobrimento Escandaloso. Falha Imperdoável Para Com Os Menores Que Tem a Cargo.


O ministério da Educação admite que possam existir mais abusadores sexuais condenados no sistema, até porque são 110 mil professores e 811 agrupamentos de escolas e nem todos confirmaram os registos criminais dos seus professores anualmente, como têm a obrigação de fazer. No entanto, garante que cada vez que uma situação é detetada suspende provisoriamente o docente para não colocar os alunos em risco

O ministério da educação atua quando deteta o caso?! Se não detetar ou fizer vista grossa, ou encobrir, o caso não existe ou se existe será para crianças da escolas públicas, porque  os do próprio ministério colocaram os filhos a salvo em boas escolas privadas. Desavergonhados.



Jorge Ventura

Quanto ao "diretor" do agrupamento escolar de Estarreja, que ostenta um bonito relógio, sem dúvida, se a entrevista que deu à TVI ontem não for suficiente para se fechar em casa com vergonha do que disse (e do que deveria ter feito e não fez), pura e simplesmente os pais dos alunos deveriam barrar-lhe a entrada. Pelo menos até conseguir prosseguir o cumprimento da missão que lhe cumpre efetivar...

Constitui objetivo maior do Agrupamento de Escolas de Estarreja, na prossecução do cumprimento da missão que lhe cumpre efetivar, garantir a todos os membros da comunidade educativa as melhores condições de plena fruição dos direitos e de promoção do desenvolvimento, num ambiente catalisador de comodidade, colaboração e perceção de enriquecimento intelectual


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Quando Alguns Falam Em Descentralização, Apetece-me Sacar a Arma e Disparar


Jornada Mundial da Juventude em Lisboa: Marcelo celebra “vitória da língua portuguesa”




Fosse Verdade e Ajudava à Fundamentação, Sem Dúvida. Só Que... Não é Verdade.


Na sequência da aprovação desses decretos, já no início de Julho de 2018, seriam feitas declarações sobre o papel que teria a IGEC na fiscalização da sua aplicação nas escolas, que mereceram forte repúdio do Sindicato dos Inspectores da Educação e Ensino. Em carta ao ministro da Educação, podia ler-se que “os inspectores da Educação não aceitam ser instrumentalizados e usados como polícias do Ministério da Educação e não aceitam desempenhar este papel, porquanto o mesmo não se coaduna com a missão e competências da IGEC legalmente consagradas”

Não é verdade que haja alguma ligação entre os decretos-lei 54 e 55 de 2018 e esta carta da IGEC de que fala Paulo Guinote. Nem, muito menos, a carta se deve a uma tomada de posição da IGEC quando o SE Costa a mandou fiscalizar a sua aplicação nas escolas.
Esta carta da IGEC surgiu no âmbito da greve dos professores de junho/julho de 2018. O ME deu orientações aos inspetores para irem às escolas "ajudar" as direcções executivas a resolver o sucessivo adiamento das reuniões, como ainda se pode ler aqui.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Um Novo Ranking Das Escolas... Promovido Pelo Ministério Anti Rankings



No fim das aulas deste ano, o ministério fará o ranking das 20 escolas que mais reutilizaram — o cálculo é feito a partir do número de manuais que cada escola regista no portal dos manuais, a plataforma Mega, onde são feitas as “encomendas”. No início do ano lectivo 2019/20, cada uma das 20 melhores recebe dez mil euros e tem liberdade para decidir onde investir o dinheiro.


Atenção aos maledicentes: este não é um ranking qualquer. É um ranking das escolas ecológico, promotor de bons hábitos e de uma ambiente saudável. O outro, aquele que ordenava as escolas das melhores para as piores nas notas dos exames, era mau porque criava maus hábitos nas escolas e nos alunos. Era nefasto para o equilíbrio psicológico das crianças, ainda bem que acabou.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Resumo

