Resumo
Divirto-me com os telefonemas de Marcelo para Cristina Ferreira – por certo não tanto como ele se diverte, e menos do que me divirto com algumas das sofisticadas análises políticas que foram feitas – e devo dizer que quando vejo meio regime (Marcelo, Costa, Ferro, Medina e Catarina) a subir ao palco dos Xutos e Pontapés para trautear A minha alegre casinha só me ocorre encolher os ombros, pois daí também não vem mal ao mundo. Mas, por favor, não atirem no entretanto areia para os nossos olhos.Primeiro, porque o populismo já cá mora, mesmo que em formas não extremadas (sendo que o desconchavado manifesto dos nossos “coletes amarelos” está cheio de chavões que já ouvimos na boca de políticos, sindicalistas e activistas variados, mesmo que não naquela construção disforme). Segundo, porque não pensem que o povo engole tudo, que os truques resultam sempre, que esquece os casos de corrupção ou que não resmunga quando passa 12 horas na urgência de um hospital por causa de uma gripe. Ou que não percebe que o gasóleo que desceu no dia 1 de Janeiro, entre muitas fanfarras e títulos nos jornais, depois subiu sorrateiramente a 7 de Janeiro.É por isso que um dia destes ainda puxo da pistola quando ouvir falar de populismo. Precisamente para me defender do populismo que, para atender às clientelas, há mais de três anos que se esqueceu do país.
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