Divirto-me com os telefonemas de Marcelo para Cristina Ferreira – por certo não tanto como ele se diverte, e menos do que me divirto com algumas das sofisticadas análises políticas que foram feitas – e devo dizer que quando vejo meio regime (Marcelo, Costa, Ferro, Medina e Catarina) a subir ao palco dos Xutos e Pontapés para trautear A minha alegre casinha só me ocorre encolher os ombros, pois daí também não vem mal ao mundo. Mas, por favor, não atirem no entretanto areia para os nossos olhos.Primeiro, porque o populismo já cá mora, mesmo que em formas não extremadas (sendo que o desconchavado manifesto dos nossos “coletes amarelos” está cheio de chavões que já ouvimos na boca de políticos, sindicalistas e activistas variados, mesmo que não naquela construção disforme). Segundo, porque não pensem que o povo engole tudo, que os truques resultam sempre, que esquece os casos de corrupção ou que não resmunga quando passa 12 horas na urgência de um hospital por causa de uma gripe. Ou que não percebe que o gasóleo que desceu no dia 1 de Janeiro, entre muitas fanfarras e títulos nos jornais, depois subiu sorrateiramente a 7 de Janeiro.É por isso que um dia destes ainda puxo da pistola quando ouvir falar de populismo. Precisamente para me defender do populismo que, para atender às clientelas, há mais de três anos que se esqueceu do país.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Bem Visto, Não Fosse Falsa a Ligação De Joana Marques Vidal Ao Fiasco


Fiasco gold
A investigação aos vistos
gold foi um do processos
mais mediáticos dos
últimos anos. Fez cair
um ministro e vários
responsáveis pelo
programa. Os tribunais
absolveram todos os
arguidos acusados
neste âmbito ao mesmo
tempo que arrasaram a
investigação do Ministério
Público. Um fiasco ainda
com a assinatura de Joana
Marques Vidal.
Um fiasco de ouro
. Expresso, 4/1/19

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Le Pen, Bolsonaro, Salvini, Grillo, Varoufakis, Marcelo Rebelo de Sousa... Todos Diferentes, Todos Iguais

Na estreia do "Programa da Cristina", na SIC, o Presidente da República ligou para Cristina Ferreira para lhe desejar boa sorte. A apresentadora emocionou-se. 
Terminei agora uma reunião e vou começar outra. Espreitei para ver o seu primeiro programa e como ao longo da vida estiva consigo quando arrancou com novas fases na sua vida, como a sua primeira entrevista para a sua revista, lembra-se?”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitando para lhe desejar “muitas felicidades e um beijinho”.

Os Televisivos Mário Machado, Domingos Duarte Lima, Armando Vara, José Sócrates, Et al.


Duas excelentes reflexões para os professores motivarem os alunos na nova disciplina de Cidadania
Por isso, vejo como igualmente “perigoso” o apelo à censura do SOS Racismo e do Sindicato dos Jornalistas, assim como a vontade de usar a ERC para policiar a liberdade de expressão. Do mesmo modo, embora as declarações do ministro da Defesa — que não se sabe bem porquê entendeu pronunciar-se sobre o assunto — sejam uma matéria de opinião, com o mesmo estatuto das de Mário Machado, contêm uma análise errada do “perigo” comunicacional. Pacheco Pereira

Por isso que tanto me irrita a intervenção de João Gomes Cravinho. Aquilo que um dia pode empurrar Portugal para os braços de populistas da extrema-direita ou da extrema-esquerda não é o discurso de Mário Machado.São os deputados que dizem que estão no Parlamento e não estão. São as líderes de juventudes partidárias eleitas apesar das fraudes nos currículos. São as PGR competentes afastadas por serem incómodas para o poder político. São os políticos condenados que demoram anos a ir para a prisão. São os políticos corruptos protegidos pelos partidos. São as leis que faltam para combater a corrupção. A verdade é esta: Gomes Cravinho está muito mais próximo dos fósforos do que Mário Machado. As labaredas estão noutro lado. João Miguel Tavares

No outro extremo, duas peças de dois amigos da "sociedade fechada", dos que tudo fazem para empurrar Portugal para os braços dos populistas. 
Este admirador da liberdade de expressão, apenas quando esta lhe convém e este inflamado defensor de Sócrates, o português.


domingo, 6 de janeiro de 2019

"Oxalá Portugal Tivesse Um Alberto Carvalho Como Ministro Da Educação"


«Alberto Carvalho, português por nascimento e americano por adopção, é o superintendente do ensino público em Miami. Considerando o número de alunos sob a sua alçada (cerca de 340 mil, um terço do número em Portugal) e considerando o poder de decisão que detém, Alberto Carvalho é essencialmente o ‘ministro da educação'’de um pequeno ‘país’.
Oxalá Portugal tivesse um Alberto Carvalho como ministro da Educação — por muitos motivos, mas desde logo porque ajudaria a clarificar várias confusões profundas sobre o nosso ensino básico e secundário.
A primeira confusão é a ‘equivalência’ entre ensino gratuito (garantia constitucional) e a rede de escolas públicas geridas de forma centralista e uniforme pela 5 de Outubro. Sei muito pouco sobre teoria da educação, mas sei o suficiente para compreender que alunos diferentes têm necessidades diferentes e pedem um tipo de escola diferente.
Sob a liderança de Carvalho, o sistema de ensino público em Miami desdobrou-se num largo leque de oferta: o tempo que os alunos ficam na escola, o dia em que começam as aulas, o ênfase posto nas ciências ou nas artes — enfim, tudo o que define o ‘pacote’ educativo — varia de aluno para aluno, e certamente de escola para escola. A escola pública define-se pelo conceito de acesso (gratuito), não pela solução educativa. Isto não obsta, claro está, a que haja padrões comuns de avaliação (isto é, exames comuns e exigentes): liberdade sem responsabilidade é a receita para o desastre.
A segunda confusão é a equivalência entre o sistema de cheque-ensino e o sistema de escolas com contratos de associação. Os críticos do cheque-ensino queixam-se, com algum fundamento, que o esquema aumenta a desigualdade entre ricos e pobres. Esta crítica não se aplica a um sistema ‘puro’ de escolas com contratos de associação em que a escola (de iniciativa privada) não pode cobrar propinas nem fazer seleção de alunos (quando há mais candidatos do que vagas, a seleção é aleatória).
O sistema de ensino público em Miami inclui escolas públicas bem como escolas privadas que se integram no sistema público como charter schools. Tal como noutras partes dos EUA, estas escolas têm permitido uma ‘injeção’ de inovação e ‘ar puro’ no sistema; e contribuem decisivamente para a variedade de projetos educativos a que os alunos têm acesso.
A terceira confusão — porventura a mais grave — resulta da sobreposição dos interesses especiais aos interesses dos alunos. É impressionante verificar como políticos, professores, especialistas em educação e empresários do ensino — todos manifestam uma enorme ‘paixão pela educação’; mas na verdade a grande paixão do sindicalista é a sua carreira; a grande paixão do especialista em educação é sua teoria sobre o que fazer na sala de aula; e a grande paixão do Governo é manter o controlo centralizado do sistema (por forma a maximizar a capacidade de ‘engenharia social’).
Sob a liderança de Alberto Carvalho, uma escola que receba F (a nota pior) ou muda ou fecha mesmo.
A avaliação dos professores e das escolas é um caso flagrante de conflito de interesses: nenhum encarregado de educação gosta que o filho seja ensinado por um professor certificado como inapto; mas nenhum professor (ou escola) gosta da ideia de ser avaliado. Sob a liderança de Carvalho, os professores e as escolas de Miami são avaliados regularmente; e uma escola que receba F (a nota pior) ou muda ou fecha.
Isto não é apenas uma possibilidade teórica: aconteceu com muitas escolas (e professores) até agora. (Voltando às charter schools: em média não são nem melhores nem piores do que as escolas públicas, mas têm uma grande vantagem: é muito mais fácil fechar uma charter com F do que uma escola pública com F.)
Estou certo de que Alberto Carvalho e o seu sistema têm problemas e defeitos, mas os números não enganam: em cerca de uma década Miami passou de uma péssima posição para o top 3 dos Estados Unidos (entre centenas de condados). Não é por acaso que Carvalho foi homenageado por Obama e é regularmente consultado por educadores de todo o mundo.
Oxalá Portugal tivesse um Alberto Carvalho como ministro da Educação.
Professor da Universidade de Nova Iorque e da Aese», EXPRESSO online